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A organização político- administrativa do Brasil foi identificada, a partir do preâmbulo dos primeiros artigos da Constituição Federal, o que possibilitou traçar as principais características do Estado Nacional, descrevendo as instituições que lhe deram suporte. As instituições tinham implicação direta no funcionamento do estado e no processo de formação das leis: a forma federativa de estado e a divisão de poderes.

A forma federativa de estado constava do Artigo 1º da Constituição que definia o Brasil como uma República Federativa. O estado brasileiro foi composto pela associação de unidades territoriais, dotadas de autonomia política, que eram os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Estes se vinculavam à União e expressavam-se nacionalmente por ela, como entidade jurídica e política representativa da unidade nacional e exerciam, com exclusividade, a soberania diante dos atores internacionais.

Além da separação de poderes, princípio estabelecido no Artigo 2º da Constituição de 1891, encontrava-se outro critério de divisão do poder político, consagrado no ordenamento jurídico, que considerava as funções do estado. Ficou conhecido como o princípio da separação de poderes. Esse princípio teve origem no Iluminismo, quando o poder do Estado não devia ser exercido por uma única pessoa ou instituição, o que poderia levar a abusos e colocar em risco os direitos dos cidadãos. Ao contrário, dever-se-ia dividir o conjunto de atribuições e prerrogativas, estatais segundo um critério funcional, atribuindo a diferentes órgãos e pessoas tarefas e poderes específicos. Nasce desta forma, a clássica separação dos Poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário, o estado moderno ou burguês. O Poder Legislativo encarrega-se da elaboração das leis, expressando os valores e a vontade popular, dependendo do regime; ao Executivo, cabe executar as leis e desenvolver as atividades necessárias para atingir aos objetivos da sociedade; ao Judiciário, compete resolver, com base na lei, os conflitos que surgirem nas relações sociais, econômicas, políticas, tanto públicas quanto privadas.

Para a organização político-administrativa, cabe aos órgãos e agentes políticos o cumprimento de suas respectivas tarefas. Esses também detêm, nos termos da Constituição, os poderes e prerrogativas necessárias, como o de recolher impostos, administrar os recursos públicos e exigir o cumprimento de decisões tomadas, com base na lei. Fazem parte desse regime de separação os mecanismos de controle de um poder sobre o outro, destinados a evitar que qualquer um deles invada a competência dos demais ou que seja exercido de forma ilegal ou ilegítima. Esses instrumentos de controle e fiscalização são conhecidos também como sistema de freios e contrapesos por se destinarem a promover o exercício harmônico dos poderes.

Consta no Art. 1º da Constituição de 1891 que:

A Nação Brasileira adapta como forma de governo, sob o regimento representativo, República Federativa proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitui-se, por união perpetua e indissolúvel das suas antigas províncias, em Estados Unidos do Brasil (CONSTITUIÇÕES DO BRASIL 1891 in CAMPANHOLE; CAMPANHOLE, 1987, p. 593).

A Constituição de 1891 mostra a adoção do Regime Republicano, com a introdução de profundas modificações na estrutura e no exercício de poder, transferindo para o Poder Judiciário o controle da constitucionalidade das leis. As províncias transformaram-se em estados, e os estados fundaram os municípios, mantendo o município neutro, e o Distrito Federal, continua sendo a capital do Brasil.

A seguir, o Art. 4º da Constituição de 1891:

Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se, ou desmembrar-se, para se anexar a outros, mediante aquiescência das respectivas assembléias legislativas, em duas sessões anuais sucessivas e aprovação do Congresso Nacional (CONSTITUIÇÕES DO BRASIL 1891 in CAMPANHOLE; CAMPANHOLE, 1987, p. 593).

Em relação às discussões do processo constituinte, Cury (1996, p.76), resume suas análises nos seguintes termos:

[...] a Constituinte avançou no sentido da defesa da plenitude dos direitos civis, ampliou um pouco os direitos políticos e omitiu-se ante (ou mesmo negou) os direitos sociais. Nesse último caso, se cabe falar em Locke, faz sentido a presença silenciosa de Hobbes no terreno da célebre “questão social”. O silêncio constitucional sobre a desigualdade fazia da igualdade uma tese discriminatória. No campo da educação escolar é possível dizer que a educação teria sido o único direito social insinuado no campo dos direitos civis. Mas, mesmo isto, com a hegemonia do liberalismo oligárquico, será ancorado na dimensão de virtus, próprio do esforço individual de cada qual. Assim, não haverá educação obrigatória exatamente porque a oportunidade educacional será vista como demanda individual.

O autor mostra, claramente, que Constituição de 1891 instituiu o sistema federativo de governo e consagrou a descentralização política e administrativa. Os estados, regidos por Constituição própria, passaram a ter autonomia para eleger seus governantes, realizar transações financeiras externas, organizar suas próprias forças policiais e legislar sobre questões fundamentais, como a educação.

Por conseguinte, a descentralização administrativa e política, em todo território nacional, acabou por justificar a ausência da União no campo da educação, bem como de se constituir como um sistema nacional de ensino.

Os estados - autônomos - passaram a legislar e a organizar sua rede de ensino, no que se refere à estrutura, à organização e aos métodos didáticos. Na prática, com a descentralização administrativa, cabia à União criar e controlar a educação no país. Aos estados e municípios cabia criar e controlar o ensino primário e o ensino profissional, incluindo as escolas normais.

Em relação à questão educacional, nas Mensagens, estão associadas às questões e ideias políticas, pedagógicas, educacionais do ensino primário bem como a didática das aulas. Dentre os inúmeros enunciados importantes contidos nas Mensagens, esta pesquisa focalizou os que tratam sobre a instrução primária ou ao ensino primário de 1889 a 1930.

Na sequência, são apresentados os dados da análise quantitativa das Mensagens, referentes ao estado do Maranhão.

Data do envio das

Mensagens Presidente do Estado no período de 1891 a 1930 Quantidade Mensagens/anexos de páginas:

30/06/1889 Alves da Silva 17

07/07 1890 José Thomaz Porcicúncula 16 06/08/1892 Manoel Inácio Belfort Vieira 37 11/06/1892 Manoel Inácio Belfort Vieira 13 22/02/1893 Alfredo da Cunha Martins 45 05/06/1894 Casemiro Dias Vieira Júnior 75 12/07/1894 Casemiro Dias Vieira Júnior 50

07/02/1895 Manoel Inácio B. Vieira 04

02/02/1895 Casemiro Dias Vieira Júnior 50 06/02/1896 Manoel Inácio Belfort Vieira 78 18/02/1897 Manoel Inácio Belfort Vieira 111 12/02/1898 Alfredo da Cunha Martins 126 12/02/1899 João Gualberto Torreão da Costa 236 12/02/1900 João Gualberto Torreão da Costa 241 13/02/1901 João Gualberto Torreão da Costa 180 12/02/1902 João Gualberto Torreão da Costa 195 11/02/1903 Alexandre Collares Moreira Júnior 163 28/02/1904 Alexandre Collares Moreira Júnior 173 16/02/1905 Alexandre Collares Moreira Júnior 185

07/02/1907 Benedicto Pereira Leite 46

21/02/1908 Benedicto Pereira Leite 31

11/02/1909 Arthur Quadros Collares Moreira 23 05/021910 Luiz A. Domingos da Silva 140 12/02/1911 Luiz A. Domingos da Silva 27 05/02/1912 Luiz A. Domingos da Silva 26 05/02/1913 Luiz A. Domingos da Silva 26 05/02/1914 Luiz A. Domingos da Silva 19

05/02/1915 Herculano Nina Parga 61

05/02/1916 Herculano Nina Parga 175

05/02/1917 Herculano Nina Parga 29

05/02/1918 Antonio Bricio de Araújo 38

05/02/1919 Raul da Cunha Machado 70

05/02/1920 Urbano Santos da Costa Araújo 26 05/02/1921 Urbano Santos da Costa Araújo 47 05/02/1922 Urbano Santos da Costa Araújo 47

05/02/1923 Raul Cunha Machado 39

05/02/1923 Godofredo Mendes Lima 13

05/02/1924 Godofredo Mendes Lima 82

05/02/1925 Godofredo Mendes Lima 79

05/02/1926 Godofredo Mendes Lima 38

05/02/1927 J. Magalhães de Almeida 128

05/02/1928 J. Magalhães de Almeida 161

05/02/1929 J. Magalhães de Almeida 116

05/02/1930 J. Magalhães de Almeida 143

Fonte: Adaptado de: <www.crl.edu/brazil>.

Observa-se que, no estado do Maranhão, houve 17 Presidentes de Estado, na Primeira República. E quase todas as Mensagens foram enviadas na primeira quinzena de fevereiro de cada ano. Sobre instrução pública, encontram-se 3.625 páginas em mensagens, anexos e mapas, sobre vários assuntos do interesse político maranhense. As Mensagens envolvem aspectos, tais como: saúde pública, hospitais, finanças, economia, pecuária, assistência social, eleições, edificações urbanas, agricultura, estrada de ferro, serviço público, sistema carcerário, rodovias e outros.

Após a instalação e a construção dos grupos escolares e a Escola-Modelo, estes se tornaram espaços de inovações, servindo de referência para os demais estabelecimentos de ensino, por meio das Mensagens. Estas determinavam a convocação anual de professores do interior, para examinarem as inovações e os exercícios pedagógicos em ambas as instituições e ainda os serviços escolares sob a coordenação do Secretário do Interior, a quem cabia coordenar a instrução pública. A Primeira República constituiu-se como um período de transição em que se identificaram transformações ocorridas, conforme constam nas Mensagens pesquisadas. Em relação ao estado do Maranhão, as Mensagens apontavam uma alta taxa de crianças fora da escola e os baixos custos para o seu funcionamento.

A seguir, apresenta-se o quantitativo das Mensagens dos Presidentes do estado de Minas Gerais.

Tabela 2 - Quantitativo das Mensagens dos Presidentes do estado de Minas Gerais Data do envio das

Mensagens Presidente do Estado no período de 1891 a 1930 Quantidade Mensagens/anexos de páginas: 18/06/1891 Antonio Augusto de Lima8 63

21/01/1892 Eduardo Ernesto da Gama Cerqueira 37 (15 p. em anexo) 21/04/1893 Affonso Augusto Moreira Penna 35

21/04/1894 Affonso Augusto Moreira Penna 41 21/04/1895 Chrispim Jacques Bias Fortes 32 15/06/1896 Chrispim Jacques Bias Fortes 41 15/06/1897 Chrispim Jacques Bias Fortes 32 15/06/1898 Chrispim Jacques Bias Fortes 46 15/06/1899 Francisco Silviano de Almeida

Brandão 67

15/06/1900 Francisco Silviano de Almeida

Brandão 56

15/06/1901 Francisco Silviano de Almeida

Brandão 53

15/06/1902 Joaquim Cândido da Costa Sena 67 15/06/1903 Francisco Antonio de Salles 74 15/06/1904 Francisco Antonio de Salles 112 04/12/1904 Francisco Antonio de Salles 12

15/06/1905 Francisco Antonio de Salles 60 15/06/1906 Francisco Antonio de Salles 99 (81 p. em anexo)

15/06/1907 João Pinheiro da Silva 56

15/06/1908 João Pinheiro da Silva 54

19099 Wenceslau Braz Pereira Gomes 49

14/06/1910 Wenceslau Braz Pereira Gomes 62

15/06/1911 Júlio Bueno Brandão 77

15/06/1912 Júlio Bueno Brandão 94

15/06/1913 Júlio Bueno Brandão 116

15/06/1914 Júlio Bueno Brandão 127

15/06/1915 Delfim Moreira da Costa Ribeiro 171 15/06/1916 Delfim Moreira da Costa Ribeiro 159

15/06/1917 Delfim Moreira da Costa Ribeiro 126 Continua…

8.

O ex-presidente de estado, nomeado em 14/03/1891, governou de 18/03/1891 e 18/07/1891 (ARAÚJO, 2012, p. 103).

9

. A Mensagem em apreço não apresenta datação referente ao dia e ao mês de envio da mesma (ARAÚJO, 2012, p. 103).

15/06/1918 Delfim Moreira da Costa Ribeiro 148 15/06/1919 Artur da Silva Bernardes 120 15/06/1920 Arthur da Silva Bernardes 115 15/06/1921 Arthur da Silva Bernardes 102 14/06/1922 Arthur da Silva Bernardes 102

14/06/1923 Raul Soares de Moura 272

14/06/1924 Raul Soares de Moura 318

14/06/1925 Fernando de Mello Vianna 386 14/06/1926 Fernando de Mello Vianna 414 14/07/1927 Antonio Carlos Ribeiro de Andrada 140 14/07/1928 Antonio Carlos Ribeiro de Andrada 195 01/08/1929 Antonio Carlos Ribeiro de Andrada 236 01/08/1930 Antonio Carlos Ribeiro de Andrada 342 Fonte: ARAÚJO (2012, p. 102-103). Disponível em: <www.crl.edu/brazil>

A tabela acima apresenta 41 Mensagens, enviadas totalizando 4.420 páginas, durante a Primeira República, cada uma com um número diferenciado de páginas. Estas foram enviadas por 15 Presidentes de estado, com uma gestão que variava de um até seis anos, reproduzindo o discurso político de cada um deles.

Em relação às Mensagens dos Presidentes do estado de Minas Gerais, estas são evidentes e se constituíram em práticas que, ao longo dos 40 anos, resultaram em melhorias na instrução pública, como a construção de grupos escolares, denominados palácios de instrução, onde a instrução primária era considerada modelo para as outras escolas mineiras. O conteúdo das Mensagens diferenciava-se de Presidente para Presidente.

A seguir, apresenta-se o quantitativo das Mensagens dos Presidentes do estado do Mato Grosso.

Tabela 3- Quantitativo das Mensagens dos Presidentes do estado do Mato Grosso Data do envio das

Mensagens Presidente do Estado no período1891 a 1930 Quantidade Mensagens/anexos de páginas: 01/06/1892 Generoso Paes Leme de Souza Ponce 12

13/05/1893 Manoel José Murtinho 22

13/05/1894 Manoel José Murtinho 66

13/05/1895 Manoel José Murtinho 27 01/02/1896 Antonio Correia da Costa 31

01/02/1897 Antonio Correia da Costa 33

01/02/1899 Antonio Cesário de Figueiredo 37 03/02/1900 Antonio Pedro Alves de Barros 35

02/02/1901 Antonio Pedro Alves de Barros 11

02/02/1902 Pedro Alves de Barros 55 10/01/1903 Antonio Pedro Alves Barros 32

03/03/1904 Antonio Pedro Alves Barros 18 04/03/1905 Antonio Pedro Alves Barros 26

06/07/1906 Pedro Leite Osório 06

13/05/1907 Pedro Leite Osório 30

15/05/1908 Generoso Paes Leme de Souza Ponce 39 13/05/1909 Pedro Celestino Correia da Costa 28 13/05/1910 Pedro Celestino Correia da Costa 24 13/05/1911 Pedro Celestino Correia da Costa 34 13/05/1912 Joaquim Augusto da Costa Marques 66

13/05/1914 Joaquim Augusto da Costa Marques 88 13/05/1915 Joaquim Augusto da Costa Marques 72 15/05/1916 Caetano Manoel de Faria

Albuquerque

99

22/01/1918 Camillo Soares de Moura 10

17/01/1918 Camillo Soares de Moura 07

13/05/1918 Francisco de Aquino Correia 69 07/09/1919 Francisco de Aquino Correia 134 07/09/1920 Francisco de Aquino Correia 180 07/09/1921 Francisco de Aquino Correia 36 13/05/1922 Pedro Celestino Correia da Costa 73 21/05/1923 Pedro Celestino Correia da Costa 98 13/05/1924 Pedro Celestino Correia da Costa 93

13/05/1925 Estevão Alves Correia 64

13/05/1926 Mário Correia da Costa 102

13/05/1927 Mário Correia da Costa 202

13/05/1928 Mário Correia da Costa 192

13/05/1929 Mário Correia da Costa 199

13/05/1930 Anibal Toledo 151

Fonte: Adaptado de: <www.crl.edu/brazil.>.

No estado do Mato Grosso, houve Presidentes, durante o período de 1889 a 1930. Foram enviadas 39 mensagens, contendo 1.840 páginas, sobre a instrução pública. Muitas delas ficaram, simplesmente, no discurso sem serem efetivadas. Dentre elas, para a referida investigação, escolheram-se as Mensagens vinculadas à instrução pública e, principalmente, ao ensino primário.

Considerando que as Mensagens indicavam os caminhos que os agentes políticos deveriam seguir, principalmente, em relação à escola primária, o conteúdo presente nas Mensagens refere-se aos seguintes aspectos: construção de escolas, contratação de professores, compra de mobiliário, aquisição de material didático, inspetoria, nomeação de diretores da escola e ampliação de salas de aulas.

A política matogrossense teve êxito nacionalmente, a partir da instalação do Governo Republicano e do incentivo à efetivação da instrução pública, mencionada por todos os Presidentes nas Mensagens enviadas ao governo central, sobre as quais Siqueira Sá e Palhares Sá (2011, p. 30) destacam:

A primeira iniciativa, após a implantação do governo republicano, voltada para a educação popular, foi a reorganização da instrução pública em 1891 e, posteriormente, em 1896, incorporando novos discursos, como a obrigatoriedade escolar, a laicidade, a gratuidade do ensino e a proposição de uma nova metodologia: o ensino intuitivo. No entanto, tais regulamentos foram gestados nesse cenário de confrontos entre coronéis, interrompendo o funcionamento das escolas e criando um ambiente impróprio para as discussões em torno dos problemas de ensino. O resultado foi que muitas prescrições legais não foram aplicadas na prática educativa, como foi o caso do programa escolar e do uso do método intuitivo.

Conforme as considerações dos autores, o método intuitivo é um método experimental que possibilita a aprendizagem por meio da observação, utilizando-se de novos materiais, com finalidade de educar os alunos de forma inovadora, na construção do conhecimento e da implementação de atividades produtivas. Esse método tornou-se presente nas escolas públicas matogrossenses, no final do século XIX.

Sobre a organização do estado do Mato Grosso, Siqueira Sá e Palhares Sá (2011) destacam que esta começou a ter raízes consistentes com a implantação do governo republicano, e o fator responsável para isso foi a reorganização da instrução pública sobre a qual o governo federal enviava mensagens, anualmente, de 1889 a 1930.

CAPÍTULO II

A REPÚBLICA NO BRASIL: ORGANIZAÇÃO CONSTITUCIONAL E EDUCACIONAL