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4 O COMITÊ DAS REGIÕES

4.1 Origem, Estrutura e Funcionamento

O Tratado da União Européia reconhece política e institucionalmente o papel específico dos poderes regionais e locais na ordem comunitária. Na busca pela formação de uma efetiva união política entre os Estados-Membros e os povos europeus, os poderes regionais e locais compõem um dos pilares do sistema democrático na Europa. Assim, as regiões e os cidadãos locais são sinônimo de democracia, diversidade cultural e desenvolvimento socioeconômico na Europa, contribuindo para formação democrática da União101.

O Comitê das Regiões, criado pelo Tratado da União Européia, em 1992, com o objetivo de associar as coletividades territoriais (regiões, cidades e municípios) à elaboração de políticas comunitárias, funciona como o porta-voz das organizações subnacionais dos Estados-membros, perante a Comissão, o Parlamento e o Conselho, a quem envia orientações. A sua criação resultou de uma mobilização em favor da contribuição das regiões e das pessoas coletivas territoriais para o processo decisório europeu, no qual as organizações européias de poderes regionais e locais desempenharam um papel histórico102.

Ocupando importante papel de órgão consultivo da União Européia, o Comitê das Regiões é um dos responsáveis pela emergência da dimensão regional subnacional européia. Isto significa dizer que novos atores, representantes locais dos países membros, estão adquirindo voz ativa no processo de integração regional. Esta participação dos atores políticos subnacionais no Comitê das Regiões é tida como umas das formas mais democráticas de representação dos interesses e direitos dos cidadãos.

No contexto da crise de representação política que caracteriza o estágio atual dos processos de integração regional, a presença de atores subnacionais - prefeitos, governadores, presidentes de regiões, etc. - como protagonistas do cenário institucional europeu é considerada uma contribuição ao processo de "democratização" das decisões supranacionais. Essa hipótese gera uma outra: a atuação desses atores, representantes do Estado nacional concebido como construção social e territorial, legitima, perante a sociedade regional e local, a

101

62ªReunião da mesa do Comitê das Regiões, 2002. “Cooperação com as associações européias de representação regional e local”.

cessão de soberania necessária à adesão ao projeto de integração. (STUART, 2002: 01).

A sua criação é mais um passo na intenção de continuar, tal como estabelecido no preâmbulo do Tratado da União Européia, "o processo de criação de uma união cada vez

mais estreita entre os povos da Europa, em que as decisões se tomem da forma mais próxima possível dos cidadãos de acordo com o princípio da subsidiariedade".103

Algumas datas significativas:

1992 -Tratado de Maastricht – Criação do CdR 1994 -1ªreunião plenária em Bruxelas

1995 -O CdR passa de 189 para 222 membros na UE dos 15

1997 -Tratado de Amsterdã – Reforço do CdR (alargamento dos domínios de consulta obrigatória e consulta pelo Parlamento Europeu)

2003 -Tratado de Nice – Membros do CdR devem ter mandato eletivo ou responder politicamente perante uma assembléia eleita

2004 -O CdR passa de 222 para 317 membros na UE dos 25

2004 -Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa – Expansão da posição institucional e do papel político do CdR

2007: o CdR possui 344 membros na EU dos 27.

Fonte: www.cor.europa.eu

Quadro 2

Este órgão está previsto no Tratado da UE, no capítulo que trata dos órgãos consultivos da Organização, no Artigo I-32°, 2:

O Comitê das Regiões é composto por representantes das coletividades regionais e locais que sejam quer titulares de um mandato eleitoral a nível regional ou local, quer politicamente responsáveis perante uma assembléia eleita.104

Corresponde, na verdade, a uma espécie de instância complementar das três instituições comunitárias, isto é, a Comissão, o Conselho e o Parlamento. Os tratados obrigam essas instituições a consultarem o CdR sempre que são feitas novas propostas em domínios com repercussões no plano regional ou local. Cinco desses domínios foram estabelecidos pelo Tratado de Maastricht – coesão econômica e social, redes de infraestruturas transeuropeias, saúde, educação e cultura. Outros cinco domínios foram acrescentados pelo Tratado de

103

Disponível em: http://www.dip-badajoz.es/eurolocal/pttxt/eu/origenes/creg.htm. Acesso em: 12/09/2006.

104Disponível em: http://europa.eu.int/eur-

Amsterdã – política de emprego, política social, ambiente, formação profissional e transportes. Assim, dentro desses domínios, este órgão garante o respeito pela identidade e os direitos regionais e locais dos Estados-membros perante a Comissão e o Conselho.105

No caso de assuntos que vão além desses domínios taxados, a Comissão e o Conselho, juntamente com o Parlamento, possuem a faculdade de consultar o Comitê das Regiões se julgarem que uma proposta tem importante implicação no âmbito regional e local. Além disso, o CdR pode também emitir pareceres por sua própria iniciativa, o que lhe confere a qualidade de submeter assunto à agenda da EU.

Este órgão também está previsto, juntamente com o Comitê Econômico e Social, na Constituição Européia a ser ratificada,

Artigo I-32.° Órgãos consultivos da União

1. O Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão são assistidos por um Comitê das Regiões e por um Comitê Econômico e Social, que exercem funções consultivas.

2. O Comitê das Regiões é composto por representantes das coletividades regionais e locais que sejam quer titulares de um mandato eleitoral a nível regional ou local, quer politicamente responsáveis perante uma assembléia eleita.

3. O Comitê Econômico e Social é composto por representantes das organizações de empregadores, de trabalhadores e de outros atores representativos da sociedade civil, em especial nos domínios socioeconômico, cívico, profissional e cultural. 4. Os membros do Comitê das Regiões e do Comitê Econômico e Social não estão vinculados a quaisquer instruções. Exercem as suas funções com total independência, no interesse geral da União.

5. As regras relativas à composição destes Comitês, à designação dos seus membros, às suas atribuições e ao seu funcionamento são definidas nos artigos III- 386.o a III-392.o.

As regras referidas nos n.os 2 e 3 relativas à natureza da sua composição, são periodicamente revistas pelo Conselho, por forma a ter em conta a evolução econômica, social e demográfica na União. O Conselho, sob proposta da Comissão, adota decisões européias para o efeito.

A sua estrutura está formada por representantes dos organismos regionais e locais. Os seus membros são designados pelos governos dos Estados-Membros da UE, mas exercem as suas funções com plena independência política, no interesse geral da União Européia. São nomeados pelo Conselho Europeu por um período de quatro anos e podem ser reconduzidos nas suas funções. Esses representantes devem também dispor de um mandato das autoridades que representam ou ser perante estas politicamente responsáveis.106 É o que diz o Tratado de Nice no seu artigo 263.º alterado, quando admite que o exercício de um mandato no Comitê das Regiões depende do exercício de um mandato eleitoral nas coletividades regionais ou locais, ou de uma responsabilidade política perante uma assembléia eleita.

105 Disponível em: http://www.cor.eu.int/pt/presentation/Role.htm. Acesso em: 15/07/2006.

Artigo 263.º :

É instituído um comitê de natureza consultiva, adiante designado por “Comitê das Regiões”, composto por representantes das coletividades regionais e locais, quer titulares de um mandato eleitoral a nível regional ou local, quer politicamente responsáveis perante uma assembléia eleita.(...)107

Isto quer dizer que tanto os membros efetivos como os suplentes devem ser quer titulares de um mandato eleitoral, quer politicamente responsáveis perante uma assembléia eleita. O artigo 263.º especifica ainda que o mandato dos membros do Comitê cessa automaticamente no termo do mandato em virtude do qual foram propostos.108

Art 263.°:

(...)Os membros do Comitê, bem como igual número de suplentes, são nomeados por quatro anos, sob proposta dos respectivos Estados-membros. Podem ser reconduzidos nas suas funções. O Conselho, deliberando por maioria qualificada, aprova a lista dos membros efetivos e suplentes estabelecida em conformidade com as propostas apresentadas por cada Estado-membro. O mandato dos membros do Comitê cessa automaticamente no termo do mandato, referido no primeiro parágrafo, em virtude do qual foram propostos, sendo substituídos pelo período remanescente do mandato no Comitê de acordo com o mesmo processo. Nenhum membro do Comitê pode ser simultaneamente membro do Parlamento Europeu. Os membros do Comitê não devem estar vinculados a quaisquer instruções. Exercerão as suas funções com plena independência, no interesse geral da Comunidade109.

A composição e a repartição dos lugares entre os Estados-membros é semelhante a do Comitê Econômico e Social. O Tratado de Nice fixou o número máximo de membros (350) e a Declaração n.° 20 fixou a mesma posição comum dos Estados-Membros nas negociações de adesão.

Assim sendo, a partir da criação do Comitê, às regiões, às cidades e às autarquias intermediárias passou a ser possível intervir, através de seus representantes, no processo de decisão comunitário. Esta tornou-se então um dos mecanismos de participação da sociedade civil na União, já que funciona como um elo direto entre as instituições européias e as regiões, municípios e cidades da União.

O Comitê é formado por 344 membros e por igual número de suplentes nomeados por unanimidade pelo Conselho por e sob proposta dos Estados-membros, por um período de quatro anos110, renováveis. São em grande parte presidentes das regiões, presidentes de câmaras, governadores civis, ou seja, conforme dito anteriormente, pessoas que exercem

107 Tratado de Nice.

108 Disponível em: http://europa.eu.int/scadplus/nice-treaty/. 109

Tratado de Nice.

110 De acordo com o Regimento do Comitê das Regiões, em seu art. 3°, “o mandato de quatro anos de um membro ou suplente inicia-se na data de início da vigência da decisão de nomeação pelo Conselho”.

funções efetivas do governo, próximas do cidadão, tendo assim uma experiência direta de como as políticas da União, que influenciam na vida da sociedade civil.111

Quadro Indicativo dos Membros do CdR

País Membro País Membro

Alemanha 24 República Checa 12

França 24 Suécia 12

Itália 24 Dinamarca 9

Reino Unido 24 Eslováquia 9

Espanha 21 Finlândia 9 Polônia 21 Irlanda 9 Romênia 15 Lituânia 9 Áustria 12 Eslovênia 7 Bélgica 12 Estonia 7 Bulgária 12 Letônia 7 Grécia 12 Chipre 6 Hungria 12 Luxemburgo 6

Países Baixos 12 Malta 5

Portugal 12 Total 344

Tabela 4

Dados adaptados da Fonte:http://ec.europa.eu/ Acesso: 16/09/2006.

Os órgãos que formam o CdR são: a Assembléia Plenária, o Presidente, a Mesa112 e as Comissões. No seu Regimento, no Artigo 13º, encontra-se a competência da Assembléia Plenária113, que consiste basicamente em: adotar pareceres, relatórios e resoluções; aprovar previamente o mapa das receitas e despesas do Comitê; adotar o programa político do Comitê no início de cada mandato; eleger o presidente, o primeiro vice-presidente e os restantes membros da Mesa; constituir as comissões. O próprio Comitê designa, entre os seus membros, o presidente, o primeiro vice-presidente e a Mesa por um período de dois anos. Também é de sua competência estabelecer o seu próprio Regimento. O Secretariado-geral é responsável por assegurar o seu funcionamento.

111 Disponível em <http://www.cor.eu.int/pt/presentation/member_mandate.htm>. Acesso em: 12/09/2006. 112 A Mesa é composta por a) Presidente; b) primeiro vice-presidente; c) um vice-presidente por cada Estado- Membro; d) vinte e cinco membros; e) presidentes dos grupos políticos. A distribuição dos lugares pelas delegações nacionais faz-se do modo seguinte, não entrando em conta o cargo de presidente, de primeiro vice- presidente, nem os lugares dos presidentes dos grupos políticos: 3 lugares: Alemanha, Espanha, França, Itália, Polónia, Reino Unido; 2 lugares: Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Lituânia, Países Baixos, Portugal, República Checa, Suécia. 1 lugar: Chipre, Eslovénia, Estónia, Letónia, Luxemburgo e Malta. (art. 28 do Regimento do CdR)

113 Art. 17 do Regimento do Comitê das Regiões: As reuniões da Assembléia são públicas, salvo deliberação contrária sua relativamente à totalidade da reunião ou a dado ponto da ordem do dia. Podem participar nas reuniões plenárias representantes do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão, os quais podem ser convidados a usar da palavra.

No princípio de cada mandato quadrienal, a Assembléia Plenária é encarregada de instituir comissões incumbidas de elaborar os seus trabalhos. As suas composições e atribuições são decididas pelo plenário, mediante proposta da Mesa. A composição das mesmas deve refletir a representação dos Estados-Membros existente no Comitê. Essas comissões elaboram, designadamente, projetos de pareceres, de relatórios e de resoluções a serem submetidos à Assembléia Plenária para adoção, dentro do prazo fixado pelo presidente. Não haverá mais de duas reuniões para elaborar o projeto de parecer ou de relatório, não se contando a primeira reunião, em que se procede à organização dos trabalhos. Os membros do Comitê tomarão assento em uma comissão, podendo tomar assento em duas, mas nunca em mais do que duas, salvas as exceções previstas pela Mesa para os membros das delegações nacionais que têm menos membros do que o número de comissões.114

Em outras palavras, a atividade do Comitê é exercida por meio de seis comissões especializadas, formadas por membros do CdR, que examinam minuciosamente as propostas sobre as quais é solicitado o seu parecer, emitindo então um projeto de parecer contendo as concordâncias e as modificações que acreditam serem necessárias. Esse projeto é debatido numa das cinco reuniões plenárias anuais, e sendo aprovado por maioria, será adotado como parecer do CdR, sendo enviado ao Conselho, à Comissão e ao Parlamento. As decisões das comissões são tomadas por maioria dos sufrágios expressos. Apenas os votos a favor e contra são tidos em consideração. Em caso de empate, a proposta submetida à votação é rejeitada. Uma comissão reúne-se validamente se estiver presente a maioria dos seus membros. O quorum é verificado unicamente a requerimento de, pelo menos, dez membros. Não havendo verificação prévia, qualquer votação é válida, independentemente do número de votantes.115

Atualmente existem seis comissões: COTER: Comissão de Política de Coesão Territorial; ECOS: Comissão de Política Econômica e Social; DEVE: Comissão de Desenvolvimento Sustentável; EDUC: Comissão de Cultura e Educação; CONST: Comissão de Assuntos Constitucionais e Governança Européia; RELEX: Comissão de Relações Externas.

Importantes também nas atividades do Comitê das Regiões, são os seus grupos políticos. De acordo com o art. 7° do Regimento Interno do Comitê das Regiões, “As delegações nacionais e os grupos políticos contribuem equilibradamente para a organização dos trabalhos do Comitê”. Os grupos políticos e seus respectivos secretariados possuem um papel fundamental no posicionamento político e interinstitucional do CdR, bem como na

114 Regimento do Comitê das Regiões.

difusão e visibilidade dos seus relatores, especificamente frente ao Parlamento Europeu. Cada grupo político cultiva estreito contato com o seu homólogo no Parlamento. Os membros dos grupos têm participado em grupos de trabalho e fóruns compostos por eurodeputados, comissários e representantes de partidos nacionais, elaborando recomendações, relatórios, pareceres e outras publicações, que por si só constituem uma oportunidade para os membros do CdR atuarem de forma persuasiva nas posições dos partidos políticos do Parlamento, e para deixá-los conscientes do papel do Comitê e das autoridades territoriais européias.

Os grupos políticos têm igualmente por função servirem de ponte para os seus homólogos do PE. Os contactos antecipados com os relatores e “relatores-sombra” (shadow rapporteurs) antes da adoção de uma posição do PE levaram a uma maior conscientização do trabalho do CR e a uma afirmação do perfil político das suas posições. Para isto contribuiu igualmente a inclusão dos grupos políticos na página internet do CR.116

O Comitê elabora pareceres, relatórios e resoluções, que são publicados no Jornal Oficial da União. Os pareceres traduzem a opinião do Comitê e são compostos de recomendações ou propostas concretas de alterações. Cada parecer é acompanhado, em documento separado, da respectiva justificação. Os relatórios propõem análises e sugestões sobre assuntos da competência do CdR. Por sua vez, as resoluções versam sobre assuntos relacionados com as atividades da União Européia que tenham por objeto assuntos de grande interesse e atualidade para as pessoas coletivas territoriais regionais e locais117.

O Comitê das Regiões adota pareceres, em concordância com o artigo 265.º do Tratado CE:

- Quando consultado pela Comissão ou pelo Conselho nos casos previstos no Tratado que institui a Comunidade Européia, bem como por uma destas instituições ou pelo Parlamento em todos os demais casos.

- Por sua própria iniciativa.

- Quando o Comitê Econômico e Social Europeu for consultado e o Comitê das Regiões entender estarem em causa interesses regionais específicos. 118

O artigo 38 do Regimento Interno do Comitê das Regiões traz a base jurídica dos pareceres, informando as situações em que o CdR deverá ou poderá manifestar-se para emiti- los:

Artigo 38º: O Comitê emite parecer, nos termos e para os efeitos do artigo 265º do Tratado que institui a Comunidade Européia, a) a consulta da Comissão ou do Conselho nos casos previstos no Tratado que institui a Comunidade Européia e a consulta de uma destas instituições ou do Parlamento Europeu em todos os demais casos, b) por sua própria iniciativa, c) quando o Comitê Econômico e Social Europeu for consultado ao abrigo do artigo 262º do Tratado que institui a Comunidade Européia, e o Comitê das Regiões entender estarem em causa interesses regionais específicos.119

116 R/CdR 62/2005.

117 Disponível em: http://europa.eu/scadplus/leg/pt/lvb/o10002.htm Acesso em: 16/09/2006. 118

Tratado CE.

119 Regimento Interno Comitê das Regiões. Disponível em: http://www.cor.europa.eu/document/pt/int_reg_pt.pdf Acesso em: 16/09/2006.

A elaboração de pareceres e relatórios segue um rito120 especial. Tanto os pareceres como os relatórios são primeiro tratados pelo Presidente, que, em seguida, os atribui às comissões competentes, fixando um prazo de elaboração. Não haverá mais de duas reuniões para elaborar o projeto de parecer ou de relatório, não se contando a primeira reunião, em que se procede à organização dos trabalhos. Quando diversas comissões possam invocar competência para tratar o mesmo assunto, o presidente designa a comissão competente e, se necessário, uma ou mais comissões a título complementar.

Para a elaboração de um projeto de parecer ou de relatório, as comissões designam, por proposta dos respectivos presidentes, um relator, e em casos justificados dois relatores. Não podendo a comissão designada elaborar um projeto de parecer ou de relatório no prazo estabelecido, um relator-geral pode ser designado pela Assembléia Plenária ou pelo Presidente. Cabe ao relator-geral o dever de elaborar o projeto e submetê-lo diretamente à Assembléia Plenária.

Os requerimentos de elaboração dos pareceres ou dos relatórios de iniciativa podem ser propostos à Mesa por três dos seus membros, por uma comissão, representada pelo respectivo presidente, ou por 32 membros do Comitê. A Mesa aprova os referidos requerimentos por maioria de três quartos dos membros presentes.

Em caráter de urgência, no caso de o prazo estabelecido não poder ser respeitado no processo normal, e tendo a comissão competente adotado o seu projeto de parecer ou de relatório por unanimidade, o Presidente transmitirá o projeto de parecer ou de relatório ao Conselho, à Comissão e ao Parlamento para informação antes da sua adoção em Assembléia Plenária. A Assembléia Plenária deve então adotá-lo na sessão seguinte, não sendo admitida qualquer alteração.

Artigo 25º do Regimento do Comitê das Regiões – Pareceres e relatórios

urgentes. “Havendo urgência, por o prazo assinado pelo Conselho, pela Comissão ou pelo Parlamento Europeu não poder ser respeitado no processo normal, e a comissão competente tiver adotado o seu projeto de parecer ou de relatório por