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OS ÚLTIMOS ANOS DE DAVI 1 Os três anos de fome (cap 21).

2. O cântico de Davi (cap. 22).

3. As últimas palavras de Davi (cap. 23).

4. O pecado de Davi por contar o povo (cap. 24). Qual foi a causa da fome mencionada no capítulo 21. (Comp. Josué cap. 9). Que pena pagou a família de Saul pela violação dêste juramento ?

O capítulo 22 foi chamado por Spurgeon “O retros­ pecto de gratidão” . No fim de sua vida, Davi revê o pas­ sado, as vicissitudes e provas de sua vida e reconhece com gratidão a graça e a fidelidade de Jeová.

Os primeiros sete versículos do capítulo 23 regis­ tram as últimas palavras de Davi. Nesta conexão se deve ler o Salmo 72, cujo último versículo parece indicar que fôsse a última oração de Davi. Quais as três coisas men­ cionadas referentes a Davi no versículo 1 ? O que decla­ rou Davi acêrca de si no versículo 2 ? Quem foi teste­ munha disso? (Mat. 22:43). Na opinião de Davi, como se descreve um governador ideal, escolhido por Deus *> (vers. 3, 4). Sentia Davi que êle e sua casa tinham al­ cançado êste ideal ? (v. 5). Apesar de ter encontrado muitas dificuldades e fracassos, que fato o consola (v. 5). Que disse a respeito de seus inimigos ? (vers. 6, 7). O resto do capítulo dá uma relação dos valentes de Davi e das suas façanhas. Os versículos 16 e 17 nos dão uma idéia da devoção dêstes homens para com Davi e do aprêço de Davi ao valor dêles.

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O capítulo 24 relata o pecado de Davi em contar o povo. Uma comparação com I Crôn. 21:1-6 demonstra que foi Satanás o instigador disso. “Deus, embora Êle não tente a ninguém, (Tiago 1:13). freqüentemente é descrito na Escritura como se Êle fizesse aquilo que re­ almente Êle apenas permitiu que se fizesse por outrem. Nêste caso, Êle permitiu que Satanás tentasse Davi. Sa­ tanás foi quem agiu enquanto Deus somente retirou Sua graça sustentadora. Assim o grande tentador prevaleceu contra o rei. A ordem foi dada por Joabe, quem, embo­ ra, em geral, não fôsse escrupuloso, não deixou de apre­ sentar em têrmos fortes (I Crôn. 21:3) o pecado e o pe­ rigo desta medida, e usou todos os argumentos para dis­ suadir o rei do seu propósito. O fato de contar o povo não foi em si mesmo ato pecaminoso; porque Moisés o fêz pela autoridade expressa de Deus. Mas Davi agiu, não somente independente de tal ordem ou sanção, mas por motivos indignos do divinamente escolhido rei de Israel; por motivos de orgulho e vanglória. Agiu por au­ to-confiança e falta de confiança em Deus, e sobretudo, por desígnios ambiciosos de conquista, para cujo êxito estava resolvido a forçar o povo ao serviço militar e para averiguar se podia ou não reunir um exército suficiente­ mente grande para a magnitude da emprêsa que pen­ sava efetuar. Era uma violação da constituição, uma in­ fração da liberdade do povo, em oposição àquela política divina que exigia que Israel continuasse como uma nação separada” (Comentário de Jamieson, Fausset, and Bro- wn).

CAPÍTULO IX

PRIMEIRO LIVRO DOS REIS

Tema. Em I e II Samuel relata-se como a nação ju­ daica exigiu um rei a fim de tornar-se como as demais nações. Embora contrária à Sua perfeita vontade, Deus lhe concedeu essa petição. Neste livro aprendemos a história de Israel sob os reis. Apesar de governarem mui­ tos reis de caráter reto, a história da maior parte dêles é a de governos máus e de iniqüidade. De acôrdo com a Sua promessa em I Samuel 12:18-24, o Senhor não deixou de abençoar o Seu povo quando O buscava, mas, por outra parte, nunca deixou de castigá-lo quando se se­ parava d‘Êle.

Autor. O autor humano é desconhecido. Acredita-se que Jeremias compilou os registros escritos por Natã, Gade (I Crôn. 29:29) e outros.

Esfera de ação. Desde a morte de Davi até o reinado de Jorão sôbre Israel, cobrindo um período de 118 anos desde 1015 a 897 antes de Cristo.

CONTEÚDO.

I. O Estabelecimento do Reino de Salomão (caps.

1, 2).

II. O Reinado de Salomão (caps. 3-11).

III. A Divisão e Declínio do Reino (caps. 12-22). I. O ESTABELECIMENTO DO REINO DE SALOMAO.

1. A conspiração de Adonias (1:1-38). 2. Salomão nomeado por Davi (1:39-53).

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3. A morte de Davi (2:1-11).

4. A subida de Salomão ao trono (2:12-46).

Qual era a condição física de Davi nêste tempo ? Quem procurou tomar o reino ? O que devia ter servido de aviso para êle ? (II Sam. 15:1-6). Quais foram os seus cúmplices ? Como foi frustada a conspiração ? Por que Adonias não podia tornar-se rei? (I Crôn. 22:9, 10).

Referente ao último encargo de Davi a Salomão (2:1-9). citamos do comentário de Bahr :

“As instruções especiais referentes a pessoas indi­ viduais, Davi comunica-as, não como um homem parti­ cular, mas como o rei de Israel. O assassinato duplo co­ metido por Joabe tinha passado sem ser castigado. Quan­ do foi cometido, Davi não estava em condições de poder castigar a Joabe; mas sentia todo o pêso dêste seu ato, e, horrorizado, proferiu uma imprecação contra êste homem (II Sam. 3:29). Na opinião do povo, porém, a falta de castigo deve ter sido considerada como um insul­ to contra a lei e a justiça, e a culpa recaiu sôbre o rei. Era uma mancha no seu reinado que ainda não estava apagada. Mesmo no leito da morte, Davi pensa que é o seu dever, como juiz supremo, dar ao seu sucessor uma ordem explícita acêrca disso. Fesava na sua consciência e êle desejava que de alguma maneira (“faze conforme a tua sabedoria” ) a mancha fôsse removida. Além disso, a participação de Joabe na revolta de Adonias devia pa­ recer muito perigosa para o trono de Salomão. Assim como o castigo de Joabe é uma questão de consciência, do mesmo modo o foi a recompensa de Barzilai. O que Barzilai tinha feito, o fêz para êle como rei, como ungi­ do de Jeová. Tal fidelidade e devoção à casa reinante devia ser recompensada publicamente e reconhecida em honrosa recordação depois da morte do rei. Em contras­ te direto à ação de Barzilai estava a de Semei. Êle não amaldiçoou Davi como particular, mas o amaldiçoou com a maldição mais pesada, como o ungido de Jeová. Assim

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amaldiçoou indiretamente ao próprio Jeová, porque a blasfêmia contra o rei estava no mesmo nível da blasfê­ mia contra Deus (II Reis 21.10). Ambas eram passivas de castigo de morte (Lev. 24:14; Èxo. 22:27) razão por que Abisai pensou que Semei devia morrer (II Sam. 19:22). Mas Davi desejava mostrar-se compassivo nêsse dia em que Deus tinha mostrado grande misericórdia para com êle, e por êsse motivo salvou a sua vida. Não era de pouca importância o permitir ao infiel que vivesse perto dêle, (não se falou de nenhum exílio). Permitir-lhe que pas­ sasse os seus dias tranqüilamente sob o reinado seguin­ te, (que nunca lhe foi prometido), teria sido uma bon­ dade que poderia ser muito abusada, abrindo uma pre­ cedência de crimes não castigados. De fato, Semei era um homem perigoso, capaz de repetir o que tinha feito com Davi. Quanto aos demais, Davi deixou que Salomão escolhesse a maneira e o tempo de seus castigos, supos­ to somente que não ficassem impunes”.