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RECONCILIAÇÃO: ISRAEL, A NAÇÃO RESTAU­ RADA (Caps 13:9 a 14:1)

CANTARES DE SALOMÃO

III. RECONCILIAÇÃO: ISRAEL, A NAÇÃO RESTAU­ RADA (Caps 13:9 a 14:1)

1. Embora Israel se tenha destruído por meio do pecado e morrido como nação, Deus o trará à ressurei- ção nacional (13:9-16). Comp. Ezequiel cap. 37.

2. Como alguém que ensina a uma criança a orar, Jeová dá a Israel as palavras exatas que deve usar ao voltar-se a Êle (14:1-3).

3. Assim que Israel estiver preparado com palavras de arrependimento, Jeová estará pronto com palavras de bênçãos e restauração (14:4-9).

J O E L

Tema. A ocasião para a profecia de Joel era uma invasão extraordinàriamente calamitosa de insetos destrutivos — o gafanhoto — que devastava a terra, destruindo as colheitas, e trazendo a fome geral. O profeta vê nesta calamidade uma visitação do Senhor e se refere a ela como um tipo de castigo final do mun­ do — o dia do Senhor (1:15). Como muitos dos outros profetas, Joel predisse o futuro à luz do tempo presen­ te, considerando um acontecimento presente e iminen­ te como símbolo de um acontecimento futuro. Por is-

£0 êle vê na invasão dos gafanhotos um indício da in­ vasão vindoura do exército assírio (cap. 2:1-27; comp. Isaías caps. 36, 37). Projetando sua visão ainda mais para o futuro adentro, vê a invasão final da Palestina pelos exércitos confederados do Anticristo. Tomando o “Dia do Senhor” como o pensamento central e recor­ dando que a mesma exprçssão se usa com referência à invasão dos gafanhotos e dos assírios, resumiremos o tema de Joel da seguinte maneira: O dia do Senhor visto como imediato (na invasão dos gafanhotos), co­ mo iminente (na vinda da invasão assíria), e como fu­ turo (na invasão final). I

Autor. Pouco se sabe acêrca de Joel. Acredita-se que profetizou durante o tempo de Joás, rei de Judá

(II Reis, cap. 12). CONTEÚDO.

I. O dia do Senhor visto como imediato: a invasão dos gafanhotos (cap. 1).

II. O dia do Senhor visto como iminente: a in­ vasão assíria (2:1-27).

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III. O dia do Senhor visto como futuro: a invasão final (2:28 a 3:21).

A primeira seção (cap. 1) descreve a praga dos gafanhotos. O terror da praga pode ser julgada pela descrição dos gafanhotos: “A terra sôbre a qual pas­ saram as hordas devastadoras imediatamente assume a aparência da esterilidade e carestia. Bem os roma­ nos chamavam-nas “as quemadoras da terra”, que é o significado literal da palavra “locusta” , ou gafanho­

to. Avançam cobrindo o chão completamente até ocul- tá-lo da vista, e em tais quantidades que muitas vêzes é necessário três ou quatro dias para que passe o exército poderoso. Observado de longe, êste enxame de locustas ao avançar, assemelha-se a uma nuvem de poeira ou areia, alcançando alguns pés de altura en­ quanto as miríades de insetos saltam para adiante. A única coisa que os pode deter é uma mudança repenti­ na do tempo, porque o frio os paraliza. Também es­ tão quietos à noite, formando enxames como abelhas nos arbustos e sebes até o sol da manhã os esquentar, reanimando-os e capacitando-os para prosseguirem a sua marcha devastadora. Não têm “rei” nem chefe-, mas não vacilam e avançam em fileiras compactas le­ vados na mesma direção por um impulso irresistível, e não desviam nem para a direita nem para a esquer­ da, seja qual fôr o obstáculo. Quando se opõe em seu caminho uma parede ou casa, êles sobem verticalmen­ te, passando sôbre o teto para o outro lado e cegamen­ te precipitam-se pelas portas e janelas abertas. Quan­ do chegam à água, seja charco ou rio, lago ou mar aberto, nunca procuram a rodear, mas sem vacilação saltam para dentro e afogam-se; e seus corpos mor­ tos flutuando na superfície formam uma ponte sôbre a qual passam seus companheiros. Muitas vêzes a pra­ ga chega, desta maneira, ao seu fim, mas também co-

mo sucede outras vêzes, a decomposição de milhões de insetos, causa pestilência e morte” — Van Lennap.

O conteúdo da segunda seção pode resumir-se da seguinte maneira:

1. A invasão dos assírios simbolizada pela invasão dos gafalhotos (2:1-11). Os assírios eram como gafanho­ tos por causa de seu número e efeito destrutivo.

2. Um apêlo ao arrependimento (2:12-17). 3. Uma promessa de libertação (2:18-27).

Nos capítuols 2:28 até 3:21 o profeta projeta sua visão do tempo do fim e vê:

1. O derramamento do Espírito sôbre a nação ju­ daica (2:28, 29). Es*a profecia cumpriu-se parcialmen­ te no Dia de Pentecoste.

2. Os sinais que precedem à vinda do Senhor (2:30-32).

3. Armagedom e o juízo das nações (3:1-16). 4. A restauração de Israel (vers. 17-21).

A M Ó S

Tema. A mensagem de Amós é a do castigo vin­ douro e da restauração que surgirá. Nota-se uma certa semelhança com os temas de muitos profetas. Isto se explica pelo fato de haver um fator predominante que ocasionavam suas mensagens, a saber, o pecado nacio­ nal; assim é que as mensagens eram de condenação na maioria dos seus casos. Mas quando tinham a mensa­ gem de repreensão para a nação em geral, tinham tam­ bém a de consolação e restauração por uma minoria fiel. Amós vê o pecado de Israel em relação aos gran­ des privilégios que lhe foram concedidos, e demonstra que por causa dos seus grandes privilégios e por cau­ sa de não andar de uma maneira digna dos favores que Jeová lhes havia concedido, seu castigo seria maior do que o dos pagãos que não gozavam dos mesmos pri­ vilégios que êles gozavam (3:2). O tema de Amós pode expôr-se da seguinte maneira: A exposição dos peca­ dos de um povo privilegiado, cujos privilégios lhes trou­ xeram grande responsabilidade e cujas faltas sob essa responsabilidade lhes acarretaram um castigo de acor­ do com a luz que tinham recebido.

Autor. Amós era natural de Tecoa, situada cêrca de seis milhas ao sul de Belém, habitada na sua maioria por pastores a cuja classe Amós pertencia, sendo tam­ bém um dos que recolhia figos silvestres.

Não foi ordenado oficialmente como profeta, nem tinha assistido à escola dos mesmos; seu único moti­ vo para pregar foi uma chamada divina (7:14, 15). Seu ministério foi especialmente às Dez Tribos, embo­ ra tivesse também uma mensagem para Judá e os paí­ ses-vizinhos. Profetizou durante os reinados de Uzias,

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rei de Judá (II Crôn. cap. 26) e de Jeroboão II, rei de Israel (II Reis 14:23-29), desde 60 até 80 anos antes do cativeiro das Dez Tribos. “Betei foi a cena princi­ pal de sua pregação, talvez a única. Após haver feito alí vários discursos, Amasias, o sumo sacerdote do san­ tuário real, enviou uma mensagem ao rei, que aparen­ temente não estava presente, acusando o pregador de traição, e ao mesmo tempo ordenou a êste último que saísse do reino. Evidentemente havia alguma razão para temer que os pobres oprimidos se rebelassem con­ tra os seus senhores e âmos. As ameaças do castigo vin­ douro perturbariam a muitos ouvintes. As denúncias de crueldade e injustiça produziriam grandes reper­ cussões. A linguagem do sacerdote demonstra todo o desprêzo de um oficial de pôsto elevado, para com um intruso que não é ninguém, um homem que vive a sua vida de uma maneira precária, profetizando (7:10-17). Ao chegar em casa, Amós indubitavelmente escreveu o teôr dos seus discursos” — J. Taylor.

CONTEÚDO.

I. Julgamento sôbre as Nações (caps. 1, 2). II. Julgamento sôbre Israel (caps. 3 até 9:6). III. A Restauração de Israel (caps. 9:7-15). I. JULGAMENTO SÔBRE AS NAÇÕES (Caps. 1, 2).

Israel e Judá são incluídos nesta mensagem acusa­ dora contra as nações, porque Jeová é considerado co­ mo o Juiz de tôdas as nações administrando julgamen­ to imparcial. Notem como começa cada uma destas mensagens: “Por três..., sim por quatro”. Esta é uma maneira figurada de declarar que Deus não castiga imediatamente; mas que Êle espera para poder dar a cada nação a oportunidade do arrependimento”. O Dr. Campbell Morgan resume brevemente o pecado de ca­ da nação da seguinte maneira:

A M Ô S 185

1. O pecado da Síria: crueldade (1:3-5).

2. O pecado da Filistia: tráfico de escravos (1:6-8). 3). O pecado da Fenícia: negociantes de escravos, apesar do pacto (1:9, 10).

4. O pecado de Edom: uma írreconciliabilidade de­ terminada e vingativa (1:11, 12).

5. O pecado de Amon: crueldade baseada na cobi­ ça (1:13, 15).

6. O pecado de Moabe: ódio com violência e vin­ gança (2:1-3).

7. O pecado de Judá: as leis de Jeová desprezadas (2:4, 5).

8. Israel, corrupção e opressão (2:5-16).

II. JULGAMENTO SÔBRE ISRAEL (Caps. 3 até 9:6). Os julgamentos são expostos em três discursos (3:1 até 6:14) e por cinco visões (7:1 até 9:6).

1. Os três discursos, cada um começando com as palavras “ouvi esta palavra” :

a) O tema do primeiro discurso, (cap. 3), é o se­ guinte: a ingratidão de Israel para com o amor e fa­ vor de Deus e sua falta sob a responsabilidade recla­ ma castigo (3:1-3). Este castigo é anunciado pelos pro­ fetas, não por acaso, mas pelo encargo de Deus que não podem deixar de cumprir (vers. 4-8). Só um resto esca­ pará dêste castigo (vers. 9-15).

b) O tema do segundo discurso (cap. 4). Por cau­ sa da opressão dos nobres (4:1-3) e a idolatria geral da nação (vers. 4, 5), êles foram castigados (vers 6-11). Porque não atenderam a êstes castigos, Israel tem que ser preparado para encontrar-se com seu Deus no úl­ timo julgamento que é o mais sério de todos (vers. 12,

13).

c) O tema do terceiro discurso (5:1 até 6:14). O julgamento iminente pode ser evitado, buscando a Jeo­ vá (5:1-15). Para aquêles que desdenhosamente que-