CANTARES DE SALOMÃO
III. AS PROFECIAS DE JUÍZOS MUNDIAIS TERMI NANDO NA REDENÇÃO DE ISRAEL (Capítulos 24-27).
No capítulo 24 o profeta anuncia um juízo geral da terra de Palestina, dos reis e das nações da terrã se guido pela restauração de Israel.
O capítulo 25 registra o canto que Israel cantará depois da sua restauração, um cântico celebrando o po der de Jeová em destruir as cidades de seus inimigos e a Sua fidelidade em defender Jerusalém. Jeová fará uma festa para tôdas as nações no Monte de Sião, tirará o véu da cegueira espiritual de seus olhos, abolirá a mor te, e enxugará tôdas as lágrimas. Todos os Seus inimi gos, dos quais Moabe é símbolo e representante, serão destruídos.
O capítulo 26:1-19 registra o cântico de Israel de louvor e testemunho depois de sua restauração na Pa lestina.
Jeová adverte o remanescente fiel de Israel que se esconda no abrigo que Êle preparou para protegê-lo contra a grande tribulação (26:20 a 27:1). Depois da tri bulação a vinha verdadeira de Jeová será protegida contra os espinhos e cardos da invasão estrangeira (27:2-6). Os castigos de Israel eram leves, comparados com os das outras nações (vers. 7-11). Após o seu casti go serão novamente unidos (vers. 12-13).
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IV. PROFECIAS DE JUÍZO E MISERICÓRDIA (Caps. 28-35).
Os capítulos acima mencionados contém uma série de ais contra Samaria, Jerusalém e Edom, intercalados e terminando com promessas consoladoras de restaura ção e bênção para Israel.
1. Ai dos chefes espirituais e civis de Samaria e Je rusalém, soberbos, escarnecedores e bêbados (cap. 28).
2. Ai de Jerusalém, pelo formalismo e a falta de sin ceridade no seu culto (cap. 29:1-14).
3. Ai daqueles que procuram fazer planos em segrê- do, pensando escondê-los de Deus (29:15-24).
4. Ai daqueles que vão ao Egito buscar auxílios em vêz de confiar no Senhor (caps. 30, 31).
5. Nêste ponto o profeta introduz um quadro do rei no milenial onde prevalecerá a justiça, administrada pe lo Rei justo de Jeová, o Messias (cap. 32).
6. Ai dos assírios por seu modo traiçoeiro de tra tar o povo de Deus (cap. 33).
7. Ai de Edom, o implacável inimigo de Israel, sím bolo dos inimigos dos últimos dias (cap. 34).
8. A gloriosa restauração de Israel na Terra Santa (cap. 35).
Seção II : HISTÓRICA.
V. A INVASÃO E A LIBERTAÇÃO DE JUDÁ (Cap. 36 a 39).
Esta seção forma um apêndice aos capítulos 1 a 36, registrando o cumprimento das predições referentes à invasão de Judá pelos assírios e a sua libertação pelo Senhor (caps. 8; 10:5-34; 31:5-9).
Esta mesma seção serve de introdução aos capítu los 40 a 66, registrando a profecia do cativeiro babilóni co (39:5-8), preparando desta maneira o caminho para as promessas de restauração.
Podemos resumir o conteúdo desta-seção da seguin te maneira :
1. A invasão de Senaqueribe (cap. 36).
2. A oração de Ezequias e a resposta de Jeová (cap. 37).
3. A enfermidade de Ezequias e seu restabelecimen to (cap. 38).
4. A tolice de Ezequias (cap. 39). Seção III : CONSOLATÓRIA.
VI. LIBERTAÇÃO DO CATIVEIRO POR CIRO (Caps. 40 a 48).
Esta seção prediz a libertação de Israel do cativeiro babilónico por Ciro, o rei dos persas, que derrubou o im pério babilónico (vide também Esdras 1:4). O pensa mento principal nêstes capítulos é : a grandeza de Jeová em contraste com os deuses das nações. Segue-se um bre ve sumário de seu conteúdo.
1. O capítulo 40 é o principal desta seção. O profeta é exortado a consolar Israel em vista do Libertador vin douro (vers. 1-11), da grandeza de Jeová, (vers. 12-26), e do Seu poder em dar fôrças aos exaustos (vers. 13-31).
2. O pensamento central do capítulo 41 é : O poder de Jeová demonstrado pela Sua habilidade de predizer acontecimentos futuros (vide vers. 1-4, 22, 23).
3. Jeová profetizou a libertação temporal de Israel por meio de Ciro. Nos capítulos 42:1 a 43:13 Êle prome te agora libertações espirituais por meio de Seu Servo, o Messias.
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4. Esta libertação espiritual há de efetuar-se por meio da extinção dos pecados de Israel pela graça de Deus. Esta é a mensagem dos capítulos 43:14 a 44:23.
5. Nos capítulos 44:24 a 45:25 é dada uma descri ção da missão do libertador de Israel — Ciro, rei dos persas, que é aqui símbolo do Messias. Deve ter-se em conta que Ciro foi comissionado e cognominado pelo Senhor 150 anos antes de seu nascimento (45:1-4).
6. Os capítulos 46, 47 descrevem os juízos de Deus sôbre Babilônia, o captor e opressor de Israel.
7. O argumento do capítulo 48 é o seguinte : Como Jeová, 150 anos antes, tinha predito a restituição da in dependência a Israel do jugo de Babilônia por meio de um príncipe pagão, os desterrados não podiam dizer que foi o poder dos ídolos que fêz com que Ciro os libertasse. VII. REDENÇÃO POR MEIO DO SOFRIMENTO E SA CRIFÍCIO (Caps. 49 a 57).
Êstes capítulos descrevem o Autor da redenção es piritual de Israel — o Servo de Jeová. O tema principal é : redenção por meio do sofrimento. Segue-se um bre ve resumo dos capítulos :
1. O ministério do Messias, o Servo de Jeová (cap. 49).
2. A humilhação do Messias pelo rebelde Israel (cap. 50).
3. Encorajamento do remanescente fiel de Israel para que confie em Deus para resgate de seu longo des- têrro babilónico e da sua dispersão atual (caps. 51:1 a 52:12).
4. A rejeição, humilhação, morte, ressurreição e glo rificação do Messias (caps. 52:13 a 53:12).
5. O arrependimento de Israel pela sua rejeição do Messias será seguido pela sua restauração (cap. 54).
6. O resultado da restauração de Israel — a chama da a tôdas as nações a terem fé no Messias (caps. 55, 56). 7. Promessas consoladoras ao remanescente fiel em Israel, e denúncias dos ímpios da nação (cap. 57). VIII. A FUTURA GLÓRIA DO POVO DE DEUS (caps. 58 a 66).
O pensamento principal desta seção é : o estabeleci mento do reino universal de Deus e Seu triunfo sôbre tô- da forma do mal. Segue-se um breve resumo de seu con teúdo :
1. Uma exortação à religião prática em oposição à mera formalidade (cap. 58).
2. Uma exortação a Israel a abandonar seus peca dos que causavam a separação entre Deus e Israel
(59:1-15). Vendo o desamparo de Israel na sua iniqüi dade e na incapacidade de seus chefes de prestarem au xílio, Deus mesmo, na pessoa do Messias, vem para res gatá-los de seus pecados e de seus inimigos, fazendo em seguida um pacto eterno com êles e pondo o Seu Espí rito dentro dêles (59:16-21).
3. Segue-se uma descrição da glória de Israel de pois de sua aflição (cap. 60).
4. O capítulo 61 expõe a missão dupla do Messias de trazer a misericórdia do Evangelho na Sua primeira vinda e o juízo sôbre os incrédulos e consolo a Sião na Sua segunda vinda.
5. A prescrição de orações intercessórias para a res tauração de Sião (cap. 62).
6. O capítulo 63:1-6 é uma parêntese apresentando um quadro vivo do Messias como o Vingador do Seu povo na Sua segunda vinda.
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7. Os capítulos 63:7 a 64:12 registram as orações intercessórias do remanescente fiel. Lembram a Jeová a Sua misericórdia e graça anteriores para com a Sua na ção; rogam por essa mesma misericórdia e graça pelo perdão de seus pecados e a reintegração na sua terra.
8. Em Sua resposta à oração de Seu povo (caps. 65:1-6), Jeová justifica a Sua maneira de tratar com re lação ao Seu povo. Por causa da apostasia Êle rejeitou-o e chamou um povo que não O buscava e que nem foi cha mado por Seu nome isto é, — os gentios. Em Israel dis- tinguia-se duas classes: Seus próprios servos e os após tatas. Somente os primeiros serão salvos enquanto os últimos perecerão.
9. Isaías encerra a sua profecia com uma gloriosa profecia do reino milenial vindouro (65:17 a 66:24). A humanidade gozará de longevidade como no tempo dos patriarcas; desfrutará da possessão de casa e vinhas (65:17-24). Até a natureza das feras será mudada (65: 25).
A religião chegará a ser espiritual e universal, e os cultos místicos e idólatras desaparecerão e seus aderen tes serão castigados (66:1-5). A população de Sião au mentará maravilhosamente e o povo regozijar-se-á (66: 6-14). Após o julgamento daquelas nações que se uniam contra Jerusalém (vers. 15-18), Jeová enviará os Seus servos para pregar-lhes as boas novas (v. 19). Aquêles que uma vêz perseguiram Israel transportá-los-ão à Pa lestina (v. 20), e entre aquêles que uma vêz eram inimi gos da verdadeira religião, Jeová escolherá ministros pa ra que sirvam perante Êle (v. 21), como representantes de um culto que será universal (vers. 22-24).
CAPÍTULO XVII J E R E M I A S
Tema. Isaías e Jeremias ambos levaram mensagens de condenação ao Israel apóstata. Enquanto que o tom de Isaías é vigoroso e severo, o de Jeremias é moderado e suave. O primeiro leva uma expressão da ira de Jeová contra o pecado de Israel; o último, uma expressão de Seu pesar por causa dêle. Ao repreender Israel, Isaías imergiu sua pena no fogo e Jeremias a sua nas lágrimas. Isaías, depois de sua denúncia da iniqüidade de Israel, prorrompeu em êxtases de alegria ao ver a antecipação da independência vindoura. Jeremias teve um vislumbre do mesmo acontecimento feliz, mas êsse não foi o sufi ciente para enxugar-lhe as lágrimas ou dissipar a névoa de seu pesar pelo pecado de Israel. Por causa dêste úl timo fato Jeremias é conhecido como “o profeta das lá grimas”. O que abaixo se segue servirá como tema de seu livro: o amor imutável de Jeová para com Seu povo apóstata e Sua triesteza por causa da condição dêste.
Autor. Jeremias. Era filho de Hilquías, um sacerdo te de Anatote em terra de Benjamim. Foi chamado ao ministério quando era jovem ainda, (1:6) no ano déci- mo-terceiro do rei Josías, mais ou menos setenta ano3 depois da morte de Isaías. Mais tarde, provàvelmente por causa da perseguição de seus patrícios e de sua pró pria família (11:21; 12:6), deixou Anatote e foi para Je rusalém. Alí e em outras cidades de Jüdá, exerceu seu ministério durante cêrca de quarenta anos. Durante os reinados de Josías e Jeoacaz, foi-lhe permitido continuar seu ministério sem embaraços, mas durante os reinados de Jeoiaquim, Joaquim e Zedequias, sofreu perseguição
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severa. No reinado de Joaquim foi aprisionado por sua audácia em profetizar a desolação de Jerusalém. Du rante o reinado de Zedequias, foi prêso como desertor, e permaneceu na prisão até a tomada da cidade, época em que foi pôsto em liberdade por Nabucodonozor que lhe permitiu voltar a Jerusalém. Quando de seu regres so, procurou dissuadir o povo de voltar para o Egito pa ra escapar do que acreditavam ser um perigo iminente. Recusaram seus apêlos e emigraram para o Egito levan do consigo Jeremias. No Egito continuou os seus esfor ços para levar o povo de volta ao Senhor. A tradição an tiga conta que, encolerizados por suas contínuas admoestações e repreensões, os judeus mataram-no no Egito.
Esfera de ação. Desde o ano 13 de Josías até a pri meira parte do cativeiro de Babilônia, cobrindo um pe ríodo de mais ou menos 40 anos.
CONTEÚDO.
Por causa da falta de ordem cronológica nas pro fecias de Jeremias, é difícil apresentar uma análise sa tisfatória. Sugerimos o seguinte :
I. O Chamado e a Comissão de Jeremias (cap. 1). II. A Mensagem Geral da Repreensão a Judá (caps. 2 a 25).
III. Uma Mensagem Mais Detalhada de Repreensão, de Juízo e de Restauração (caps. 26 a 39).
IV. Mensagens depois do Cativeiro (caps. 40-45). V. Profecias Referentes às Nações (caps. 46-51). VI. Retrospecto : o Cativeiro de Judá (cap. 52).
Antes de continuar o estudo de Jeremias, leia II Reis caps. 22a 25, que fornecerá o fundo histórico do li vro.
146 ATRAVÉS DA B ÍBLIA LIVRO POR LIVRO
I. O CHAMADO E A COMISSÃO DE JEREMIAS (cap.
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Como conteúdo dêste capítulo, notaremos :
1. A origem de Jeremias — de uma família sacer dotal morando em Benjamim (v. 1).
2. O tempo de seu ministério — desde o reinado de Josías no princípio do cativeiro babilónico (vers. 2, 3).
3. Sua chamada — para ser um profeta às nações (vers. 4, 5).
4. Sua investidura — inspirado por Jeová (vers. 6-9).
5. Sua comissão — de profetizar a queda e a res tauração das nações (v. 10).
6. Sua mensagem a Israel — de profetizar a vin doura invasão babilónica (simbolizada por uma panela a ferver) e a iminência dêsse acontecimento (simboli zada por uma vara de amendoeira, vers. 11-16).
7. As palavras animadoras de Jeremias — proteção contra a perseguição (vers. 17-19).
II. MENSAGEM GERAL DE REPREENSÃO A JUDÁ