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3. A CADEIA SUINÍCOLA GERA CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO

3.1 OS PRINCIPAIS ATORES DA CADEIA SUINÍCOLA DO CODEMAU E

Tendo então a Mabella como ator principal da cadeia suinícola, resolvemos tomar como base estudos relacionados à implantação desta empresa em nossa região e suas implicações no desenvolvimento regional.

Segundo informações coletadas no questionário (ANEXO A), em visitas à empresa e em conversas informais com o Diretor Industrial Darci Mariotti, o surgimento da Mabella Alimentos deveu-se, fundamentalmente, ao aporte autossuficiente de insumos necessários à industrialização de seus produtos. Garantir o fornecimento regular de matéria-prima para a industrialização de produtos que necessariamente utilizem carne suína como matéria prima principal.

Tudo teve início em 1938, com a Cooperativa de Produtos Suínos Antônio Ltda, depois sucedida pela empresa Damo S/A, em 1961. Em 1989 o frigorífico que ainda utilizava a marca Damo, foi adquirido pela Sadia Alimentos, fazendo parte da mesma até o ano de 1996. Neste ano a Sadia interrompeu suas atividades em Frederico Westphalen por motivos nunca divulgados. No ano de 2001, tornou-se uma empresa de controle próprio adquirida por empresários regionais, surgindo assim a marca Mabella Alimentos.

Em 2004, a trajetória de crescimento teve continuidade, quando a Mabella adquiriu junto a Cooperativa A1 a planta fabril do Frigorífico Spitze, localizada em Itapiranga, Santa Catarina. Já em 2008, passou a ser controlada pelo Marfrig Group, reconhecido pela procedência de seus produtos e por sua presença global. Hoje, o que torna a Mabella uma empresa com produtos de qualidade são as receitas tradicionais e sua equipe de profissionais altamente capacitados.

A tradição na atividade suinícola, a aquisição de uma planta industrial que estava paralisada há cinco anos, e acima de tudo, o bom desempenho na produção de cereais, fator de suma importância para a redução de custos da atividade, levaram os dirigentes da Mabella em direção ao município de Frederico Westphalen, localizado na região Norte do estado do Rio Grande do Sul, com o firme objetivo de viabilizar a reinauguração de um frigorífico na localidade.

A Mabella é uma indústria de produtos alimentícios derivados de carne suína. A matriz está localizada em Frederico Westphalen, estado do Rio Grande do Sul, cidade polo de uma região tradicional na prática da suinocultura. Segundo Kuhn, 2003, “os principais fatores que influenciaram os investidores em adquirir a planta industrial no município como uma de suas sedes centrou-se, essencialmente nos seguintes argumentos”:

a) Organização social: altos investimentos em educação e cultura faziam do município um centro formador de cidadãos capacitados, trabalhando a questão coletiva nos projetos de desenvolvimento da cidade, buscando uma vida social mais organizada;

b) Grande aporte de matéria-prima: inúmeras pequenas propriedades dependentes da suinocultura. Experiência na atividade, fazendo com que se alcançasse redução nos custos de produção;

c) Recursos naturais em abundância: com visão de longo prazo, a equipe da Mabella tinha a água como um dos principais elementos norteadores de sua fixação em determinada localidade e;

d) Incentivos públicos: no que concerne aos incentivos por parte da prefeitura de Frederico Westphalen no tocante à isenção de todos os tributos municipais no prazo de 4 anos e isenção de 50% dos tributos estaduais por um prazo igual ao municipal.

No entanto, mesmo com esses fatores a seu favor, os problemas do início das operações da Mabella em Frederico Westphalen foram de grande monta. No princípio, a empresa comprava os suínos no próprio mercado, os quais eram de raças inferiores. Porém, a necessidade de um fornecimento constante, fez com que a Mabella de Frederico Westphalen, implantasse na região, em 2004, o Sistema de Integração na atividade suinícola, com a

empresa prestando assistência técnica em extensão rural e fornecendo reprodutores para a criação de suínos. O Sistema deslanchou no final de 2007, quando a Mabella também passou a fornecer ração. O ciclo completo (integrados que criam os suínos do nascimento ao abate) cedeu lugar, gradativamente, para o Sistema de cria (integrados que cuidam dos leitões do nascimento até que eles atinjam cerca de 20 Kg) e de Terminação (fase em que os animais ganham peso até o abate), uma estratégia da empresa para reduzir custos e aumentar a qualidade da matéria-prima.

Segundo Darci Mariotti, (ver ANEXO A) Gerente geral da unidade de Frederico Westphalen:

“A Mabella tem 440 parceiros, devidos em UPLS, Crechários e terminadores. As parcerias tem a virtude de viabilizar a pequena propriedade, suínos, aves e junto à bacia leiteira, são atividades que garantem a permanência do homem rural no seu meio, e também garante a permanência de jovens no meio rural, pois com as mencionadas conseguem recursos para atender suas necessidades no dia de hoje.” (Dados oriundos de entrevista com administrador da empresa, Darci Mariotti).

Dos 440 integrados atualmente da Mabella de Frederico Westphalen, 100% trabalham no Sistema de Cria e Terminação. Uma grande parte destes integrados possui também em sua propriedade, além da suinocultura a integração avícola. Outros ainda utilizam a piscicultura para aumentar sua renda, aderindo à criação de Tilápia, peixe que geralmente é comercializado regionalmente. Para atender à sua produção de suínos, a unidade de Frederico Westphalen possui uma fábrica de rações e concentrados, sendo responsável pelos maiores volumes de produção de toda a Mabella Alimentos.

Os suínos abatidos em Frederico Westphalen dão origem aos mais de 200 itens fabricados anualmente pela Mabella no município. É de seu frigorífico de suínos que sai quase toda a produção de bacon (em pedaços, em cubos, em fatias e Plus), grande parte de apresuntados e produtos suínos salgados e defumados da companhia, feita com matéria-prima local e, quando necessário esta é trazida de outras unidades da Mabella.

Em pouco tempo, o empreendimento de Frederico Westphalen ganhou força própria, tornando-se uma das maiores e mais importantes unidades da Mabella Alimentos, permitindo firmar definitivamente sua presença no norte gaúcho. Seu crescimento foi surpreendente, passando de um abate de 1000 suínos/dia em para um abate de 3000 suínos/dia em 2009. Para dar conta do crescente mercado, tanto interno como externo, o frigorífico de suínos opera em três turnos, gerando emprego e renda para mais de 1.000 funcionários diretos apenas neste setor. (Dados oriundos de entrevista com administrador da empresa, Darci Mariotti).

Toda esta trajetória de sucesso se deve também a uma negociação que se deu em dezembro de 2007 quando um grupo de investidores chamado “MARFRIG” adquiriu a marca e consequentemente todas as unidades industriais dos antigos proprietários. Também deste período em diante houve uma injeção de capital muito grande para que suportasse o crescimento almejado.

De posse dessas informações coletadas através do questionário (ver Anexo A) e em conversas informais como Dir. Mariotti, atualmente a Mabella Alimentos, unidade de Frederico Westphalen constitui-se em um dos maiores frigoríficos do Rio Grande do Sul, auxiliando de maneira significativa para a concretização do município em um dos maiores polos suinícolas do Brasil, devido à melhor tecnologia de produção, um dos melhores centros de genética e, acima de tudo, a constante preocupação com o treinamento e profissionalização da mão de obra, elementos fundamentais para sua competitividade.

Fortalecendo esse fator, o município de Frederico Westphalen agrega em seus limites geográficos, diversos agentes que dão suporte à atividade. No entanto, a presença de uma das maiores agroindústrias de alimentos da região sul do país, a Mabella Alimentos, auxilia na sustentação e fortalecimento das relações verticais, horizontais e intersetoriais existentes. Em Frederico Westphalen, a empresa Mabella tem fatores que dão subsídios ao crescimento da suinocultura, tais como: a tradição do município na atividade; a utilização de alta tecnologia em termos de genética, nutrição e sanidade animal e expressiva produção de grãos, proporcionando à atividade boa competitividade em termos de custos.

No que diz respeito à produção de grãos para a atividade, especialmente, o milho, que representa 75% da alimentação dos animais (Bisognin, 2003), segundo prognóstico o IBGE o Brasil terá acentuada redução na produção, passando de 33.825.013 toneladas em 2010 para um patamar de 31.341.516 toneladas em 2011. Porém, essa significativa redução no plantio, não tira do Brasil o menor custo de produção de suínos, que poderia ser ainda menor se a produção do grão voltasse a ser estimulada, através de uma política de financiamentos adequada e um preço mais atrativo sua produção. Esta realidade brasileira também se aplica na região do CODEMAU, em havendo uma redução nacional da produção de milho, muito provavelmente haverá também uma redução na região estudada, até porque, segundo o mesmo intituto de pesquisa, o rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de milho do Brasil. (http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia).

FIGURA 5 – Prognóstico da produção agrícola Nacional, para 2011, dos principais produtos agrícolas.

Fonte: http://www.ibge.gov.br

Quanto ao segundo principal insumo para a atividade, merece destaque a commodity soja, que terá leve redução em sua produção, passando de 68.467.108 toneladas em 2010 para 68.362.122 toneladas em 2011, representando cerca de -0,2% da produção do nacional. Muitos agricultores abdicaram do plantio de milho para engajar-se nesta cultura, principalmente pelos excelentes preços que o mercado apresentou nas últimas safras, uma média de aproximadamente R$ 40,00 a saca de 60 Kg, segundo informações do IBGE.

O acesso aos insumos, facilitado pela presença de fornecedores especializados e, proximamente localizados, acarreta menores necessidades de estoque para a empresa, redução nos custos de transação e dos riscos de entrega, sem que seja necessária uma excessiva formalização. Esse fator proporciona ao comprador um controle mais rigoroso da qualidade do insumo que lhe é fornecido. Grande parcela da compra é feita diretamente dos produtores, a um preço firmado anteriormente, através de contratos futuros, tendo a garantia da entrega do produto, devido à parceria e confiança existente entre o agente comprador e seus fornecedores. Segundo o Diretor Industrial da Mabella, Darci Mariotti, além da aquisição direta, a Mabella também adquire insumos de outros estados, como Paraná, Mato Grosso e

Mato Grosso do Sul. A matéria-prima adquirida, (soja e milho) em Frederico Westphalen e em cidades vizinhas é armazenada em locais próprios da empresa e sustenta grande parte da produção de suínos da Mabella Alimentos.

Além da facilidade na aquisição dos insumos, a empresa possui também, a proximidade física com os principais agentes do setor, o produtor de suínos. A tradição e experiência da atividade no município favoreceram e continuam auxiliando na especialização da mão de obra, preparada para atender os diversos segmentos relacionados à suinocultura. O envolvimento de gerações de trabalhadores na atividade, oriundos de uma verdadeira cultura setorial na região, ampliando a familiaridade com as práticas correspondentes à atividade fortalecem o setor em Frederico Westphalen. Além do conhecimento e habilidade dos trabalhadores para as atividades relacionadas à suinocultura, a forte tendência à conduta cooperativa da maioria auxilia no processo de fortalecimento do arranjo produtivo no município. Sob esse ponto de vista cooperativo ou associativo, Puttnam (2000) aponta que as regiões que tiveram maior cultura associativa se desenvolveram mais rapidamente. Assim, entende-se que o fator cooperação é um dos principais condicionantes do fortalecimento da atividade suinícola no município de Frederico Westphalen.

Imbuída de qualidades como experiência e tradição, a mão de obra direcionada ao setor suinícola do município, possui aliados para sua capacitação em termos de qualificação profissional. No que corresponde ao segmento produtivo, à capacitação do produtor de suínos, vem crescendo e se tornando uma exigência do mercado. Nessa localidade, as associações dos suinocultores desenvolvem um trabalho de grande importância para tal processo, porém, ainda existe um certo despreparo dos profissionais que fornecem esse serviço em convencer o produtor a aderir à profissionalização. "No entanto, essa dificuldade vem diminuindo, se comparada há anos atrás" (Bisognin, 2003).

Para auxiliar nesse processo de qualificação do suinocultor, entidades como o Sebrae, ACI (Associação Comercial e Industrial), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias), Emater, sindicatos da categoria e associações estão dispostos a prestar auxílio. As ações conjuntas entre essas instituições e também com a Mabella, auxiliam na maior receptividade pelos produtores, devido à confiabilidade que representam.

Instituições como o Sebrae e a Aci, que em períodos anteriores não possuíam nenhum contato com o setor produtivo, hoje sinalizam o grande potencial deste setor para a economia do município e da região de abrangência e investem na capacitação profissional dos produtores, utilizando-se para tanto, programas de capacitação como o Empreetec Rural e na área de tecnologia em conjunto. Segundo representante regional da Emater: “Atuamos no

sentido de difundir esta tecnologia aos produtores do município através de um programa chamado Desenvolvimento Local".

Quanto à profissionalização dos trabalhadores da área industrial, é proporcionada através de uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Mabella. São oferecidos cursos que atendem desde questões técnicas à linha industrial de produção. Para suprir as necessidades da Mabella, o Senai oferece cursos de capacitação em eletroeletrônica e metal-mecânica. Para essas áreas a Mabella possui funcionários internos e outros terceirizados ou subcontratados para manutenção dos equipamentos.

Dessa forma, pode-se constatar através da pesquisa de campo, que uma das metas da Mabella é incentivar cada vez mais a prestação de serviços e o fornecimento de produtos no município, incentivando a capacitação profissional e o melhoramento da tecnologia utilizada, fortalecendo o setor na região. Para tanto, busca proporcionar aos empresários terceirizados, cursos e estágios por ela financiados, no intuito de desenvolver localmente serviços que ainda busca em outras cidades ou estados. Para alcançar este objetivo, tem o Senai como parceiro. Recentemente, a concretização de mais um projeto dessa parceria Mabella-Senai, trouxe um novo incentivo para a profissionalização e qualificação da mão de obra local, a implantação do curso que atende áreas relacionadas à Higiene Aplicada à Manipulação de Alimentos, onde técnicos da Mabella e Senai trabalham juntos compartilhando informações. Também está se concretizando a implantação de um curso Técnico em Refrigeração Industrial, para a formação de profissionais para as áreas de alimentos e extração de óleo,

No tocante ao processo de desenvolvimento local, o Senai busca incentivar a implantação nos municípios de empresas prestadoras de serviços. Procura utilizar-se de equipamentos e máquinas para os cursos de treinamento produzidos na própria localidade. Cerca de 40% de seus instrumentos são adquiridos em Frederico Westphalen e o restante oriundo, preferencialmente, do mercado nacional, porém, quando necessário a aquisição é feita no mercado externo. Dessa forma, prioriza-se a questão da internalização das operações, fazendo com que novas empresas cresçam nos municípios de abrangência da Mabella, proporcionando redução de custos, principalmente, para as firmas locais e auxiliando no crescimento da economia do município.

Seguindo o contexto sob a ótica da proximidade física dos agentes, pode-se também perceber, que esta pode levar à formação de uma infraestrutura tecnológica e de serviços de apoio à criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de ações conjuntas de cooperação que poderão levar ao fortalecimento e potencialização das externalidades positivas geradas e, consequentemente, da eficiência coletiva do setor. Existe a presença de

uma rede de agentes que engloba diversos elos de uma cadeia específica. De acordo com Krugman (1995), esses relacionamentos contribuem para fortalecer a atividade em nível local, além de atrair um número cada vez maior de atores, tornando-a competitiva em outros mercados.

Nesses termos, o fator preponderante ao fortalecimento da aglomeração dos agentes se dá, principalmente, pelo fato da cadeia produtiva suinícola, representada pelos municípios do CODEMAU, apresentar grande integração. A experiência tem demonstrado que, nesse setor, existe uma tendência geral à aglomeração dos atores pertencentes a diferentes segmentos da cadeia em um mesmo local, a exemplo do cluster de carnes e grãos, do Sudoeste de Goiás e do suinícola da Região Oeste de Santa Catarina. Apesar de existirem diferenças na constituição das aglomerações agroindustriais, dependendo se a cadeia produtiva é completa ou não e se existe uma infraestrutura tecnológica e de serviços de apoio disponível ao crescimento e sustentação do setor.

No caso das cadeias produtivas apresentarem ou não todos os elos localmente, elas podem ser classificadas, segundo Batalha (2002) como: (a) autossuficientes: constituídas por todos os elos da cadeia em um mesmo local, ocasionando redução no custo de produção, processamento e comercialização de produtos oriundos da suinocultura; (b) relativamente autossuficientes: quando um ou mais agentes da cadeia produtiva não estão presentes, podendo aumentar substancialmente o custo final do produto, principalmente pelo fato da necessidade da importação de produtos e serviços não disponíveis internamente; (c) dependentes: quando a dependência da importação de insumos, máquinas e equipamentos de outras regiões é altamente acentuada.

Dessa forma, pode-se constatar que, a cadeia produtiva suinícola da região do CODEMAU, apresenta autossuficiência, onde os elos da cadeia produtiva, conforme apresentado na Figura 1 estão em sua magnitude concentrados nos municípios de abrangência. Ao analisar-se o segmento de produção é possível perceber a presença dos produtores, "dentro da porteira", assim como, todo o processo a montante. Nesse setor, encontram-se as empresas que proporcionam toda infraestrutura de apoio ao produtor. Pode-se inserir aquelas que oferecem assistência técnica, insumos biológicos e químicos, máquinas e equipamentos, além dos fornecedores de grãos e rações balanceadas.

O apoio empresarial dos municípios de abrangência do CODEMAU pode ser considerado de alto nível em função da presença da Mabella e de outras agroindústrias, situadas nos municípios da região, como a Cootrifred, localizada no município de Frederico Westphalen e com filiais em mais 6 municípios da região, Frigorífico Vanzin e Scolpel em

Frederico Westphalen, Della Delle Alimentos em Seberi e mais algumas agroindústrias distribuídas por várias cidades da região estudada.

Para melhor atendê-las, muitas empresas possuem experiência internacional, comprometida com as exigências dos padrões de qualidade de seus produtos. As principais atividades ligadas à atividade suinícola no município são expressas na Tabela 7.

TABELA 5 - Atividades Relacionadas com a suinocultura na região do CODEMAU

Atividades Número de empresas

Abatedouro suinícola 03

Fabricante de bebedouros 03

Fabricante de comedouros 03

Fabricante de gaiolas 03

Fabricante de pisos de concreto 07

Fabricante de pisos plásticos 02

Fabricante de rações 03

Genética suínos híbridos 01

Projetos de granjas suinícolas 03

TOTAL 28

Fonte: Produção própria.

É Indispensável salientar o fator cooperação entre os atores desse setor com troca de informações constantemente. A Mabella, como líder do arranjo produtivo, detém grande afinidade com seus fornecedores de insumos, que muitas vezes acompanham o trabalho dentro da empresa, agindo como intermediadores do que realmente a empresa necessita. Além disso, a inter-relação da empresa com o produtor auxilia na questão relacionada a melhorias na qualidade do processo produtivo.

Com efeito, também é possível identificar forte cooperação entre as empresas fornecedoras de produtos e serviços ao arranjo produtivo suinícola da região do CODEMAU, especialmente a Mabella, que conta com uma rede de pequenas firmas para subcontratação, caracterizada por relacionamentos hierárquicos e forte dependência do subcontratado. Mesmo diante de uma relação de forte dependência, é possível identificar elementos de cooperação (fornecimento de matérias-primas, treinamento de mão de obra, assistência técnica, e em alguns casos até mesmo crédito pelo subcontratante). As principais razões para a Mabella

descentralizar fases de seu processo produtivo para as subcontratadas centram-se na redução de custos; aumento da flexibilidade; certeza dos níveis de custo; e aumento da especialização. Esse processo desencadeia as economias de aglomeração, que surgem quando se desenvolve uma rede de fornecedores locais. A aglomeração setorial dá forças para que essas empresas possam atingir maior especialização, possibilitando a superação com mais facilidade de escassez de demanda por seus produtos, devido a crises temporárias no setor ou recessão da economia nacional ou regional.

O processo de terceirização ou subcontratação da Mabella, tida como líder dos arranjos produtivos suinícolas, abre novos espaços para pequenas, médias e grandes empresas, assim como novas formas de interação entre elas. A complementaridade entre pequena/grande empresa no município atinge, especialmente, os setores de transporte, limpeza, fabricação de uniformes, assim como na prestação de serviços de ordem técnica, como eletricistas e soldadores. No entanto, a maior redução de custos pela Mabella encontra-se no segmento de transportes, onde as empresas terceirizadas atendem desde o transporte de suínos, grãos e