• Nenhum resultado encontrado

CAPITULO 2 INICIATIVAS TECNOLÓGICAS NA EDUCAÇÃO

2.12 Outras iniciativas e projetos

Além das iniciativas e projetos mencionadas e descriminados anteriormente não podemos deixar de referir outros programas, não menos importantes na escola portuguesa. Das medidas e dos projetos implementados nos últimos anos no panorama das TIC em Portugal, passamos a destacar:

i) Seguranet 21

Iniciativa ligada à proteção e à segurança de crianças e de jovens na Internet;

ii) Projectos da European Schoolnet 22

A European Schoolnet (EUN) é uma rede de 30 Ministérios da Educação na Europa e além. EUN foi criado há 15 anos para trazer inovação no ensino e aprendizagem aos seus principais interessados: Ministérios da Educação, escolas, professores e investigadores.

As atividades da EUN estão divididas em três áreas de trabalho:

 Política, pesquisa e inovação;  Serviços das escolas;

 Aprendizagem de recursos e interoperabilidade.

iii) Programa Professores Inovadores23

O programa Professores Inovadores surgiu em 2004 como uma iniciativa da Microsoft Portugal e tem como objetivo criar uma comunidade de professores que aprendem e se inspiram uns aos outros, de forma a otimizar o ensino e a aprendizagem através da utilização da tecnologia. Apoia as melhores práticas de inovação nas escolas e ajuda os professores a utilizar as tecnologias para colaborar com os colegas, através de formação e acesso ao recursos que permitem integrar as TIC no processo de aprendizagem.

21 http://www.seguranet.pt/

22 http://www.eun.org/web/guest/home

Através desta rede os professores podem comunicar com outros professores, trocar ideias e aceder a recursos de aprendizagem na sala de aula, recursos de formação contínua e comunidades online de professores.24

Este programa desenvolve várias atividades, destacamos:  Software e Recursos Gratuitos;

 Conferências Professores Inovadores;  Comunidade Professores Inovadores  Desenvolvimento profissional  Licenciamento Microsoft iv) Programa Kidsmart Early-Learning25

Este programa é dirigido à Educação Pré-Escolar e é uma parceria entre a IBM e o Ministério da Educação.

Em Portugal, desde 2004, que a IBM tem estabelecido parcerias com o Ministério da Educação, doando estações de trabalho para serem colocadas em Jardins de Infância com a finalidade contribuir para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento, através da promoção da info-inclusão (ERTE, 2011).

As estações de trabalho designadas por Centros de Aprendizagem KidSmart (equipamentos informáticos devidamente protegidos para esta faixa etária) – ver imagem 4 - são compostas por um módulo integrador colorido com tecnologia IBM de vanguarda, software educativo e um guia de utilização destes instrumentos de trabalho no Jardim de Infância para educadores/professores.

Figura 8 – Estação de trabalho KidSmart

24 http://pt.wikipedia.org/wiki/Professores_Inovadores 25 http://www.crie.min-edu.pt/index.php?section=161

No âmbito deste Programa, a IBM doou Centros de Aprendizagem KidSmart a um conjunto de estabelecimentos de Educação Pré-Escolar indicados pelo Ministério da Educação. Assim, cabe ao Ministério da Educação, em estreita articulação com as Direções Regionais de Educação, selecionar os Jardins de Infância, contando para este efeito também com o contributo da IBM. Estes estabelecimentos de ensino deveriam respeitar um conjunto de critérios, nomeadamente:

a) pertencerem à rede pública e/ou solidária (sem fins lucrativos);

b) inserirem-se em áreas socialmente desfavorecidas ou de difícil acesso às novas tecnologias da informação;

c) oferecerem condições para o normal desenvolvimento do Programa, ou seja, possuírem pelo menos um educador de infância com conhecimentos de informática adequados à operacionalização dos equipamentos, disponibilidade para integrar o Programa e as infra-estruturas adequadas (Reis et al., 2008).

Cabe ainda ao Ministério da Educação efetuar a formação dos educadores de infância no âmbito da utilização pedagógica das TIC, providenciar a entrega dos equipamentos (articulando com as Direções Regionais de Educação e com as respetivas autarquias) e promover a divulgação e avaliação deste Programa (ERTE, 2011).

Os Jardins de Infância que integraram este Programa foram responsáveis pela utilização dos equipamentos e do respetivo software de forma integrada em ambientes de aprendizagem próprios destes níveis etários.

v) Projeto e-Twinning 26

Este projeto é europeu e visa o reconhecimento das escolas de qualidade e é o ponto de encontro virtual para o intercâmbio de informação entre escolas.

vi) Apoio a professores com base de dados de itens27

O GAVE lançou o “Banco de Itens” que consiste na disponibilização, aos professores e alunos, de uma base de dados de itens de várias disciplinas dos ensinos básico e secundário, de forma a apoiar os professores na elaboração e no uso de itens para provas de avaliação.

26 http://www.etwinning.net/pt/pub/index.htm 27 http://bi.gave.min-edu.pt/bi

vii) Plano de Ação para Matemática

Antes da entrada em vigor da resolução de ministros que anunciava um Plano Tecnológico para a Educação em 2007, no ano anterior surge um outro plano - o Plano de Ação para Matemática, designado PAM. Este plano permitiu a “vanguarda” da implementação das novas tecnologias nas escolas, sendo pioneira na introdução dos quadros interativos. Apostou ainda na formação com programas de formação contínua em articulação com instituições de ensino superior, mas, também, ao fornecer créditos horários e outros recursos.

Este plano foi considerado um instrumento para a concretização dos objetivos do PTE, tendo este disponibilizado mais verbas para os quadros interativos, que se desenvolvem em grande escala com a aplicação de novas medidas anunciadas em Abril de 2008, tendo impulsionado o lançamento de concursos públicos para fornecimento, instalação, manutenção e helpdesk, de vídeoprojetores e quadros interativos para as escolas do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

viii) Programa Ciência Viva (1996- 2012)

O MCT promoveu iniciativas no âmbito da educação científica e tecnológica através do Programa “Ciência Viva- Promoção da Cultura Científica e Tecnológica”, especialmente na área da promoção do ensino experimental das ciências e da cultura científica, mas nem por isso deixando de apoiar a introdução das tecnologias de informação na escola, sobretudo na promoção do uso educativo da Internet.

O Programa Ciência Viva foi criado pelo MCT em 1996, por Despacho I Nº 6/MCT/96, de 01.07.96 com o intuito de melhorar a cultura científica e tecnológica junto da população portuguesa. O programa é financiado através da FCT28, por programas de investimentos próprios

e, também, com fundos comunitários e fundos nacionais, pelo Programa Operacional Ciência, Tecnologia, Inovação (POCTI), do Quadro Comunitário de Apoio III. As ações no âmbito deste programa são concretizadas através da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.29

Apoiou inúmeros projetos, entre 1997 e 2001, alguns de telemática educativa, com aprendizagem científica experimental, envolvendo a comunidade científica e educativa.

28Fundação para a Ciência e a Tecnologia 29 http://www.fct.mces.pt/pt/cienciaviva/

Este programa visa a promoção da cultura científica e tecnológica da população em geral, particularmente através do lançamento de novos centros interativos de divulgação de ciência e tecnologia, designados por Centros Ciência Viva, distribuídas pelo território nacional e constituídos com base parcerias locais

Contudo, apesar de manter a sua atividade, o Programa Ciência Viva não dá apoio financeiro a projetos desenvolvida nas escolas, o que conduziu ao esmorecimento de toda a dinâmica até ao momento criada, nomeadamente no que respeita à promoção do ensino experimental e da cultura científica. Este programa tem-se centrado principalmente no apoio e divulgação de exposições, colóquios e palestras.