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Outros recortes espaciais de Minas Gerais e a posição de Montes Claros

Mapa 56: Norte de Minas: Plano Diretor de Saúde 2004

1. LOCALIZANDO O DEBATE SOBRE A REGIONALIZAÇÃO: o território mineiro

1.4 Outros recortes espaciais de Minas Gerais e a posição de Montes Claros

Como referido anteriormente, além das divisões regionais oficiais do estado de Minas Gerais, existem outros recortes espaciais do território mineiro produzidos por diferentes setores da Administração Pública ou por outras instituições, que buscam organizar o espaço conforme as especificidades e requisitos técnicos dos serviços prestados. Essas variadas delimitações regionais são fruto do trabalho isolado de cada setor da administração, que não mantém uma articulação orgânica entre si. Nesse sentido, encontramos uma delimitação regional específica para os setores de saúde, educação, segurança pública, dentre outros.

Na verdade, essas divisões nem sempre representam uma região no seu conceito geográfico. São apenas delimitações territoriais, nas quais esses órgãos pretendem desenvolver determinado programa. A esse respeito, encontramos respaldo nas palavras de Haesbaert (1999) quando afirma que a região não é fruto ou produto desses recortes espaciais que variam de acordo com o pesquisador. Região não pode ser confundida com qualquer recorte geográfico. Deve ser analisada a partir de fenômenos que dão maior consistência às especificidades do espaço geográfico. Para exemplificar, apresentaremos algumas das inúmeras divisões de Minas Gerais feitas por órgãos do estado ou instituições privadas. Uma delas foi feita pela Secretaria de Planejamento, em 1999, com o objetivo de viabilizar a discussão do orçamento participativo. Nessa regionalização (mapa 14), o estado foi dividido em 18 regiões, sendo que Montes Claros integra a região Norte, a mais extensa do estado e uma das mais deficientes do ponto de vista socioeconômico.

Mapa 14: Minas Gerais: Divisão adotada para o orçamento participativo (SEPLAN, 1999)

Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES) utiliza a divisão estabelecida no Plano Diretor de Regionalização (PDR) para organizar sua atuação. Nesse plano, a região é entendida como

[...] área geográfica ou espaço constituído por um conjunto de municípios circunvizinhos, municípios estes historicamente vinculados (fluxo – internações hospitalares e alguns grupos de diagnóstico e de terapia ambulatoriais) a um município que, por seu potencial sócio-econômico, densidade demográfica e por seus equipamentos urbanos e de saúde, exerce força de atração sobre os demais, para prestações de serviços que requerem maior densidade tecnológica ou maior escala. Para o setor saúde considera-se, ainda, que região, além de base territorial é uma base populacional, base de planejamento, mas base não só para cálculos, pois agrega sentimento de pertencimento (identidade). Região é, portanto, espaço para organização de redes assistenciais de serviços segundo níveis de atenção à saúde, ou seja, com perfis de oferta de serviços diferenciados e distribuídos, demográfica e espacialmente, de acordo com os diferentes níveis de incorporação tecnológica – ambulatorial e hospitalar – níveis municipal, microrregional e macrorregional. (MINAS GERAIS - SES – PDR, 2003, p. 20-21)

Trata-se de uma definição meramente operacional, difícil de ser enquadrada dentro de uma concepção teórica de região, como visto anteriormente. No entanto,

Guimarães (2005b, p. 1021) considera que a proposta de regionalização da saúde mantém

[...] uma tradição ‘ibegeana’, já que a portaria ministerial define a região de saúde como um espaço político-operativo do sistema de saúde, no qual, por via institucional, é possível estabelecer maior sinergia entre os diferentes níveis de gestão dos serviços de saúde e enfrentar os entraves para o estabelecimento do comando único das ações de saúde.

A partir dessa definição, foram criadas 13 macrorregiões, tendo, como critério de regionalização, diferentes níveis de assistência à saúde. O município é a base territorial de planejamento, responsável pela demanda de serviços básicos de atenção à saúde. O nível microrregional constitui uma escala intermediária, que agrega tecnologias de maior complexidade no atendimento. Já o espaço macrorregional deve possuir procedimentos de demanda mais rarefeita ou que exijam um alto grau de especialização.

O mapa 15 representa essa regionalização da saúde, sendo que a cidade de Montes Claros é o pólo da macrorregional Norte, haja vista o fato de ser o único centro que agrega procedimentos de maior complexidade no referido setor, assunto que será abordado de forma mais detalhada no capítulo terceiro desta pesquisa.

Além dessa regionalização, o setor de saúde criou as diretorias descentralizadas em saúde. Essa iniciativa aconteceu dentro dos princípios preconizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em cumprimento à Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS/SUS 01/2001, que regulamentou as diretrizes gerais para a organização regionalizada da assistência à saúde no Brasil.

Para atender as prerrogativas dessa norma, cada estado teve autonomia para definir sua divisão regional, base necessária para a elaboração do Plano Diretor da assistência à saúde. Segundo Guimarães (2005b, p. 1018), o conceito de região adotado pela saúde é a

[...] base territorial de planejamento da atenção à saúde, não necessariamente coincidente com a divisão administrativa do estado, a ser definida pela Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com as especificidades e estratégias de regionalização da saúde em cada estado, considerando-se as características demográficas, sócio-econômicas, geográficas, sanitárias, epidemiológicas, oferta de serviços, relações entre municípios, entre outras. [...] Por sua vez, a melhor base territorial de planejamento regionalizado, seja uma região ou uma microrregião de saúde, pode compreender um ou mais módulos assistenciais.

Na verdade, a constituição dessas regiões, bem como o planejamento e a execução dos programas voltados para a assistência à saúde, possuem um caráter operacional, não havendo preocupação em adotar um conceito teórico de região já existente na geografia. A regionalização baseia-se em critérios específicos, buscando atender à demanda da sociedade por determinados serviços específicos da área da saúde.

Nessa perspectiva, o estado de Minas Gerais foi dividido em 12 Diretorias de Ação Descentralizada em Saúde, sendo cada uma delas estruturada numa hierarquia que vai desde a atenção primária, encontrada nas diversas localidades que a compõem, até o centro, cidade que é a sede da diretoria regional e que estaria no topo dessa hierarquia, por oferecer serviços mais complexos ou mais especializados.

Percebemos, ao analisar o mapa 16, que, nas porções norte, nordeste e noroeste do estado, as regionais de saúde abrangem espaços territoriais muito amplos.

Representam também as áreas que possuem uma estrutura de serviços de saúde ainda deficitária. No caso da região Norte de Minas, existem três Diretorias Regionais de Saúde: a de Montes Claros, a de Januária e a de Pirapora.

Todavia, torna-se necessário refletir sobre a situação real das regionais de Januária e Pirapora, pois a demanda de serviços de maior complexidade ainda ocorre na cidade de Montes Claros que, por sua vez, não possui condições de atender, de forma eficiente, pacientes advindos do seu crescente nível de abrangência nessa área, que se estende até os municípios do sul da Bahia9.

Mapa 16: Minas Gerais: Diretorias de ações descentralizadas em saúde - 2004

Quanto ao setor de educação, o Decreto nº 43.238, de 27 de março de 2003, define a jurisdição de cada Superintendência Regional de Ensino (SRE). Estabelece ainda as finalidades que as regionais têm de exercer em sua área de abrangência. Compete a cada SRE desenvolver ações de supervisão técnica, orientação normativa, cooperação, de articulação e integração entre estado e município, em

funções mais específicas, que não caberia aqui enumerar.

Segundo a regionalização do setor educacional, Minas encontra-se dividida em 46 superintendências, sendo que três dessas regionais encontram-se localizadas na região metropolitana (mapa 17). No caso do Norte de Minas, percebemos que nessa regionalização, ao contrário de outras divisões nas quais Montes Claros é o pólo central, a cidade divide esse papel com outros centros que vêm ganhando destaque na reestruturação do espaço regional, como é o caso de Pirapora, Janaúba, Januária e Salinas. Um fator que pode justificar essa divisão de centralidade é a distância entre os centros urbanos da região.

Também nessa regionalização, não verificamos nenhuma preocupação com uma abordagem conceitual ou metodológica no processo de divisão territorial. Trata-se de uma regionalização que possibilita a atuação do setor de educação, tendo como base, a exemplo de outros recortes regionais, a distância dos deslocamentos e a infra-estrutura existente.

É preciso ressaltar que as SRE se responsabilizam pelo ensino de nível fundamental e médio, não tendo jurisprudência sobre o ensino superior. Esse, por apresentar uma outra configuração espacial, será tratado de forma específica em capítulo posterior.

Minas Gerais pode ser dividida em seis grandes regiões culturais (mapa 18). Tal diversidade está relacionada com a miscigenação e os respectivos processos históricos que se desenvolveram em diferentes períodos e áreas físico-geográficas do estado, apesar da colonização portuguesa ter sido predominante em todo o território mineiro.

Mapa 18: Minas Gerais: regiões culturais

Nessa divisão, Montes Claros encontra-se inserida na grande região do São Francisco, rio em cujas margens teve início o ciclo do gado. Outro importante aspecto histórico que devemos mencionar é seu papel no comércio regional, ainda no período colonial. Além de um diversificado folclore envolvendo o “Velho Chico”, encontramos um rico artesanato regional, cujas origens remontam às lendas ribeirinhas, à criação do gado e à miscigenação dos povos que ali viveram. A semelhança do norte-mineiro, principalmente do caboclo san-franciscano, com o povo nordestino é bastante evidente no linguajar, nas características físicas, nos hábitos alimentares, enfim, no seu modo de vida. É comum encontrarmos que

[...] a região cultural do Vale Mineiro do São Francisco se destaca pelas Rodas de São Gonçalo, cantorias de barranqueiros, Encomendações das Almas, festas juninas tradicionais e pelos contadores de causos, encontros das folias de Reis e Reisados com seus bois da manta, mulinhas de ouro e bichos tamanduás. Esta região corresponde às terras tão bem descritas por

Guimarães Rosa em suas obras. (Disponível em:

<www.descubraminas.com.br> Acesso em 2005)

Ainda na área ambiental, o estado de Minas possui divisões específicas. A atuação do Instituto Estadual de Florestas (IEF) também é regionalizada no território estadual. O IEF é uma autarquia criada em 1962, com a finalidade de propor, coordenar e executar as políticas florestal e de gestão da pesca no Estado, o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis, bem como a realização de pesquisas em biomassa e biodiversidade.

No estado de Minas Gerais atuam 13 unidades regionais (mapa 19) e vários escritórios florestais vinculados às unidades regionais. A unidade regional do Norte de Minas foi implantada em 1984, com sede em Montes Claros, com uma área de atuação que abrangia 83 municípios.

Após a criação da regional Médio São Francisco, em 1996, com sede em Januária, a regional Norte passou a atender 56 municípios, todos localizados na área do Polígono das Secas10. Essa regional possui dois postos de atendimento e 12 escritórios florestais localizados em determinados municípios, como Bocaiúva, Grão Mogol, Salinas, dentre outros.

10O Polígono das Secas compreende a área do Nordeste brasileiro reconhecida pela legislação como

sujeita a repetidas crises de prolongamento das estiagens e, conseqüentemente, objeto de especiais providências do setor público.

Mapa 19: Minas Gerais: Unidades regionais do Instituto Estadual de Florestas

Vinculada à Secretaria de Estado de Abastecimento, Agricultura e Pecuária, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG) atua como um dos principais instrumentos do governo de Minas Gerais para a ação operacional e de planejamento no setor agrícola do estado. Um dos objetivos prioritários dessa empresa é desenvolver ações de extensão rural junto aos produtores de agricultura familiar. Segundo informações da Secretaria de Agricultura, em 2004, a EMATER atuava em 700 municípios. Para isso, também produziu uma divisão espacial de Minas, constituindo 40 unidades regionais. Além de Montes Claros, existem outras regionais atuando no Norte de Minas, como é o caso das unidades de Pirapora, Januária, São Francisco, Salinas e Janaúba, conforme mostrado no mapa 20.

1992, vinculada à Secretaria de Estado de Abastecimento, Pecuária e Desenvolvimento, que utiliza uma forma de regionalização do espaço mineiro para definir suas unidades de atuação. Para cumprir com seu objetivo de controle de doenças animais, trabalho de inspeção e fiscalização na produção de produtos de origem animal, esse instituto divide o estado em 17 delegacias regionais, que possuem escritórios locais em vários municípios, sob a coordenação de cada delegacia (mapa 21).

No caso do Norte de Minas, Montes Claros possui uma delegacia regional, com escritórios localizados nos municípios de Bocaiúva, Brasília de Minas, Coração de Jesus, Espinosa, Francisco Sá, Itacarambi, Jaíba, Janaúba, Januária, Manga, Montalvânia, Porteirinha, Salinas, São Francisco e Taiobeiras. Trata-se de um trabalho hierarquizado que tem, na cidade de Montes Claros, o pólo principal.

Outro exemplo de divisão regional, que difere de todas até então apresentadas, é a produzida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) de Minas Gerais, entidade civil sem fins lucrativos, criada em 1990, com o objetivo de auxiliar essas empresas na busca de seu desenvolvimento. Em Minas, o SEBRAE atua tendo como base apenas cinco regiões. Montes Claros é uma das principais unidades da Regional Norte, que abrange além do Norte de Minas, os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (mapa 22).

Mapa 22: Minas Gerais: Unidades regionais do SEBRAE

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) tem sua atuação baseada em outro recorte regional, que também se diferencia dos anteriormente analisados. Na divisão adotada pela FIEMG, a continuidade física-territorial não é um dos critérios mais relevantes, conforme é mostrado na configuração regional apresentada no mapa 23. A FIEMG tem por meta orientar o empresariado mineiro para a construção de uma indústria ainda mais forte e competitiva, oferecendo diversos serviços: assessorias e consultorias econômica, tributária, trabalhista e jurídica; relações internacionais; relações sindicais; meio ambiente; promoção de negócios; assuntos legislativos e capitalização e financiamento.

estratégicos de todo o estado, tentando atender às demandas do empresariado local. No caso da região considerada como Norte por essa instituição, seus limites avançam até a região central do estado, aproximando-se da região metropolitana.

Mapa 23: Minas Gerais: Unidades regionais da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG)

No contexto da segurança pública, a polícia militar tem tentado interagir com a comunidade, buscando soluções conjuntas para suas necessidades de segurança. Para tanto, também propõe um trabalho cujo planejamento leva em consideração uma divisão territorial do estado, constituindo regiões por ela denominadas de unidades ou frações da Polícia Militar (Fr PM). No processo de criação e implantação dessas frações, considerou-se, principalmente, “[...] a importância econômica e política das localidades que irão sediá-las, bem como os índices de criminalidade e violência” (PMMG, 2005).

Na Região Metropolitana, incluindo o município de Belo Horizonte, atuam a 8ª Região da Polícia Militar (RPM), também denominada Comando de Policiamento da Capital (CPC), e a 7ª RPM, sediada na cidade de Contagem. A 11ª RPM, a de

Vespasiano, também pode ser considerada como importante região localizada no entorno da capital. No caso específico dessas regionais, foram consideradas as características dos municípios e suas ligações com a região metropolitana, além da influência que sofrem, diretamente, da criminalidade.

Já no interior do estado, a Polícia Militar está articulada em oito regiões, sendo a elas subordinadas 47 unidades. No caso de Montes Claros, a cidade centraliza a 3ª região da PM, abrangendo uma área que se estende desde a região de Diamantina e parte do alto Jequitinhonha até o limite com a Bahia. Podemos conferir essa situação no mapa 24, que mostra a regionalização do estado de acordo com os interesses da Polícia Militar.

O crescimento acelerado de Montes Claros tem implicado um aumento substancial na violência, e o efetivo existente não tem sido suficiente para atender à demanda local e regional. Recentemente, novos equipamentos foram adquiridos para melhorar a atuação da PM na região, dentre os quais um helicóptero e veículos rodoviários. Ainda assim, os jornais locais denunciam, quase todos os dias, cenas de violência na cidade e na região.

Numa outra concepção regional, o Departamento Estadual de Telecomunicações (DETEL) divide o território mineiro em seis unidades para sua atuação. O DETEL é uma autarquia do governo estadual, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, que cuida de todos os assuntos relacionados às telecomunicações em Minas Gerais.

Segundo essa autarquia, sua rede abrange 834 localidades mineiras, nas quais atua com sistemas de retransmissão, manutenção e interiorização de sinais de TV. Montes Claros está inserida na região de Araçuaí, que se estende até o noroeste mineiro, conforme exposto no mapa 25.

Mapa 25: Minas Gerais: Unidades regionais do Departamento Estadual de Telecomunicações (2004)

A Receita Federal também tem a sua própria regionalização, pautada em princípios de proximidade física e facilidade de acesso. Assim, Minas encontra-se dividida em 13 delegacias e 38 agências da receita federal, conforme é mostrado no mapa 26.

Em todo o norte, nordeste e noroeste mineiro, Montes Claros é a única cidade que possui uma Delegacia da Receita Federal. Na região Norte de Minas, as cidades de Janaúba, Pirapora e Januária possuem Agências Regionais. Mas a maioria das pequenas cidades possui um posto de atendimento.

Todas as outras unidades regionais, nessa extensa área, constituem agências da receita federal. Nessa regionalização, Montes Claros centraliza uma série de atividades relacionadas com a jurisdição fiscal, das quais dependem vários municípios. Há, ainda, um outro fator a ser considerado: a extrema pobreza que caracteriza a maior parte das regionais da porção norte do estado.

Uma outra forma de organização espacial de Minas Gerais é adotada pelo Tribunal Regional do Trabalho, que regionaliza o estado em 57 varas do trabalho. Essas unidades regionais são importantes porque são nelas que os trabalhadores recebem atendimento nos processos trabalhistas.

No espaço abrangido pela mesorregião Norte de Minas, a regional de Montes Claros não centraliza esse serviço, pois há varas de trabalho nos municípios de Januária, Monte Azul e Pirapora. Essa divisão está evidenciada no mapa 27. A Vara de Trabalho de Monte Azul tem como área de jurisdição os municípios de Catuti, Espinosa, Gameleiras, Indaiabira, Jaíba, Janaúba, Mamonas, Mato Verde, Monte Azul, Montezuma, Ninheira, Nova Porteirinha, Pai Pedro, Porteirinha, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas, Santo Antônio do Retiro, São João do Paraíso, Serranópolis de Minas e Vargem Grande do Rio Pardo. A Vara de Trabalho de Pirapora abrange os municípios de Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Lassance, Pirapora, Santa Fé de Minas, São Romão e Várzea da Palma. A de Januária, além do respectivo município, atende Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Cônego Marinho, Ibiracatu, Icaraí de Minas, Itacarambi, Japonvar, Juvenilha, Lontra, Manga, Matias Cardoso, Miravânia, Montalvânia, Pedra de Maria da Cruz, São Francisco, São João da Ponte, São João das Missões, Varzelândia e Verdelândia.

Montes Claros possui três varas do trabalho, sendo que a primeira foi criada pela Lei nº 5.310 de 18/08/67 e instalada em 13/09/1973; a segunda, pela Lei nº 8.432 de 11/06/1992, cuja instalação ocorreu em 21/12/1992 e a terceira pela Lei nº 10.770, de 21 de novembro de 2003. Compõem sua área de jurisdição Bocaiúva, Botumirim, Brasília de Minas, Campo Azul, Capitão Enéas, Claro dos Poções, Coração de Jesus, Cristália, Engenheiro Navarro, Francisco Dumont, Francisco Sá, Glaucilândia, Grão Mogol, Guaraciama, Itacambira, Josenópolis, Juramento, Lagoa dos Patos, Luislândia, Mirabela, Montes Claros, Olhos D’Água, Padre Carvalho, Patis, Ponto Chique, São João da Lagoa, São João do Pacuí e Ubaí.

Uma outra forma de regionalização do estado de Minas é a divisão em associações de municípios. Essa regionalização possui certa fluidez nos seus limites, pois um município pode, por livre escolha de seus dirigentes, ou por determinados interesses