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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO

2.3 ATORES ENVOLVIDOS NO SISTEMA DE EAD

2.3.5 Pólos presenciais

O pólo de apoio presencial, de acordo com o Decreto 6.303, de 12 de Dezembro de 2007 (BRASIL, 2007) e que altera dispositivos do Decreto 5622/05 e do Decreto 5773/06, “é a unidade operacional, no País ou no exterior, para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância”. Para BRASIL (2010), os pólos são mantidos por municípios ou Governos de Estado, os pólos oferecem a infraestrutura física, tecnológica e pedagógica para que os alunos possam acompanhar os cursos a distância. De acordo com Silva et al (2010, p.05),

um pólo de apoio presencial também pode ser entendido como um "local de encontro" onde acontecem os momentos presenciais, o acompanhamento e a orientação para os estudos, as práticas laboratoriais e as avaliações presenciais. O objetivo dos pólos é oferecer o

espaço físico de apoio presencial aos alunos da sua região, mantendo as instalações físicas necessárias para atender aos alunos em questões tecnológicas, de laboratório, de biblioteca, entre outras.

De acordo com estes autores, a gestão de um pólo de apoio presencial, está ligada diretamente à sua estrutura, que é formalmente definida pelo sistema UAB. O funcionamento do pólo depende, além de gestores capacitados, da garantia de uma estrutura administrativa e pedagógica mínima e adequados de atendimento aos alunos. Quanto a estrutura de um pólo de apoio presencial, ela será detalhada no tópico referente à infraestrutura e tecnologia.

Para garantir efetivamente o pleno desenvolvimento das atividades dos cursos a distância, e oferecer condições e serviços adequados e suficientes para atender os professores e estudantes em suas expectativas, demandas e necessidades, de acordo com Silva et al (2010, p.06), “o pólo de apoio presencial precisa ser bem projetado. As instalações físicas, a infraestrutura tecnológica e de recursos humanos, desta forma, mostram-se essenciais para contribuir na qualidade do ensino.”

No entanto, segundo estes mesmos autores, a gestão de pólos de apoio presenciais tem se constituído um problema, em função das dificuldades de encaminhamentos adequados para gerenciamento e operacionalização destes ambientes. Apesar das exigências do Governo federal para a implantação de pólos de apoio presenciais, não são contemplados diversos aspectos relacionados à sua gestão que se mostram vitais para o bom funcionamento destes locais. Dentre estes aspectos, Silva et al (2010) consideram que na modalidade a distância, um pólo de apoio presencial necessita de suporte administrativo e pedagógico para lograr êxito em suas ações e atingir a excelência almejada dentro de um processo de ensino e aprendizagem.

O MEC (BRASIL, 2010) ressalta que o modelo preferencial de organização institucional para a oferta de EaD no ensino superior deve considerar a instalação de estruturas físicas compostas por salas de aula, salas de recepção, salas de professores, salas de estudos e bibliotecas, salas de informática e laboratórios específicos, assim como espaços necessários para a realização de atividades e avaliações presenciais, assistência de tutores presenciais e suporte administrativo. Ou seja: os pólos de apoio presenciais.

2.3.6 Coordenador de pólo

O Coordenador de Pólo que atua nos pólos de apoio presencial tem a responsabilidade de garantir o funcionamento e a manutenção da infraestrutura do pólo, atuando administrativa e academicamente, visando prover condições necessárias ao desenvolvimento do curso. É uma espécie de gerente do pólo. Ele também atua como mediador entre o aluno, o professor especialista, o tutor à distância e a equipe gestão do curso, tendo o papel de resolver questões que não foram sanadas pelo tutor presencial e/ou encaminhá-las para o coordenador do curso solucionar, além de atuar como articulador político entre a instituição ofertante e a mantenedora dos cursos a distância. No âmbito da UAB, os mantenedores dos pólos de apoio presenciais são os Governos municipais e estaduais. Mais do que simplesmente uma indicação política, o Coordenador de Pólo deve ser um profissional experiente, competente e capaz de atuar como um articulador entre todas as partes interessadas, visando garantir as condições ideais de plena operação deste local.

De acordo com o Anexo I da Resolução CD/FNDE Nº 26, de 5 de junho de 2009 do MEC (BRASIL, 2009), as principais atribuições do coordenador do pólo são:

• acompanhar e coordenar as atividades docentes, discentes e administrativas do pólo de apoio presencial;

• garantir às atividades da UAB a prioridade de uso da infraestrutura do pólo de apoio presencial;

• participar das atividades de capacitação e atualização;

• elaborar e encaminhar à UAB/CAPES relatório semestral das atividades realizadas no pólo, ou quando solicitado;

• elaborar e encaminhar à coordenação do curso relatório de freqüência e desempenho dos tutores e técnicos atuantes no pólo;

• acompanhar as atividades de ensino presenciais e a distância; • acompanhar e gerenciar o recebimento de materiais no pólo e

a entrega dos materiais didáticos aos alunos; • zelar pela a infraestrutura do pólo;

• relatar problemas enfrentados pelos alunos ao coordenador do curso;

• articular, junto às IPES presentes no pólo de apoio presencial, a distribuição e o uso das instalações do pólo para a realização das atividades dos diversos cursos;

• organizar, junto com as IPES presentes no pólo, calendário acadêmico e administrativo que regulamente as atividades dos alunos naquelas instalações;

• articular-se com o mantenedor do pólo com o objetivo de prover as necessidades materiais, de pessoal e de ampliação do pólo;

• receber e prestar informações aos avaliadores externos do MEC.

De acordo com a mesma Resolução, no âmbito da UAB o coordenador e o vice-coordenador também são responsáveis:

• pelos procedimentos administrativos e o apoio técnico de produção e distribuição de material didático;

• gerenciamento do pessoal envolvido com os cursos;

• pela manutenção da infraestrutura de funcionamento do pólo gestor do curso;

• pela organização da seleção e capacitação de tutores, coordenador do curso e os professores pesquisadores, e devem participar das reuniões dos colegiados, conselhos e grupos relacionados ao curso;

• pela organização dos processos de autorização e reconhecimento dos cursos;

• pela interação com as prefeituras para estabelecimento de parcerias e fechamento de convênios e acordos de cooperação técnica.

De acordo com Silva et al (2010), em relação aos recursos humanos e, especificamente ao coordenador de pólo, a seleção é feita pelas IPES que ofertam cursos no pólo, a partir de uma lista tríplice encaminhada pelo mantenedor para as coordenações UAB das IPES. O profissional indicado precisa atender a requisitos mínimos, a saber: formação acadêmica superior e experiência docente na educação básica ou superior de no mínimo três anos. A UAB oferece bolsas aos coordenadores e aos tutores presenciais. A remuneração dos demais fica a cargo do mantenedor do pólo.

De acordo com os REFEaD (BRASIL, 2007), o coordenador do pólo de apoio presencial é o principal responsável pelo bom

funcionamento dos processos administrativos e pedagógicos que se desenvolvem na unidade. Este coordenador necessita conhecer os projetos pedagógicos dos cursos oferecidos em sua unidade, atentando para os calendários, especialmente no que se refere às atividades de tutoria presencial, zelando para que os equipamentos a serem utilizados estejam disponíveis e em condições de perfeito uso, enfim prezar para que toda a infraestrutura esteja preparada para a viabilização das atividades.

Outra importante atribuição do coordenador do pólo é a supervisão do trabalho desenvolvido na secretaria da unidade, providenciando para que o registro dos estudantes e todas as demais ocorrências, tais como notas, disciplinas ou módulos cursados, freqüências, transferências, sejam feitas de forma organizada e em tempo hábil. Portanto, para o exercício de suas funções, o coordenador do pólo deve possuir prévia experiência acadêmica e administrativa e ser graduado.

Diante dessas questões, é possível inferir que os coordenadores de pólos são os principais responsáveis pela coordenação e gestão das atividades nos pólos presenciais, exercendo um papel de orientação, acompanhamento e avaliação dos trabalhos dos tutores presenciais, além de atuar visando o desenvolvimento de ações que propiciem um ambiente acadêmico ideal voltado para apoiar a educação universitária dos alunos.