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PADRÕES DE PROTOCOLOS E LOCALIZADORES

PRISM NAMESPACES RECOMENDAÇÕES (URL)

3.5 PADRÕES DE PROTOCOLOS E LOCALIZADORES

Sayão (2007) afirma que as normas, padrões, formatos e protocolos são fundamentais na estrutura da Web e cumprem um papel relevante, já que estabelecem as regras pelas quais os objetos, dados ou informações são descritos, identificados, localizados, recuperados, disponibilizados e preservados, principalmente as de cunho científico. No entanto, para a operacionalização é necessário a existência de recursos tecnológicos que transcrevam linguagem natural para linguagem de máquina, ou seja, o uso de linguagens de marcação, conforme demonstrado anteriormente no Quadro 3.3.

Para Haigh (1998) citado por Sayão (2007), localizadores e protocolos caracterizam-se como conjuntos de padrões contendo regras que administram as funções de comunicação num ambiente de rede. Isso ocorre por meio da descrição do formato que a mensagem deve tomar e da maneira pela qual as mensagens são trocadas entre computadores. O Quadro 3.4 demonstra alguns protocolos e localizadores.

Protocolo / Localizador Função Creative Commons -

http://creativecommons.or g/about

Conjunto de licenças idealizadas para permitir a padronização de direitos de autoria com menos restrições que o tradicional copirraite.

CrossRef -

http://www.crossref.org Sistema de links referenciais, construído cooperativamente por editores científicos, voltado para identificação persistente de conteúdos acadêmicos e de citação cruzada entre publicações de editores distintos. Utiliza o DOI para estabelecer links para o texto completo de citações. Na base de dados do CrossRef são depositados pelos editores o DOI e os metadados de suas publicações.

continuação Protocolo / Localizador Função

DOI - Digital Object

Identifier -

http://www.doi.org/

Lançado na Frankfurt Book Fair em 1997. O desenvolvimento é de responsabilidade da International DOI Foundation (IDF), voltada para a identificação persistente de recursos digitais aos quais possa ser atribuídos direitos de propriedade intelectual e intercâmbio de informações sobre essas propriedades em um ambiente de rede. Pode ser aplicado a qualquer forma de propriedade intelectual que se manifeste em um meio digital e identifica recursos livres. Pode ser usados para identificar textos, áudio, vídeos, imagens, software, outros.

Handle System -

http://www.handle.net Sistema distribuído de computadores concebido para assinalar, armazenar, administrar e resolver identificadores ou nomes persistentes de objetos digitais conhecidos como handles. Caracterizado como um sistema de informação, projetado para alcançar interoperabilidade global por meio de rede hierarquicamente distribuída de servidores. O objetivo inicial do sistema é estabelecer uma infraestrutura básica no domínio das bibliotecas digitais e das publicações eletrônicas.

HTTP - HyperText Transfer Protocol - http://www.w3.org/Protoc ols/

Protocolo de aplicação responsável pelo tratamento de pedidos e respostas entre cliente e servidor na WWW. Surgiu em 1990 atendendo a necessidade de distribuir informações pela Internet.

MOS - Media Object Server Communications

Protocol -

http://www.mosprotocol.c om/

Protocolo para comunicações entre o Newsroom Computer Systems (NCS) e Media Object Servers (MOS), tais como servidores de vídeo ou áudio, arquivos multimídia, geradores de caracteres, entre outros equipamentos.

NCS - Newsroom Computer

Systems - http://www.si- media.tv/download/newsr oom_eng.pdf

Solução integrada para operações de todo o tipo, fornecendo apoio principalmente a equipamentos de Broadcast, integrando a automação de sistemas.

continuação Protocolo / Localizador Função

OAI-PMH - Open

Archives Initiative Protocol for Metadata

Harvesting -

http://www.openarchives. org/pmh/

Permite realizar a colheita (harvesting) de metadados. Desenvolve e promove padrões de interoperabilidade que visam facilitar a disseminação eficiente de conteúdos. Caracteriza- se pela simplicidade dos comandos e pela fácil integração a qualquer ambiente computacional, é baseado em HTTP e XML. Provedor de Dados (Data Provider) serviço responsável pela exposição de metadados; Provedor de Serviço (Service Provider) serviço responsável pela comunicação com os elos dos provedores e agregadores de dados, pelo processamento dos dados coletados e pela oferta de serviços de pesquisa. Agregador de Dados (Data Aggregator) serviço responsável por agregar metadados coletados de Provedores de Dados e disponibilizá- los para um Provedor de Serviço.

PURL - Online Computer Library Center Inc. - http://purl.oclc.org/docs/i ndex.html

PURL

(http://purl.oclc.org/)

Conduz uma resolução, e não uma localização de recursos na Web. OnlineComputer Library Center (OCLC) é responsável pelo desenvolvimento deste serviço. Quando a PURL é registrada, não pode ser modificada, ou seja, o recurso sim, mas o registro não. É um esquema desenvolvido pela OCLC para separar o nome de um recurso Web, de sua localização, aumentando a probabilidade de que o recurso esteja disponível quando o seu link for acionado. Um dos objetivos subjacentes ao esquema PURL é contornar a falta de consenso e de progresso nas questões de nomes na Web e, ao mesmo tempo, estabelecer práticas concernentes ao uso de identificadores persistentes em sistemas bibliográficos.

RSS - Rich Site Summary -

http://www.whatisrss.com /

Formato para entregar regularmente os conteúdos que estão mudando na Web. Vários sítios de notícias e relacionados, blogs e outras publicações on-line inscrevem seu conteúdo em um Feed RSS para quem quiser acessá-lo.

SOAP -

http://www.w3.org/TR/so ap/

SOAP é um protocolo simples baseado em XML que permite que aplicações troquem informações através de HTTP. Ou simplesmente, SOAP é um protocolo para acessar um serviço Web.

continuação Protocolo / Localizador Função

TCP/IP - Transmission Control Protocol / Internet Protocol - http://www.w3.org/ Protocols/HTTP/HTTP2.html

Conjunto de protocolos de comunicação entre computadores em rede. Deriva da junção de dois protocolos: o TCP (Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP (Protocolo de Interconexão).

UDDI - Universal

Description, Discovery and Integration - http://uddi.xml.org/

Registro baseado em XML para que negócios no mundo inteiro tenham uma listagem na Web. Seu maior objetivo é simplificar as transações on-line permitindo que companhias se encontrem façam seus sistemas interoperáveis para o e-commerce. URI - Uniform Resource

Identifier -

http://www.w3.org/Addre ssing/

Cadeia de caracteres usada para identificar ou denominar um recurso na Web. Objetiva a interação com representações do recurso por meio da Web, utilizando protocolos específicos. Divide- se em: URL (Uniform Resource Locator), responsável pela localização de um recurso na Web. Constituída por instruções que indicam o nome do protocolo de serviço e parâmetros a serem repassados. Não nomeia o objeto digital em si e sim é a porta de entrada para os conteúdos que estão disponíveis na Web; URN (Uniform Resource Name), tem caráter persistente e único, identifica um recurso ou unidade de informação e funciona mediante uma resolução.

WS - ReliableMessaging - http://en.wikipedia.org/wi ki/WS-ReliableMessaging

Descreve um protocolo que permite que mensagens SOAP sejam fielmente entregues entre aplicações distribuídas na presença de falhas em componentes de software, sistema ou redes. WSDL - Web Service

Description Language - http://www.w3.org/TR/ws dl

Formato XML para descrição de serviços em rede como um conjunto de parâmetros operacionais sobre mensagens, contendo tanto informações orientadas para documentos quando orientadas para procedimentos. Mensagens e operações são descritas abstratamente, e ligadas a um protocolo de rede concreto e formato de mensagem para definir os parâmetros.

WS-Security -

http://en.wikipedia.org/wi ki/WS-Security

Extensão rica e flexível para o SOAP para aplicar segurança aos serviços Web. É membro da família WS de especificações de serviços Web e foi publicada pelo OASIS.

continuação Protocolo / Localizador Função

WS-Transaction -

http://en.wikipedia.org/wi ki/WS-Transaction

Especificação de serviço Web, que descreve tipos de coordenação que são utilizados com o quadro de extensões de coordenação, descritos na especificação do WS-Coordination, para comportamento transacional.

Z39.50 -

http://www.loc.gov/z3950 /agency/

É um protocolo, reconhecido pela ANSI/NISO, para busca e recuperação de informações em base de dados. Ele opera através de uma arquitetura cliente/servidor e especificam procedimentos e formatos para a estação cliente pesquisar um banco de dados baseado num servidor. Possui as seguintes funcionalidades: estabelecimento de conexão, envio de consultas para o servidor, recuperação do resultado de consultas, classificação dos resultados, eliminação do resultado de consultas, pesquisa a palavras-chave, controle de acesso, controle de recursos e finalização da conexão.

Quadro 3.4 – Padrões de protocolos e localizadores Fonte: Baseado em Sayão (2007); Zeng e Qin (2008); Zeng (2010).

A Web se transforma a cada dia e implementações são constantes. Para que funcione e atenda as demandas da Web são necessários protocolos capazes de suportar as mais variadas tarefas, que operem em qualquer tipo de equipamento e recurso. Isso é observado pelo número de protocolos e localizadores apresentados no Quadro 3.4.

É necessário que esses recursos sejam monitorados e controlados quanto ao funcionamento, crescimento e parâmetros de cada um perante a Web, só assim é possível garantir seu correto desempenho, principalmente, porque as redes se tornam maiores e mais complexas, além de heterogêneas.

3.6 GRANULARIDADE DOS METADADOS

Para Cunha e Cavalcanti (2008, p. 182) granularidade é o “nível de complexidade de um determinado objeto com conteúdo”. Podem ser de “grossa granularidade”, como as bases de dados, sítios, coleções, ou de “fina granularidade”, quando se refere a documentos, arquivos, áudio, imagem. Quanto mais específico se torna o objeto, mais fina é a granularidade, isso quando se fala de documentos. Ainda para os

autores, granularidade é percebida no “nível de detalhes descritivos de um registro criado para representar um documento” e, desta forma, estão presentes nos metadados, uma vez que, quanto mais detalhado, mais conciso e representativo, mais eficiente e relevante se torna na construção de sistemas de informação, permitindo melhor recuperação e interoperabilidade.

Granularidade na visão de Santana (2011, p. 124), é o “processo de definição do nível de detalhamento das informações a serem armazenadas e recuperadas no data warehouse”. Relata o nível ou

“resumo contido nas unidades de dados existentes no data warehouse. Quanto mais detalhe, mais baixo o nível de granularidade (mais grãos de dados); quanto menos detalhe, mais alto o nível de granularidade (menos grãos de dados)”.

Zeng (2010) destaca que as diferenças residem em algumas coleções e repositórios digitais distintos que possuem granularidade maior do que de outros, tratando de revelar à riqueza de conteúdos de um recurso.

A granularidade é um dos elementos importantes da especificação em qualquer sistema e, em especial, na definição de metadados e de conceitos em ontologia. Os conceitos podem ainda ser refinados conforme o nível de granularidade requerido, de acordo com a necessidade que o contexto de uso impõe à ontologia (ALMEIDA, 2006).

Catarino (2009, p. 69) afirma que a “granularidade representacional: é uma propriedade do conteúdo da ontologia que representa o nível de detalhe dos conceitos”.

Dunsire (2011) discute sobre a granularidade em registros bibliográficos e em aspectos conceituais de ontologia e no linked data, e apresenta uma classificação quanto à granularidade por níveis: Nível 1-5 é o conjunto da descrição em nível de coleção; Nível 6-7 é o conjunto da descrição em nível dos itens; Nível 8 é o conjunto da descrição analítica, e o Nível 9-10 é o conjunto da descrição de citações. Segundo o autor, os relacionamentos entre os níveis são do tipo tem parte / é-parte-de (has-part/is-part-of).

Diante do exposto, percebe-se que o conceito de granularidade esteve e está presente no tratamento da informação e do conhecimento desde os tempos mais remotos, uma vez que na catalogação descritiva é um dos aspectos inerentes à qualidade e especificidade dos dados tratados.

E, de forma evolutiva, com o advento da Web, a definição do tipo de granularidade adotada em qualquer aplicação, se torna um aspecto importante para eficiência do sistema desenvolvido, quanto mais detalhado for a descrição de um dado ou objeto qualquer, mais fina é sua granularidade, o que o torna mais interoperável e recuperável.

Desta maneira, tratar os metadados de forma granular, bem como os aspectos ontológicos e cognitivos é desafiante e complexo, requerendo dos envolvidos a concordância e o aceite sobre quais recursos tecnológicos e níveis de tratamento serão adotados.