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3. PLANO DE AÇÃO EDUCACIONAL: MELHORIAS PARA COMBATER A EVASÃO

3.1 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: POSSIBILIDADES E DESAFIOS NO COMBATE À

3.1.5 Padronização de acompanhamento do aluno infrequente

Por se tratar de realidades educativas que vivenciam questões relacionadas à evasão em seu cotidiano, percebe-se que o acompanhamento pedagógico da frequência dos alunos é essencial para o diagnóstico precoce dos alunos faltosos e prováveis desistentes, evadidos ou reprovados.

O trabalho de acompanhamento pedagógico do aluno começa desde o momento de sua matrícula, quando a equipe da secretaria deve solicitar informações atualizadas como um dos requisitos para a confirmação da matrícula, com intuito de garantir a equipe gestora a localização dos alunos, quando necessário.

Após ter sido confirmada a matrícula, a equipe pedagógica deve realizar uma entrevista com os alunos matriculados, com propósito de conhecer a realidade de seu público e traçar estratégias que favoreçam sua permanência no espaço escolar até o término do ano letivo.

Do início ao término do ano letivo, os professores em parceria com a coordenação pedagógica da escola precisam estabelecer mecanismos de acompanhamento da frequência, através da Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente – FICAI, que deve ser preenchida pelo professor ao identificar a ausência do aluno por cinco dias consecutivos ou dez dias alternados.

Ao identificar tais alunos, a FICAI deve ser encaminhada para a equipe pedagógica, a fim de que sejam realizados os contatos telefônicos ou outras ações necessárias, como o diálogo e registro dos motivos da ausência escolar do aluno, a fim de sensibilizá-los da importância de concluir os estudos e valorizar a oportunidade de estudar dentro do cenário da EJA.

Após o contato telefônico se os alunos não retornarem ao espaço escolar, buscar-se-á o apoio dos órgãos responsáveis pela efetivação do direito à educação (no caso dos alunos menores de idade).

Diante da efetivação dessas inúmeras ações que podem ser colocadas em práticas dentro da EJA, também será apresentada uma sugestão de ficha de acompanhamento do aluno infrequente a ser utilizado como estratégia para trazer o aluno de volta ao espaço escolar, conforme quadro 06.

Figura 01 –Modelo de Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente – FICAI30

30 É uma ficha que foi criada com intuito de acompanhar a vida escolar do aluno. Ela é resultante de um acordo

firmado entre as Secretarias de Educação do Amazonas, bem como em parceria com os demais órgãos que zelam pela garantia do direito á educação como o Ministério Público do Amazonas, Promotoria de justiça e Conselhos Tutelares. Ess a proposta de acompanhamento do aluno infrequente surgiu no Rio Grande do Sul e se expandiu para outros estados brasileiros incluindo o Amazonas.

Quadro 06 –Plano de ação direcionado a Padronização do Acompanhamento do aluno infrequente.

FATORES INTRAESCOLARES - AÇÃO 05

O QUE - Padronização do Acompanhamento do Aluno Infrequente.

POR QUE - Para diminuir o abandono e a evasão.

ONDE - Dentro das escolas A e B.

QUANDO - Durante todo o ano letivo.

POR QUEM - Secretaria, equipe pedagógica e professores.

COMO

- Atualização dos dados cadastrais; - Realização de entrevistas;

- Identificação e preenchimento da Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente- FICAI pelo professor.

- A equipe pedagógica realizará o contato telefônico, ou diálogo presencial dentro da escola com aqueles alunos que tiveram a FICAI encaminhadas pelos professores.

- Encaminhamento dos nomes dos alunos (menores de 18 anos) aos órgãos responsáveis pela garantia do direito à educação.

QUANTO CUSTARÁ

- Todos os custos com impressão e gastos telefônicos serão de responsabilidade da escola.

Fonte: Elaboração própria.

Na seção seguinte, abordaremos a sexta ação apresentada no PAE que visa promover a abertura e padronização de funcionamento dos espaços escolares para a realização de atividades diversificadas, contando com a organização da equipe gestora e apoio da Seduc/ Am.

3.1.6 Abertura e padronização de funcionamento dos espaços escolares para a realização de atividades diversificadas

As atividades diversificadas dentro do cenário da EJA ainda se configura como uma alternativa para atrair o aluno para a escola, pois, muitas das vezes, esses sujeitos desfavorecidos economicamente não tem acesso e nem condições de vivenciar experiências culturais, artísticas, tecnológicas e esportivas em outros espaços sociais, sendo portanto, a escola, o ambiente integrador e capaz de oportunizar o contato com diferentes saberes.

Daí ser tão importante que o gestor coloque em pleno funcionamento os espaços de aprendizagem diversificada como biblioteca, laboratório de informática e quadra de esportes, sempre contando com o apoio de um profissional para direcionar as ações desenvolvidas nesses ambientes. A Seduc/Am precisa garantir a presença de tais profissionais como uma alternativas para a melhoria da aprendizagem e ampliação do interesse dos alunos da EJA em permanecer no espaço institucional de aprendizagem formal.

Diante da presença dos profissionais e do pleno funcionamento dos espaços escolares, compete a equipe pedagógica elaborar o cronograma de utilização dos espaços, articulando o cumprimento dos conhecimentos formais com as atividades diversificadas que tanto contribuem para o desenvolvimento das competências do aluno. Assim, o professor ao levar os alunos para espaços extra sala de aula, deve ter intencionalidades pedagógicas bem definidas, contemplando de forma interdisciplinar os saberes existentes no currículo da EJA.

No que se refere à oferta de cursos profissionalizantes, percebeu-se com a pesquisa que os alunos gostariam de ter esse tipo de capacitação dentro do espaço escolar, principalmente em decorrência da necessidade de enquadramento no mercado de trabalho e o alcance de melhores salários.

Diante de tal necessidade é possível vislumbrar uma alternativa quanto à profissionalização dos alunos, por meio da oferta dentro do espaço escolar de cursos, com a utilização do laboratório e da internet, o acesso a sites que ofertam cursos profissionalizantes, como a escola virtual da Fundação Bradesco que disponibiliza vagas em cursos diversificados aos alunos de baixa renda per capita, garantindo aprendizagem e certificação. Os alunos devem se cadastrar no site www.ev.org.br e realizar sua capacitação, de acordo com seu tempo disponível, que pode ser no contraturno, bem como nos momentos que antecedem o início das aulas, desde que não comprometa o cumprimento da cara horária prevista para EJA, tampouco a aprendizagem dos alunos.

Quadro 07 –Plano de ação direcionado à oferta de Cursos Profissionalizantes. FATORES EXTRAESCOLARES - AÇÃO 06

O QUE

- Abertura e padronização de funcionamento dos espaços escolares para a realização de atividades diversificadas.

POR QUE - Para oportunizar ao aluno o acesso a experiências culturais, artísticas, tecnológicas e esportivas dentro da própria escola.

ONDE - Nos espaços diversificados de aprendizagem (laboratório, quadra de esportes e biblioteca) das escolas A e B.

QUANDO - Durante todo o ano letivo.

POR QUEM - Toda equipe escolar e Seduc/ Am.

COMO

- O gestor deve colocar em pleno funcionamento os espaços escolares; - O gestor deve solicitar a Seduc/ Am profissionais de apoio para atendimento nos espaços diversificados;

- A equipe pedagógica deve elaborar o cronograma de utilização dos espaços de aprendizagem diversificados;

- Disponibilidade de professor de informática e laboratório para a realização dos cursos profissionalizantes.

QUANTO CUSTARÁ

- O funcionamento dos espaços e o pagamento dos profissionais é de responsabilidade da Seduc/Am. A responsabilidade pela impressão da certificação ao concluir um curso dentro do espaço escola é do próprio aluno.

Fonte: Elaboração própria.

Para finalizar as ações propostas nesse estudo será realizada uma avaliação, de tudo que fora apresentado como alternativas de melhoria das práticas pedagógicas dentro do contexto da EJA.