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O CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE RIO DAS OSTRAS: HISTÓRIA, LIMITES E POTENCIALIDADES.

O palco está armado para o sucesso do neoliberalismo Juntamente com a

crise econômica que deixou o país numa situação miserável, como já foi explicado nos capítulos anteriores, as transformações na esfera da produção foram definitivas para a adesão da sociedade sem maiores alardes. A reestruturação produtiva, além do desemprego estrutural causado pela troca do trabalho vivo pelo “trabalho morto” das máquinas – o que em última instância levou ao afastamento dos trabalhadores do seu local de luta, de discussão, de debate, de enfrentamento, de organização e mobilização etc. –, passa a exigir um trabalhador multitarefas, flexível, ágil, que estivesse disposto a desempenhar várias funções ao mesmo tempo, pelo mesmo salário; ao mesmo passo em que os contratos de trabalho são flexionados, dando origem a diversas outras formas de contrato que deixam o trabalhador desprotegido, vulnerável. Em troca do trabalho incansável, das horas extras, da assiduidade e pontualidade, são ofertados inúmeros benefícios e incentivos monetários. Isso acirra a competição dentro das empresas, e individualiza os sujeitos. Segundo Mauro (2007),

Nesse contexto, a luta principal passou a ser pela conservação do emprego, em vez da defesa dos direitos, e por mudanças sociais, renascendo, sistematicamente, o individualismo e o corporativismo das categorias sindicais. (MAURO, 2007, p. 120)

A partir desse momento, o apelo é pela cooptação da subjetividade do trabalhador, trazendo a grande novidade de vestir a camisa da empresa, de dizer que possuem, empregado e empregador, os mesmos interesses e objetivos, sobre isso a autora Mônica Cesar diz que

A modernização das práticas industriais, longe de “descartar” o trabalho em função das novas tecnologias, requer a integração orgânica do trabalhador, através da mobilização da sua subjetividade e cooperação. (CESAR, 2000, p. 118)

Mais uma vez, num momento de conquista de direitos, de crescimento da consciência crítica e do fortalecimento das classes trabalhadora enquanto unidade

76 de combate, o capitalismo domina a subjetividade dos sujeitos, mobiliza a sociedade como um todo em função do mercado. Acirram-se as relações de trabalho; cresce a exploração e o desemprego; as condições de vida e trabalho são intensamente precarizadas, tudo isso tendo por suporte o enfraquecimento e a fragilização da organização sindical (CESAR, 2000, p.118). Os sindicatos empresariais perdem seu caráter uníssono, sendo agora segregado por empresa. Sem contar no número de lideranças sindicais cooptadas, ou de gestores infiltrados para enfraquecer e deslegitimar esse movimento social, debilitando os sindicatos, partidos políticos e provocando uma crise no sistema liberal de representação (MAURO, 2007, p.119). Ainda segundo Mauro,

A participação estatal na economia está reduzida a garantir os investimentos privados, o pagamento de juros e serviços das dívidas, os investimentos em infra-estrutura que garantam ao capital as bases de seus investimentos e mantenham a força de trabalho sob condições de precariedade e baixo preço. Para garantir isso, fortaleceu-se o caráter despótico do Estado, investindo-se muito em suas funções repressivas e militares, para manter o controle dos movimentos sociais e das possíveis lutas do povo contra a superexploração a que estão submetidos. (MAURO, 2007, p. 119)

Iniciam-se concomitantemente os processos de privatização, de desresponsabilização estatal com o social, dando lugar ao Terceiro Setor, o que dente outras coisas a serem consideradas, desqualifica significativamente os serviços prestados. A Saúde Pública, a Educação e a Assistência Social sofrem um grau de precarização inimaginável. Os convênios de planos de saúde se proliferam rapidamente. Abrindo um parêntese a respeito dessa última consideração, a prefeitura municipal de Rio das Ostras paga plano de saúde (Unimed) para todos os seus servidores, o que nos dá um panorama de quão precários são os serviços públicos de saúde oferecidos pelo governo municipal, visto que isso é quase um auto reconhecimento de sua ineficiência e insuficiência.

O neoliberalismo traz consigo o reforço das já históricas relações clientelistas, coronelistas, que acabam por despolitizar as relações entre Estado e sociedade, uma vez que os sujeitos entendem que as conquistas da classe trabalhadora, ou seja, os seus direitos, lhes são ofertados como sinal de bondade, de caridade, de favor.

77 expectativas eram de que o PT fizesse valer seus anos de luta, de militância política contra a ditadura, a favor da democratização do Estado, e, como partido de esquerda, alterasse a realidade do país, até então mergulhado no neoliberalismo e em suas determinações. Porém o que se deu foi uma grande decepção ao notar que o partido havia cedido aos encantos do capital e havia “abaixado a guarda”, avançando apenas até o limite do aceitável aos moldes capitalistas neoliberais. Coutinho parece escrever com pesar sobre esse assunto.

Infelizmente, a chegada do PT ao governo federal em 2003, longe de contribuir para minar a hegemonia neoliberal, como muitos esperavam, reforçou-a de modo significativo. A adoção pelo governo petista de uma política macroeconômica abertamente neoliberal – e a cooptação para esta política de importantes movimentos sociais, ou, pelo menos, a neutralização da maioria deles – desarmou as resistências ao modelo liberal-corporativo e abriu assim caminho para uma maior e mais estável consolidação da hegemonia neoliberal entre nós. Estamos assistindo a uma aberta manifestação de uma das características mais significativas dos processos de “revolução passiva”, àquilo que Gramsci chamou de “transformismo”, ou seja, a cooptação pelo bloco no pode das principais lideranças da oposição. (COUTINHO, 2008, p. 141) A participação social, nesse contexto de desconstrução da democracia – ainda que todo o discurso do governo tenha um apelo democrático –, fica fragilizada. Segundo Mauro,

Essa situação coloca grandes questões e desafios para as organizações sociais, no sentido de articular lutas por mudanças profundas ou mesmo imediatas da classe trabalhadora, uma vez que esta vive um processo de dispersão em categorias e extratos e, portanto, mais heterogênea. Se o modo de existência é este, atomizado, suas demandas também serão vistas de forma separada; consequentemente, serão diversas suas formas de organização. (MAURO, 2007, 120) Entretanto, como então pensar em participação social numa sociedade fragilizada dessa forma, tão violenta, tão cruel? Mais do que pensar nas categorias teóricas que embasam tal realidade, o objetivo é pensar os limites postos à participação social hoje.

Como foi dito no ponto III.I deste capítulo, mesmo com todos os avanços democráticos – que não podem ser ignorados – nos dois mandatos de Lula, tais avanços se deram de forma superficial, mudando as legislações e formulando

78 conferências, instituindo conselhos, porém não chegando às questões mais profundas, que estão no cerne da funcionalidade dos conselhos e demais aparelhos de participação social e controle democrático, a saber: déficit enorme na apropriação desses mecanismos de controle por parte da sociedade; deslegitimação e criminalização das lutas dos movimentos sociais71; a cooptação das lideranças sindicais e estratificação dos sindicatos e categorias profissionais; o afastamento dos trabalhadores das fábricas, via desemprego, terceirização ou flexibilização de contrato; níveis de vulnerabilidade e insegurança financeira e empregatícia tão acirrados que os trabalhadores aceitam qualquer realidade imposta pelos empregadores, gerando apatia, conformação, alienação etc.; cooptação das lideranças dos conselhos de políticas públicas; manipulação da agenda dos conselhos para fins orçamentários; reforço da ideologia clientelista em detrimento da concepção de direito; precarização das condições de vida da população mais pobre; desigualdade social em nível esmagador; falta incentivo à participação popular devido ao desinteresse por parte do governo de que as informações cheguem à toda a população, inclusive sobre o potencial do exercício da participação social, do controle social sobre as ações governamentais; falta de organização dos movimentos sociais em prol dessa situação; etc.72

Governos e organizações sociais vêm encontrando crescentes dificuldades para promover o envolvimento da sociedade no processo de tomada de decisões sobre políticas publicas. Diversos problemas têm sido reconhecidos, e entre eles a literatura sobre o tema tem ressaltado a ausência de envolvimento de forças sociais ativas e a “captura” dos processos participativos por grupos mais organizados. (...) Segundo a autora, a mobilização sem reestruturação aumenta o risco de “captura”, e por outro lado, a

reestruturação sem mobilização pode facilmente implicar a adoção de procedimentos formais que contribuem para inibir uma participação mais espontânea e vívida. (COELHO,FERRAZ, FANTI & RIBEIRO, 2010, p. 121-122) Porém, há algumas novidades no que concerne aos avanços da discussão e

71 Um exemplo recente foi a represália aos Black Blocs nas manifestações de junho de 2013 e nas atuais manifestações de 2014 (pré-COPA e agora durante a COPA). Uma célebre frase nas redes sociais dos Black Blocs é a seguinte; “Lembre que o que eles fazem conosco todos os dias é uma violência, a desobediência violenta é uma reação a isso e, portanto, não é gratuita, como eles tentam fazer parecer” (http://www.cartacapital.com.br/revista/760/o-black-bloc-esta-na-rua-7083.html).

72 E isso fica bem visível quando analisados os municípios do interior, cujas relações entre governo e sociedade se dão, majoritariamente, nos termos paternalistas e clientelistas.

79 das deliberações presidenciais acerca do tema. Vale sinalizar que, como já fora retratado anteriormente, esses “avanços” acabam também por caracterizar a contradição existente entre: a origem do PT, sua “conservadorização” com a chegada ao poder, e esse movimento de avanços teóricos e retrocessos práticos. Um exemplo bem atual da atuação do PT em relação à participação social foi o Decreto n. 8.243, de 24 de maio de 2014, que instituiu a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social. Para todos os efeitos, Art. 1o “Fica instituída a Política Nacional de Participação Social - PNPS, com o objetivo de fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil”. O que a Dilma fez foi institucionalizar algo que já existia, porém, aprofundando e legitimando legalmente a participação social. No Art. 6°, o Decreto traz as modalidades de equipamentos de controle social a serem institucionalizados a partir desse momento:

Art. 6° São instâncias e mecanismos de participação social, sem prejuízo da criação e do reconhecimento de outras formas de diálogo entre administração pública federal e sociedade civil: I - conselho de políticas públicas; II - comissão de políticas públicas; III - conferência nacional; IV - ouvidoria pública federal; V - mesa de diálogo; VI - fórum interconselhos; VII - audiência pública; VIII - consulta pública; e IX - ambiente virtual de participação social. (Decreto n. 8.243, de 24 de maio de 2014)

Estes equipamentos serão as partes que integrarão o Sistema Nacional de Participação Social (Art. 7°). Há, na verdade, uma grande polêmica em torno desse novo decreto, onde alguns dizem que a Dilma está querendo reformar o sistema político brasileiro, a partir da solidificação da democracia direta, culminando na eliminação da democracia representativa, contudo, não é o que de fato é proposto, mas sim a conjugação entre representação e participação, de forma que a participação ganhe tanto peso quanto tem a representação hoje no cenário político brasileiro.73

Ainda que esse novo decreto não signifique toda a materialidade das transformações necessárias nos aparelhos de democracia participativa, sua existência não pode ser ignorada, caindo no pessimismo de Althusser.

73 Artigo de Leonardo Avritzer à Revista Carta Capital, em 10 de junho de 2014. http://www.cartacapital.com.br/politica/por-que-o-novo-decreto-de-dilma-nao-e-bolivariano-8992.html

80 Primeiramente porque é resultado dos embates dos movimentos sociais pela democratização do Estado. E também porque não implica em muitas mudanças materiais imediatas, mas dá bases legais à sociedade civil (o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações)74 para sustentar a reivindicação da ocupação desses espaços e lutar pelo real funcionamento desses equipamentos de participação social. Ter uma discussão dessas na agenda do governo é um sinal de que nem tudo está perdido, ao contrário.

O autor Gilmar Mauro traz considerações bastante pertinentes a este momento de a sociedade civil pensar estratégias para o enfrentamento dos desafios postos à participação, em busca da consolidação desta, não com uma visão extremamente otimista e idealista, mas sóbria, considerando a realidade suas possibilidades de transformações. Dentre elas ele traz a importância da “reconstrução da identidade” da classe trabalhadora, “resgatando a auto-estima dos trabalhadores e sua indignação frente às classes dominantes” (2007, p. 120). Segundo o autor,

Se quisermos fazer a revolução brasileira, precisamos interpretar a realidade brasileira, identificando as contradições postas pelo sistema do capital, na ordem objetiva da produção e subjetiva das relações, bem como a real composição das classes sociais. A partir da interpretação do concreto real é que definiremos as estratégias, as táticas, os instrumentos políticos e organizativos adequados. (2007, p.110)

A respeito das construções organizativas, o autor traz que

Nunca é demais ressaltar que toda construção organizativa é, ou deveria ser, um instrumento a serviço das mudanças, cujos protagonistas – a classe trabalhadora – não podem ser substituídos nesta tarefa. Ou seja, o organizativo deverá sempre estar em função do projeto estratégico, o poder popular, no qual a participação efetiva da classe é imprescindível, pois não se pode separar o projeto do sujeito. (2007, p. 111)

Ou seja, para Mauro o que se põe é o reconhecimento da realidade e a construção de mediações que possibilitem a atuação dos movimentos sociais no sentido de mobilizar as classes subalternas de modo que seja primeiramente

74

81 resgatada sua identidade de classe, recuperado o seu ávido desejo de justiça social, e posteriormente, com base no seu reconhecimento da realidade social, tendo em vista a potencialidade das mobilizações organizadas da sociedade marcada em diversos momentos da história brasileira, construir estratégias que condizam com a realidade, que sejam propositivas e eficazes, de modo a superar a realidade social posta – ou, no caso, a realidade da participação social no Brasil contemporâneo.

E, na realidade, o movimento tem de ser basicamente este, de modo que medidas precipitadas não causem perdas num cenário já precário para as classes trabalhadoras. Essas “brechas” neoliberais têm de ser encontradas pelos setores organizativos da sociedade, a fim de penetrarem nelas e promoverem mudanças substanciais para as classes subalternas, na relação entre Estado e sociedade civil, e, por conseguinte, obterem conquistas para a participação social.

Contudo, é necessário deixar claro que a atual situação da participação social no Brasil é resultado de determinações históricas da instauração e desenvolvimento do capitalismo no país, destacando seus meios de assegurar a dominação: via cooptação ideológica e repressão. E que, enquanto o sistema vigente for o capitalismo monopolista neoliberal, ou qualquer outro sistema que subjugue a sociedade aos interesses de uma minoria burguesa economicista, sempre haverá degraus a serem galgados em direção à democracia, seja ela representativa, direta, ou participativa, concomitantemente com os degraus que levarão a sociedade civil a uma realidade de inegáveis e reais conquistas no que concerne à participação social. Uma sociedade cuja democracia é plenamente desenvolvida, onde não impere relações desiguais ou a estratificação da sociedade em classes sociais, onde seus aparelhos de democracia participativa estejam totalmente desenvolvidos e funcionantes, não é, de modo algum, uma sociedade capitalista. Alcançar essa plenitude de igualdade na distribuição da riqueza socialmente produzida, de justiça social, é o mesmo que superar o capitalismo. Enquanto essa realidade não é alcançada, há muito o que se fazer em matéria de mobilização, organização e resgate da identidade combativa da classe trabalhadora.

82 Considerações finais

A democracia no Brasil é um assunto recente, há apenas 29 anos rompemos os laços com a ditadura militar, e ainda carregamos os traços autoritários, repressivos e antidemocráticos desse período. No momento em que a sociedade parecia “respirar” do lado de fora do cárcere ditatorial, dando início a uma jornada de contínuas conquistas da classe trabalhadora, consolidando o tão esperado Estado Democrático de Direito, o que se põe é a ofensiva neoliberal que desmonta todo o cenário de conquistas das classes subalternas, levando a sociedade ao circo dos horrores das privatizações, da omissão do Estado frente às expressões da questão social tão acirradas por conta da crise econômica da década de 1980, o que culmina na precarização dos serviços públicos de saúde, educação, moradia etc. Ao mesmo tempo, esse sistema – que traz consigo mudanças no cenário político, social e econômico, mas também transformações na produção, deixando o fordismo de lado e adotando o Sistema Toyota de Produção como sistema de produção padrão, gerando, como já foi visto, mudanças substanciais nas formas de trabalho e vida dos trabalhadores – dá continuidade à criação objetiva dos Conselhos de Políticas Públicas, como previsto em Lei, porém, não garante seu pleno funcionamento, abarcando suas potencialidades. As determinações políticas (os interesses dominantes) acabam por deixar os aparelhos de controle social democrático, bem como as discussões sobre o assunto, marginalizado, cumprindo apenas suas agendas orçamentárias, sem maiores contestações.

Para entender o potencial da organização das classes subalternas nessa luta pela democratização do Estado, é necessário entender que a atual situação da democracia participativa no Brasil é o resultado de todas as determinações históricas políticas, econômicas e sociais pelas quais passara o país, desde seu “descobrimento”. E esticar os olhares sobre os momentos de luta em que a classe trabalhadora obteve inúmeras conquistas, para que a compreensão da realidade social não se dê sob uma perspectiva pessimista e fatalista, caindo assim na visão de Althusser. Por outro lado, não se pode ignorar a dureza da realidade posta aos movimentos sociais, e as dificuldades de transpor as barreiras ideológicas e repressivas, a fim de que a análise não se perca nas visões habermasianas de consenso, numa sociedade de classes cujos interesses são fundamentalmente

83 antagônicos.

Em suma, os espaços dos Conselhos não podem ser encarados de forma pessimista ou extremamente otimista, há que se pensar a realidade da democracia participativa, e, em destaque, a realidade dos limites e potencialidades da participação social no Brasil contemporâneo, sob a perspectiva gramsciana que prevê uma fundamentação histórica, bem com a análise das categorias que estão presentes na engenharia da sociedade, porém, tudo de forma sóbria, capaz de promover a construção coletiva de saídas que de fato funcionem, alternativas de intervenção que não sejam perdidas no tempo e no espaço, mas que tenham potencial transformador.

O presente trabalho não tem a intenção de esgotar o assunto, devido à vastidão de categorias e particularidades históricas que necessitam de um olhar mais específico, e também pela característica dialética da realidade social, da vida em sociedade. Todo e qualquer parâmetro para pensar o futuro da sociedade não deve ser fechado, há que se pensar que a vida em sociedade, as relações sociais, têm a característica fundamental de mudar em todo o tempo. Por isso, a expectativa de um futuro promissor para as questões democráticas, para a emancipação da sociedade civil, deve ser de fato pensada com esperança e crítica, capazes de dar à sociedade civil as armas para a superação do sistema político-econômico-social vigente.

84 BIBLIOGRAFIA

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