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Para obter mais informações sobre o assunto, consulte

o endereço eletrônico do Ministério do Meio Ambiente: http:// www.mma.gov.br/gestao-territorial/zoneamento-territorial/zee-nos- -estados

2- Para conhecer e entender sobre o termo Servidão Am- biental, consulte a Lei Federal no 6.938, de 31 de agosto de 1981, no

ANEXO VII.

Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em consideração os seguintes estudos e critérios:

I - o plano de bacia hidrográfica;

II - o Zoneamento Ecológico-Econômico;

III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Le- gal, com Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida;

IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodi- versidade; e

V - as áreas de maior fragilidade ambiental.

§ 1º O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele habilitada deverá aprovar a localização da Reserva Legal após a inclu- são do imóvel no CAR, conforme o art. 29 desta Lei.

§ 2º Protocolada a documentação exigida para a análise da loca- lização da área de Reserva Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser imputada sanção administrativa, inclusive restrição a direitos, por qualquer órgão ambiental competente integrante do Sisnama, em ra- zão da não formalização da área de Reserva Legal. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

O antigo Código Florestal, Lei 4.771, de 15 de setem- bro de 1965, previa os seguintes critérios e instrumentos (quan- do houver) a serem utilizados para estabelecer a localização da Reserva Legal:

b) Plano Diretor Municipal;

c) Zoneamento Ecológico-Econômico;

d) Outras Categorias de Zoneamento Ambiental; e

e) proximidade com outra Reserva Legal, Área de Preservação Per- manente, Unidade de Conservação ou outra área legalmente protegida. Estes critérios foram incluídos pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001.

Neste novo Código Florestal, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, ob- servamos que houve a inclusão de novos critérios para a escolha da localização da Reserva Legal, além dos constantes no antigo Código Florestal, que são os incisos: IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e V - as áreas de maior fragilidade ambiental. Entretanto, o critério para obser- vação do Plano Diretor Municipal existente no Código antigo não foi mantido para o novo Código Florestal.

A aprovação da localização da Reserva Legal do imóvel será efetuada pelo órgão estadual integrante do SISNAMA, ou instituição por ele habilitada, desde que o imóvel já esteja incluído no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Me- lhores detalhes do CAR podem ser conhecidos no art. 29, Capítulo VI desta Lei.

No momento em que o proprietário ou possuidor rural protocolar no órgão ambiental competente, a documentação para análise da localização da área de Reserva Legal, não poderá ser imputada nenhuma sanção administrativa ao mesmo, por qualquer órgão integrante do SISNAMA, pelo fato de não ter cons-

Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:

I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo;

II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama;

III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.

§ 1º O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese prevista neste artigo.

§ 2º O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o art. 29, cuja área ultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei.

Este artigo permite que, para o cálculo do percentual de Reserva Legal, seja computado a Área de Preservação Permanen- te desde que se respeite os incisos I, II e III do caput deste artigo.

É importante esclarecer que, mesmo computando a Área de Preservação Permanente para efeito de cumprimento do percentual de Reserva Legal, o regime de proteção das APPs não sofre alteração. Quando o imóvel tiver área de Reserva Legal em percentual acima do exigido por esta Lei, será permitido utilizar a área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros instrumentos congêne- res previstos nesta Lei.

O § 4º do art. 15 cria uma exceção à regra estabelecida pelo inciso I, permitindo que essa regra não seja observada em imóvel situado em floresta na Amazônia Legal, com percentual de mais de 80% ocupado por APP, e demais florestas e outras formas de vegetação nativa existentes no imóvel. Ou seja, abre- se um precedente para que haja a conversão de novas áreas destinadas ao uso alternativo do solo.

No antigo Código Florestal, Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, não era permitido o cômputo da APP no cálculo da Reserva Legal do imóvel rural, o que gerava mais uma dificuldade e um desestímulo, para o produtor rural se interessar em legalizar seu imóvel.

Seguindo-se a risca o antigo Código Florestal – Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o produtor rural poderia ter, em alguns casos, o comprome- timento de até 100% de sua propriedade na constituição da Reserva Legal e da APP (situação facilmente atingível nos imóveis rurais localizados na Amazônia Legal). De forma coerente, e condizendo com a realidade do país, o novo Códi- go Florestal, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, abriu a possibilidade de com-

§ 3º O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as moda- lidades de cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e a compensação. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 4º É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando as Áreas de Preservação Permanente conservadas ou em proces- so de recuperação, somadas às demais florestas e outras formas de vege- tação nativa existentes em imóvel, ultrapassarem: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta na Amazônia Legal; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

putar a APP no cálculo da Reserva Legal, o que representou um grande avanço para esses vários ‘brasis’ que temos neste País.

ATENÇÃO!

Quando o proprietário rural constituir sua Reserva Legal, computando na mesma a APP, lembre-se de que o regime de preser- vação da APP continua da mesma forma que foi estabelecido pela Lei, ou seja, o fato da APP estar incluída no cálculo da Reserva Legal, não quer dizer que haja uma flexibilidade no uso destas áreas.

Utilizar a APP incluída no cálculo da Reserva Legal para outro fim (supressão de vegetação, etc) caracteriza infração ambien- tal, punível com multa, embargo e responsabilização civil e penal no judiciário.

II - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). Texto vetado:

“II - 50% (cinquenta por cento) do imóvel rural nas demais situações, ob- servada a legislação específica.”

Razão do veto

“Ao contrário do previsto no inciso I do mesmo artigo, que regula uma situação extrema e excepcional, este dispositivo impõe uma limitação desarrazoada às regras de proteção ambiental, não encontrando abrigo no equilíbrio entre preservação ambiental e garantia das condições para o pleno desenvolvimento do potencial social e econômico dos imóveis rurais que inspirou a redação do art. 15, § 4º.”

Mensagem nº 484, de 17 de outubro de 2012, da Excelentíssima Senhora Presi- dente da República, dirigida ao Congresso Nacional.

Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relação a cada imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal poderá ser agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.

Este artigo permite que várias propriedades rurais se associem para constituírem a Reserva Legal em regime de con- domínio ou coletiva entre as propriedades, desde que se respei- tem os índices estabelecidos no art. 12, em relação a área de cada imóvel.

RELEMBRANDO!

Índices estabelecidos no art. 12 da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012:

1-Amazônia Legal com três percentuais diferentes, de acordo com o bioma em que o imóvel está situado:

• 80% de RL, para a localização do imóvel em área de florestas; • 35% de RL, para a localização do imóvel em área de cerrado; • 20% de RL, para a localização do imóvel em área de campos

gerais, e

2- 20% de RL, para os imóveis situados nas demais regiões do país.

No caso de parcelamento de imóveis rurais, será permitida a formação da Reserva Legal agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.

REFLEXÃO!

O avanço promovido pelo novo Código Florestal, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, neste artigo, é demonstrado pelos ga- nhos ambientais proporcionados por esta norma que, em vez de en- gessar a localização da Reserva Legal apenas dentro do imóvel rural, gerando uma “colcha de retalhos” representada pelos inúmeros frag- mentos florestais de cada imóvel, permite, também, a possibilidade de condomínio na constituição das Reservas Legais de vários imóveis. Ou seja: permite-se a criação de grandes áreas contínuas, que facilita o flu- xo gênico e a diversidade biológica e genética dessas matas.

Seção II