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Fotógrafa: A autora

Vale ressaltar que tanto a diretora da unidade escolar quanto a vice-diretora, assim como todos os profissionais a que tivemos acesso nos receberam de forma acolhedora e dispostos a contribuir com dados considerados por nós relevantes e fundamentais para o andamento da investigação. O primeiro contato, depois de autorizada nossa ida, por intermédio de ofício específico, aconteceu com a vice-diretora que nos forneceu as primeiras informações sobre a instituição e nos apresentou à professora do Grupo 4.

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Escola Municipal Osvaldo Cruz é reinaugurada, notícia divulgada no jornal A Tarde, Salvador, 15 dez. 2011. Disponível em: <http://educacao.atarde.uol.com.br/?p=9164>. Acesso em: 10 out.2013.

Os alunos dessa instituição são moradores dos bairros: Vale das Pedrinhas, Nordeste, Santa Cruz, Federação, Vasco da Gama e Pedra da Sereia. Todas as crianças que participaram da pesquisa pertencem ao Grupo 4, inicialmente, turno matutino, mas, durante o seu desenvolvimento, também fomos em busca da turma vespertina. A professora é a mesma para ambas as turmas e, nesse ano, pela primeira vez, atuando na Educação Infantil. Desde o início, a professora mostrou-se bastante receptiva, de fácil acesso e nos deixou à vontade para coletar os dados necessários para a realização do nosso estudo.

No dia 5 de novembro de 2012, fomos apresentadas, pela professora da turma, ao Grupo 4/Matutino e conversamos com as crianças sobre a nossa pesquisa. Nesse dia, fizemos nosso contrato de trabalho com elas, após concordarem em participar da pesquisa. Vale dizer que a escola se encarregou da comunicação e autorização junto às famílias, inclusive, relatou- nos que essa já era uma prática comum na instituição. Essa mesma turma, inclusive, já havia participado de atividades promovidas por estudantes do curso de Psicologia da Universidade Federal da Bahia.

Neste primeiro dia de apresentação às crianças, já foi possível escutar as suas preferências em relação aos seus brinquedos:

Andréa: – Gosto de comidinha! Augusto: – Eu de Power Ranger! Ismael: – Gosto do Ben 10! Daniel: – Eu gosto do Shrek!

Sandra: – Eu gosto de boneca. Barbie! Gosto de brincar de tudo de menina Nós: – E quais são as brincadeiras de menina?

Sandra: – Boneca, Barbie, balde.

Seguem, adiante, para melhor conhecimento, dois quadros com nomes fictícios das crianças matriculadas no Grupo 4 e que contribuíram para o desenvolvimento do nosso estudo e suas respectivas idades e sexo.

Quadro 3 - Relação nome/sexo/idade das crianças pesquisadas na escola no turno matutino

N° NOMES DOS ALUNOS SEXO IDADE

01 Augusto Masculino 5 anos

02 Andréa Feminino 4 anos

03 Daniel Masculino 4 anos

04 Gustavo Masculino 5 anos

05 Gerson Masculino 4 anos

06 Icaro Masculino 4 anos

07 Ismael Masculino 5 anos

08 José Paulo Masculino 5 anos

09 Júlio Cesar Masculino 5 anos

10 Marcelo Masculino 5 anos

11 Mario Masculino 5 anos

12 Nelson Masculino 5 anos

13 Paulo Henrique Masculino 5 anos

14 Raissa Feminino 5 anos

15 Ubirajara Masculino 4 anos

16 Sandra Feminino 5 anos

Fonte: Elaboração da autora a partir da Caderneta de chamada da professora do grupo.

Quadro 4 - Relação nome/sexo/idade das crianças pesquisadas na escola no turno vespertino

N° NOMES DOS ALUNOS SEXO IDADE

01 Alexia Feminino 5 anos

02 Bartira Feminino 5 anos

03 Diogo Masculino 5 anos

04 Durval Masculino 5 anos

05 Gabriella Feminino 5 anos

06 Iuri Masculino 4 anos

07 Karime Feminino 5 anos

08 Kristopher Masculino 5 anos

09 Mariana Feminino 5 anos

10 Mauro Masculino 4anos

11 Melissa Feminino 4 anos

12 Patrício Masculino 5 anos

13 Renato Masculino 5 anos

14 Rodrigo Masculino 5 anos

15 Wilson Masculino 5 anos

16 Willian Masculino 5 anos

Fonte: Elaboração da autora a partir da Caderneta de chamada da professora do grupo.

Como pode ser observado, através das informações contidas nos quadros, os grupos possuem 16 alunos, cada e, além da professora regente contam também com uma Ajudante de Educação Infantil (ADI) que permanece os dois turnos nessa função. Essa profissional, uma espécie de auxiliar de classe, ajuda a docente e faz intervenções com as crianças, quando necessário e, pelo que foi possível observar, seguindo orientações da professora.

A rotina do Grupo 4, segundo a regente da turma, contempla momentos de Parque, Rodinha, Jogos, Atividades Motoras e Linguagens. Além disso, as crianças desse grupo,

semanalmente, participam de atividades extras, que são ministradas por outros docentes, como Capoeira, Laboratório, Biblioteca, Dança, Música e Inglês.

Os encontros foram organizados de maneira a favorecer a coleta de subsídios capazes de responder à questão formulada pela nossa pesquisa. Desse modo, antecipadamente, criamos as estratégias e definimos os instrumentos a serem utilizados, porém, muitas vezes, fomos levados a modificar, refutar ou incluir outras formas de procedimentos, outras formas de escutar os sujeitos envolvidos na investigação com a finalidade de conhecer/ explorar / desvendar aspectos do objeto de estudo que, de algum modo, não puderam ser, a princípio, avaliados. Vale dizer que, na maioria das vezes, era a própria criança quem nos fornecia relatos cheios de novos elementos que nos obrigavam a reinventar os caminhos investigativos e, inclusive, essa nova direção nos conduziu, não raramente, a caminhos, até então, não pensados ou desconhecidos, mas que nos forneceram ganhos importantes quanto à evolução do trabalho. Essa flexibilidade metodológica foi, frequentemente, exercitada, possibilitando saltos qualitativos significativos.

Inicialmente, organizamos algumas observações no Grupo 4, compreendendo, desde os momentos nos quais as crianças permaneciam com a professora regente, até outros em que estavam com os especialistas de áreas. Além disso, registramos também situações nas quais as crianças se movimentavam livremente pelos espaços da instituição, sem nenhuma possibilidade de intervenção por parte dos docentes.

É importante dizer que as observações, assim como qualquer outra estratégia utilizada para a coleta de dados, não seguia critério de rigidez em relação à quantidade de vezes a serem realizadas, ou seja, a repetição de qualquer procedimento podia acontecer quantas vezes fossem necessárias. Se um critério havia, nesse caso, ele era orientado pela própria escuta das crianças, nos indicando sempre sobre as próximas etapas a serem realizadas.

Uma outra forma de aproximação com os sujeitos da pesquisa fez-se através das entrevistas realizadas com os mesmos que, nos possibilitou ter acesso a respostas significativas em relação a nossos questionamentos. Nesses momentos, muitas vezes, criamos situações, a partir da inclusão de alguns brinquedos, utilizados como recursos metodológicos, para que pudéssemos conversar sobre alguns personagens infantis. Como já foi dito, em outra parte, tais personagens foram escolhidos a partir, do que encontramos nos camelôs e na loja de brinquedos, além do que ouvimos nos relatos das crianças, nos vários espaços observados. Em razão disso, o Ben 10, a Barbie, os Backyardigans, Woody, Buzz, as Meninas Super Poderosas, Tinker Bell, por exemplo, sempre estiveram presentes em nossos encontros com o grupo.

Foto 37 - Ben 10

Fotógrafa: A autora