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Paula Rodrigues Furtado 1

INTRODUÇÃO

A sociedade do século XXI possui novas configurações de comunicação que demandam dos indivíduos competências e habilidades específicas para que seja possível ter participação efetiva social e atuação no novo ambiente do trabalho. Corroborando a esse processo, temos a introdução das novas tecnologias digitais da comunicação e informação (TDICs) que fortalecem a exigência de que as pessoas tenham autonomia para guiar sua própria aprendizagem no decorrer da sua vida e que sejam críticas o suficiente para julgar como lidar com as informações que recebem a todo instante (LEMKE, 2010 [1998]).

Essas competências, que envolvem a capacidade de construir novos conhecimentos, resolver problemas, colaborar com outras pessoas, organizar atividades e gerenciar comunidades (GEE, 2007), por exemplo, são vistas atualmente como essenciais a serem desenvolvidas durante a formação acadêmica e profissional do estudante. No entanto, elas não condizem com a realidade do ensino tradicional em que o professor ocupa um papel central na relação ensino-aprendizagem e o estudante,

1 Mestranda no programa de Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) na Universidades Estadual de Campinas (Unicamp) na área de Novos Letramentos e Tecnologia e tutora do curso livre online Tecnologia para Sala de Aula (http://tecnologiaparasaladeaula.com.br) - paularfurtado@gmail.com.

online Trello como facilitadora na implementação

da metodologia problem-based learning

Utilizando a ferramenta

receptor de informações e conhecimento.

As críticas e o reconhecimento da defasagem existente no modelo tradicional de formação já não são novidades, ou seja, é possível inferir que possuímos um senso comum, independentemente da área de formação, que este sistema não está preparando o estudante o suficiente para o cenário atual ao mesmo tempo em que o desmotiva muitas vezes durante sua jornada de estudos. É importante ressaltar que, especificamente considerando as questões do mercado de trabalho, os estudantes egressos dos cursos de graduação em que predominam os currículos lineares e compartimentalizados não se sentem preparados para ingressar no mercado de trabalho e nem são bem recebidos por ele, já que não desenvolveram competências múltiplas e uma visão holística do papel a desempenhar requeridas para uma boa colocação profissional.

Para romper com esse descompasso entre formação e realidade, é necessário repensar os objetivos e os métodos de aprendizagem e paralelamente buscar outras abordagens que sejam mais coerentes com o que deseja-se ao invés deste paradigma formatado e institucionalizado conforme as demandas do período marcado pela revolução industrial e anacrônico para o momento histórico em que nos situamos (COLLINS e HALVERSON, 2009).

Um caminho que está sendo escolhido por algumas universidades nacionais e internacionais e até mesmo em algumas escolas é a utilização da metodologia de ensino denominada problem-based learning (PBL), uma abordagem já reconhecida por promover a aquisição dos conteúdos em conjunto com o desenvolvimento das

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TECNOLOGIAS EM EAD: Métodos e Práticas competências e habilidades já mencionadas, ou seja, através do uso da PBL não é necessário que haja uma disciplina específica para essas novas requisições (SAVIN-BADEN, 2000).

Metodologia Problem-based Learning (PBL)

A metodologia PBL tem em sua proposta central o estímulo ao desenvolvimento do pensamento crítico e das habilidades para solução de problemas que envolvem uma série de outras competências, como o trabalho em grupo e a colaboração, a pesquisa e a seleção de informações.

De acordo com Barrows (1996) apud Coll, Mauri & Onrubia (2010), a primeira aplicação e desenvolvimento da metodologia está situada na década de 1960, em um curso da Faculdade de Ciências da Saúde na Universidade McMaster - Canadá. Mesmo direcionada e ainda muito utilizada pela área de saúde, na medida em que a metodologia foi sendo utilizada em outros contextos educacionais, ela sofreu adaptações e hoje é utilizada por diversas áreas.

Segundo Barrows (1996), na PBL, o conhecimento construído na busca da solução dos problemas e as habilidades e atitudes desenvolvidas neste processo acabam sendo mais relevantes que a solução em si. Esse fato abre margem para classificarmos a PBL como uma metodologia inovadora, pois mesmo não sendo tão recente, através dela é possível integrar conceitos de diferentes abordagens educacionais e trabalhar competências tão requeridas pelo cenário social atual, principalmente quando consideramos o mundo do trabalho.

Além de possibilitar a formação de um profissional mais bem preparado para o mercado, a PBL também pode ser aplicável ao contexto

o processo pelo qual o estudante passa para encontrar a solução do problema é bastante semelhante ao método científico. Durante um estudo direcionado pela PBL, o estudante pode aprimorar habilidades necessárias para um futuro pesquisador, já que a pesquisa científica envolve habilidades de questionamento, investigação e síntese (KAUFMAN; MANN, 2001).

A escolha por esta metodologia tem sido feita principalmente a partir do fato de que ela contextualiza em situações reais a aprendizagem dos conteúdos pertinentes à cada área, colocando o professor como orientador ou facilitador (BARROWS, 2001) e o estudante como o principal responsável pelo caminho de seu aprendizado. Isso faz com haja a mudança da perspectiva da aprendizagem e estimula uma atitude ativa em busca do conhecimento e da solução de um problema, sendo isso inclusive o pilar da metodologia, já que esta gira em torno da "(...) explicação, da indagação e da reformulação ou resolução de um problema de interesse dos alunos (...)" (BARROWS, 2000 apud COLL, MAURI & ONRUBIA, 2010, p.192), buscando sempre a ampliação do saber e o desenvolvimento de uma visão mais holística.

Sobre a ferramenta Trello: facilitadora para implementação da PBL

Optar pela PBL como metodologia para ensino não é uma tarefa fácil. Trata-se de um modelo complexo e que exige do professor não apenas sua mudança de papel mas também o rearranjo de todo seu plano de ensino, além das demandas de orientação e organização durante o processo da busca pela solução do problema estabelecido.

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TECNOLOGIAS EM EAD: Métodos e Práticas Visando amenizar ao menos a questão da organização e possibilitar que estudantes e professor tenham sempre em mãos um panorama do processo como um todo, este artigo propõe a utilização da ferramenta gratuita online denominada Trello como facilitadora para a implementação da PBL.

O Trello trata-se de uma ferramenta colaborativa para gerenciamento de projetos com uma interface bastante amigável e intuitiva, já que seu funcionamento básico consiste na ação de arrastar cards (cartões virtuais) e, para a edição de seus textos, basta clicar em cima do texto a ser editado e editar.

No site oficial da ferramenta, é possível ver algumas sugestões de uso, como planejamento de eventos, recrutamento, vendas e gestão de desenvolvimento de software. No entanto, é também possível apropriar-se da ferramenta para a aplicação educacional, utilizando-a para a implementação da PBL ao passo que ela oferece suporte para a organização de tarefas e estrutura de trabalhos.

Para conhecer o Trello basta visitar o endereço https://trello.com/. Seguem algumas considerações sobre os elementos que compõem a ferramenta:

a. Membros

Para ser um membro de organização e quadro (board), é preciso criar uma conta com usuário e senha no Trello. O usuário que criar uma organização ou um board será quem vai inserir cada membro participante dele, ou seja, cada estudante. Para realizar isso, basta dentro da ferramenta clicar em Add Members.

b. Organização

As organizações funcionam como se fosse uma empresa e é dentro delas que é possível criar um board. Para trazer ao contexto, a organização pode ser o ano letivo, o semestre, a separação por instituição, enfim, o que melhor competir ao professor.

c. Boards, listas e cards

A estrutura da Trello, dentro da organização é dividida em boards, listas e cartões. Os boards contêm listas com cartões, como o exemplo da imagem a seguir:

Desta maneira, podemos verificar que a ferramenta Trello possui a seguinte hierarquia em seu funcionamento: Organização > Board (quadro) > Listas > Cartões.

Sobre as possibilidades abertas, podemos apontar três considerações importantes:

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seu funcionamento básico consiste na ação de arrastar: por exemplo, é possível arrastar uma lista e mudar sua posição horizontalmente ou arrastar um cartão dentro de uma mesma lista ou transferi-lo de lista.

o criador do board, que aproximando para o uso profissional pode ser

o professor, consegue acompanhar a organização dos trabalhos dos estudantes, tendo uma visão macro do andamento das tarefas e receber todas as atualizações pelo email cadastrado.

ao utilizar a ferramenta, é possível que o estudante desenvolva habilidades de organização pessoal, de tarefas e de trabalho em equipe.

Como características técnicas a cada uma das divisões podemos destacar:

● Board (quadro)

Todo board possui uma barra em sua lateral direita indicando quem são seus membros, um menu de opções e as lista das atividades recentes que foram ali realizadas. Ele funciona como uma mesa de trabalho, permitindo as seguintes ações ao usuário:

1.

Configurar as permissões de acesso sobre comentário (quem pode inserir comentários), incluir a ferramenta de votos (possibilitando estratégias de gamificação e colaboração) e realizar convites para novos membros.

2.

Adicionar um novo membro (ou que já esteja cadastrado no Trello ou adicionando-o por email).

4.

Realizar filtros na exibição dos cartões.

5.

Acompanhar as atividades dentro da board. ● Lista (list)

Uma lista pode conter diversos cards (cartões). Ela pode ser renomeada, movida para um outro board, copiada (duplicada) e arquivada.

● Cartão (card)

Um cartão é o local no Trello em que colocamos cada tarefa e atribuímos a ela um ou mais responsáveis, sendo todos membros do board. É possível anexar itens no cartão, como por exemplo um link, um arquivo do Google docs e um arquivo de imagem. Outros recursos disponíveis em um cartão são:

1.

Título e descrição do cartão.

2.

Espaço para comentários.

3.

Possibilidade de inserir uma data (due date) para a finalização da tarefa descrita no cartão: aqui, ele também possui como automatização o envio por email de um aviso quando a data de finalização da tarefa estiver próxima.

4.

Recurso de lista de tarefas (checklist) para enumerar as subtarefas daquele cartão. Cada item desta lista pode ser marcado em uma caixinha (checkbox) quando já realizado.

5.

Recurso de votação para indicar que a tarefa possui prioridades quando comparada às demais.

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TECNOLOGIAS EM EAD: Métodos e Práticas Veja a imagem a seguir que mostra os recursos do cartão:

Como utilizar a ferramenta Trello como facilitadora para implementação da PBL

O caminho para adaptar o uso do Trello quanto à implementação da PBL ficará a critério de cada professor. Neste artigo, há uma sugestão de uso baseada em um ciclo de sete fases descritas pelos autores Coll, Mauri & Onrubia (2010, p. 192), resultado de uma síntese feita por eles a partir de vários outros autores.

Este ciclo pode ser adaptado pelo professor dependendo dos objetivos de aprendizagem que ele estabelecer, das ferramentas que ele

está inserido.

Ambientando-se na ferramenta Trello com os estudantes

É importante que haja um momento anterior com os estudantes à utilização da ferramenta Trello aliada à PBL, para a reflexão sobre o que o seu uso pode propiciar quanto ao desenvolvimento de habilidades que levam à autonomia. No ciclo de aprendizagem proposto dentro da PBL, o professor agirá como um facilitador ou até mesmo como um guia e o estudante será o responsável pelo seu percurso de aprendizagem ficando sempre atento às relações que deverá fazer entre suas metas e as estratégias a serem tomadas (COLL, MAURI & ONRUBIA, 2010, p. 192).

Especificamente sobre o Trello, a sugestão é que haja um board por grupo de estudantes que trabalharão em conjunto e colaborativamente e que ao fim do ciclo das sete fases sejam compartilhadas as experiências entre todos os grupos em um momento presencial. Dentro dos boards, que seja criada uma lista para cada fase do ciclo conforme as descrições a seguir e dentro das listas os estudantes, orientados pelo professor, criarão as tarefas em forma de cartão e farão seu próprio gerenciamento dentro do grupo, utilizando os recurso de checklist, due date, atribuição de tarefas e votação de prioridades.

Para os trabalhos que forem sendo produzidos durante o ciclo de aprendizagem e até mesmo o material de pesquisa, é sugerido que se utilize o recurso de anexar itens dentro de cada cartão no Trello. Assim, todo material estará sempre à disposição do grupo e do professor, até chegar ao resultado final.

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Criando a estrutura dentro do Trello

Antes de qualquer ação no Trello, é preciso que o professor e os estudantes tenham criado uma conta e em seguida feito o login. Para criar a estrutura:

1 - Crie primeiro uma organização, clicando no ícone de adicionar e em seguida em New organization.

2 - Atribua um nome e a descrição para esta organização. Veja que os dados da imagem são apenas sugestões.

3 - Dentro da organização criada, adicione todos os estudantes que irão compor os grupos. Para isso, basta clicar em Members e adicionar os estudantes que já devem ter criado sua conta no Trello.

4 - Dentro da organização criada, é possível criar quantos boards forem necessários sendo que a sugestão é que cada um represente um grupo. Para criar um board basta clicar na aba Board e em seguida em Create new board. É preciso dar um nome ao board a critério do que for combinado entre professor e estudantes.

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5 - Dentro do board, insira as sete fases do ciclo de aprendizagem da PBL e em seguida adicione os membros que serão do grupo referente a este board. Para criar uma lista, basta preencher o nome da mesma e clicar em Save. Para adicionar os membros, basta clicar em Add

Members e buscar o nome do estudante ou seu email, considerando que

ele já criou sua conta.

6 - Dentro de cada lista é possível adicionar cartões clicando em Add a

Fases dos ciclos de aprendizagem da PBL

A seguir, vamos ver a descrição de cada uma das fases da PBL (COLL, MAURI & ONRUBIA, 2010, p.192 - 193), retomando que a adaptação, inclusive do número de fases, ficará a critério de cada professor e que a sugestão é que o cartões criados em cada lista do Trello arquivem as discussões ou ao menos a síntese de cada uma e descrevam as tarefas a serem realizadas, armazenando também os anexos como textos, imagens e links.

a. Fase 1: identificação do problema

Nesta fase é dada uma situação formulada pelo professor que seja pertinente aos objetivos de aprendizagem estabelecidos e aos grupos de estudantes que formularão um problema. O professor em conjunto com os estudantes entrarão em um acordo se o problema será o mesmo para todos os grupos ou não.

Como a estrutura da metodologia vai girar em volta de um problema, é fundamental que a situação colocada seja cabível aos interesses dos estudantes de alguma maneira. Assim, de acordo com Coll, Mauri & Onrubia (2010, p. 192), o problema a ser proposto deve ser:

1. relevante: para aprendizagem dos diferentes tipos de informação e conhecimento que os estudantes devem incorporar em sua formação.

2. pertinente: de modo que o estudante possa relacionar o problema com a vida real pertinente à sua área de formação. 3. complexo: que responda à complexidade e diversidade de

opiniões sobre o tema, de modo que sua solução seja aberta e não esperada.

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TECNOLOGIAS EM EAD: Métodos e Práticas No Trello, o professor pode criar um cartão na fase 1 que descreva a situação colocada por ele e adicionar outros cartões nesta mesma fase que contenham materiais relacionados a esta situação e que ampliem a visão do aluno sobre o assunto, como artigos, notícias de jornais, vídeos, etc, conforme a imagem a seguir:

Para anexar algum item no cartão, basta clicar para abri-lo e em seguida clicar em attachment. É possível anexar arquivos que estejam em seu computador (Computer), em algum repositório online (Dropbox ou

Google Drive, por exemplo) ou inserir um link diretamente (Attach a link).

b. Fase 2: o problema é apresentado como aberto

Há nesta fase um momento de discussão entre todos e é importante que seja aberto o espaço para que os estudantes coloquem suas próprias visões sobre o problema e a situação e que todas elas sejam reconhecidas, respeitadas e discutidas. Em alguns casos, essa fase é reduzida à discussão de grupos ou pares, dependendo dos objetivos e condições do professor.

É importante aqui que o professor oriente o estudante de modo que este compreenda que ao final do ciclo não haverá apenas uma solução para aquele problema proposto. Como trata-se de uma fase de reflexão, os cartões do Trello na lista da Fase 2 podem conter apenas uma espécie de ata sobre o que foi discutido entre o grupo e o professor.

c. Fase 3: geração de possíveis explicações ou de soluções hipotéticas opcionais

Nesta fase também há a discussão e reflexão entre estudantes e professor, no entanto, sugere-se que seja feita em grupo. É sugerido que o

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TECNOLOGIAS EM EAD: Métodos e Práticas grupo enumere possíveis soluções para o problema e identifique áreas de conhecimento incompleto ou deficiente do problema que o levem a formular perguntas de aprendizagem que serão posteriormente investigadas de maneira autônoma (Self-directed Learning).

A discussão pode ser arquivada em um documento, por exemplo como o Google Docs, que pode ser anexado em um cartão do Trello cujo nome sugerido é Hipóteses de Solução.

Sugere-se também que seja criado um cartão para cada área do conhecimento a ser estudada e que os estudantes dividam-se para estudá-la, ou seja, à cada cartão será atribuído um membro do grupo (ou mais, dependendo do combinado). Os prazos aqui não devem ser muito extensos pois estes estudos não serão muito aprofundados uma vez que serão para validar se a estratégia de aprendizagem será mesmo essa. É sugerido que os prazos sejam colocados dentro dos próprios cartões utilizando o recurso de Due date e que haja um cartão para arquivar a síntese do compartilhamento dos estudos realizados ao final da fase.

d. Fase 4: mudar o enunciado do problema

Essa fase é um momento de reflexão e solidificação do aprendizado. Após os estudos da fase 3, os estudantes devem rever as hipóteses de solução levantadas (e armazenadas em um cartão da fase 3) e verificar o que precisa ser reestruturado e ainda estudado.

Dessa forma sugere-se que seja elaborado um novo cartão para a fase 4 com as hipóteses de solução e outros para o que ainda deve ser estudado, considerando que os estudantes já começaram os trabalhos e estão realizando uma reavaliação das estratégias e planos de estudo que foram gerados na Fase 3.

e. Fase 5: formulação de novos objetivos de aprendizagem e aumento do grau de consenso

Na fase 5, o professor vai verificar o que foi estabelecido pelos estudantes na fase 4 e orientá-los quanto aos objetivos de aprendizagem.

Aqui é importante que o professor avalie o que cada estudante aprendeu até este momento do ciclo e se os objetivos de aprendizagem estão bem definidos para cada um bem como se são alcançáveis dentro do prazo combinado e para as finalidades de aprendizagem estabelecidas.

A sugestão para o Trello é que haja um cartão único para esta fase com os objetivos de aprendizagem enumerados e definidos junto ao professor, de modo que os alunos possam refletir e compreender sobre a diferença entre objetivos de aprendizagem e estudos de conteúdos.

f. Fase 6: estudo

Essa é a fase de estudos aprofundados para a finalização da solução. Esta fase pode possuir um prazo maior que as demais pois além

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TECNOLOGIAS EM EAD: Métodos e Práticas de estudar os conteúdos, o grupo também terá de elaborar a solução para o problema.

É importante lembrar que às vezes não ter uma solução sólida também é um resultado final e que a utilização do Trello aqui para divisão de tarefas e organização de prazos é fundamental para o bom andamento do ciclo.

g. Fase 7: compartilhamento dos resultados do estudo

Essa é a última fase do ciclo, em que há a entrega da solução e o compartilhamento entre os grupos do que foi aprendido. Sugere-se que o professor incentive que cada grupo visite o board dos outros grupos no Trello.

É importante que o professor oriente essa discussão de compartilhamento de modo que não somente a solução seja compartilhada, mas os caminhos tomados, as estratégias que deram certo e as que tiveram de ser reestruturadas e as necessidades de estudos de conteúdos de cada um. Assim, cada estudante poderá avaliar não somente o seu grupo mas também seu próprio caminho durante o ciclo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A metodologia PBL tem em sua proposta central o estímulo ao desenvolvimento do pensamento crítico e das habilidades para solução de problemas que envolvem uma série de outras competências

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