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PLATAFORMAS ESPECÍFICAS COM RS PARA ENSINAR E APRENDER

Educação em rede: Mayara Silva 1

PLATAFORMAS ESPECÍFICAS COM RS PARA ENSINAR E APRENDER

Entre as plataformas específicas com redes sociais digitais que podem ser usadas para o ensino e aprendizagem, destacamos a Academia.edu, Lore e Edmodo.

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TECNOLOGIAS EM EAD: Métodos e Práticas

Academia.edu

Academia.edu é uma plataforma voltada para acadêmicos do mundo todo. Seu foco é compartilhar investigações e sua missão é acelerar a pesquisa. Ela usa da sua rede social digital para divulgar pesquisas e monitorar análises de impacto dos trabalhos dos membros da rede. A plataforma possui hoje, mais de 10 milhões acadêmicos inscritos e quase 3 milhões de trabalhos disponíveis. A Academia.edu atrai mais de 15,7 milhões de visitantes únicos por mês e pode ser acessada pelo endereço: www.academia.edu.com.

Figura 4: Página inicial do Academia.edu. Acesso em 27/10/2014

A partir da plataforma é possível:

• Compartilhar: publicações, ter acesso a documentos específicos, e publicar dados e pesquisas. Ao publicar um documento na rede, imediatamente o trabalho é enviado para os news feeds de milhares de pessoas que seguem o tema ao qual o trabalho está vinculado.

• Obter estatísticas: sobre visualizações, downloads, e citações de sua pesquisa. O recurso analytics, permite visualizar com métricas, a quantidade de pessoas que viram seu trabalho, e de que países essas pessoas são.

• Conectar-se e colaborar: com colegas, pesquisadores, coautores e especialistas em seu campo. A partir do feed de notícias, o acadêmico se mantém informado dos mais recentes trabalhos em sua área. É possível também seguir pessoas de seu interesse, e ser notificado quando estes escrevem um novo trabalho.

Lore

A plataforma Lore tem como slogan: “Sua sala de aula é uma comunidade”. Seu principal objetivo é criar um site claro, com as atribuições, calendário, conteúdo programático e ferramentas de discussão. Nesse sentido, a Lore disponibiliza aos professores, criarem curso, assim como, aos estudantes, fazerem parte deles.

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TECNOLOGIAS EM EAD: Métodos e Práticas

A plataforma Lore condensa uma rede social digital, que possibilita a criação de cursos para serem ministrados por professores, instrutores, educadores, tutores, de modo on-line, promovendo o ensino horizontal. Desta forma, a rede facilita o aprendizado através da rede e fornece opções de partilha. Ela pode ser acessada pelo endereço www.lore.com e embora seja gratuita, a rede possui uma limitação. Só é possível cadastrar-se como professor, a partir de um e-mail institucional. Da mesma forma, só é possível logar como aluno, com posse do código do curso, disponibilizado pelo professor. A partir da plataforma é possível:

• Compartilhar: publicações, ter acesso a documentos específicos, e publicar dados e pesquisas. É possível também obter informações sobre cursos e eventos, a partir de um calendário comum a todos os membros.

• Conectar-se e colaborar: com colegas, pesquisadores, coautores e especialistas em seu campo, para discutir, a partir de um espaço de conversação, com os membros da rede, e trocar ideias, opinar e compartilhar notícias, material e outros conteúdos.

• Encontrar bibliografia: disponível, a partir das categorias todos os itens, recentemente usado, links e mídia.

Edmodo

A plataforma Edmodo tem como objetivo evoluir o ambiente escolar para refletir o mundo cada vez mais conectado, a partir da

conexão de professores, alunos, pais, da direção das escolas e até secretarias de educação, por meio da Internet. A ferramenta busca diminuir a diferença entre a forma como os alunos vivem suas vidas e como eles aprendem na escola.

A Edmodo busca construir uma rede de trabalho em comunidades para apoiar a colaboração em sala de aula, através de uma comunidade global de educadores. A plataforma tende a acelerar metas de aprendizagem, para facilitar, implantar e gerenciar ativos digitais e padrões de uso tecnológicos em escolas. Para acessá-la, basta clicar em www.edmodo.com.

Figura 6: Página inicial da Edmodo. Acesso em 27/10/2014

A partir da plataforma é possível:

• Colaborar: com alunos, com a gestão escolar, pais e editoras. A rede busca pelos melhores recursos e ferramentas, fornecendo material para uma educação de alta qualidade.

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• Acompanhar o progresso do aluno: todas as notas e medalhas recebidas ou premiadas são armazenadas e facilmente acessíveis. É possível também estimular os alunos na relação com seus estudos e no envolvimento familiar.

• Continuar a aula: com discussões on-line, oferecendo tarefas, enquetes e questionários para a avaliação do aprendizado do aluno, e medalhas individuais de premiação para os estudantes por aproveitamento e comportamento.

• Usar aplicativos: para melhorar o aprendizado de cada estudante. Esses aplicativos ajudam os professores a ampliar seus planos de aula e integrar, todos os conteúdos digitais, em um só lugar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As tecnologias sempre estiveram ligadas ao processo educativo. Cada nova tecnologia criada durante toda a história, trouxe consigo benefícios únicos para a educação, moldando as formas de ensinar e de aprender e criando novas formas de linguagem, como a fala, a partir da linguagem oral, o livro, com a linguagem escrita, e a Internet, a partir da linguagem digital.

A linguagem digital, inserida no universo maior da cibercultura, tem construído uma escola global. O modelo horizontal de escola, desenvolvida a partir desse novo paradigma, diferente do modelo tradicional e vertical de educação, tem se utilizado da Internet, fazendo com que pessoas do mundo inteiro se conheçam, se comuniquem, troquem informações e conhecimento, e estejam sujeitas a possuir as

mesmas possibilidades e instrumentos para se informar e aprender, tornando a educação mais igualitária. A escola está, portanto, cada vez mais abstrata, não física.

Na educação em rede o foco é, portanto, o aprendizado, e não mais o ensino. Um aprendizado contínuo, que nunca para e que quebra as barreiras etárias, pois não há mais uma idade para começar ou cessar de estudar; um aprendizado distribuído, a partir de um modelo que vai de todos para todos, e não mais de um para muitos, promovendo a colaboração; um aprendizado autônomo, que permite a liberdade para escolher quando, onde e como aprender; um aprendizado barato, pois basta ter um instrumento com acesso a Internet para aprender, sem que seja preciso comprar livros, pagar cursos e se deslocar; um aprendizado ativo e não mais passivo, remodelando as funções e comportamentos dos alunos e professores, assim como, as estratégias educativas, não mais focadas na memorização de conteúdos, mas, sim, na articulação destes, que insere outros instrumentos além do livro, como as plataformas colaborativas para a aprendizagem e as plataformas genéricas ou específicas com redes sociais para ensinar e aprender, como o Twitter, o Facebook, o YouTube, a Academia.edu, a Lore e o Edmodo.

Portanto, acredita-se que a partir da escola em rede, baseada na cultura digital e na busca pelo aprendizado, a educação continuada, fragmentada, distribuída e personalizada, a partir de uma aprendizagem ativa, de alunos cíbridos, ou seja, que vivem, de forma on-line e off-line simultaneamente, e de professores-interfaces, prontos para se adaptarem as novas situações, estão modificando a educação e devem determinar a reestruturação da sociedade em um futuro próximo, quando todos

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deverão se abrir mais para novas experiências, pois como já dizia Alvin Toffler o analfabeto do século XXI não será aquele que não conseguir ler ou escrever, mas aquele que não puder aprender, desaprender e, por fim, aprender de novo.

REFERÊNCIAS

CAPRA, Fritjof. As Conexões Ocultas: Ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2002.

GABRIEL, Martha. Educar. São Paulo: Saraiva, 2013.

FRANCO, Augusto de. Topologias de Rede. Cartas de Rede Social, 2008. Disponível em: http://augustodefranco.locaweb.com.br/

HONEYCUTT, C., and HERRING, S. C. Beyond microblogging: Conversation and collaboration via Twitter. Proceedings of the Forty-Second Hawaii International Conference on System Sciences. Califórnia: Los Alamitos, 2009.

LÈVY, Pierre. A inteligência coletiva. Para uma antropologia do ciberespaço. Lisboa: Ed. Instituto Piaget, 1993.

RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. SANTAELLA, Lúcia. A ecologia pluralista das mídias locativas. Porto Alegre: Revista Famecos, 2008.

______. Culturas e artes do pós-humano: da cultura da mídia à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

Capítulo

6

Editoração e publicação de

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