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Que pensam os professores sobre suas escolas, atuação profissional, condições de trabalho

CAPITULO 4 – A PESQUISA REALIZADA

4.2 Que pensam os professores sobre suas escolas, atuação profissional, condições de trabalho

QUADRO 3: Percepção dos professores sobre a escola em que atuam Pergunta IV. Sobre autonomia do professor

4.4 Quais as coisas que você gosta na escola em que leciona? Do que você não gosta?

4.6 Fale um pouco sobre seus alunos. 4.8 E seus colegas de trabalho, como são as relações entre vocês? 4.9 E com os superiores?

4.20. E com os pais dos alunos: qual é o tipo de comunicação existente entre a escola e os pais?

Profs Síntese das entrevistas

Prof.1 -Gosto muito da organização, do material disponível, do ambiente da escola, do espaço físico que a escola apresenta... Não gosto da rotatividade de professores

- minha relação boa com a maioria dos colegas.

- Tem alguns conflitos aí, às vezes com os alunos...eu percebo que eles contam comigo... -uma boa relação com meus colegas, apesar de que aqui na escola, eu percebo que os colegas são um pouco distantes.

-Boa relação com a direção. Nunca fui chamado atenção

- Apenas nas reuniões...nota vermelha, como está o comportamento...uma falha do professor... Prof.2 - O que gosto aqui é a organização e os materiais, eu acho excelente... O que eu não gosto é a

dificuldade de trabalhar com a sala, com uma sala especifica

-os alunos... os meninos têm ma malicia tremenda com as meninas, não têm respeito por mulher...nem pelo professor

- Daqui do CEI minha relação é bem pouca, né? - uma boa relação, eu nunca tive problema com ninguém

- A relação é muito, como eu vou falar?praticamente não existe né, é muito pouco, os pais aparecem quatro vezes por ano

Prof.3 - Gosto da direção, muito envolvida “até o pescoço”... Não gosto da escola, eu acho que o estigma que a comunidade criou para ela é “nóis é pobre mesmo”...

- Meus alunos são típicos adolescentes, não querem saber de estudar, estudar é chato... Eu procuro ter uma relação mais próxima possível de professor para aluno

- Então eu converso com todo mundo, procuro ajudar todo mundo, a minha relação é a mais amistosa possível: com pais, alunos, colegas e direção.

- ótima

- Então. Eu acho média, a nossa relação com pais é média... na reunião dos pais, metade dos pais aparece, então é média...

Prof.4 - Gosta: eu peguei um vinculo muito forte com a escola...não gosta: os alunos não tem preparação nem os pais...perdeu o conceito de respeito...

- varia muito de sala pra sala...tenho uma boa relação com os alunos,mas não é excelente... - Eu me dou bem com todos, procuro brincar, agradar

-Graças a Deus me dou bem...

- Há muito pai que é pior que o filho...eu tenho uma boa relação com os pais...

Prof.5 - Gosto dos ambientes, dos amigos e do local mesmo que você já está a muito tempo...-Não gosto da organização, em vista das de outras que a gente conhece...

- Não tenho problemas a nível de comportamento em sala de aula, comigo né? Mas eu to muito tempo aqui o nome também ajuda um pouco...Não sou aquele professor adorado mas... - Tenho afinidade com os alunos...tem alguns que agente tem mais afinidade

- me dou bem com todos – colegas e alunos - , não tenho problema não

-É, não tem muita atuação com pais...pelo número de aulas você não tem muito contato com os pais Prof.6 - gosto dos Htpc´s ... que as vezes é legal...não gosto é de como os alunos se apresentam na

escola...muita falta de educação...

- Eles estão sem limite nenhum...a Educação Física deixa agente um passo a frente...negociar -ótimo...uma relação profissional

-a relação com colegas e direção é boa

A análise dos dados do Quadro 3 permite verificar a relação do professor com a escola e a comunidade escolar. Com essas respostas, os professores se manifestam sobre o que gostam ou não na escola em que lecionam e nas relações com os alunos, pares, superiores e pais. Os dados revelam que os professores se manifestam principalmente em relação a: organização escolar, materiais de que a escola dispõe, intervenções da direção, relações com os alunos e seus pais, ambiente da escola e dos HTPCs10. As respostam são semelhantes entre os professores da mesma escola, o que sugere que o ambiente e a estrutura escolar influenciam na percepção e opinião dos professores sobre a escola. Quanto ao que não gostam na escola em que atuam: a rotatividade de professores, os problemas que têm com alguns alunos, o estigma carregado pela comunidade da “malandragem” e das gírias. Contreras (2002) aborda essa questão ao explicar que, quando o professor atribui valores às pessoas e ao ambiente que trabalha, o professor faz uma auto-reflexão considerando seus sentimentos e sensibilidade e não somente o faz de forma racional.

Os dados revelam que, quatro dos seis professores se referem, de alguma forma, à relação com os alunos e ao comportamento dos alunos. A falta de respeito dos alunos incomoda os professores. As frases a seguir ilustram isso:

Os alunos..tem muitos alunos que já passaram da idade de estar na oitava série, não meu entender, devem ser carentes de atenção para ser bagunceiro desse jeito, pra ser bem indisciplinado, é sem interesse nenhum pelo o que você passa, para eles só futebol, futebol.

aquela oitava série especificamente, você fingir que da aula, e eles fingem que aprendem(...) (Prof.2)

Meus alunos típicos adolescentes, não querem saber de estudar, estudar é chato, duas turmas são muito participativas, no sentido de ser organizado... mas em compensação nas minhas outras três turmas né, Jesus, só por Deus.

Eu procuro ter uma relação mais próxima possível de professor para aluno Eu não sou muito de abraças o aluno, beijar o aluno, cumprimento e aí beleza... eu sou a pedagogia do respeito, beleza então não grita comigo que eu não grito com você, não fala palavrão que eu não falo palavrão com você... (Prof.3)

Varia muito de sala pra sala, tem sala que é uma beleza você da aula e vai até além e aí tem sala que o negócio não anda, mas tem vezes que você cem e nada da certo.

Eu tenho uma bola relação, não é excelente mas uns me adoram outros não, porque eles falam que sou chato, porque eu tento colocar limites para eles ai a gente é taxado de chato ruim.... (Prof.4)

Eles estão a grosso modo sem limite, sem limite nenhum, qualquer coisa é motivo de briga não respeita os mais velhos, faxineiro, inspetor nem professor.

A educação física deixa agente um passo a frente dos demais, porque agente consegue ter uma vantagem...negociar com eles ao você consegue, se não negociar fica difícil há um a resistência (Prof.6)

Tais dificuldades nas relações com os alunos remetem à concepção de trabalho docente como um trabalho interativo. Essa questão é importante porque, conforme Tardif e Lessard (2005), a profissão docente deve considerar a relação e interação com seu “objeto de trabalho”. Nesse caso o aluno modifica profundamente o trabalho do professor, porque:

O tratamento reservado ao “objeto” não pode mais se reduzir à transformação objetiva, técnica, instrumental; ele levanta as questões complexas de poder, da afetividade e da ética, que são inerentes à interação humana, à relação com o outro ( Tardif e Lessard, 2005 p.30).

Isso também se amplia, quando se consideram as relações com a comunidade escolar.No que diz respeito à relação dos professores com a comunidade escolar, todos afirmam ter uma boa relação, com os colegas de trabalho, com exceção da relação com os pais. Eles explicam que “os pais são ausentes, pouco participativos” e que alguns pais são “piores que seus filhos”, indicando problemas nessa relação pais e professores. Apenas um professor reconhece que é responsável pela falta de comunicação entre os pais e a escola. São exemplos disso, os depoimentos a seguir apresentados:

Apenas nas reuniões e na maioria das vezes nós estamos conversando sobre a situação do aluno, nota vermelha, como está o comportamento dele na sala, ou seja eu acho isso muito, é uma falha do professor, mas é em função também do sistema, o sistema nos impõe isto, infelizmente a gente fica com as mãos atadas.

(Prof.1)

A relação é muito, como eu vou falar?praticamente não existe né, é muito pouco, os pais aparecem quatro vezes por ano, tem pai que chega quer assinar la e já quer ir embora, não quer saber como que o filho está, como que o filho foi no decorrer do bimestre, você conta pai que é bem participativo, no dedo de uma mão. (Prof.2)

Então. Eu acho média, a nossa é média, na reunião dos pais, metade dos pais aparecem, então é média. Se todos os pais aparecessem, seria muito boa... Tanto a direção quanto a coordenação não tem um jogo de cintura para trabalhar com a comunidade.

- A ela muito baixa freqüência, é mais nas reuniões, obrigatória bimestral. Vez ou outra vinha um pai conversar, perguntar... olha pra mim a relação é neutra porque nem os pais apareciam eu também não chamava e ficava naquela, era muito formal (Prof.3)

Há comunicação mas o que agente percebe é que há muito pai que é pior que o aluno, por exemplo, um professor colega meu chamou os pais de um aluno devido aos trajes que ela estava muito curto e tal e quando ele viu a mãe ele desistiu porque a mãe estava pior que os alunos e isso acontece muito, então eles não tem um ponto de referencia..mas existe uma boa relação quando tem convocação festa a comunidade aparece. (Prof.4)

É não tem muita atuação...os pais eles estão mais preocupados em saber se os filhos estão na escola mas eles não atuam não colaboram, uma porcentagem ai 30% então é muito pouco. Por ser escola central também é complicado né? Os pais não têm aquele vinculo forte com a escola, eles acham que a escola é obrigação e só isso, então eles não têm muito contato coma escola não.

-Distante, também pelo número de aulas você não tem muito contato com os pais por causa do tempo(...) (Prof.5)

É vejo uma falha aí porque os pais tinham que participar mais e não participam ou porque trabalha, são sempre ausentes e jogam toda essa responsabilidade para escola.

-A educação física sempre foi vista como a melhor aula e tal todo mundo alegre, os professores, os alunos, transmitem isso para os pais e eles acabam também gostando....diferente de matemática e português, seis aulas semanais tem gente que não gosta(...) (Prof.6)

É importante ressaltar que a formação da autonomia do professor depende da relação com a comunidade escola e da consciência dessa relação. Assim como depende também da consciência de como é sua prática, do que acredita ser primordial para melhorá-la e de sua percepção sobre a relação com a administração da escola (coordenadores e diretores). Conforme explica Contreras (2002): a autonomia tem significado para o docente de acordo com “(...) seus valores educativos, compromissos morais e a relação que existe entre a prática pedagógica e suas finalidades(...)” (p.145). Uma das finalidades da prática pedagógica e dos compromissos morais é a relação do professor com toda comunidade escolar de forma crítica e imparcial - e isso permite compreender, pelo menos em parte, a reclamação de alguns professores, sobre o comportamento dos alunos e sobre a falta de diálogo entre a escola e os pais.

Ainda, Contreras (2002), diz que a autonomia está constituída pela identidade e profissionalidade do professor, que se refere ao compromisso social, à obrigação moral e a competência do professor. Assim, a relação que eles estabelecem com a comunidade escolar é importante na construção dessa autonomia. A ausência dos pais, ou a falta de diálogo com os pais e com os alunos pode ser um fator impeditivo para desenvolvê-la – o que significa que seria importante a escola e o professor repensarem essa relação com os pais, pois a autonomia para ações, decisões e condução das relações não pode ser

construída isoladamente, mas sim com as pessoas que fazem parte da comunidade escolar, por meio de reflexões e diálogos.

Por outro lado, vale ressaltar, que se verificarmos no Quadro 4, quando os professores respondem sobre o que os entusiasma no dia a dia, a maioria se refere aos alunos, atribuindo a eles a motivação principal de sua profissão, isso significa que a crítica ao comportamento dos alunos não necessariamente quer dizer que não se relacionam bem com os alunos, como se pode verificar, a seguir, no Quadro 4, mas que isso os incomoda, ou ainda, que consideram que essa relação poderia ser diferente. Conforme Tardif e Lessard (2005), a interação humana é complexa e envolve todas essas questões que precisam ser consideradas.

QUADRO 4: Percepção dos professores sobre a própria prática

4.10. Quais as principais dificuldades que você encontra no dia a dia de exercício da sua profissão? 4.11. Como faz para superá-las?

4.12. Pense um pouco mais no seu dia a dia profissional: o que gosta de fazer e faz bem em seu trabalho? 4.13. O que você não gosta de fazer, mas sabe fazer e faz porque precisa ou é obrigado/a fazer? 4.14. Tem alguma coisa no seu trabalho que você não gosta de fazer e, de fato, não faz ou evita fazer?

Profs Síntese das entrevistas

Prof.1 - a questão de vestuário dos alunos, falta material didático para nossa área...apesar de haver a apostila...

- eu tento trabalhar isto por meio da conscientização...

- projetos paralelos ao currículo...nas apostila...é muito superficial... - preencher diários...o professor poderia estar preparando um aula...

-acho desnecessário a questão de ficar fazendo os planejamentos bimestrais...já tem o currículo Prof.2 - é você se locomover de uma escola para outra...quando você tem três escolas...

-andar rápido com o carro e pedir a Deus pra não bater

-se expressa de uma maneira boa...pra que todo mundo entenda...o que eu gosto também é aluno crítico

-de fazer htp...a maioria das vezes é discutido muito sobre indisciplina então eu prefiro ficar quieto...serviria pra você estudar alguma coisa

-eu acho que não tem nada...cumprir horário, né?

Prof.3 -eu tenho um problema vocal, meu maior problema era a minha saúde... -muita fé em Deus, eu diria...

-atividade de pensar...tem que ter sentido, porque não gosto de fazer o que não tem sentido... -chamada, preencher cadernetas...dar chamada nos alunos...eu acho chato mas tem que fazer... -planejamento anual, ainda mais agora com a proposta é só copiar e mostrar...

Prof.4 -o respeito...

-eu procuro sempre conversar...com os alunos, ás vezes você consegue alguma coisa...

-eu procuro dar o melhor de mim, não importa o que eu vou fazer...sou apaixonado...por handebol... -eu não sou muito bom com a parte de danças essas coisas...mas eu procuro fazer da melhor maneira Prof.5 -os alunos hoje...sem uniforme é complicado...

-eu tento conscientizá-los da importância da atividade física...

-é a parte de treinamento eu sou bom. A nível esportivo eu tenho um domínio muito grande... -eu tenho um pouco de dificuldade na área de dança...muitas vezes eu utilizo os próprios alunos que tem um domínio maior...

-eu não tenho problema nenhum, a nível de educação física não Prof.6 -essa falta de respeito dos alunos, você tem que ter jogo de cintura...

-trazer dinâmicas para eles, fazer coisas diferentes...tem que estar mudando

-gosto de dar palestra...gravidez na adolescência, qualidade de vida...eu pego isso e encaixo aqui no Estado

-Essa troca de sala...os alunos saem correndo...não tinha que levar seu material pra lá e pra cá -eu não me nego a fazer nada

Verifica-se no Quadro 4, que há aspectos comuns e individuais que dificultam o trabalho, segundo os professores. No que se refere aos aspectos comuns, os professores revelam a postura desrespeitosa e o vestuário inadequado dos alunos para as aulas de Educação Física. Os professores relatam que tentam resolver essa questão, conversando, conscientizando e realizando atividades diferenciadas com os alunos. Observa-se, nessa questão, que mais um vez os professores revelam preocupação com a relação com os alunos e afirmam tentar resolver os problemas existentes na relação com os alunos, “conversando, mudando a dinâmica de aula”.

Conforme Contreras (2002), a construção da autonomia do professor depende da relação com a comunidade e da sua reflexão sobre essas situações, tentando compreender e dialogar com os alunos, buscando entender seus interesses. Os professores apontam caminhos que tentam seguir para adquirir essa autonomia, buscam estratégias para isso. As frases a seguir, são exemplos claros disso:

Eu tento trabalhar isso por meio da conscientização, não tem um outro caminho, então eu falo nas reuniões de pais, eu falo com os alunos (Prof.1)

Eu procuro sempre conversar, eu sou de conversar muito, com os alunos, às vezes você consegue alguma coisa às vezes você não consegue o aluno ele é para e pensa, eu errei , pede até desculpa agora tem aluno que não aceita...mas fora isso(...) (Prof.4)

Eu tento conscientizá-los da importância da atividade física que vai trazer muito a beneficio pra eles depois, muitos fazem né? (Prof.5)

Então é trazer dinâmicas pra eles, fazer coisas diferentes...não adiante fazer sempre a mesma coisa, tem que mudar tem que estar mudando (Prof.6)

Os aspectos individuais se referem à questão da diversidade de escolas em que trabalham e à saúde que, no caso de um professor, também prejudica a profissão.

Bem, eu tenho um problema vocal, meu maior problema era minha saúde. Eu tinha que pedir muitos afastamentos, pedia licença muito tempo, começava o trabalho, ficava doente, retomava o trabalho(...)

Olha, muita fé em Deus, eu diria, porque é difícil porque começa e para, outro vem e fala, então vamos... eu patinei muito, é muito complicado (Prof.3)

Apenas o Prof.2 citou um fator externo à própria prática. Esse professor é o mais novo em idade, o que equivale a poucos pontos11 no Estado. Ele não é efetivo,

trabalha em outra área, é professor de academia – ou seja, a sobrecarga de trabalho e a distância entre as escolas resulta em conseqüências negativas para sua profissão e atuação. O depoimento a seguir ilustra isso:

o maior problema é você se locomover de uma escola para outra, entendeu? Quando você tem três escolas e 29 aulas ai fica complicado. Então às vezes eu tenho que sair daqui 12:20, tenho que ta às 13hs na outras escolas e não tem tempo de almoçar...e é muito longe uma escola da outra.

Andar rápido com o carro...e pedir a Deus pra não bater. (Prof.2)

A esse respeito, Barroso (2004), ressalta que, por causa do modelo burocrático- profissional que regula a profissão docente, as condições de trabalho do professor são ainda mais dificultadas, à medida em que não é considerada “(...) a pluralidade de funções e serviços da escola pública e a sua dimensão comunitária” (p.58). De fato, os professores se consideram sobrecarregados com a diversidade e complexidade de suas funções. Seus depoimentos, a seguir, revelam isso:

As principais dificuldades que eu encontro são relacionadas nas aulas a questões de vestuário dos alunos, falta material didático para nossa área(...) (Prof.1) Chamada, preencher caderneta, é o dar chamada nos alunos, “não faça isso mocinho”, isso não vai te fazer bem(...) (Prof.3)

A pior dificuldade é aquele que eu falei pra você, o respeito. Eu procuro sempre conversar, eu sou de conversar muito, com os alunos, às vezes você consegue alguma coisa às vezes você não consegue o aluno ele é para e pensa, eu errei , pede até desculpa agora tem aluno que não aceita(...) (Prof.4)

É mais a nível de legislação de você cobrar e não ter um retorno, né? O aluno hoje ele, eu levo 40 alunos pra quadra, sem uniforme é complicado, você não pode exigir que todos venham de bermuda, uma roupa apropriada, ai entra naquela discussão que tem que ser criativo, tem que trabalhar (Prof.5)

Essa troca e sala, antigamente aqui era assim, você fica na sala e os alunos que trocavam de sala porque nessa troca os alunos saem da sala, saem correndo então isso eu não gosto (Prof.6)

11

Para fins de atribuição de classes e aulas, os docentes são classificados na Unidade Escolar e/ou na Diretoria de Ensino observando-se o campo de atuação, a situação funcional e a habilitação, considerando: tempo de serviço prestado no respectivo campo de atuação no Magistério Público Oficial do Estado de São Paulo.

Algumas questões relacionadas à prática cotidiana dos professores revelaram que existem aspectos objetivos e subjetivos que são respondidos de forma diversa. Quatro professores se referiram ao que gostam sobre sua prática na escola, por meio dos seguintes elementos:

− realizar projetos paralelos à sala de aula; − ser bem compreendido pelos alunos;

− realizar atividades que fazem sentido para os alunos; − apresentar palestras a pais e alunos;

− atuar com treinamento esportivo.

Sobre o que não gostam na profissão, os professores respondem se referindo,