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Nascida a 11 de Abril de 1989, no Funchal, na Região Autónoma da Madeira. Numa família, em que os irmãos mais velhos sempre estiveram envolvidos no desporto e com o apoio dos pais, o desenvolvimento do interesse pelo desporto foi evidente. A prática desportiva teve início desde cedo, onde comecei por frequentar a Natação, com o intuito exclusivo de aprender a nadar. Posto isto, quando tinha 6 anos tive a experiência na modalidade que até hoje me fascina, a Ginástica Rítmica, no clube Nacional da Madeira. A paixão e o gosto pela modalidade levaram à permanência nesta durante sensivelmente 6 anos, onde fui passando pela competição individual e de conjuntos. Entre medalhas e diplomas, conquistei também o prémio de atleta revelação atribuído pela Associação de Desportos da Madeira. Mais tarde, a desistência da grande parte das minhas colegas e a falta de objetivos na competição, levou a que abandonasse a modalidade com 12/13 anos.

Posteriormente, o gosto pelo desporto e pelo exercício físico nunca ficou de parte. A dedicação, empenho e competência de todos os professores de EF que tive ao longo dos anos escolares, alicerçado a turmas em que o gosto pelo desporto era evidente e numa região que apresenta grande tradição ao nível do desporto e do DE, tornou-se impossível quebrar este laço que foi criado desde cedo. Permaneci na mesma escola durante 11 anos (desde a pré-primária até ao 9º ano), tendo participado nessa altura, em várias provas de corta-mato escolar e também em corridas de velocidade no DE. Quando transitei para o ensino secundário, após o 10º ano vi a oportunidade de voltar à Ginástica Rítmica, através do DE, por convite de uma professora de EF que me conhecia. Por esta razão, integrei-me no conjunto de Ginástica Rítmica da escola e após uns treinos, foi-me proposto experimentar a Ginástica Acrobática, integrando assim, um par misto. Aí tive o meu primeiro contacto com a Ginástica Acrobática, no qual considero que foi uma experiência muito enriquecedora para o meu percurso desportivo. Enquanto escola, arrecadamos alguns prémios regionais tanto em Ginástica Rítmica como em Ginástica Acrobática, e o culminar de todo o processo, foi conseguir o apuramento para os nacionais de DE em Ginástica Rítmica, que se realizou nas Caldas da Rainha em 2006. Após esta fase positiva da minha vida, avizinhava-se um ano

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difícil e supostamente decisivo (12º ano) e devido a isso não continuei na ginástica do DE.

A escolha pelo curso de Desporto não foi algo que tivesse sido decidido antecipadamente. Lembro-me em criança de venerar a minha professora primária e passei pela fase de “quando for grande, quero ser professora!”. Mais tarde o plano foi Biologia Marinha, mas por volta do 11º ano decidi seguir as pisadas do meu irmão e seguir o curso superior de EF. Mas até ao 12º ano, as dúvidas em ficar na ilha ou ir para fora persistiam e por opção preferi ficar mais um ano no secundário. Então, só nesse “13º ano”, decidi que queria vir para o Porto e para tal teria de realizar os pré-requisitos para ingressar na faculdade que desejava - FADEUP. Optei por falar com uma professora de EF sobre o assunto e esta direcionou-me para os treinos de natação do DE da escola, nos quais ela era responsável. Isto conduziu-me novamente à competição, visto que a professora quis que eu participasse nas provas regionais de DE, afirmando que acreditava que eu iria realizar bons tempos. Em conjunto com a Natação quis também treinar para as provas de ginástica, então desloquei-me aos treinos de Ginástica Artística masculina do Clube Nacional da Madeira e o treinador mostrou-se interessado em ajudar-me. O treino das restantes modalidades foi realizado de forma mais informal através da ajuda dos amigos. Após intensos meses de treino, chegou a altura de realizar as provas, conseguindo com êxito ultrapassar mais uma etapa. Porém, a mais difícil das etapas viria posteriormente, os exames nacionais.

Estando também esta etapa concluída, o próximo passo era candidatar- me ao ensino superior, nomeadamente ao curso que eu ambicionava. Mas o facto de a minha média não ser muito elevada e com os meus pais reticentes relativamente ao curso e à ida para fora da ilha, tinha muitas dúvidas se iria conseguir entrar na FADEUP, mas a “esperança foi a última a morrer”, e com a ajuda do contingente regional, consegui atingir o meu grande objetivo primordial – ficar colocada no curso de Ciências do Desporto, na FADEUP, considerada a melhor faculdade do país na área.

Após, três anos intensos e espetaculares de Licenciatura em que tive a oportunidade de passar para o outro lado, dando treinos de Ginástica Rítmica no Boavista Futebol Clube e na Associação Académica de Espinho, o gosto por ensinar aumentou, embora estivesse a experienciá-lo no contexto do treino.

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Juntando este gosto por ensinar, ao gosto pelas ótimas experiências que tive nas aulas de EF, a opção de avançar para o 2º Ciclo em ensino foi óbvia, apesar das fracas perspetivas de emprego na área. Ainda assim, considero crucial agradecer a todos os professores de EF pelas várias experiências espetaculares e pela grande influência que tiveram para enveredar por este caminho do desporto e do ensino.

A escolha da escola foi realizada juntamente com uma amiga, consoante a opinião de colegas de anos anteriores e o local em que se situa. Considero que tive sorte em ficar com o núcleo de estágio que esteve integrado nesta escola, visto ter sido parte do meu grupo de trabalho do 1º ano deste 2º Ciclo. Cada um tinha bons conhecimentos em modalidades e áreas distintas que levou a uma partilha e discussão de temáticas ao longo de todo o ano. Posto isso, após ter conhecido a escola e parte da comunidade escolar não me arrependo de ter sido esta a minha escolha, visto que todo o núcleo de estágio foi bem recebido e fomos tratados como professores, sendo permitido participarmos em todas as atividades da escola. O apoio que todo o núcleo teve do PC, o seu interesse pelo nosso trabalho e pela nossa integração total na escola e nas aulas, levou-me a crer que estiveram criadas as condições ideais para que o EP tivesse um desenvolvimento positivo.

Assim sendo, todo este percurso recheado de aprendizagens, certezas e incertezas, divertimento, conquistas e desafios teve grande influência no percurso que trilhei e essencialmente este ano, na professora que procurei ser. Todo o conhecimento que arrecadei ao longo da minha vida foi fundamental durante a prática do ensino, visto que me permitiram querer ser mais e melhor.