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CATEGORIA DE EXCREÇÃO DA ALBUMINA

4. Resultados e Discussão

4.1 Perfil dos sujeitos do estudo

Foram sujeitos dessa pesquisa nove pacientes que realizavam o tratamento hemodialítico no Hospital Universitário Antônio Pedro durante o período de 25 de outubro a 08 de novembro de 2016. Dentre eles, cinco eram do sexo masculino e quatro do sexo feminino. As idades variaram de 22 a 67 anos. Quanto ao grau de escolaridade quatro participantes concluíram o Ensino Médio, dois possuem o Ensino Médio incompleto, e três possuem apenas o Ensino Fundamental. Apenas um dos entrevistados trabalha, um se aposentou por idade, e sete estão desempregados, afastados ou aposentados por motivo de doença. Quanto a religião, dois declaram não possuir nenhuma religião, quatro são evangélicos praticantes, três são católicos, sendo um deles não praticante. Entre os participantes dois se declararam negros, um se declarou branco, e seis se declararam pardos. O tempo das entrevistas variou de 16’13” a 44’20”.

Os entrevistados foram identificados por nome de cores para se preservar suas identidades. Para melhor análise, foi realizada uma breve apresentação de todos os participantes da pesquisa, que encontra-se a seguir.

ROSA – É uma mulher de 43 anos, viúva, católica praticante, de etnia parda, com 2 filhos, com renda familiar de até 1 salário mínimo, escolaridade de ensino fundamental incompleto e que encontra-se desempregada após descoberta da doença, e que trabalhou anteriormente como faxineira. Relata ter hipertensão, diabetes e doença renal crônica, recebeu o diagnóstico há quase 3 meses e a hemodiálise foi sua primeira forma de terapia. Durante a entrevista ela ressalta o quanto a doença e o tratamento foram novidades para sua vida, e os impactos destes na sua relação familiar. Sua principal característica nessa entrevista é ser família e curiosa quanto as suas doenças e terapias.

CINZA – Homem de 57 anos, divorciado, com 3 filhas, declara-se negro, relata ter o ensino médio incompleto, trabalhava anteriormente como operador de asfalto e se aposentou após doença, possui hipertensão, diabetes, hepatite e doença renal crônica, declara-se católico não praticante e vive com uma renda de 1 a 3 salários mínimos. Ele possui doença renal crônica há mais de 2 anos, realizou tratamento conservador e iniciou a hemodiálise como terapia há 2 meses. Durante a entrevista demonstrou frieza quanto ao tratamento e demostrou não se preocupar tanto com a sua saúde pela não aderência a terapia. Sua principal característica é a fuga do sofrimento, sempre está se fazendo de duro para não permitir que nada o atinja.

AZUL – Homem, 22 anos, solteiro, sem filhos, com ensino médio completo, renda familiar de 1 a 3 salários mínimos, não possui nenhuma religião, declara-se branco, está desempregado após descoberta da doença e trabalhava anteriormente em um bingo. Relata ter descoberto a glomerulonefrite há alguns anos e se surpreendeu com a evolução da sua doença de base, pois a 2 meses necessitou iniciar a hemodiálise pela doença renal crônica.Sua principal característica é a sua timidez e o medo que a doença atrapalhe seu futuro.

VIOLETA – Mulher de 41 anos, parda, casada com 2 filhos que foram gerados durante o tratamento hemodialítico, possui ensino médio completo, aposentada por motivo de doença e relata ter trabalhado como vendedora. Sua renda familiar é de 4 – 10 salários mínimos, é evangélica praticante e relata ter hipertensão e doença renal crônica. Descobriu a doença renal há 11 anos durante uma consulta pré-natal, a hemodiálise foi o primeiro tratamento, porém ela também realizou o transplante e após 2 anos perdeu a funcionalidade do enxerto e necessitou retornar para a hemodiálise. Ela estava numa fase de transição, pois trocará a terapêutica para dialise peritoneal. Sua principal característica é a vaidade, sempre maquiada e arrumada, não deixava que a doença e o tratamento a abatessem.

MARROM – Homem de 26 anos, casado com um filho, com ensino fundamental completo, relata estar afastado do trabalho pela doença e que trabalhava numa loja de autopeças, sua renda familiar é de até um salário mínimo, declara-se pardo e diz ser evangélico praticante. Possui lúpus, doença renal e problemas cardíacos, relata ter feito hemodiálise há2 anos e que precisou retornar há 2 meses porque seus rins pararam novamente de funcionar. Sua principal característica é a complicação, pois

na maioria das suas respostas ele se expressava com esta palavra para descrever sua doença, tratamento e estilo de vida.

AMARELO – Homem, 50 anos, declara-se pardo, não possui nenhuma religião, é

solteiro e tem 2 filhos. Possui ensino médio completo, mais de 10 salários mínimos, trabalhava no corpo de bombeiros e se aposentou pela doença. Possui hipertensão e doença renal crônica há 15 anos, relata ter realizado o transplante renal e que está realizando a hemodiálise a mais de 2 meses com a esperança do seu enxerto recuperar sua função. Sua principal característica é a alegria e o bom humor, mesmo relatando que era mais ativo antes da doença, ele é uma pessoa descontraída.

PRETO – Mulher, 67 anos, solteira, sem filhos, com ensino fundamental completo,

trabalhava como copeira antes de se aposentar, sua renda mensal é de até 1 salário mínimo, ela declara ser evangélica praticante e sua etnia é negra. Ela possui hipertensão, diabetes e doença renal crônica, realizou durante quase 15 anos o tratamento conservador e iniciou há 1 mês a hemodiálise. Sua principal característica é a tristeza, pois sempre descreve tudo relacionado ao tratamento como horrível e demonstra-se insatisfeita com a sua situação.

VERDE – Homem, 37 anos, casado com 2 filhos, sendo que um ainda irá nascer. Possui ensino médio completo, tem renda entre 4 a 10 salários mínimos, trabalha em um estacionamento, declara-se pardo e é evangélico praticante. Possui hipertensão e doença renal crônica há 7 anos, e iniciou com o tratamento conservador, no qual permaneceu por 1 ano, ficou 1 ano na diálise peritoneal, porém não se adaptou recorrendo para a hemodiálise, enquanto aguardava o transplante. Ficou 4 anos transplantado e precisou retornar para a hemodiálise há quase 4 meses. Relata estar aguardando um novo transplante e que ficou mal com a descoberta da doença, tendo até depressão e que sentiu o afastamento de familiares e amigos. Sua principal característica é a esperança em conseguir um transplante novamente. Está sempre procurando realizar alguma coisa, seja um esporte ou até mesmo traçar novos objetivos na vida profissional.

LARANJA – Mulher, 53 anos, parda, viúva, possui doença renal há 3 meses,

linfoma não Hodgkin e HIV, e possui 4 filhos, sendo 2 também portadores do vírus por transmissão vertical. Possui ensino médio incompleto e relata estar

desempregada após problemas de saúde e ter trabalhado anteriormente como merendeira, sua renda mensal é de 1 a 3 salários mínimos, e é católica praticante. Sua principal característica é amizade, pois a mesma relatou o apoio de seus amigos e o desejo que essa terapia não atrapalhe seus eventos com eles.

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