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4.1 Contexto e Perfil

4.1.2 Perfilação

Diante deste e de outros aspectos, tais como a quantidade de sujeitos, grau de homogeneidade do grupo quanto à formação e atuação profissional, carga horária do curso (geral e por atividades), padronizações de recursos didáticos, melhor definição de conteúdos, a necessidade de uma reaplicação do curso tornou- se imperativa para que fosse considerado efetivamente como algo que foi aplicado de forma eficiente, conforme será abordado no tópico seguinte.

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Coordenação coletiva é a terminologia adotada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal para designar parte da carga horária de trabalho dos professores que deve ser dedicada a formações continuadas no âmbito escolar.

Em virtude disso, optou-se por uma configuração que otimizasse a organização e visualização dos dados conforme quadro 21.

Quadro 21 - Nomenclatura dos agrupamentos de sujeitos - Fase Aplicada NOMENCLATURA

ADOTADA SUJEITOS SITUAÇÃO

Grupo I

Inscritos em curso ofertado durante o SIMEDUC, em Aracajú (SE)

Modelagem Experimental (com Alfin) Grupo II

Matriculados em curso ofertado durante Semana de Extensão da UnB Modelagem Experimental (sem Alfin) Grupo III Professores de Ensino

Fundamental de escola da rede pública de educação do Distrito Federal

Modelagem Aplicada

(com e sem Alfin) Fonte: Elaboração própria

Uma vez que houve a necessidade de coletar dados com professores de Educação Básica e por não dispor de abertura ou indicação prévia para iniciar a pesquisa, a amostragem snowball sampling mostrou-se mais adequada. Através de uma cadeia de referência e indicações foi possível identificar um grupo pequeno de professores, que indicaram outros professores. A saturação deste processo de indicações ocorreu quando foi possível encontrar um grupo de professores lotados numa mesma escola, na qual fosse possível realizar a parte aplicada da pesquisa.

. Para melhor compreensão quanto aos perfis e contextos dos sujeitos participantes foram feitos, por exemplo, alguns recortes relacionados à quantidade de participantes, conforme gráfico 15.

Gráfico 15 - Percentual de sujeitos participantes - Fase Aplicada

Fonte: Pesquisa direta (2016)

16% 48% 36% Grupo I Grupo II Grupo III

Embora esta pesquisa não tenha objetivado empreender análises comparativas ou longitudinais referentes a aspectos geracionais, de identidade de gêneros, ou mesmo, referente à formação acadêmica, tais aspectos foram considerados para efeito de caracterização dos sujeitos.

Quanto à formação acadêmica, os dados foram úteis para identificar o grupo de sujeitos com maior e menor homogeneidade acadêmica na perspectiva de analisar dados do grupo mais homogeneizado possível (gráfico 16).

Fonte: Pesquisa Direta (2016)

A diversidade dos grupos foi influenciada pelas especificidades de cada contexto e pelas condições para executar a metodologia proposta. Assim sendo, a homogeneidade do Grupo III era prenunciado, uma vez que as atividades metodológicas foram realizadas no contexto de uma escola pública de ensino fundamental (anos iniciais) onde predominam docentes graduados em Pedagogia.

Quanto ao gênero, de um modo geral, houve uma predominância de mulheres (92,1%) em detrimento à participação de homens (7,8%) nas atividades aplicadas, fato que expressa uma tendência da exclusão masculina de atividades docentes na Educação Básica, visto ainda com desconfiança e preconceito.

Gráfico 16 - Formação Acadêmica dos sujeitos da Fase Aplicada

Gráfico 17 - Distribuição quanto ao gênero

Fonte: Pesquisa direta (2016)

Entretanto, cumpre destacar que este dado reflete uma realidade nacional, conforme demonstrado em pesquisas censitárias. De 2007 a 2014 poucas mudanças ocorreram no quesito paridade e igualdade de gênero entre docentes de Educação Básica (gráfico 18). Os percentuais de docentes “femininos” continuam mais elevados em relação aos percentuais masculinos, fortalecendo a “feminização” da docência em Educação Básica.

Fonte: Educação (2016)

Quanto ao tempo de serviço, traduzido como experiência docente (com ensino fundamental e com PCD) a prática docente com PCD apresentou índices relativamente inferiores (gráfico 19). Este dado corresponde à realidade de que a inclusão de PCD na escola ainda está em construção.

0 10 20 30 40

Grupo I Grupo II Grupo III

Feminino Masculino

Gráfico 18 - Percentuais de Igualdade e paridade de gênero na Educação Básica

Gráfico 19 - Experiência docente (Em anos) dos grupos de participantes

Fonte: Pesquisa Direta

O tempo de serviço de professores/experiência docente não é um quesito muito considerado em pesquisas sobre CoInfo relacionadas com professores. Por ser um clássico neste quesito, o trabalho de Huberman (2000) sobre as fases do desenvolvimento profissional oferece um parâmetro de análise, ainda que não seja relacionada diretamente a aspectos da profissionalização docente como fez o autor. Huberman (2000) discorre sobre a existência de fases ao longo do Magistério no esforço de relacionar tempo de serviço com a prática docente (quadro 22).

Quadro 22 - Modelo Huberniano de desenvolvimento profissional docente

Fonte: Elaboração própria com base em Huberman(2000)

Esta divisão clássica de Huberman foi útil para diferenciar os grupos de sujeitos no que tange ao ensino especial. O grupo I, ainda em fase de

0 5 10 15 20

Grupo I Grupo II Grupo III

Pratica docente com PCD

Pratica docente c/ Ensino Fundamental

experimentação, o grupo II com sujeitos cujas práticas pedagógicas são mais direcionadas e focadas em PCD, e o grupo III formado por sujeitos que já vivenciaram uma série de situações didáticas práticas e funcionais relativas a PCD. Cumpre destacar que os sujeitos de todos os grupos, em termos de experiência docente, estão no interstício do inicio das políticas de educação especial numa perspectiva inclusiva.

Além dos aspectos supracitados relacionados à formação, experiência docente, e, considerando as dificuldades na execução das atividades com os dois primeiros grupos de sujeitos, foi adotado um procedimento diferenciado para o Grupo III. Foram selecionados doze indivíduos para serem monitorados durante algumas atividades, os quais receberam um codinome de identificação: Ágata, Ametista Cristal, Esmeralda, Granada, Jade, Opala, Pérola, Rubi, Safira, Turquesa, Turmalina.