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PERSONAGENS: FICÇÃO E REALIDADE.

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 71-113)

3.2 ESCRITOR E NARRADOR PÓS-MODERNO

3.3 PERSONAGENS: FICÇÃO E REALIDADE.

Não há escrita sem intenção. Todo discurso tem uma dimensão ideológica que relaciona as marcas deixadas no texto com as suas condições de produção. A literatura opera nessa dimensão, pois mescla entre o empírico e o imaginário, convertendo-se assim em veículo apropriado para tratar de questões complexas. A relação entre a literatura e o mercado, a construção do campo cultural, pertencimento a uma tradição e a influência da tecnologia na produção artística são alguns dos pontos tocados nessa estreita relação.

No senso comum, o termo ideologia é sinônimo conjunto de ideias, de pensamentos ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo para orientar práticas sociais e políticas. Em sua concepção crítica, pode ser considerado um instrumento de dominação que aliena a consciência humana, mascarando a realidade. Neste sentido, o fazer literário combate o pensamento conformista:

“A arte reflecte esta dinâmica na insistência na sua própria verdade, que assenta na realidade social sendo, no entanto, sua outra face. A arte abre uma dimensão inacessível a outra experiência, uma dimensão em que seres humanos, a natureza e

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as coisas deixam de se submeter à lei do princípio da realidade estabelecida. Sujeitos e objectos encontram a aparência dessa autonomia que lhes é negada na sua sociedade. O encontro com a verdade da arte acontece na linguagem e imagens distanciadoras, que tornam perceptível, visível e audível o que já não é ou ainda não é percebido, dito e ouvido na vida diária.” (MARCUSE, s/d, p.78)

A obra de arte tenta operar na conscientização dos sujeitos da mudança. La verdad de Agamenón é uma forma de protestar contra os valores mercantis dados a literatura e a seus produtores que nas personagens encontra maior nitidez e torna mais livre a ficção. Daí a utilização de um protagonista sem de ideologia e opinião, que assume um posicionamento crítico. Annatol Rosenfeld (1970, p.29), afirma que é através da personagem de ficção que a camada imaginária se adensa e se cristaliza e, por isso, “(...) as personagens a o falarem, revelam-se de um modo bem mais completo do que as pessoas reais, mesmo quando mentem ou procuram disfarçar a sua opinião verdadeira”.

Dessa forma, interpretamos o protagonista Javier Cercas como insatisfeito no campo pessoal e profissional, alheio ao seu entorno. Doppelgänger, seu antagonista, personificação da necessidade do escritor de manter-se no mercado literário e adotar uma posição crítica também com relação ao seu ofício. A mulher do duplo, personagem sem nome, representa o leitor formado pela literatura facilitada, que na Espanha coincide com a transição democrática.

O período de transição do regime ditatorial ao democrático (1975 a 1981) constituiu uma nova etapa cultural para Espanha, pois a morte de Franco e a subsequente evolução política afetaram radicalmente as regras que condicionavam a criação artística11. O

desenvolvimento econômico e a incorporação à nova ordem mundial se converteram em meta nacional e tais elementos estão diretamente relacionados a um movimento de democratização da literatura.

Uma nova etapa literária se inicia com a democracia comprometendo a história política com a literatura. O estudioso parte da premissa de que há correspondência entre a nova ideologia política democratização e a paralela produção literária. A transição de um regime a outro impacta diferentes níveis de comportamento social, expressão do imaginário e discurso narrativo. Desse modo, houve a necessidade de adaptação dos escritores a um perfil comercial sem abandonar a tônica de sua literatura.

O valor literário de uma obra e seu valor como mercadoria é polêmico. A questão contribui para a desqualificação do produtor de literatura de consumo, taxada como

descomprometida com a tradição literária. Diante da crítica, com relação à tradição culta estabelecida, a popularização de obras com interesses comerciais foi o motivo de serem descritas como obras menores. O mercado editorial se ampliou e produção literária periférica acompanhou tal crescimento. Neste ínterim, no século XX houve a busca pela construção de uma nova configuração do literário.

O início da escrita de Cercas está inserido neste processo de transformação e adaptação ao meio europeu de contexto especificamente espanhol. Durante os anos de 1980 e 1990, o leitor foi formado pela leitura facilitada de best-sellers, romance policial e histórico, que são transpostas à linguagem fílmica com o objetivo de atingir as grandes massas. Em uma sociedade na qual é muito fácil publicar é necessário confrontar o comportamento passivo formado na sociedade da imagem e se deseja um leitor participativo, que compartilhe da discussão da obra.

Citar a primeira obra do escritor Javier Cercas enriquece a discussão sobre a crítica literária, a participação do leitor na obra e amplia a compreensão da escrita do autor espanhol. A primeira edição de El móbil data de 1987 e conta com cinco textos. Utilizamos a edição de 2003 que é constituída apenas pelo conto que lhe dá nome. Em El móbil (2003), toda a trama é desenvolvida como um jogo que serve para refletir sobre os mecanismos da literatura e a contradição que consiste em abandonar a humanidade pelo reconhecimento da obra. Álvaro, o escritor que protagoniza a trama, tem o objetivo de escrever um romance de verdade, uma obra definitiva que redimisse suas tentativas anteriores frustradas. O escritor fictício concebe a história de um crime, escolhe seus vizinhos como modelos reais para seus personagens e extrai da observação de suas vidas o material para sua obra.

Na medida em que avança na redação do texto, o protagonista constrói uma densa relação entre a realidade e a ficção que foge ao seu controle ao longo da narrativa. Javier Cercas arquiteta o texto de forma que os personagens manipulados entendam que Álvaro, o protagonista, enlouquece com suas obsessões. A necessidade de representar um crime real na ficção leva o escritor Álvaro a provocá-lo na vida real. O real motivo do crime é a literatura, um crime sem perdão.

Em seus estudos sobre a obra de Javier Cercas, Nei Duclós faz a defesa da literatura de Cercas estabelecendo relações entre El móbil e o ilustre “Crime e Castigo” de Dostoievski e acrescenta que as obras compartilham o mesmo mote: um solitário sente-se injustiçado pela sociedade e precisa encontrar nisso os motivos para o seu isolamento. Descobre que essa doença é geral, todos estão confinados em suas vidas medíocres e encerra seu argumento

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afirmando que Javier Cercas é um escritor raro, que tem o principal motivo para fazer literatura: contar toda a verdade, mesmo que isso pareça ser apenas um sinistro parque de diversões.

Retomando a análise de La verdad de Agamenón e tomando novamente a literatura como fio condutor de todas as ações, a morte do pai é o acontecimento pessoal que promove a nostalgia e o desejo de retornar à vida anterior e verdadeira. Entretanto, é o lançamento do livro La velocidade de la luz o fator determinante para a ruptura do pacto e desejo de encerrar da experiência.

A narrativa remete ao período que sucede o lançamento de Soldados de Salamina e contabiliza pouco mais de um ano desde o início, o recebimento da carta e o suposto assassinato do duplo. Por fim, o único pedido do protagonista Javier Cercas é não ser visto como um louco. Em sua alucinação, ele crê que matou um homem e, por isso, merece ser castigado:

Estoy perfectamente cuerdo. Entiendo que tengo que ser castigado: He matad a un hombre y tengo que ser castigado. No pido perdón. Lo único que pido es que no me tomen por loco, que me crean, que usted por lo menos me crea, que crea que todo lo que le he contado es la verdad, la pura verdad, sólo le pido eso. Usted me cree, ¿no?

- Claro (CERCAS, 2009 ,p. 294)

Um diagnóstico científico explicaria que todo o relato é a alucinação de um esquizofrênico. Em nossa análise, entendemos que o cenário que alberga a narrativa é a cela de um manicômio e que o interlocutor não identificado é o psiquiatra ou enfermeiro responsável pelo cuidado e tratamento do paciente. Nesta perspectiva, a armadilha hermética, o pesadelo a qual se refere o narrador-personagem se torna real e é o resultado do seu progressivo isolamento.

Em resumo, a esquizofrenia é um transtorno psíquico que se manifesta através de alterações do pensamento, promovendo alterações no contato com a realidade e a distinção entre experiências internas e externas. Na teoria freudiana, a origem desse transtorno é a ausência de relações interpessoais satisfatórias, que justifica recorrer à figura do duplo como a possibilidade de resgatar o convívio social e familiar. Neste sentido, é também interessante observar o esmero de compor ambos os personagens, Javier Cercas e o doppelgänger, assinalando hábitos diferentes. Enquanto é possível notar no protagonista o comportamento de

ansiedade e algumas compulsões como fumar, beber, roer e as unhas; o duplo não os apresenta, representando a autocrítica e qualificando-o como superior.

Especialistas afirmam que não existe apenas um fator responsável pelo transtorno. Admite-se que várias são as causas que colaboram para seu aparecimento como quadro psicológico (consciente e inconsciente). Dessa forma, acreditamos que os elementos inseridos no conto como a ambientação das cenas, o histórico de doença familiar (a internação do pai em uma residência de anciãos), a possibilidade do uso de substâncias (bebidas alcoólicas) consumidas no desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos podem reforçar a ideia de que a narrativa é um delírio.

Reconstruindo a realidade habitual a partir da imaginação, a literatura nos convida a indagar sobre quem somos. Nessa “lógica”, a obra de ficção é “um espaço privilegiado no

qual o homem pode “viver” e contemplar, por intermédio de personagens variadas, a totalidade de sua condição” (ROSENFELD, 1970:29). Retornando a reflexão inicial, o

mundo que conhecemos é regido por leis naturais rígidas e imutáveis onde se buscam respostas baseadas na lógica e na ciência. Em contrapartida, o espaço do imaginário é um imprevisível universo de possibilidades que precisam do leitor para realizar-se.

A fase em que é gestada a produção literária de Javier Cercas é marcada pela intensa busca por novos caminhos e formatos literários que possam melhor expressar a realidade do mundo capitalista e suas contradições. Neste ínterim, a literatura muda o foco do interesse pelas relações entre o homem e mundo para uma crítica da natureza da própria ficção. A transformação cultural gesta o nascimento de diferentes modos de articulação e discursos sobre o real.

O estudo O dualismo, Kalina e Kovadloff (1989) afirma que o dualismo é uma condição inerente ao ser humano e seu sentido deve ser considerado como resposta ao enfrentamento das circunstâncias vivenciadas. Em relação à arte os autores afirmam que ao contrapor a visão cotidiana do mundo e a visão estética, podem ser observados ao menos dois sentidos: o que é dado pelo costume e o que é conferido pelo assombro ao redescobri-lo. Assim, graças à arte e à vida cotidiana, a realidade se bifurca revelando-se ante nós como dualidade semântica. Enquanto na arte, a técnica e o saber estão colocados a serviço do

inusual, na vida cotidiana, a técnica e o saber asseguram a vigência do usual, isto é, ratificam a crença do domínio pleno da natureza e de si mesmo.

O duplo do homem do nosso tempo não escapa ao temor da morte, das incertezas e ambivalências da vida afetiva, descontrole das emoções, a necessidade de afirmação da sua

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identidade. A conjunção da literatura fantástica e da autoficção indicam uma nova estratégia literária. A literatura fantástica foi utilizada para questionar a racionalidade dando uma nova significação ao duplo, uma segunda personalidade crítica. A autoficção moderniza a questão identitária partindo da figura do escritor dentro da transformação cultural como personagem não unificado, em constante processo de construção.

Segundo Tzvetan Todorov, uma das referências fundamentais nos estudos do fantástico, o gênero teve seu auge no século XIX. A partir desse momento, desenvolve-se a problemática da irrupção do fato inexplicável segundo as leis naturais no mundo que conhecemos. Diante da afirmação de que o fantástico é vacilação entre aceitar uma explicação natural ou sobrenatural dos fatos narrados, na proposta de Todorov, narrador, personagens e leitor implícito são capazes de discernir se o texto representa a ruptura das leis do mundo objetivo ou se fenômeno pode ser explicado mediante a razão. A partir do momento em que se aceita o sobrenatural, entramos no terreno do maravilhoso; do contrário, no estranho.

A literatura fantástica demonstra uma nova percepção do mundo, da individualidade e construção social, fornecendo ao imaginário a possibilidade de representar momentos de inquietação deixados como espólio para a modernidade. Nesse viés, é fundamental considerar as referências históricas e sociais em que um texto está inserido, base da teoria de Ana María Barrenechea. Independente da organização de espaço e tempo, todo texto é lido em contraste com o tempo e o lugar da leitura e, por isso, depende também dos códigos culturais. Dessa forma, as noções de normal ou anormal estão diretamente ligadas àquilo que é socialmente aceito.

Dentre as contribuições do gênero fantástico para a modernidade, observamos mais atentamente a questão identitária. No conto La verdad de Agamenón, Javier Cercas explora o tema da identidade do autor na atualidade. Indagamos o modo como o escritor utiliza o fantástico no século XXI. Tentando responder a essa pergunta, desenvolvemos a presente dissertação.

A construção e a preservação da identidade são preocupações do indivíduo moderno. O duplo (doppelgänger), figura fantástica definida como cópia idêntica ou desdobramento do ser, reflete essa preocupação e adquire em cada obra sentidos diferentes. Na literatura de Cercas, a ficcionalização do autor e da crítica são recorrentes. La verdad de Agamenón

representa a personificação da crítica como segunda personalidade. Buscamos compreender de que forma o fantástico e a identidade do autor estão relacionados à autoficção, estratégia literária que sugere a identificação irônica entre narrador e autor. A proposta autoficcional utiliza a produtividade da confusão autor/narrador/protagonista para reforçar a ideia da fragilidade da identidade, que tem como centro de discussão a confusão entre a pessoa real e o personagem escritor, a figura pública.

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No conto, a conjunção de literatura fantástica e da proposta autoficcional constitui uma inovação sugerida por Javier Cercas, que utiliza o elemento fantástico como método crítico. Ao longo da dissertação, nos perguntamos que tipo de conflito está sendo manifestado no texto. Percebemos a preocupação em demonstrar o conflito do produtor de bens simbólicos, por isso, Cercas une o problema da identidade com a complexidade que envolve a criação da figura do escritor na contemporaneidade. O autor constrói uma personalidade literária em crise, valorizando pensamento crítico sem deixar de perceber que o mesmo está inserido na lógica de produção e comercialização da literatura.

Tomando como base a teoria de Manuel Alberca, a autoficção consiste em tomar as características da autobiografia e do romance e suscita a reflexão sobre a figura do escritor e as transformações ocorridas no processo de elaboração da narrativa. A proposta autoficcional é uma tendência que explora os limites entre o referente e sua representação literária, em outras palavras, ficção e realidade, numa nova configuração da literatura. A análise do estudioso explicita de que maneira se desenvolve a autoficção espanhola, oferecendo uma visão do panorama artístico, cultural e intelectual da Espanha no período histórico de sua gestação, a transição democrática.

O período de transição do regime ditatorial ao democrático (1975 a 90) constituiu uma nova etapa cultural para a Espanha, pois a morte de Franco e a subsequente evolução política afetam também as regras que condicionam a criação artística. A passagem de um regime a outro impacta diferentes níveis na economia e no comportamento social com reflexos na expressão do imaginário e discurso narrativo. A mudança significou maior liberdade tanto individual quanto para o debate de ideias, conquista sociais como reforma da educação, concessão de bolsas de estudo e ajudas a camadas desfavorecidas que contribuem também para novos hábitos de consumo.

A questão do consumo está presente na teoria de Jean-François Lyotard, que entende parte da pós-modernidade como fenômeno próprio da sociedade tecnológica para a qual grande das produções tem como finalidade o mercado consumidor. A principal crítica de Lyotard é referente ao saber, que passa a ser valorizado não para a construção dos metanarrativas, entendidas como discursos de liberdade e humanidade, mas para tratar diretamente de técnicas e produtos. Ao longo da pesquisa, mostramos que a tecnologia exerce grande influencia sobre a literatura, desencadeando o surgimento formas literárias que operem nessa lógica.

Na Espanha, o processo de desenvolvimento da autoficção coincide com a transição democrática e paulatino desencanto do discurso político, que são demonstrados na literatura

através do conteúdo mais íntimo e pessoal na literatura sem, no entanto, ter o mesmo ônus do autobiográfico ou adoção de uma postura política determinada. Na pós-modernidade diferentes estilos e técnicas são aceitos com a intenção de formar um mesmo mercado consumidor e a ideia de eliminar fronteiras se faz muito presente. Em La verdad de Agamenón há uma integração entre o duplo e a autoficção. Ao mesmo tempo é interessante observar que essa junção de elementos rompe com o realismo que se costuma atribuir à literatura espanhola uma vez que utiliza introduz um elemento fantástico.

Dessa forma, emerge a reflexão de como construir a figura do escritor que representa a necessidade de autoconhecimento e construção de uma personalidade literária em crise. As manifestações do duplo e a autoficção têm a função subversiva de desmascaramento moral e social da situação em que se encontra o escritor na atualidade. Essa perspectiva vai ao encontro da primeira hipótese formulada, a valorização da figura do escritor. Chegamos à conclusão de que Javier Cercas tem consciência não apenas do seu papel como produtor de bens simbólicos, mas também da impossibilidade da arte transformadora da realidade. Na medida em que o autor expressa a ironia e fragilidade de sua posição acaba com a ilusão de que aquele que escreve é de alguma forma superior.

É necessário confrontar o comportamento passivo gerado pela facilidade de circulação e consumo de obras. A literatura de Javier Cercas, gestada nesse processo de democratização do conhecimento, faz surgir a necessidade da formação de um leitor participativo. A proposta autoficcional valoriza e subverte os pactos romanesco e autobiográfico, reclama um leitor que aprecia e suporta o jogo duplo de propostas contrárias, valorizando o pensamento crítico.

Embora o foco de nossa investigação tenha sido a obra do escritor Javier Cercas, comprovamos que contexto social, político e a realidade literária da Espanha aparece também em outros autores. A preocupação em produzir uma literatura que reclama uma forma distinta de leitura é compartilhada, por exemplo, por Juan José Millás e Enrique Vila-Matas, contemporâneos de Cercas e autores com os quais busca dialogar através de sua literatura. Uma futura investigação dará lugar ao questionamento sobre de que forma essa literatura contribui para a formação do novo leitor, aquele que compartilha da discussão da obra.

O percurso de planejamento, desenvolvimento e conclusão do nosso trabalho é mais uma etapa do longo e contínuo processo de amadurecimento intelectual. Por isso, oferecemos uma possibilidade de interpretação do texto La verdad de Agamenón sem a pretensão de esgotar o tema e com o desejo de contribuir e participar de futuras investigações.

REFERÊNCIAS

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