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Perspetiva Crítica: implicações do Estatuto da Vítima para o direito processual penal

II. Delimitação do objeto, objetivos e estrutura da dissertação 9

7. Perspetiva Crítica: implicações do Estatuto da Vítima para o direito processual penal

Da exposição de motivos da Proposta de Lei nº 343/XII, que deu lugar à Lei do Estatuto da Vítima, constava já que “A definição de um estatuto homogéneo para as vítimas de crimes tem enfrentado a dificuldade assente na existência de vários enquadramentos legais, pois as vítimas podem ser sujeitos processuais se assumirem as vestes de assistentes ou demandantes civis, em ordem a sustentar uma acusação ou formular um pedido de indemnização civil, respetivamente, ou podem ter apenas intervenção no processo, neste caso como denunciantes e testemunhas”.

Esta homogeneização do Estatuto da Vítima de crimes, visando a participação ativa de todas as vítimas no Processo Penal, prestando informações e facultando provas, assumidamente decalcada do regime específico da proteção das vítimas de violência doméstica plasmado na Lei nº 112/2009 de 16-9, e alterado pelas Leis nº 19/2013 de 21-2 e nº 82-B/2014 de 31-12, cria um conjunto de direitos que não têm um enquadramento estritamente processual, mas extrapolam para o momento antes da apresentação formal da queixa e para o momento posterior à decisão final condenatória do(s) arguido(s), de forma a efetivar uma proteção integral da vítima.

O tratamento homogéneo de todas as vítimas de crimes, e a consagração de direitos da vítima em momento anterior e posterior ao enquadramento processual penal que o caso mereça, decorrem diretamente do texto da Diretiva.

O reforço de proteção da vítima pretendido com o Estatuto da Vítima realizou-se mantendo as figuras do assistente, do ofendido e do demandante civil, todos eles incluídos no novo conceito legal criado pela Lei nº132 de “vítima”, e alterando o regime processual da figura do assistente com a possibilidade de a vítima requerer a atribuição desse estatuto no prazo de interposição de recurso da sentença. Mas tal forma de proteção da vítima apenas interessa às vítimas que tenham legitimidade processual para requerer essa constituição, como vimos acima no capítulo 3.

De facto, como vimos, a figura do assistente tem sido alargada ao admitir-se para crimes onde se protegiam bens de natureza pública, a existência de interesses particulares que também são protegidos pela incriminação.

Finalmente, concordamos com André Lamas Leite98quando afirma: “um reforço do papel das

vítimas no processo criminal pode ser demonstrativo de um descentrar do indivíduo, arguido no processo, para uma perspectiva mais comunitarista de protecção societária em que esta maior participação seja, afinal, uma outra forma de controlo social. Donde, não são incompatíveis os dois movimentos que, normalmente, são encarados como dissonâncias, quando, em grande parte, são constituintes de uma mesma orientação punitiva. Com ganhos das vítimas, que vêem «a justiça a ser feita», reforçando a vertente geral-punitiva e de ressarcimento da pena”.

Para a apreciação da censura penal importa a consideração de respeito e conformidade com a representação e valoração coletiva da norma penal incriminadora.

Parece-nos que seria criar um tratamento mais homogéneo das vítimas e mais justo fundir a figura do assistente nos crimes de natureza particular, com o Estatuto da Vítima de crimes, muito embora se mantivesse a figura do demandante civil.

Na verdade, manter a possibilidade de requerer a constituição de assistente vinculada à detenção do interesse legalmente protegido pela incriminação, ao pagamento de taxa de justiça, e ao cumprimento de um prazo muito curto - 10 dias -, nos crimes de natureza particular, quando o cidadão já manifestou a sua intenção de se constituir assistente, é limitar a figura do assistente de forma hoje intolerável porque arredaria a grande maioria das vítimas de crimes de tal estatuto, sendo que o consagrado Estatuto da Vítima não lhes confere o poder de conformação processual, nomeadamente a possibilidade de recorrer das decisões desfavoráveis.

O novo Estatuto da Vítima vem trazer poucas alterações ao direito processual penal português na medida em que a noção de vítima que apresenta, embora alargada aos familiares da pessoa singular objeto da atividade criminosa, não lhe confere mais direitos de conformação processual dos que os que conferia já ao ofendido: o direito de colaboração com as autoridades policiais e judiciárias competentes, prestando as informações e facultando as provas que disponha, previsto agora expressamente no artigo 67º-A, nº4 inserido no CPP com a lei que criou o Estatuto da Vítima. Mas qualquer testemunha tem estas prerrogativas, decorrentes do dever de qualquer cidadão colaborar

98“Nova penologia, punitive turn e direito criminal: Quo vadimus? Pelos caminhos da incerteza (pós) moderna”, in Direito Penal- fundamentos dogmáticos

com as autoridades policiais e judiciárias para a realização da justiça. A tanto se resume este direito de participação ativa no processo…

Por outro lado, o direito de a vítima ser ouvida em qualquer fase processual, o respeito integral pela sua vontade a montante de qualquer intervenção protetiva, e a preocupação de evitar a repetição da sua inquirição e eventual sujeição a exame(s) médico(s) já trazem franco incremento à proteção da vítima com a sua consagração legal, pretendendo evitar o efeito de vitimização secundária.

Parece-nos que a opção de colocar o Estatuto da Vítima em diploma autónomo, ao invés da sua inserção sistemática no CPP, nada traz de vantajoso já que existiam regimes especiais de proteção de vítimas de crimes específicos como o de violência doméstica e a grande vantagem deste Estatuto consistiu grandemente em alargar a proteção, o apoio e os direitos a todas as vítimas de crime, independentemente do crime que as vitimizou…

Beneficiaria, assim, da inserção sistemática no CPP, em paralelo com o “estatuto” do arguido, que lá se encontra consagrado com os seus direitos e deveres- artigo 61º do CPP.

O facto de ter sido conferida especial proteção às vítimas especialmente vulneráveis, mais desfavorecidas ou fragilizadas, constitui também uma nota positiva, consagrando o princípio da igualdade na sua vertente de discriminação positiva, e afigura-se-nos que trará um apport francamente positivo na qualidade da prestação do serviço a essas vítimas, melhorando igualmente a imagem de todo o sistema judicial.

Importa agora perguntar se a transposição da Diretiva foi realizada de forma adequada. Julgamos que sim, na medida em que as regras mínimas que estipulava estavam muitas delas já cumpridas pela nossa legislação processual penal, que nunca desconsiderou totalmente a posição da vítima de crimes.

O regime das declarações para memória futura previsto no artigo 271º CPP foi grandemente alargado com a consagração do Estatuto da Vítima, o que se saúda, especialmente, no caso de vítimas avaliadas como especialmente vulneráveis.

O direito da vítima ser ouvida em qualquer fase do processo, embora triado pela prudente ponderação do juiz, uma vez que terá de ser indeferido se não trouxer para o processo nenhuma

decorrente de anterior audição da vítima e de não ter sido requerida a existência de qualquer omissão ou falha no seu depoimento, foi em boa hora consagrado e constitui pedra angular de colocação da vítima no centro da tríade Estado- vítima arguido-, em que assenta o Processo Penal hodierno.

Na verdade, embora o juiz pudesse sempre ouvir a vítima em audiência de julgamento quando se apercebesse que os factos essenciais ou os seus contornos não estavam devidamente esclarecidos, ou a prova se encontrava “manca”, a consagração do direito de audição reforça esse “poder” com um “dever”, que não pode agora ser ignorado (podendo fundamentar por que considera benéfico para a própria ou desnecessário para o processo) sem a prática de uma irregularidade processual. Neste âmbito, o nosso direito interno ultrapassou o âmbito da Diretiva que, recorde-se, estabelece apenas normas mínimas.

Considere-se, ainda que, independentemente dos poderes oficiosos do juiz do julgamento, a audição da vítima deve ser requerida pela parte interessada na produção de tal prova, indicando a razão da necessidade de repetir o depoimento, devidamente concretizada99. E em audiência de

julgamento a defesa pode, após audição do registo áudio das declarações para memória futura, requerer que seja submetido a contraditório tal depoimento. A este respeito debruçou-se o Acórdão STJ de 16-6-2004:100 “(…) se o arguido tiver oportunidade, adequada e suficiente, de contraditar tais

declarações posteriormente, a sua utilização não afecta, apenas por si mesma o contraditório, cujo respeito não exige, em termos absolutos, o interrogatório directo em cross-examination”. Quer a doutrina101, quer a corrente maioritária da jurisprudência entendem, contudo, que não pode passar-

se sem a sua produção em audiência de julgamento mediante a leitura das declarações transcritas para auto, sua audição ou reprodução vídeo (desde a revisão processual penal de 2007- artigos 346º e 356º, nº8 CPP), quando tenha sido assim obtida.

Mas a audição da vítima poderá não se realizar por a própria vítima não estar em condições de prestar depoimento por tal poder colocar em causa a sua saúde física ou psíquica. Nesse caso, alguma jurisprudência entende ser de realizar prova pericial que ateste da incapacidade da

99 Ac Relação Guimarães de 9-11-2009 proc nº 37107.8TAFAFG1, últiam consulta a 20-4-2017: “só caso a caso pode ser aferida a presença de razões

ponderosas que o justifiquem. Podem, por exemplo, as declarações prestadas ser omissas relativamente a parte do objecto do processo ou surgirem em julgamento elementos novos que a tanto aconselhem”.

100 in www.dgsi.pt, última consulta a 20-4-2017.

101 GERMANO MARQUES DA SILVA, Curso de Processo Penal, vol III, 2ª ed, Verbo, páginas 236 e 256, PINTO DE ALBUQUERQUE, Comentário do

Código de Processo Penal, Editora Universidade Católica, 2014, página 874, SANDRA OLIVEIRA E SILVA, A Proteção de Testemunhas no Processo Penal, Coimbra Editora, 2007, página 246, PAULO DÁ MESQUITA, A prova do Crime e o que se disse antes do julgamento, Estudos sobre a prova no Processo penal Português à luz do sistema norte-americano, Coimbra Editora, 2012, página 608 e 612, nota 286, MOURAZ LOPES, A Tutela da Imparcialidade Endoprocessual no Processo penal Português, página 877. Acórdãos Relação de Guimarães de 29-1-2007, 9-11-2009, 7-2-2011, e Ac RL de 22-3-2011 disponíveis em www.dgsi.pt.

testemunha para prestar depoimento.102 Em casos em que tenham sido tomadas declarações para

memória futura, a lei, após a reforma de 2007, passou a restringir fortemente a reinquirição apondo- lhe a cláusula da não colocação em causa da saúde física ou psíquica do depoente - artigo 271º, nº8 do CPP.

As declarações para memória futura, enquanto antecipação da prova a produzir em audiência de julgamento, depois de lida ou ouvida e visualizada em audiência de julgamento, e sujeita ao debate contraditório103, tem o mesmo valor que a que foi produzida diretamente no julgamento.

102 Ac Relação do Porto de 1-7-2009 proc. nº 084 807 2, in www.dgsi.pt, última consulta a 20-4-2017. E Cruz Bucho, Declarações para Memória Futura,

elementos de estudo- 2-4-2012, disponíveis em www.trg.pt.

103 Acórdão Tribunal Relação do Porto de 13-7-2005, última consulta a 20-4-2017: “(…) possibilitando-se aos sujeitos processuais (…) quer através de

outros depoimentos, ou mesmo outros meios de prova, influir, pôr em causa, “contraditar”, infirmar, descredibilizar, reforçar, confirmar, etc- conforme o interesse da acusação e da defesa - os diversos depoimentos recolhidos em inquérito para memória futura. Se, em último caso, o princípio do contraditório pretende garantir a transparência e a igualdade de poderes de actuação processual entre acusação e defesa no julgamento, é esse princípio que dá respaldo à pretensão, normalmente do arguido, de pôr em causa, “contraditar”, infirmar, descredibilizar o depoimento que foi recolhido no inquérito para memória futura”. E Ac TRP de 1-2-2006: “em caso algum, esses depoimentos para memória futura podem ser excluídos, na fase do julgamento, dessa apreciação contraditória; cada um dos sujeitos processuais pode, e o tribunal deve, através de outros meios de prova produzidos

Conclusões

É chegada a hora de sumariar as conclusões do presente trabalho recordando o nosso ponto de partida, o roteiro, e o nosso ponto de chegada.

Começamos por salientar que a ordem jurídica não pode ignorar as necessidades subjetivas em prol do interesse coletivo da realização da justiça.

Pelo que as necessidades da concreta vítima de crimes têm de ser atendidas sob pena de a confiança desta no sistema de justiça ser minada, não realizando este último o fito para que foi destinado: efetivar a justiça.

A vítima de crime passou a assumir um papel de relevo na comunidade científica a partir da segunda metade do século XX, após a segunda guerra mundial, e desde aí tem-se assistido a uma maior consciencialização do seu papel em todo o processo.

Independentemente dos diversos sistemas de justiça em cada Estado- Membro da União, uma vez que nalguns a vítima pode desempenhar o papel de sujeito processual penal e noutros não pode adquirir esse estatuto, por força das instâncias internacionais e supra nacionais, a intervenção da vítima passou a ser mais valorizada, conferindo-se-lhe direitos, proteção e apoio que não era antes equacionável.

O Estatuto da vítima de crimes criado com a Lei nº 130/2015 de 4-9, tentou efetuar a homogeneização do estatuto da referida vítima, ampliando direitos que lei especial já conferia às vítimas de crimes específicos.

Mas com a vantagem de criar direitos sem enquadramento estritamente processual já que são conferidos logo que o cidadão denuncia um crime ou as autoridades tomam conhecimento da prática de um crime.

E distinguindo as vítimas pelas suas caraterísticas e necessidades específicas, advogando uma avaliação individual e personalizada das suas necessidades em termos de proteção, apoio e efetivação de direitos.

relativamente à figura processual penal do ofendido. Mas vem enfatizar os que já existiam, dando- lhes novo fôlego, nomeadamente, no que respeita ao direito de ser ouvida em momentos- charneira do processo crime e de prestar declarações para memória futura.

Assim, a consagração legal da proteção da vítima de crimes veio alargar o regime das vítimas de violência doméstica a todas as vítimas de crimes, trazendo um franco incremento e densificação processual dos direitos de ser ouvida em qualquer fase do processo, do respeito integral da sua vontade (embora com as limitações processuais decorrentes das finalidades públicas do processo já apontadas) a montante de qualquer intervenção que a vise proteger, restrição da reinquirição e da repetição da sujeição a exames, alargamento do regime das declarações para memória futura e discriminação positiva das vítimas especialmente vulneráveis.

Também o novo direito de requerer a constituição de assistente no prazo de interposição de recurso da sentença, permite à vítima de crimes de natureza pública e semi-pública efetuar a defesa dos seus interesses numa fase processual em que já nada poderia fazer se não tivesse tomado a prévia decisão de intervir requerendo aquele estatuto de assistente. Mas este é um direito que apenas atinge as vítimas de crimes de natureza pública e semi-pública, que reúnam os demais requisitos para se constituírem assistentes.

No entanto, o Estatuto da Vítima desenhado pelo legislador português na transposição da Diretiva 2012/29/EU desconsiderou a muitas vezes dupla, dinâmica e intercambiante104 posição da

vítima e do seu ofensor (a vítima que obteve a posição processual de assistente pode perder esse estatuto no decurso da tramitação processual se deixar de reunir os requisitos que detinha com o decurso da investigação e as provas que vão sendo obtidas, a vítima que havia apresentada queixa por vezes também detém o estatuto de arguida por outro ou o mesmo crime, nos casos de queixa contra queixa).

Assim, a sua estatuição tem que ser interpretada pelo aplicador da lei considerando estas cambiantes da realidade processual se, realmente, quer atingir o nobre objetivo de proteger o cidadão

104 HERMANN MANNHEIM, Criminologia Comparada, Fundação Calouste Gulbenkian, volume II, 1985, página 63: “os papéis das vítimas e agressores

não são estáticos, fixos ou atribuídos. Eles são dinâmicos, complementares e intercambiáveis (…). Tudo isto sugere que a agressão e a vitimação não são dois fenómenos opostos, mas são as duas faces da mesma moeda. Eles são eventos conjuntos e paralelos nas experiências de vida de muitas pessoas (Fattah, 1994).” De facto, esta ideia é fundamental para perceber que a dicotomia popular entre o agressor ativo e o sofredor passivo, o criminoso culpado e a vítima inocente é uma falácia instilada na nossa génese cultural, mas desconforme com a realidade social.

que foi vitimizado com o crime, e não o que primeiro se queixou, o que quis instrumentalizar o Processo Penal para os seus fins pessoais…

Por outro lado, o reforço da proteção da vítima visado com o Estatuto, ao mesmo tempo que são mantidas todas as pré-existentes figuras processuais, é passível de gerar confusão e de ficar pouco clara a posição processual do cidadão vítima de crimes, especialmente quanto aos crimes em que se protegem bens jurídicos de natureza particular.

Por essa razão, bem como para gerar mais transparência e confiança da vítima no sistema de justiça, conseguindo uma maior proteção da mesma, parece-nos curial, de iure condendo, tendo em conta a unidade do sistema jurídico, efetuar a fusão da figura do assistente, nos crimes de natureza particular, com a figura da vítima de crimes, cujo Estatuto foi agora gizada, permitindo-lhe, desde logo, beneficiar do estatuto de assistente de forma “automática” ao apresentar queixa, sendo ofendida.

Julgamos que, de futuro, com o sentido que a legislação comunitária referente à vítima aponta, e tendo em conta o sistema processual penal português, esta medida se alinharia com a evolução anunciada e a pressentida, permitindo ao sistema acompanhar a evolução social e servir os fins para que foi criado.

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