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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 A PESQUISA

Esta pesquisa buscou investigar as contribuições do uso de custo de vida para o desenvolvimento de conhecimentos relacionados ao ensino de Matemática Financeira. Sendo assim, compreendemos que se classifica como uma pesquisa qualitativa.

Flick (2009) destaca que

A pesquisa qualitativa é a pesquisa não quantitativa ou não padronizada [...]. Usa o texto como material empírico (em vez de números), parte da noção da construção social das realidades em estudo, está interessada nas perspectivas dos participantes, em sua prática do dia a dia e em seu conhecimento cotidiano relativo à questão em estudo. Os métodos devem ser adequados àquela questão e devem ser abertos o suficiente para permitir um entendimento de um processo ou relação. (FLICK, 2009, p. 16)

Dessa forma, se estabeleceu uma relação entre as informações e os dados obtidos com o problema proposto.

Ao tratar os procedimentos metodológicos sempre buscamos olhar a ideia principal, a busca de respostas para os questionamentos levantados anteriormente.

- A abordagem de conceitos financeiros a partir do cotidiano dos estudantes favorece o processo de ensino e aprendizagem?

‐ Como a análise do custo de vida pode aproximar a Matemática do cotidiano dos estudantes?

‐ Como a Matemática Financeira está sendo desenvolvida pelos professores do ensino médio?

- Será que os estudantes gostariam de adquirir conhecimentos sobre Matemática Financeira?

‐ Qual o papel da Matemática para a formação de um cidadão crítico em relação ao uso do dinheiro?

- Quais as contribuições do uso do custo de vida para o desenvolvimento de conhecimentos relacionados ao Ensino de Matemática Financeira?

Nossa pesquisa orientou-se por uma abordagem de natureza qualitativa, tendo em vista que o intuito não foi quantificar os dados obtidos a partir da pergunta norteadora da pesquisa, mas gerar compreensões acerca desses dados.

Consideramos a comunicação do pesquisador em campo como parte da produção de conhecimento, ao invés de ser considerada uma variável que interfere no processo. Torna-se parte desse processo a subjetividade do pesquisador e dos pesquisados, destacamos que as reflexões sobre a prática, as atitudes, sentimentos e observações se tornam dados importantes para o desenvolvimento da pesquisa.

D’Ambrosio (1996, p.103), relata que “[...] a pesquisa é focalizada no indivíduo, com toda a sua complexidade, e na sua inserção e interação com o ambiente sociocultural e natural”. Reforçando a ideia de que nessa modalidade de pesquisa, o pesquisador deve estar em atividade na sala de aula como professor.

Para esse estudo, os estudantes buscaram informações na Internet, visitaram estabelecimentos comerciais da região e conversaram com os familiares. De posse de todas as informações, e usando a Matemática, fizeram o custo de vida familiar e pessoal, além de mensurar outros conceitos envolvidos no cálculo do custo de vida.

Depois de analisar como está sendo abordada a Matemática Financeira nos livros didáticos de Matemática, foi realizada uma conversa com os professores de matemática da escola durante o planejamento por área de conhecimento no início do terceiro trimestre de 2015 e foi aplicado um questionário por meio de formulário online, encontrado no apêndice A. Tais atividades buscaram apropriar-se de como os professores estão trabalhando esse conteúdo em sala de aula. Buscou-se ainda, identificar o conhecimento dos estudantes em relação a Matemática Financeira, em

especial o custo de vida. Tais informações foram obtidas através de através de questionário de pesquisa, apêndice B.

Com a natureza de um trabalho científico original, esta é uma pesquisa que relacionou a teoria e a prática em relação à área voltada para Matemática Financeira.

Com base na questão da pesquisa, procuramos investigar o processo de ensino e aprendizagem do conceito de custo de vida de maneira a encontrar alguma(s) resposta(s) para a seguinte pergunta:

- Quais as possíveis contribuições do estudo do custo de vida ao ensinar Matemática Financeira no terceiro ano do ensino médio de uma escola pública estadual, tendo como princípios orientadores a Educação Matemática Financeira, embasada nos pressupostos da Educação Matemática Crítica.

Os conhecimentos que foram adquiridos serviram e certamente servirão para analisar, discutir e conscientizar sobre problemas relativos ao consumo excessivo, incentivando os estudantes e seus familiares a olhar com uma visão crítica, para situações opressoras, muitas vezes, impostas subjetivamente. Buscou-se valorizar a autonomia financeira, onde as pessoas devem ter o poder de escolher se querem realmente ou não consumir determinado produto e, ou, serviço.

Por ser uma pesquisa aplicada, nesse sentido a pesquisa qualitativa situa e posiciona o observador no mundo, na tentativa de tornar o mundo ao seu redor visível, envolvendo uma postura interpretativa e natural. Neste cenário, os pesquisadores e pesquisados buscam estudar e interpretar seus contextos naturais.

Consideramos, nesta pesquisa, a comunicação do pesquisador em campo como parte da produção de conhecimento, ao invés de ser considerada uma variável, um elemento, que interfere no processo. A subjetividade do pesquisador e dos pesquisados, torna-se parte desse processo, sendo considerados dados importantes

para o desenvolvimento da pesquisa as reflexões sobre a prática, as atitudes, sentimentos e observações feitas longo do processo.

Por fim, construir de forma articulada com o currículo escolar, a partir da prática em sala de aula, tomando por base a análise do custo de vida e os conceitos básicos de Matemática Financeira através de modelos matemáticos, apoiados nas orientações de Burak (2010), a fim de aplicar atividades de ensino sobre Matemática Financeira a partir das discussões sobre custo de vida.

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