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5 ANÁLISE DAS VAZÕES DE DRENAGEM E PIEZOMETRIA

5.2 PIEZOMETRIA

5.2.3 Piezometria da Região da Ombreira e da Margem Esquerda

Na galeria de drenagem da região da ombreira esquerda existem 2 seções instrumentadas com 5 piezômetros de corda vibrante (PCVs): 2 na seção S4 do bloco B28 e 3 na seção S5 do bloco B30 (ver seções no ANEXO II). No que se refere a PTAs, existem 2 instalados na seção S7 entre os blocos B29/B30 (ver planta baixa no ANEXO I e Seção S7 do ANEXO II).

Os registros completos das leituras dos PCVs denominados PZ-S4-01 e PZ-S4-02 da seção S4 estão apresentados nos gráficos das Figuras C.21 e C.22, respectivamente. Em ambos os gráficos é possível visualizar que as variações bruscas de cotas piezométricas refletem as oscilações do NR devido às precipitações pluviométricas. Entretanto, seus registros apresentam comportamentos bem distintos ao longo do tempo. Observam-se ainda inconsistências nos registros iniciais por terem sido obtidos através do processo automatizado e desta forma eles não foram considerados relevantes.

Os registros do piezômetro PZ-S4-01 apresentados no gráfico da Figura C.21, indicam que o mesmo possui 3 fases de comportamentos bem definidos ao longo de seu monitoramento. Na primeira delas, correspondente ao período inicial até abril de 2006, as cotas piezométricas tenderam a decrescer. A partir daí até setembro de 2011 fica evidenciada a segunda fase, na qual há uma tendência crescente dos valores registrados neste piezômetro. Já a terceira fase corresponde à estabilização das variações das cotas piezométricas dentro de uma amplitude que é passível de definição. Desconsiderando o desligamento das bombas do poço de drenagem 2, em julho de 2016, e os períodos nos quais o NR esteve acima do normal, de setembro de 2011 até outubro de 2017, as cotas piezométricas oscilaram entre 45,1 e 45,3 m. As maiores cotas piezométricas registradas estiveram em torno de 45,5 m e foi verificada no período em que as bombas do poço de drenagem 2 foram desligadas. Nesta ocasião, as leituras superaram o maior registro histórico verificado anteriormente (45,4 m em 31 de agosto de 2011). Os registros do PCV PZ-S4-01 sempre estiveram abaixo das cotas de controle (61,1 m) e limite (75,1 m) indicadas em projeto.

A partir da observação dos registros do piezômetro PZ-S4-02 da Figura C.22 é possível identificar a existência de uma tendência decrescente das leituras até janeiro de 2012 (coincidentemente numa época em que o NR esteve baixo por um período de mais de 6 meses). A partir de então, nota-se um padrão de comportamento no sentido de estabilização das variações de cota piezométrica dentro de uma amplitude que é passível de definição. Esta faixa de variação das medidas de subpressões tende estar entre 58,0 e 59,0 m. A maior cota piezométrica registrada, a partir da inserção do processo de leitura manual, foi de 59,6 m e ainda está bastante abaixo das cotas de controle (66,20 m) e limite (78,50 m) indicadas em projeto. Com referência ao desligamento do sistema de bombeamento do poço de drenagem 2, este piezômetro se mostrou pouco sensível a isto, registrando um pequeno acréscimo de subpressão de cerca de 0,1 m.c.a. nesta ocasião.

No que se refere à seção instrumentada S5 localizada no bloco B39, o PCV PZ-S5-01 apresenta a característica de estar voltado 30º para montante da galeria de drenagem. Os registros completos de suas leituras estão apresentados no gráfico da Figura C.23. Já as leituras dos demais PCVs da seção S5, denominados PZ-S5-02 e PZ-S5-03 (voltados 30º para jusante da galeria principal), estão apresentados nos gráficos das Figuras C.24 e C.25, respectivamente. Em ambos os gráficos destes PCVs da seção S5 é possível visualizar que as variações bruscas de cotas piezométricas refletem as oscilações do NR. Os registros apresentam comportamentos semelhantes ao longo do tempo e indicam que estes piezômetros se encontram atualmente estabilizados dentro de suas respectivas faixas de oscilação piezométrica. Observam-se ainda inconsistências nos registros iniciais devido ao processo automatizado de leitura. Com referência ao desligamento das bombas do poço de drenagem 2, estes PCVs não se mostraram sensíveis a esta ocorrência.

A partir da observação dos registros do piezômetro PZ-S5-01 da Figura C.23 é possível identificar a existência de uma tendência decrescente das leituras até janeiro de 2012. A partir de então, nota-se um padrão de comportamento no sentido de estabilização das variações de cota piezométrica dentro de uma amplitude que é passível de definição. Esta amplitude de medidas piezométricas, desconsiderando os períodos nos quais o NR esteve acima do normal, esteve entre 63,8 e 64,2 m. A maior cota piezométrica registrada foi de 66,6 m e ficou bastante abaixo das cotas de controle (89,50 m) e limite (96,70 m) indicadas em projeto.

Quanto aos registros do piezômetro PZ-S5-02 da Figura C.24, através da análise dos mesmos é possível identificar a existência de uma tendência decrescente das leituras até março de 2010. A

partir de então, nota-se um padrão de comportamento no sentido de estabilização das variações das elevações piezométricas dentro de uma amplitude que é passível de definição. Esta amplitude de medidas de subpressões esteve entre 50,1 e 50,5 m e a maior cota piezométrica registrada, a partir da inserção do processo de leitura manual com o Readout, foi de 51,0 m. Entretanto, este valor máximo registrado ainda ficou bastante abaixo das cotas de controle (65,20 m) e limite (77,80 m) indicadas em projeto.

Já os registros do piezômetro PZ-S5-03, apresentados no gráfico da Figura C.25, indicam que o mesmo demonstra uma tendência decrescente das leituras até final de 2009. A partir de então, nota-se um padrão de comportamento no sentido de estabilização das oscilações das elevações piezométricas dentro de uma amplitude bem definida. Esta faixa de oscilação das medidas de subpressões esteve entre 67,0 e 67,3 m. A maior cota piezométrica registrada, a partir da inserção do processo de leitura manual com o Readout, foi de 67,8 m e está acima da cota de controle (60,40 m), porém, abaixo da cota limite (74,00 m) definidas em projeto.

Na margem esquerda existem 2 PTAs que não pertencem às seções instrumentadas desta região uma vez que se localizam fora da ombreira esquerda. Suas localizações podem ser visualizadas na planta baixa do ANEXO I. Na Figura C.26 são apresentados os registros das leituras destes PTAs denominados de PZ-ME-01 e PZ-ME-02. Em praticamente todo o período monitorado, a linha freática nestes instrumentos esteve abaixo de suas cotas de instalação e desta forma, eles têm estado “secos” quando do processo de leitura.