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PILARES DE REALIDADE

No documento The Blueprint-Tyler Durden (páginas 44-49)

Na dinâmica social, a primeira forma de notar se você está ou não se sentindo confiante ou ansioso é determinar se seus pensamentos e percepções estão focados ou não dentro ou fora de sua cabeça. Quando nos sentimos inseguros, tendemos focar dentro de nossas cabeças tentando logicamente ''micro controlar'' nossas reações emocionais e as reações das outras pessoas.

Mas quando sentimos que nosso status é certo, tendemos focar fora de nossas cabeças porque não temos razões pra micro controlar, e assim nossos pensamentos estarão mais ''no momento'' e genuínos. É como os times nos esportes que estão sendo dominados e lutando pra recuperar o ímpeto – o mais que eles lutem mais eles acabam sendo dominados. Mas se eles recuperam a calma e apenas jogam seu próprio jogo, então eles vão recuperar o

controle. A ironia aqui é que estando preocupados em tentar afetar o modo que as pessoas nos ver é exatamente o que acaba sub-comunicando um valor mais baixo. Quando estamos presos em nossas cabeças as pessoas conseguem sentir isso, e nos faz parecer inautênticos, necessitados e artificial.

Micro controlar causa todo tipo de limites fisiológicos. Quando um cara estar dentro de sua cabeça, seus olhos não manterão contato visual tão facilmente e eles vão desviar ou piscarão por um longo tempo em pontos onde ele está tentando agir dominante. Sua voz não será tão tônica e vai tremular em momentos de forma chamar atenção. Seus movimentos não serão tão leves e ele hesitante recuará quando ele vai tocar as pessoas. Quando uma cara estar fora de sua cabeça, ele não vai sentir emocionalmente reativo às outras pessoas. Ele vai sentir como se tudo que ele faz será aceito, e quando não for não abalará ele. Ele estará focado fora de sua cabeça, e o diálogo interno que estava micro controlando tudo no seu ambiente social estará em silêncio.

Ele terá uma voz, contato visual e linguagem corporal mais natural em relação aos outros. Ele vai conversar mais naturalmente, com autoridade e no ponto. E ele vai estar mais em contato com a vibe do ambiente porque ele tem menos barulho emocional de fundo pra distrair e pra tirá-lo disso.

Quando você estar fora de sua cabeça, você tende experimentar: Conforto pra estar no momento

Conforto com desapego da resposta social.

Conforto em ouvir, estar atento e ser uma parte orgânica da interação Conforto em tomar espaço, tocar e ser tocado.

Conforto em zoar e brincar.

Conforto em ser direto e honesto sobre qualquer coisas que está em sua mente. Conforto em aceitar conselho dos outros e fazer com que eles se sintam bem. Conforto em sua própria pele.

Conforto em todos os lugares

Conforto em dominar uma situação e ser o centro das atenções. Conforto em estar relaxado e aceitar as coisas como elas são. Conforto em tratar todos como bons amigos.

Conforto em ser sexual.

Conforto em ser aberto deixando sua personalidade sair.

Conforto em permitir suas emoções te guiar pra dizer as melhores coisas. Presunção que o que você diz será aceito e entrará na vibe.

Presunção que você é foda.

Presunção que você é admirado e escolhido

Presunção que pertence à você e que todos são foda mas pertence a eles um pouco menos. Presunção que a maioria das meninas estão atraídas, e se você descobrir isso não é nada de mais.

Presunção que há abundância de pessoas pra conhecer e se conectar. Indiferente ao perder simpatia com as pessoas.

E quando você estar dentro de sua cabeça, você tende experimentar:

Sentir necessidade de auto-controlar e ver seu eu através dos olhos dos outros.

Sentir tão preso em sua própria mente que você não consegue dá atenção as outras pessoas. Sentir que você precisa se encaixar.

Sentir que você precisa impressionar e entreter.

Sentir atordoado por todas as coisas que você acha que precisa está fazendo. Sentir que uma interação deve funcionar ou você não terá outra chance.

Sentir falta de merecimento e que uma mulher atraente não poderia ser atraída por você. Medo do que você tem a dizer não entrará na vibe da interação.

Medo que você está sendo julgado. Medo que você está sendo chato. Medo que você parece insincero.

Medo de expressar paixão, confiança ou sexualidade.

Medo de perder sua compostura porque as pessoas não irão gostar o que elas vão ver. Medo que você precise impor sua personalidade pra as pessoas ou elas não gostarão de você.

Medo que você precise entreter todos ou eles não gostarão de você.

Medo que você está sendo julgado por agir de forma de mais alto valor do que você se percebe.

Medo que você está sendo julgado por se aproximar de uma mulher. Medo de quebrar afinidade com outras pessoas.

Medo de rejeição ou fracasso.

Medo que se você receber resposta social das outras pessoas você perderá status. Medo que as pessoas que te elogia estão sendo insinceras.

Medo que se uma mulher mostra interesse, assim ela possa ser a única que gosta de você por algum tempo e assim você tem que ter certeza que isso possa dá certo.

Se um cara tende estar focado fora de sua cabeça, é frequentemente porque sua realidade é reforçada por pilares internos e assim ele não tem necessidade de focar dentro de sua

cabeça. E se ele tende focar dentro de sua cabeça é frequentemente porque sua realidade é reforçada por pilares externos, e ele precisa focar internamente porque ele está pré-ocupado tentando fazer as pessoas gostar dele e racionalizando os momentos quando eles não

gostam.

Então o que são pilares internos e externos?

Pra determinar um critério pra como devemos sentir sobre nós mesmos, criamos pontos de referencias. Esses pontos de referencias agem como nossos ''pilares de realidade,'' e servem como nossos critérios escolhidos pra determinar como devemos sentir sobre nós mesmos e o mundo.

Se o senso de realidade de um cara é fundado no pilar de como outras pessoas respondem a ele, então ele sempre estará se examinando nos outros, e estará a mercê das respostas deles afim de se sentir bem. Se alguém chama ele de ''perdedor,'' então ele vai pensar “Oh não, Eu sou um perdedor,” e seu senso de aceitação vai diminuir. Se uma menina rejeita ele, então ele pensará “Oh não, Eu não sou bom o bastante pra pegar mulheres,” e seu senso de aceitação vai diminuir.

Ele será empurrado de volta pra dentro de sua cabeça, e seu estado emocional será arruinado. A realidade das outras pessoas vai se tonar a realidade dele, e ele assumirá as características de um perdedor tornando-se desajeitado e tímido. Ele não conseguirá

socializar naturalmente até que alguém seja simpático com ele ou até que ele se liberte disso, e quando alguém é simpático com ele, e ele se torna mais dominante, ele estará a mercê da continuidade das respostas deles pra manter aquele sentimento e agir dessa forma. Algumas vezes um cara que estabelece sua realidade na aceitação de outras pessoas na verdade responderá um pouco melhor do que os caras tímidos, porque ele está super

motivado pra se dá bem. Ele aprende formas de ganhar admiração que são mais proativas e criativa do que a média, mas ele tem suas recaídas porque sua carência se torna vulgar e transparente ao longo do tempo. Ele sempre vai precisar que a energia social esteja fluindo em sua direção. Se outro cara está vestido de uma forma que chama atenção, ele tem que fazer graça disso. Se outro cara tem uma menina com ele, ele vai ter que dá em cima dela tentando chamar a atenção dela. Se outro cara é o centro das atenções, ele terá que tirar o foco dele ou pelo menos conversar com alguém ou sair dali. E se ele está em um

relacionamento monogâmico ele terá problemas sendo fiel, porque ele se alimenta de continua admiração das meninas.

Uma cara cujos pilares de realidade são muitos exteriorizados terá que criar pontos cegos ao que é externo pra racionalizar quando as coisas não sai do seu jeito. E como novos fatos inevitavelmente surgem pra revelar suas racionalizações como sendo falsas, ele terá que procurar novas racionalizações pra projetar sua realidade. Ao longo do tempo, a fiação interna de sua mente se tornará tão embaraçada, que seu processo de pensamento inteiro será filtrado através de camadas sobre camadas de racionalizações passadas. É irônico, porque os canais de entrada que ele cauterizou pra evitar sentimentos ruins são

frequentemente realmente os mesmos canais de entrada pela qual ele poderia ter aprendido melhorar.

Então talvez ele conhece uma pessoa com grandes habilidades e perícia e percebe quanto trabalho isso tomaria pra reproduzir o nível de habilidade dele, ele está forçado identificar suas próprias falhas.

E em vez de focar nas coisas que ele poderia aprender deles, ele continuamente rebaixa-os procurando seus defeitos ou vantagens desonestas que acha que ele não tem em si. Um cara que se sente fraco tende ter um talento pra achar outros que ele pode descrever como sendo inferior a ele. Desta forma, ele pode criar pontos de referencias artificiais pela qual ele pode derivar um relativo senso de valor mais alto. Ele pode racionalizar, “Se ele é Fulano então eu devo ser Beltrano,” por assim falar.

Esse tipo de cara é geralmente referido como um ''odioso''. Seu foco no negativo e na desonestidade é uma reflexão de sua crença em suas próprias limitações. Em vez de encarar a natureza complexa de suas falhas, ele encontra conforto em focar suas frustrações com uma super simplificação mais compreensível pra como ele se sente. É como o homem de negócios que falta um visão clara para o rumo de sua companhia. Ele falta um ajuste ou hábitos proativos pra progressivamente crescer sua empresa e políticas do que ele vai aceitar e não aceitar. Então o dia todo ele senta em seu escritório, e fica metendo a bomba em várias pessoas que ele acha que estão causando sua desgraça, e reagindo emocionalmente a tudo que vem. Sua mente está tão presa na realidade imediata das pessoas lhe abusando ou se preocupando com que eles pensam, assim sua energia pra crescer seus negócios acaba esgotada humilhando aqueles que ele percebe como sua concorrência. Ele acha que se ele pudesse derrotá-los assim todos seus problemas seriam resolvidos, e ele até obtém satisfação ocasional das pequenas vitórias que ele consegue atormentando eles. Mas, enquanto isso eles continuam ultrapassar ele, o ignorando e progredindo proativamente ao longo do tempo.

no final é sua própria vida que ele está desperdiçando de tanto labutar com isso. Como o cara confiante que faz as pessoas reagirem bem a ele apenas sendo positivo e esperando por isso, sua atitude ruim traz à tona o pior das pessoas e se torna uma profecia auto realizadora. E o que todos sabem sobre ele, mas o que ele nunca para pra considerar, é que sua

percepção negativa das outras pessoas é uma reflexão do modo que ele se sente. O problema com pilares de realidade externos é sua natureza instável. Porque eles estão

fundamentalmente instáveis, o cara que confia neles pra se sentir bem será deixado com sua realidade exposta pra ser sacudida ao vento como canas.

Como o corretor acionário que perde todo o seu dinheiro e comete suicídio.

Realisticamente, ele era um cara inteligente que teve uma sequência de má sorte, e muitas pessoas teria trocado lugares com ele até nos piores dias dele. Mas sua realidade estava tão fundada em ser bem sucedido, que ele não poderia dá um passo pra trás. Ou como o cara que se tornou obsessivamente depressivo após romper o relacionamento. Realisticamente, ele estava bem antes de seu relacionamento, ele deveria ter sabido que ele estaria bem no futuro. Mas sua realidade estava tão fundada em seu relacionamento, que tudo que ele poderia pensar era quão vazia seria sua vida sem sua namorada. O que esses caras faltaram era um senso de realidade interna que não estava a mercê de acontecimentos externos. Um cara cujo pilares de realidade são internos, por outro lado, tem uma abundância de coisas que permite ele se sentir seguro em adversidades. Sua mente está programada pra interpretar e responder o mundo através do contexto do suporte desses pilares, e eles são a maior parte de sua realidade do que as inevitáveis inundações e secas de sua vida. Ele confia em si mesmo sempre pra encontrar uma forma de se virar, ele sabe que não está em

qualquer perigo real se as pessoas gostam dele ou não. Ele sabe que mesmo se outras pessoas não ver suas melhores qualidades, aquelas qualidades realmente existem. Ele não delega seu conceito do que é uma existência digna à sociedade, e determina sua capacidade por um critério que é seu próprio. E ele acredita que como um ser humano sua vida tem valor inerente, independente dos outros reconhecer isso ou não.

Ele pensa por si mesmo, e sabe que pessoas de status, embora carismáticas, são sujeitas a erros assim como ele. Ele respeita e até aprende com eles, mas sabe que eles tem suas próprias inseguranças, e que eles estão apresentando uma imagem como qualquer um. Assim enquanto outras pessoas pode ver eles como sendo a última bolacha do pacote, ele nunca entra completamente na moldura de estar abaixo deles ou de qualquer um que seja. Além disso, ele pode também ter alguns pilares externos bastante estáveis, como muitas pessoas que já gostam dele (em vez de uma pessoa específica), as habilidades sociais que vão fazer as pessoas gostar dele no futuro, e as coisas superficiais como possessões, habilidades e aparência que ele aprecia desde que não necessita afim de se sentir bem. Como um prédio com vários pilares, contanto que eles não são os pilares principais que estabiliza a construção inteira, sua ausência pode ser apreciada, já que eles não são

crucialmente necessários. E com pilares internos em ordem, um cara pode verdadeiramente apreciar os pilares externos, sem o medo contínuo de perda.

Ao mesmo tempo, se o senso de realidade de um cara é determinado muito internamente, então pode haver problemas também. Porque enquanto ele pode sempre se sentir seguro, ele pode também se sentir desmotivado e sem inspiração pra conseguir algumas coisas porque ele se sente bem, independente de qualquer coisa. Como o cara que entende que isso tudo é um jogo e nunca se sente abaixo de qualquer um que seja, mas que leva isso a sério. Ele pensa que ele tem tudo sob controle, mas no fundo ele sente uma incongruência e amargura por nunca ter feito alguma coisa que use suas habilidades totais.

E além disso, é preciso haver uma crença no valor inerente de resultados reais enquanto sendo acima da validação dos outros – já que eles dizem, “Faça isto por você mesmo.” A maioria das pessoas tem pilares de realidade que são ambos internamente e externamente fundados. E igualmente, a maioria das pessoas tem momentos quando elas estão mais internas e momentos quando elas estão mais externas. A questão é se a pessoa descobriu o equilíbrio certo ou não. Ambos os aspectos de nossa psicologia existe por boas razões, e a estrutura mais forte é fundada sobre moderação não em excesso. Claro, poucas pessoas conseguem ser perfeitas nisso. Mas na verdade, perfeição não é um ideal que é sempre alcançado, mas um ideal que é empenhado pra continuamente melhorar e fazer o melhor quanto possível no momento.

LIVRO 10 – ATRIBUIÇÃO E ESTADO

No documento The Blueprint-Tyler Durden (páginas 44-49)