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1 INTRODUÇÃO

2.4 PLANEJAMENTO FINANCEIRO E A APOSENTADORIA

De acordo com Massaro (2015, p. 31):

O planejamento financeiro diz respeito à “organização geral” das finanças, controle e conhecimento do fluxo financeiro (entradas e saídas de dinheiro), e alinhamento dos recursos financeiros com os objetivos e as aspirações de vida do indivíduo ou família.

Segundo Cerbasi (2004), a tarefa de manter o padrão de vida é muito mais importante do que conquistá-lo, e para isso é necessário planejar, considerando que os maiores proveitos de tal ação será notável no futuro. As dificuldades financeiras, na maior parte das ocasiões, é por causa de escolhas pessoais, no qual foi ignorado a relevância deste estudo em foco. Por isso, o planejamento financeiro representa um guia para o indivíduo que deseja utilizar as técnicas de gestão dos recursos financeiros e investimentos.

Os indivíduos devem compreender o planejamento financeiro como um comprometimento com os objetivos pessoais. Os objetivos representam os sonhos de cada pessoa e precisam estar ajustados a realidade e ao potencial de desenvolvimento futuro. É preciso que o plano seja ajustado ao passo que o padrão de vida se desenvolve, adaptando à novas circunstâncias e equilibrando as necessidade e prioridades de curto, médio e longo prazo. Dessa forma, o método para

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atingir a condição financeira esperada é a implantação de um plano completo, visando os objetivos financeiros totais para uma vida inteira (SILVA NETO, 2003).

Para Macedo Junior (2007), iniciar o planejamento das finanças pessoais compreende algumas etapas, como definir a atual situação financeira do indivíduo, determinar os objetivos pessoais, elaborar metas de curto e longo prazo para cada objetivo, analisar a melhor maneira de alcançar as metas, iniciar um plano de ação e revisar frequentemente as estratégias do plano.

A elaboração do orçamento pessoal é a base do planejamento financeiro, pois as despesas diárias são o destino dos recursos obtidos. Por esse motivo, o orçamento pode ser estabelecido sobre uma análise dos valores recebidos em cada período. Identificando as prioridades e o que causará maiores impactos positivos para direcionar os esforços. Embora, a maioria das pessoas não se antecipe aos problemas, ocasionando dificuldades quando eles surgem. O plano ideal é aquele que as pessoas possam se manter fazendo uso apenas de recursos próprios, buscando criar uma poupança para aposentadoria (SCHENINI; BONAVITTA, 2004).

Conforme Martins (2004), algumas ferramentas aplicadas a empresas também podem ser utilizadas no planejamento pessoal. O balanço patrimonial, realizado ao final de pequenos períodos, é uma forma de saber se a riqueza está aumentando ou diminuindo. A execução demonstra os ativos líquidos, no qual podem ser resgatados em dinheiro a qualquer momento, e os ativos permanentes, onde a liquidez não é imediata. E também a coluna de passivos, onde estão descritas as dívidas do indivíduo. A diferença entre as duas colunas, ativos e passivos, será o patrimônio líquido. Assim como, a demonstração de resultado mensal para verificar os ganhos, despesas e o saldo do mês, que poderá ser investido para aumentá-lo.

Segundo Cerbasi (2003), para a construção de riqueza é imprescindível a utilização dos juros compostos no planejamento financeiro, porque ao investir a poupança em aplicações de juros compostos, após algum tempo, possuirá uma poupança formada tanto por aplicações quanto por rendas, ou seja, quanto maior o período dedicado ao investimento, maior será o retorno acumulado. O indivíduo somente obtém juros compostos quando investe seus recursos em aplicações que possibilitam que a renda formada possa ser reinvestida, proporcionando rendimentos sobre o investimento inicial e as suas rendas subsequentes.

Por meio de um planejamento financeiro, a classificação das despesas para o gerenciamento ficará acessível. Assim, as despesas ficaram visíveis para o

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indivíduo no demonstrativo de resultados mensal, entre elas, as obrigatórias que não podem ser eliminadas, e as despesas variáveis, que possibilitaram alterações, a fim de diminuir as despesas. Além da elaboração de um fluxo de caixa para o período de um ano, estimando a renda, definindo metas e as despesas. Sendo assim, o fluxo de caixa possibilitará uma visão do ano inteiro, evitando surpresas em alguns meses com despesas obrigatórias maiores, e também a compreensão de como o dinheiro é gasto (MARTINS, 2004).

De acordo com Gitman (2010), as pessoas não utilizam o regime por competência, utilizado por contabilistas em demonstrações financeiras. Em vez disso, baseiam-se em fluxos de caixa para verificar seus resultados financeiros, planejam, monitoram e avaliam suas atividades a partir do fluxo de caixa de um dado período, normalmente de um mês ou um ano. Dessa forma, é realizado um regime de caixa, onde reconhece a receita e as despesas quando ocorrem os eventos de entradas e saídas. As pessoas precisam se concentrar no fluxo de caixa ao organizar e acompanhar suas finanças, estabelecendo metas financeiras e elaborando planos financeiros que demonstrem a direção para atingir os objetivos pessoais.

Conquistar objetivos financeiros exige a formação de um patrimônio que assegura o futuro do indivíduo. Dessa forma, é essencial o planejamento procurando realizar metas que direcionem para o objetivo final de viver confortavelmente e garantir uma aposentadoria tranquila. Estabelecer metas mensuráveis que possam ser alcançadas, refletir sobre o real motivo e necessidade, e definir prioridades sobre elas. Assim, planejar o futuro financeiro é executar um plano de ação e controlar os seus resultados, avaliando as metas constantemente para alcançar o objetivo de longo prazo (TOMMASI; LIMA, 2007).

Os brasileiros possuem um grande problema pela frente, segundo Silva Neto (2003), trata-se de um assunto ignorado por muitas pessoas, em que consiste em manter o padrão de vida construído ao longo da vida após a aposentadoria. Dado que, o sistema público não concede benefícios condizentes com as necessidades das pessoas na aposentadoria. Portanto, iniciar um planejamento financeiro para a aposentadoria com antecedência, é muito importante para garantir uma renda adequada, a fim de obter estabilidade financeira no futuro.

Segundo Cerbasi (2003, p. 35), “aposentar-se significa obter renda suficiente para pagar suas contas mensais sem que se veja na obrigação de trabalhar para pagá-las”. A aposentadoria em finanças pessoais, não significa parar de trabalhar

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completamente, mas sim optar por trabalhar apenas no que gosta. O plano para uma aposentadoria tranquila contém informações simples e objetivas, que possa ser seguido por qualquer pessoa, sobre o momento para o indivíduo se aposentar, a renda desejada e o período que pretende receber.

A formação de uma reserva para aposentadoria é tão importante que em todo mundo encontra-se fundos criados para estimular e possibilitar a geração de poupança e investimento de longo prazo. São conhecidos como fundos de pensão e a sua finalidade é acumular recursos para garantir um benefício de aposentadoria ao trabalhador. Esses fundos são incentivados pelos governos em quase todo o mundo, por permitir uma fonte de financiamento de longo prazo, e também alguns incentivos fiscais (SILVA NETO, 2003). As principais opções de plano de aposentadoria no Brasil, serão abordados ao longo do estudo.

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