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Diagnóstico Sócio-Econômico Arranjo Político Institucional Plano Setorial 1 Arranjos Produtivos Plano Setorial 2 Saneamento Ambiental Plano Setorial 3 Programas Sociais Animação Social Eventos e Instrumentos Política Articulada de Desenvolvimento Eventos

Instrumentos Redes Sociais Observatório de

Políticas Escola de Política e Gestão Pública

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Políticas Escola de Política e Gestão Pública

Fonte: DALL’ACQUA, Clarisse. Prefeitura Inteligente: Planejamento e Gestão Territorial do Desenvolvimento

Local, Exame de Qualificação para o Doutorado, Departamento de Geografia, FFLCH/USP, 2005.

A primeira tarefa já foi realizada, com a elaboração do diagnóstico sócio- econômico da região de Barreiras, cujos resultados foram apresentados no Capítulo IV da presente tese. A pesquisa de campo ocorreu ao longo do 2º semestre do ano 2005, com a realização de coleta e sistematização de dados e informações, assim como a realização da primeira série de entrevistas com os principais agentes e instituições locais. Estas atividades permitiram identificam a base econômica local e a dinâmica populacional da região de Barreiras. Este estudo é, portanto, a base inicial dos trabalhos, com a identificação das principais demandas locais, gargalos e oportunidades.

A segunda tarefa buscou identificar a organização social local, suas lideranças e principais atributos, assim como o conjunto de políticas de desenvolvimento incidentes sobre a região de Barreiras. Para o conjunto dos municípios estudados, aqueles associados à União dos Municípios do Oeste Baiano

(UMOB), foram realizadas entrevistas com os gestores públicos municipais, identificando-se, no contexto local e regional, planos e programas propostos. Na esfera estadual, foram reconhecidos os principais programas incidentes sobre a região do oeste propostos pelo Governo do Estado da Bahia, com destaque para o Projeto Nossa Região, o Plano Plurianual de Investimentos (PPA Estadual) e o Programa Estadual de Logística de Transportes (PELT). As viagens realizadas nos municípios da região, ocorridas no 2º semestre de 2005, foram acompanhadas por técnicos da Secretaria de Planejamento do Estado. As reuniões individuais e coletivas realizadas com as principais lideranças locais, sejam vinculadas ao setor produtivo, à academia ou às organizações da sociedade civil, foram realizadas tanto no 2º semestre de 2005, como também no 1º semestre de 2007. As análises realizadas estão apresentadas no Capítulo V, da presente tese.

Concluídas as duas tarefas iniciais, foi realizado, em Dezembro de 2005, um evento com a participação de aproximadamente 250 pessoas, na cidade de Barreiras, denominado “I Seminário PONTE para o desenvolvimento do Oeste Baiano”. Este evento teve por objetivo apresentar os primeiros resultados dos trabalhos realizados, assim como auxiliar na mobilização dos agentes locais para a formação do Conselho Regional de Desenvolvimento do Oeste Baiano, dentro da política de descentralização proposta pela Secretaria de Planejamento do Governo do Estado da Bahia, através do “Projeto Nossa Região”.

A construção de uma política articulada de desenvolvimento territorial, objeto da terceira tarefa, traduz-se na elaboração de uma agenda comum, de um plano de ação ou, ainda, na formulação de um “projeto político regional”. Esta é entendida comoresultado da consolidação das duas tarefas iniciais, sejam: o reconhecimento do território através de um diagnóstico sócio-econômico; e, o reconhecimento de agentes e políticas, através da análise da organização social local. Permite-se, assim, a promoção de uma prática de construção conjunta e participativa de uma política articulada de desenvolvimento territorial para a região de Barreiras, aliando uma ação coletiva de planejamento entre os agentes e instituições locais, ação técnica, com a ação política, voltada para o “fazer acontecer”. Esta tarefa envolverá a discussão de demandas e uma necessária priorização de ações, com prioridades definidas pela comunidade e assumidas em sub-programas propostos.

A tarefa de priorização de ações irá definir a elaboração de um conjunto de planos setoriais, em diferentes áreas temáticas, como por exemplo: arranjos produtivos locais, saneamento ambiental e programas sociais, dentre outros. Estes deverão ser validados pela comunidade local, com a formação de parcerias com as demais partes interessadas e com ações definidas de curto, médio e longo prazos.

A instrumentalização dos agentes e instituições locais é o objeto da sétima tarefa, que implicará na forma de atuação coletiva deste conjunto de atores e instituições locais mobilizados, sejam através dos fóruns permanentes ou das organizações do terceiro setor recém criados. E, portanto, com claros objetivos de sustentabilidade institucional, com práticas de planejamento que visam instrumentalizar a sua atuação. Esta tarefa é caracterizada como uma ação continuada, com promoção de eventos de abrangência local/regional, visando mobilizar endogenamente os agentes e instituições locais, públicos e privados, sensibilizando-os e mobilizando-os para a ação participativa, através de ferramental próprio do planejamento.

O desafio está na necessidade de aprofundar e enraizar as relações de confiança entre os agentes públicos e privados, para que ações coordenadas de controle público-privadas tornem-se instrumentos de capacitação de governos locais para a gestão compartilhada. O campo do desenvolvimento territorial tem controle compartilhado, atua através de um sistema de aprendizado e confiança mútua, visando o desenvolvimento através de ações de cooperação e solidariedade regional, criando parcerias essenciais e interdependência entre agentes. E, assim, permite a criação de instrumentos voltados para apoiar e promover um processo contínuo de planejamento e gestão territorial, com objetivos de médio e longo prazos.

A intenção é conquistar parceiros nas esferas públicas e privadas para promover a construção de políticas articuladas. A busca é por elaborar uma prática piloto, promovendo um novo modo de construção articulada de políticas de desenvolvimento, onde a base para a revisão das políticas é o fortalecimento institucional de governos locais. A proposta é promover um processo de articulação entre agentes, pela explicitação de políticas e capacitação dos mesmos. E onde capacitar significa criar conhecimento através do “empoderamento” dos agentes

locais para o processo de desenvolvimento, tornando-os competentes e responsáveis para a ação de planejar, a longo prazo e de forma continuada, o desenvolvimento sustentável.

Uma ação política que se realiza através de um pacto territorial, um acordo entre os atores públicos e privados que possibilita identificar as ações para a promoção de mudanças, com ações articuladas e integradas, através da caracterização da organização social e o seu potencial endógeno de desenvolvimento.

O pacto territorial é baseado em um projeto levado a cabo no território que utiliza os recursos e o potencial de desenvolvimento local. Seu objetivo é o de mobilizar a capacidade de cooperação e colaboração entre agentes e instituições locais, contando, para tanto, com o apoio das forças sociais locais. Trata-se, de fato, do processo de estabelecimento de um acordo entre os diversos atores locais que: a) tem uma dimensão territorial delimitada, de caráter sub-regional; b) estabelece a hierarquia entre interesses, objetivos e projetos com capacidade de promover o desenvolvimento; c) atribui um papel estratégico às relações com a administração local; d) mobiliza o conhecimento local através das relações com as instituições públicas e privadas de formação e pesquisa; e) identifica as fontes e as formas de financiamento que permitem realizar os projetos selecionados.

Coesão territorial pressupõe processos a articular, práticas e políticas a integrar; é a busca por reconhecer e atuar nos fatores de promoção do desenvolvimento.