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Plano de ação nas condições atuais e sua avaliação

No documento Tabela Números da Represa Billings (páginas 107-110)

NH 4 -N Análise do lodo do

13 RESUMO DAS CONTRAMEDIDAS DO PLANO DIRETOR 1 Pano de fundo do Plano Diretor

13.1.4 Plano de ação nas condições atuais e sua avaliação

Órgãos municipais e estaduais envolvidos na área da Bacia Hidrográfica da Represa Billings planejam desenvolver melhorias ambientais na área.

(1) CETESB:A CETESB, órgão fiscalizador estadual de meio ambiente monitora a qualidade de água da Represa Billings além de fiscalizar rigorosamente os efluentes industriais. Ela exige que as indústrias que lançam esgotos industriais na área da bacia hidrográfica o façam após tratá-lo para ser utilizado na irrigação de solo, diminuindo no nível mínimo o seu lançamento na Represa Billings ou, então, acumular os efluentes industriais num reservatório para serem transportados por firmas especializadas para serem tratados.

(2) SABESP: A Companhia de Água e Esgoto do Estado cujo maior acionista é o Estado de São Paulo, possui uma política básica de transferência da água poluída de toda a bacia, com exceção da área sul da Represa Billings em SBC e Santo André, para fora da área ao norte da bacia hidrográfica, visando tratar na Estação de Tratamento de Barueri a água oriunda de São Paulo e na Estação de Tratamento de SBC as águas que saem de outros 5 municípios. Para tanto, já estão em andamento as obras da linha principal de esgoto e da Estação de Bombeamento, que enviarão para fora da área da bacia de São Paulo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Há um projeto que se refere ao tratamento de água, ainda no ano de 2006, da Indústria Química Solvay, o maior emissor de efluentes industriais dentro da área da bacia, mas devido a um acidente as obras estão paradas no momento.

ESTUDO SOBRE O PLANO INTEGRADO DE MELHORIA AMBIENTAL NA ÁREA DE MANANCIAIS DA REPRESA BILLINGS

Relatório Final

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seus munícipes, construiu a Estação de Bombeamento de Eldorado na área da bacia hidrográfica da Represa Billings e tem transportado uma parte do esgoto originado dentro da bacia para fora de sua área norte, lançando-a no Rio Couros que corre no limite desse município com o Município de SBC.

(4) Santo André: Este município, da mesma forma que o de Diadema, oferece aos munícipes serviço de esgoto. Atualmente estão em andamento as obras de esgotos na área da bacia hidrográfica da Represa Billings.

(5) SBC:O Município de São Bernardo do Campo transferiu para a SABESP, em janeiro de 2004, o serviço de fornecimento de água e esgoto. Por um lado, regulamentou a criação de gado e também deu início ao Movimento de Cidade Ecológica (“Construção de uma cidade que não polui o meio ambiente”), introduzindo asfaltos ecológicos e apelando para os munícipes que adotem a permeabilidade das ruas e, por outro lado, tem procurado garantir moradias de boa qualidade, examinando com rigor os pedidos de loteamentos residenciais, além da legalização dos assentamentos subnormais que existem em grande quantidade na área da represa.

Dessa forma, delineamos, como fruto de nossa observação e experiência, um projeto que deve ser desenvolvido na Represa Billings, com vistas a toda essa situação mencionada.

(1) Considerando toda a área da bacia hidrográfica da Represa Bilings, embora a carga de efluentes domésticos seja a maior, o índice de tratamento de esgoto é demasiadamente pequeno.

(2)No tocante à oferta do serviço de esgoto na área da bacia hidrográfica da Represa Billings, como o projeto de SBC para fornecimento desse serviço não está definido, esse município é o que está mais atrasado nesse aspecto em comparação com os demais municípios relacionados à área da bacia.

(3) Os pontos de monitoramento da CETESB e da SABESP se concentram desde a Barragem de Pedreira até a Barragem Sumit ou desde o ponto de captação de água de Taquacetuba e de Ribeirão Pires até o ponto de captação de água do braço do Rio Grande, não cobrindo nem a área dos rios afluentes nem o braço. No entanto, a situação de imundície desses afluentes e do braço reflete vividamente o problema que cada área enfrenta e é preciso atentar para o fato de que acaba exercendo influência até no circuito central de água.

(4) Pela pesquisa de consciência social dos moradores da área da bacia, podemos traçar o seguinte perfil:

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13 - 7 estão poluindo a represa.

¾ Baixo interesse em efetuar pagamentos pelo esgoto.

¾ Alta consciência de participação dos moradores da área da bacia nas atividades de melhorias de meio ambiente.

(5) Com relação à iniciativa de órgãos autônomos na área da bacia para melhorias ambientais, podemos observar o seguinte:

¾ Vendo pelo aspecto de melhorias na qualidade da água da Represa Billings, não há uma instituição que se constitua em núcleo para o ensino prático do conhecimento de higiene ambiental aos moradores da área da bacia.

¾ Falta de cooperação da atividade da agremiação autônoma relacionada com educação ambiental.

¾ Falta de capacitação da agremiação autônoma relacionada com a educação ambiental. (6) Considerando o atual esforço para melhorias ambientais na área da bacia, há a necessidade de refletir sobre um projeto que promova e complemente tal esforço.

(7) Pela experiência no planejamento de conservação da qualidade de água dos lagos no Japão, é desejável que as melhorias ambientais da área da bacia sejam iniciadas pelo ponto de vista de garantia de água saudável (qualidade e volume de água), conservação do ecossistema, reforço do vínculo entre a água, o homem e o verde, e também pesquisas de campo.

<Observação: Saldo da água da Represa Billings devido exportação do esgoto gerado para fora da bacia>

O saldo da água da Represa Billings em 2005 é apresentado abaixo. Neste ponto a água subterrânea foi omitida por ser desconhecida.

Entrada

Escoamento das chuvas: 19,98 m3/s (segundo a Tabela 7.3.5)

Efluente doméstico: 0,73 m3/s (segundo a Tabela 7.3.5)

Reversão: 2,93 m3/s (média de 2001-2004 segundo a

Tabela 1.1.4)

Sub-total: 23,64 m3/s (A)

Saída

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Fonte de água canalizada: 4,0 m3/s (Braço do Taquacetuba)

Sub-total: 8,7 m3/s (B)

Dedução: 14,94 m3/s (A) - (B)

(Água para geração de energia)

Assim, o volume de efluente doméstico ocupa apenas 3,1 % (= 0,73 / 23,64) do volume total escoado. O volume de efluente doméstico, de 0,73 m3/s, equivale a 45,6% (= 0,73 / 1,60) do volume total estimado de efluente doméstico, de 1,60 m3/s (= 863.000 x 0,160 / 86.400), gerado na bacia.

Estimando que a população da bacia atinja 1.393.000 pessoas em 2025, o volume total estimado de efluente doméstico é de 3,22 m3/s (= 1.393.000 x 0,200 / 86.400), entre estes o que é enviado para fora do sistema é 46% (3,22 x 0,46 = 1,48 m3/s). Mesmo que consideremos que isto é transferido para for a da bacia, representam apenas 6,0 % do volume total que escoa para fora, desequilibrado o saldo da água, mas não em um nível que se possa temer pelo ecossistema.

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