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Planta da Cidade do Natal Confeccionada em 1958, Encartada no “Guia da Cidade do Natal-1958/59”

Fonte: Prefeitura Municipal de Natal, 2007.

Planta 1- Planta da Cidade do Natal Confeccionada em 1958, Encartada no “Guia da Cidade do Natal-1958/59”

Foi durante o governo do Prefeito Agnelo Alves, que o Plano Urbanístico e de Desenvolvimento de Natal, foi entregue aos cidadãos natalenses. O então plano, foi considerado por muitos urbanistas e estudiosos em planejamento urbano, como sendo considerado, o primeiro Plano Diretor da cidade, mesmo não sendo oficializado, pelo fato do mesmo possuir, em suas propostas de intervenção urbana, a concepção de planejamento urbano, uma vez que planejava a cidade para suportar o seu crescimento natural.

O referido Plano foi elaborado por Wilheim Arquitetos Associados/Escritório Serete S.A Engenharia. Tal atitude, em contratar técnicos especializados em planejamento urbanístico, trouxera benefícios para a cidade, uma vez que permitiu que profissionais qualificados elaborassem o Plano Diretor de Natal em conjunto com os técnicos locais. Por conseguinte, a contratação de um corpo técnico especializado possibilitou a criação de:

Dois instrumentos utilizados na elaboração do Plano Serete destacam-se: a pesquisa de campo e a coleta de dados em diversos órgãos da municipalidade. Estes instrumentos contribuíram para a formação de um arquivo com informações sobre o município (NATAL, 2008, p.52)

A contribuição desses profissionais foi significativa, uma vez que, os mesmos utilizaram-se de técnicas importantes para o conhecimento da cidade, que possibilitou a elaboração de uma base de dados, com informações preciosas sobre a cidade, chegando ao término do estudo, com o seguinte resultado: “O estudo apresentou como um dos produtos finais um diagnóstico da realidade urbana, já identificando grandes vazios urbanos e as tendências de crescimento da cidade” (OLIVEIRA, 2002, p.16).

O primeiro Plano Diretor de Natal nasceu no inicio dos anos Setenta, no Governo de Jorge Ivan Cascudo e elaborado a partir do Plano Urbanístico e de Desenvolvimento de Natal de 1968. O citado Plano foi coordenado pelo arquiteto Moacir Gomes, contando com a participação de técnicos da Prefeitura da cidade. O Plano Diretor foi então, “Concluído em Setembro de 1973, foi transformado, em Junho de 1974, pela Câmara dos Vereadores na Lei 2-217/74 – Plano Diretor do Município do Natal” (LIMA, 2001, p.109, APUD NATAL, 2008, p.54).

O Plano Diretor trouxe benefícios no que diz respeito às ações voltadas para o planejamento da cidade. Uma dessas ações foi à institucionalização do planejamento urbano, com a participação de dois órgãos: a Secretária Municipal de Planejamento e Coordenação Geral- SEMPLA e o Conselho de Planejamento Urbano do Município de Natal - COMPLAN,

ambos contribuíram para o planejamento da cidade. Assim, a Prefeitura pôde contar com uma estrutura administrativa especializada na atuação de obras e intervenções urbanas, capacitadas para o estudo de como se planejar bem a cidade.

Foi durante a década de 1980, que o segundo Plano Diretor de Natal começou a ser elaborado. Tal ação surgiu num período de transição política, na qual a cidade e o país compartilhavam. Essa transição refere-se ao fim do regime ditatorial dos militares (iniciada na década de Sessenta e finalizada em meados nos anos 1980) e inicio da retomada da democracia (meados dos anos 1980), que fora perdida durante o período da ditadura, a qual o país esteve submetido. O Plano Diretor de Natal de 1984 foi elaborado no Governo do Prefeito Marcos Formiga, e aprovado pela Câmara de Vereadores, na forma de Lei 3.175/84 (NATAL, 2008).

A contribuição do Plano Diretor – 1984, para o planejamento da cidade, foi na criação de uma estrutura administrativa voltada exclusivamente para a elaboração do planejamento urbano. Outro fato importante contido neste Plano Diretor, diz respeito à participação popular na elaboração da proposta do citado Plano.

Outro elemento que também merece ser destacado e que estava contido no Plano Diretor, foi à regularização dos espaços urbanos ou a sua tentativa, que se constituem uma das características do Plano Diretor, para controlar ou definir o crescimento da cidade, sendo assim o seu objetivo consistia na utilização de instrumentos legais a fim de garantir um zoneamento funcional para a cidade.

Por conseguinte, o Plano Diretor de Natal de 1984 foi elaborado dentro de exigências que fizeram parte dos debates da constituição de 1988, sendo que uma delas se refere à exigência de que, todos os municípios com mais de Vinte Mil habitantes, deve elaborar seu Plano Diretor. Como Natal, já possuía uma população que ultrapassava a soma de Vinte Mil habitantes, apresentando assim, a quantia de mais de Seiscentos Mil habitantes.

Assim, uma década após a elaboração do Plano Físico-Territorial de Natal de 1984, no ano de 1994, que foi criado outro Plano Diretor de Natal. Este Plano contou com a participação de profissionais do Instituto de Planejamento Urbano de Natal (IPLANAT), se constituindo como “um importante instrumento de ordenamento urbano, que aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo Prefeito Aldo Tinôco nascia a Lei Complementar no 07, ganhava caráter legal de plano diretor”(NATAL, 2008, p.60).

O último Plano Diretor, que a cidade de Natal conheceu, foi no ano de 2007. Onde o mesmo foi revisado, envolvendo a criação de leis que visavam à proteção de áreas com frágil

caráter ambiental e da forte especulação imobiliária. O caráter participativo de segmentos da população no decorrer do processo de elaboração e termino do plano Diretor, se fez de forma marcante, através da realização de debates e reuniões entre o Poder Público, políticos, ambientalistas e a segmentos da população.

O atual Plano Diretor de Natal trouxe para debates, os anseios da população, que defendiam questões ambientais, uma vez que a cidade estava crescendo em direção as áreas ambientalmente frágeis. Tal crescimento urbano, veio associado a forte especulação imobiliária, que não estava respeitando os interesses da população nem do meio ambiente, nas localidades onde estava ocorrendo as intervenções imobiliárias. Foi a partir desse quadro, que integrantes da sociedade, bem como os movimentos sociais, liderados por ambientalistas, reivindicarem, junto a poder Público, por a medidas urgentes para a proteção do meio ambiente.

Sendo assim, a Sociedade Civil organizada pedia a revisão do Plano Diretor de 1994, ainda vigente. Em meio a esse quadro reivindicatório, em 2005, “a Prefeitura de Natal, através da Secretária Municipal de Urbanismo e Meio ambiente - SEMURB, convocou a Conferência de Revisão do Plano Diretor Participativo da Cidade de Natal” (NATAL, 2008, p.64).

A característica marcante desse novo Plano Diretor foi à significativa participação popular, desde a reivindicação para a revisão do antigo plano até as etapas finais da elaboração do novo plano, perpassando por debates, reuniões, que participaram, junto com os técnicos, da elaboração do referido Plano. Além da forte presença da população na revisão do Plano Diretor- 1994 outros pontos podem ser destacados, e, que foram inseridos, através da conquista popular, na revisão, como por exemplo: “Política de Habitação de Interesse Social, a Regularização Fundiária e a Questão Ambiental” (NATAL, 2008, p.64).

Avanços e conquistas, fruto das reivindicações e preocupações da Sociedade Civil, atribui um caráter popular ao Plano Diretor de 2007. Tais conquistas se tornam importantes, pois abriram horizontes, no que se refere a uma aproximação entre o Poder Público e a população, quando os direitos da população se encontram diante dos interesses capitalistas, que tendem a negligenciar os direitos de parte da população e, ao mesmo tempo, de não respeitarem questões ambientais vitais para o desenvolvimento sustentável da cidade.

Os embates e discussões, que culminaram com a elaboração do Plano Diretor, em 2007, convergiram para a defesa do meio ambiente que estavam sendo ameaçados pela especulação imobiliária, em determinada parte da cidade – o Bairro de Ponta Negra, região Sul, onde essa especulação estava ao mesmo tempo agredindo o meio ambiente natural, como

poderia se reverter em um problema social, ocasionando a saída gradual de moradores de classe baixa, devido ao aumento no valor do solo nas áreas de interesse dos agentes imobiliários.

Essa reação popular, manifestada na luta por mudanças do Plano Diretor da cidade, com relação a determinadas questões de âmbito social e ambiental, são apenas uns, dos diversos problemas urbanos enfrentados pela cidade, que compartilha com problemas urbanos comuns às demais cidades brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, etc.), como: o congestionamento de veículos, poluição do ar, violência, especulação imobiliária, desemprego, poluição dos mananciais utilizados, principalmente, para o abastecimento da cidade, entre outros.

Diante de toda essa problemática ambiental, a qual a Cidade de Natal e os seus habitantes estão inseridos, é justificável o interesse e a inquietação a qual a população reagiu e se fez presente no recente Plano Diretor da Cidade de Natal-2007.

Mas diante de tantos problemas de ordem ambiental a qual a cidade enfrenta, acima citados, é significante a questão da poluição atmosférica, causada pela emissão de gases, provenientes dos veículos. Problemas ambientais, a qual o estudo pretende se debruçar, uma vez que, um dos fatores responsáveis pelo aparecimento da chuva ácida na cidade – objeto de investigação da pesquisa-, provém das emissões do dióxido de carbono e demais poluentes, pelos automóveis que transitam pela cidade.

Evidencias de que tal fenômeno vem ocorrendo na cidade – a poluição do ar, foi citado em reportagem feita por um dos principais jornais de grande circulação no Estado, “A Tribuna do Norte”, em 30/09/2007 pela repórter Mariana Cremonini, e intitulada “Poluição

em Natal cresce sem controle de qualidade do ar”, onde traz o assunto, ainda pouco estudado,

sobre a poluição do ar na cidade de Natal.

A referida reportagem mostra os principais sinais no aumento da poluição do ar, nos locais mais movimentados da cidade, a saber, os bairros do Alecrim e da Cidade Alta, localizados na região leste. Através de fatos relatados por alguns entrevistados, revela indícios visíveis de um aumento significativo de poluentes em suspensão no ar ocasionados pela queima de combustíveis emitidos pelos veículos. Em uma das entrevistas, ocorreram relatos de pessoas que transitam por esses dois bairros, mostrando que os efeitos da poluição, como por exemplo, a incidência de problemas respiratórios em parte da população que transita pelas áreas mais movimentadas da cidade, e da sujeira impregnada nas roupas e em partes expostas no corpo dos entrevistados.

Somado às evidências da poluição do ar, percebidas por alguns transeuntes, o estudo verificou a ocorrência de indícios da poluição do ar em prédios públicos e em monumentos localizados em áreas consideradas como concentradora da circulação de veículos, como os bairros da Ribeira e da Cidade Alta.

Tal observação pôde ser constatada devido às características deixadas na paisagem que evidência a ocorrência do fenômeno das chuvas ácidas na cidade de Natal. Em síntese, a análise das paisagens foi possível devido ás marcas deixadas nas construções e monumentos públicos pelas chuvas ácidas, pois “quando o seu pH se torna baixo (condições ácidas), provoca corrosividade onde a chuva ácida toca e, quando o pH é alto (condições básicas) pode provocar incrustações” (...) (MELO, 2007, p.13)

O estudo observou e constatou a ocorrência da chuva ácida na cidade, através da análise da paisagem, notadamente sobre os prédios e monumentos localizados na Ribeira e na Cidade Alta. Os resultados e as figuras dessa análise serão expostos com mais detalhes no capítulo referente aos resultados finais da pesquisa.

Todos os sinais descritos e percebidos pelas pessoas na reportagem citada e pelo material colhido na pesquisa de campo do presente estudo reúnem evidências do aumento da poluição do ar nas principais áreas da cidade, e que estão diretamente correlacionados com o aumento na frota de veículos que circulam por entre as principais avenidas de grande circulação. De acordo com dados do Departamento Nacional de Transito – DETRAN/RN, sobre a evolução da frota de veículos, verifica-se que do ano de 1987 (14.792 veículos) até o ano de 2008 (263.687), a frota de veículos na Cidade teve um aumento de 1.782%.

O gráfico a seguir, mostra essa evolução na frota de veículos na cidade entre os anos de 1987 e 2008:

Fonte: DETRAN/RN, 2008

Gráfico 1 - Evolução na Frota de Veículos em Natal/RN

O gráfico acima evidência um aumento considerável no número de veículos na cidade, fato esse que comprova os índices significativos da poluição do ar em partes da cidade e que está paulatinamente afetando a saúde dos transeuntes que circulam pelas avenidas de maior fluxo de veículos na cidade.

Além das áreas na cidade (Alecrim e Cidade Alta) anteriormente mencionadas por apresentarem um grau considerado de poluição do ar, outros locais na cidade também merecem atenção, por serem potencialmente vulneráveis a apresentar um grau de poluição do ar, devido à emissão de poluentes dos veículos. Como por exemplo, as localidades turísticas e os seus entornos, como a Praia de Ponta Negra, principal espaço turístico da cidade, onde recebe nos períodos de alta estação, um grande fluxo de turistas. A chegada de um número significante de turistas nessa parte da cidade pode vir a acarretar o aumento no número de veículos que transitam por essa parte da cidade.

A justificativa, para a menção da atividade turística, se deve ao seguinte aspecto: que o seu crescimento do fluxo turístico, demanda um aumento de veículos circulando por entre os espaços turísticos da cidade, que conseqüentemente, elevará a quantidade de gases que são

eliminados dos veículos, contribuindo dessa forma, para a poluição do ar, que pode vir a culminar com a ocorrência do fenômeno das chuvas ácidas.

É comum a existência de trabalhos acadêmicos sobre a associação da atividade turística com o agravamento de problemas ambientais, decorrentes do aumento do fluxo de turistas junto aos espaços turísticos. Um desses problemas se relaciona com a poluição do ar nas áreas e entornos turísticos, principalmente nos períodos de alta estação, através de uma maior circulação de transportes, como cita a Organização Mundial do Turismo – OMT (2003) explicitando que: “A poluição é outro impacto negativo importante do turismo. O transporte é uma grande fonte de poluição sonora e do ar”.

A incidência das chuvas ácidas se encontra relacionada com as atividades humanas sobre o meio ambiente, através do intenso crescimento das cidades e das atividades econômicas, como as atividades indústrias, agrícolas, minerais, etc. Na cidade de Natal a poluição do ar está relacionada ao seu crescimento urbano, como principalmente, pelo aumento na frota de veículos, que tende a se concentrar em certos pontos da cidade, atrelado a uma malha viária deficitária, gerando um ambiente propício a formação de áreas com significativo grau de poluição veicular, e, na existência de pontos onde os efeitos das chuvas ácidas são aparentes.

Estudo, feito por Melo (2007), sobre a análise da qualidade das águas das chuvas de Natal para fins de aproveitamento, com amostras coletadas em certos pontos da cidade, evidencia que das áreas onde o autor coletou as amostras das águas das chuvas, o ponto localizado no Bairro da Cidade Alta, foi o que apresentou alterações na qualidade das águas precipitadas no local conforme parâmetros utilizados pelo autor, com relação à Condutividade Elétrica1. Tal fato se deve, segundo o referido autor, pela área ser a mais poluída dentre as demais áreas estudadas, e por a Cidade Alta apresentar uma considerável concentração urbana, contribuindo para uma poluição do ar, causada pelos gases expelidos pelos automóveis e demais fontes poluidoras, como das cozinhas e de pequenas fábricas (MELO, 2007, p.76).

Outros fatores se encontram interligados a uma estatística crescente na frota de veículos na cidade, como: aumento do poder aquisitivo da população. Este fato possibilitou que quantidade significativa dos residentes realizasse a aquisição do automóvel próprio. Essa

1 Segundo o autor, a análise da condutividade elétrica é “utilizada para indicar a presença de íons, acusando

assim possíveis impactos ambientais na massa d’água, ocasionados por lançamentos de resíduos industriais, mineração, esgotos, etc. Como há uma relação de proporcionalidade entre o teor de sais dissolvidos e a condutividade elétrica, podemos estimar o teor de sais pela medida de condutividade de uma água” (MELO, 2007, p.13).

tendência de uma parcela da população, em adquirir carros novos, tende a ser crescente, como indaga a reportagem feita pela “Tribuna do Norte”, em 12/08/2008 pelo repórter Wagner Lopes intitulado “Aumento da frota de veículos é uma preocupação em Natal”, dizendo que:“ a expectativa é de acréscimo nesse número, já que as facilidades de compra do automóvel próprio incentiva a troca do transporte público pelo individual”.

Esse fato vem a corroborar com a elevação da poluição do ar, como também, a deficiência na malha viária da cidade, que não permite a um escoamento rápido da frota de veículos em circulação, notadamente nos horários de grande movimento (inicio da manhã e ao final da tarde) em alguns pontos da cidade, a conseqüência direta dessa concentração de veículos acaba por culminar na formação de congestionamentos constantes por entre as principais avenidas da cidade, principalmente em alguns trechos como em direção as áreas centrais de Natal, como: Cidade Alta, Alecrim e nas avenidas da Hermes da Fonseca, Prudente de Moraes, Salgado Filho, Engenheiro Roberto Freire, todas localizadas na Região Sul da cidade, como também em trechos que ligam a Região Norte ás demais regiões da cidade.

Um estudo realizado por Macêdo (2004) faz um balanço da quantidade de gases lançados para a atmosfera, como o CO2 , provenientes da queima de combustíveis fosseis, como a gasolina e o diesel, pelos veículos no estado. O resultado do referido estudo foi o seguinte: que a gasolina é o principal combustível utilizado pelos veículos considerados leves, que inclui os carros de passeios. O autor chama a atenção para o uso intenso desse combustível, que traz grandes prejuízos ao meio ambiente, pois é altamente poluente, por apresentar um grande teor na emissão de gases poluentes.

Macedo (2004) também faz referência ao uso do diesel, mostrando que tal combustível é considerado mais poluente, em comparação a gasolina, e mais barato do que a mesma. Tal fato é preocupante, uma vez que o diesel é um combustível que tem incentivos do governo federal para a sua ampla utilização em substituição da gasolina, que é economicamente mais cara. Ainda sobre o autor, o mesmo considera que é necessário que sejam adotadas medidas para evitar uma intensa poluição atmosférica, devido aos efeitos negativos da utilização maciça do diesel nos meios de transportes. O autor sugere a utilização do transporte público nos grandes centros urbanos para que haja um desuso do diesel como combustível.

Melo (2007) também lança algumas propostas objetivando a redução das chuvas ácidas, como reduzindo a queima de combustíveis fósseis, utilizados nos automóveis e na

utilização de transportes menos poluidores, como é o caso do metrô. Outra solução sugerida pelo autor seria através da utilização de: “fontes de energia menos poluentes, com a implantação de filtros nos escapamentos e chaminés e, quando for o caso, utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre (MELO, 2007, p.44).

No entanto, essa referência aos problemas da poluição atmosférica com a emissão de gases poluentes no ar, bem como se apresenta o trânsito da cidade, se faz oportuna, pois são elementos importantes no estudo das chuvas ácidas em Natal, uma vez que a poluição do ar, causado pelas emissões de gases emitidos pelos veículos, favorecem ao aparecimento desse fenômeno aqui estudado e que vem a somar-se a outros fatores que juntos, corroboram para a incidência das chuvas ácidas na cidade. Além de propiciar uma reflexão e discussão a respeito de medidas preventivas para que os efeitos das chuvas ácidas não se tornem prejudiciais a saúde da cidade.

Planejar uma cidade pensando no bem estar do cidadão, mediante o cenário atual de crescimento urbano, é primordial e vital, para se tentar amenizar os efeitos de um rápido crescimento pelo qual as cidades vêm enfrentando, tanto de ordem populacional quanto da sua área urbana. Sendo que esse crescimento vem, muitas vezes, acompanhado da aparição/intensificação de certos problemas urbanos, como os estudados aqui, como o caso da incidência das chuvas ácidas.

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