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Mapa 07 – Linhas e Limites reforçando a posição brasileira

4. A EVOLUÇÃO DAS NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS E A CONTRUÇÃO

4.2 Os fundamentos dos conceitos da III CNUDM: uma reflexão sobre o saber/poder e a

4.2.2 A cristalização do mosaico de interesses no espaço marinho em seis conceitos

4.2.2.4 Plataforma Continental Jurídica

A definição de Plataforma Continental segundo o artigo 76 da III CNUDM

compreende o solo marinho e o subsolo de áreas submarinas que se estendem para além do Mar Territorial através da prolongamento natural do território terrestre até a margem externa da margem continental, ou até a uma distância de 200 milhas náuticas da linha de base da qual a largura do mar territorial é medido onde a margem externa da margem continental não se estender a essa distância. (tradução nossa)59

57 “Transit passage means the exercise in accordance with this Part of the freedom of navigation and overflight solely

for the purpose of continuous and expeditious transit of the strait between one part of the high seas or an exclusive economic zone and another part of the high seas or an exclusive economic zone. However, the requirement of continuous and expeditious transit does not preclude passage through the strait for the purpose of entering, leaving or returning from a State bordering the strait, subject to the conditions of entry to that State.”

58 “a copy of each such chart or list with the Secretary-General of the United Nations”.

59 “1. The continental shelf of a coastal State comprises the sea-bed and subsoil of the submarine areas that extend

beyond its territorial sea throughout the natural prolongation of its land territory to the outer edge of the continental margin, or to a distance of 200 nautical miles from the baselines from which the breadth of the territorial sea is measured where the outer edge of the continental margin does not extend up to that distance”.

Nesse mesmo artigo, foi acordada a definição de margem continental para a Convenção. Ela “compreende o prolongamento submerso da massa de terra do Estado Costeiro, e consiste no solo marinho e no subsolo da plataforma, do talude e da elevação. Este não inclui o solo profundo do oceano com suas planícies oceânicas ou seu subsolo” (tradução nossa).60 A definição dos limites externos da plataforma continental para além das 200 milhas náuticas é apontada no parágrafo 4º do artigo 76, que indica duas formas de mensuração 61. Uma primeira seria a partir da linha externa onde “a espessura das rochas sedimentares é ao menos um por cento da distância mais curta de tal ponto da base do pé do talude continental” (tradução nossa)62. A figura a seguir representa graficamente e em perfil os critérios para a delimitação da PC.

60 Parágrafo 3 do artigo 76 “The continental margin comprises the submerged prolongation of the land mass of the

coastal State, and consists of the sea-bed and subsoil of the shelf the slope and the rise. It does not include the deep ocean floor with its oceanic ridges or the subsoil thereof”.

61 Detalhadas no parágrafo 7 do mesmo artigo.

62 Segundo o texto original “the thickness of sedimentary rocks is at least 1 per cent of the shortest distance from

Figura 03: Critérios para delimitação da Plataforma Continental Jurídica Fonte: DHN, 2007/CIMBRA, 2007.

Uma outra forma de escolha do limite externo da PC, segundo a convenção, seria “por referência de pontos fixos não mais que 60 milhas náuticas da base do pé do talude continental” (tradução nossa) 63. Entretanto, independente da escolha política de um Estado em definir qual metodologia técnica deve ser utilizada para delimitar a linha externa da plataforma continental

63 Segundo o texto original “by reference to fixed points not more than 60 nautical miles from the foot of the

continental slope”. Em seguida o texto final esclarece, que na ausência de evidência do contrário, o pé do talude continental deve ser determinado como o ponto de mudança máxima no gradiente em sua base ou melhor, no texto ortiginal “(b) In the absence of evidence to the contrary, the foot of the continental slope shall be determined as the point of maximum change in the gradient at its base”.

jurídica, esta não pode superar a marca das 350 milhas náuticas contadas a partir da linha de base utilizada para definir o Mar Territorial, ou ainda, não ultrapassar a marca de 100 milhas náuticas a partir da isobata de 2500 metros. Essa normatização encontra-se no parágrafo 5º do mesmo artigo, que também define a isobata de 2500 metros como aquela linha que conecta o fundo do oceano à 2500 metros. A figura a seguir sintetiza as possibilidades de conformação dos limites externos da plataforma continental.

Figura 04: Possibilidade de conformação dos limites externos da plataforma continental Fonte: DHN, 2007/CIMBRA, 2007.

Dessa forma, fica evidente que as provisões indicadas pelas normatizações pesquisadas até aqui são a confirmação de que um movimento de expansão territorial pelos Estados em direção ao oceano estava evidenciado e legitimado no campo das negociações multilaterais. Por outro lado, segundo o parágrafo 8º do artigo 76, cada Estado costeiro deve apresentar sua delimitação da PC, baseada em representações geográficas eqüitativas (cartas náuticas e geológicas, informações geodésicas e descrições precisas dos limites da PC) à Comissão de Limites da Plataforma Continental (comissão instituída a partir do Anexo II da III CNUDM). A submissão do Estado costeiro é avaliada pela Comissão64, que então dá o veredicto, como veremos no capítulo seguinte, o Brasil foi o segundo Estado-parte da Convenção a apresentar submissão (o primeiro foi a Federação Russa). Porém, a República Federativa Brasileira deve ser

64Os devidos documentos da submissão devem ser apresentados ao depositário da Convenção, ou melhor, ao

o primeiro país a ter o reconhecimento da PC internacionalmente devido às características políticas de ausência de linha de confronto com qualquer outro estado no Atlântico65. Isso colocá- o em posição mais confortável que outros Estados requerentes como no caso a Federação Russa, que obteve a submissão negada. No entanto, é essencial ressaltar que sob os auspícios dessa regulamentação, a partir do veredicto positivo da Comissão, os limites externos apresentados são finais e mandatários, não podendo ser posteriormente alterados pelo Estado-parte.

Quanto a sua característica de território soberano, a categoria de Plataforma Continental possui rigidez mais plena que a ZEE. Segundo o artigo 77, fica assegurado ao Estado costeiro o direito de exploração sobre os recursos do solo e subsolo assim como, o da extração de espécies sedentárias (imóveis) ou espécies que para se locomoverem necessitam de estar em constante contato com o solo marinho, mesmo caso este não possua condições de exploração ou não explore de fato. Dessa forma, nenhum outro Estado pode acessar esses recursos, colocar cabos intercontinentais ou dutos66 sem a prévia autorização do Estado costeiro, mas a navegação e o espaço aéreo sobre a PC adotam a doutrina da liberdade dos mares (art. 78). Com relação ao estabelecimento de ilhas artificiais, plataformas e túneis (art.85) construídos antropicamente, prospecção e extração de petróleo (art. 81) assim como na ZEE, somente o Estado costeiro possui este direito (art.80 e art.60).

A convenção prevê que a adoção de uma taxa anual referente dever ser estabelecida para a extração de recursos não vivos da plataforma continental. Ela fica condicionada a ser cobrada a partir do sexto ano de exploração. Ela teria a montante de 1% que evoluria um ponto percentual até o décimo segundo ano, estabelecendo o limite máximo de 7% anuais dos valores ou volume extraídos para a continuidade da exploração. Esses montantes arrecadados devem ser repassados a Autoridade Internacional do Solo Marinho (instituída também pela Convenção), que gerenciará a coleta desse imposto internacional para extração dos recursos minerais da PC. A autoridade, segundo o artigo 82, deverá distribuir de maneira eqüitativa com todos os Estados-parte esses

65 Não descartando a existência de questões relacionadas aos Estados Adjacentes, sejam ao norte ou ao sul do

território. O relacionamento e delimitação do território marítimo Brasileiro junto aos seus vizinhos de mar adjacente Uruguai (ao Sul) e a França em seu território ultramarino da Guiana Francesa (ao norte) datam limites históricos estabelecidos ao longo do século XX. Mas episódios importantes, como a Guerra da Lagosta em 1963, dentre outras, demonstram que estas são fronteiras nem sempre foram ponto de pacífico de entre a relação do Brasil com seus vizinhos marítimos.

66 Segundo o artigo 79, todos os Estados-parte possuem o direito de colocar cabos intercontinentais e dutos nas PC,

caso estes já existissem antes da Convenção estes devem ser respeitados, mas da data em vigor em diante o estabelecimento destes devem seguir as regras de estabelecimento dos países costeiros.

recursos, levando em consideração as necessidades e interesses dos países em desenvolvimento, “em particular [os] países menos desenvolvidos e os sem litoral entre eles” 67.

Tabela 01: Tabela Explicativa da Incidência da Taxa sobre Exploração dos Recursos Não Vivos da PC.

Tabela explicativa da incidência da taxa sobre exploração dos recursos não vivos da PC

Ano de início de exploração Valor ou volume a ser destinado sobre o total do

recurso retirado na PC 1 0% 2 0% 3 0% 4 0% 5 0% 6 1% 7 2% 8 3% 9 4% 10 5% 11 6% 12 7% 13 e demais anos de continuidade da extração 7% Fonte: Pesquisa realizada a partir do texto final da III CNUDM.

Entretanto, é crucial ressaltar que, segundo o terceiro parágrafo do artigo 82 da III CNUDM, “[um] Estado em desenvolvimento o qual é importador liquido dos recursos minerais produzidos de sua plataforma continental está isento de realizar estes pagamentos ou contribuições em respeito a aqueles recursos minerais” (tradução nossa)68. Assim, como na definição das demais categorias territoriais à PC, o Estado costeiro deve possuir e publicar cartas, contendo as coordenadas geográficas e geodésicas, explicitando tecno-cientificamente as fronteiras políticas e territoriais do Estado costeiro.

67 Tradução Nossa de trecho do parágrafo 4 do artigo 82.

68 “A developing State which is a net importer of a mineral resource produced from its continental shelf is exempt

4.2.2.5 O Alto-Mar

O conceito de Alto-Mar é definido de forma complementar na III CNUDM. Essa definição aplica-se às áreas de oceano que não estão cobertas por outros conceitos de organização territorial. Nas palavras do artigo 86, das disposições para aplicação da Parte VII, que trata que as regulamentações deste “se aplicam a todas as partes do mar que não estão incluídas na zona econômica exclusiva, no Mar Territorial ou em águas internas de um Estado, ou nas águas arquipelágicas de um Estado arquipélago” 69 (tradução nossa). Na noção de Alto-Mar, a doutrina da liberdade dos mares é compreendida sob seis aspectos: (1) navegação; (2) de sobrevôo; (3) de colocar cabos submarinos e dutos (disposições detalhadas ver Parte VI da Convenção); (4) de construção de ilhas artificiais e outras instalações segundo as leis internacionais (detalhes também ver Parte VI da convenção); (5) de pesca, condicionadas as regras da seção 2 da Parte VII; (6) de pesquisa científica (detalhes ver Partes VI e XIII da convenção).

De certa forma, o território reconhecido como Alto-Mar apresenta-se como um espaço público internacional, não podendo sofrer reivindicações de soberania unilateral de qualquer Estado sobre qualquer parte dessa área (art.89). Dessa forma, através do artigo 98, assegura-se a necessidade de prestar socorro, seja o navio de qualquer bandeira, aos náufragos ou acidentados situados no Alto-Mar. Por outro lado, nessa parte da convenção, justifica-se e legisla-se também a proibição da ocorrência em Alto-Mar de transporte de escravos (art. 99), tráfico de drogas ilícitas e substâncias psicotrópicas (art. 108), transmissão de rádio e televisão desautorizadas interferindo em transmissões regulares (art.110), além de atos de pirataria, sendo esta última definida pelos atos listado no artigo 101 como:

(a) qualquer ato ilegal de violência e detenção, ou qualquer ato de depredação cometido por fins privados pela tripulação ou passageiros de um navio privado ou por uma aeronave privadas, e direcionadas:

(i) no alto-mar contra outro navio ou aeronave, ou contra pessoas ou propriedade a bordo de tal navio ou aeronave;

(ii) contra outro navio, aeronave, pessoas ou propriedade em local exterior a jurisdição de qualquer Estado;

(b) qualquer ato de participação voluntária na operação de um navio ou aeronave com conhecimento dos fatos fazendo deste um navio pirata ou aeronave;

69

“apply to all parts of the sea that are not included in the exclusive economic zone, in the territorial sea or in the internal waters of a State, or in the archipelagic waters of an archipelagic State”.

(c) qualquer ato que incite ou intencionalmente facilite um ato descrito nos subparágrafos (a) ou (b)”.70 (tradução nossa).

O direito de perseguição por navios militares e/ou governamentais em situações de ocorrências/ suspeitas de ações ilícitas de embarcações estrangeiras, é assegurando a partir do artigo 111, condicionado ao início da perseguição no interior das categorias de territoriais soberanas, estendendo até o Alto-Mar.

Na seção específica, sobre a conservação e gerenciamento da pesca dos recursos vivos, fica legitimada a continuidade da doutrina da liberdade da pesca pelos Estados-parte, costeiros ou sem litoral, no espaço de Alto-Mar.

4.2.2.6 A “Área”

O sexto conceito trabalhado é exatamente o que a Convenção definiu como a “Área” na Parte I da introdução de seu texto final. Segundo seu primeiro artigo, a Área “significa o solo do mar e do oceano, e seu respectivo subsolo para além dos limites das jurisdições nacionais” (tradução nossa)71.

Entretanto, é na Parte XI, que são definidos os princípios que norteiam o reconhecimento de seu status legal e de seus recursos como Patrimônio Comum da Humanidade (artigo 136). Por esse motivo a Área, não pode ser objeto de reivindicação soberana por qualquer Estado. Da mesma maneira, é nessa parte da Convenção na qual as formas de retirada de seus recursos e a instituição coordenadora da Governança da Área são normatizadas e esta última chamada de Autoridade. A Autoridade, segundo o artigo 1º da Convenção, refere-se à Autoridade Internacional do Fundo dos Mares.

Sob os preceitos do artigo 140, os benefícios da exploração e explotação dos recursos da Área devem servir ao benefício da Humanidade e, mesmo situando as negociações (como vimos no contexto situacional) em período de extrema divergência ideológica, a possibilidade de

70 “(a) any illegal acts of violence or detention, or any act of depredation, committed for private ends by the crew or

the passengers of a private ship or a private aircraft, and directed: (i) on the high seas, against another ship or aircraft, or against persons or property on board such ship or aircraft; (ii) against a ship, aircraft, persons or property in a place outside the jurisdiction of any State; (b) any act of voluntary participation in the operation of a ship or of an aircraft with knowledge of facts making it a pirate ship or aircraft; (c) any act of inciting or of intentionally facilitating an act described in subparagraph (a) or (b)”.

estabelecimento de armamentos em solo oceânico foi afastada com esforço de normatização72. Nas palavras do artigo 141: “[a] Área deve estar aberta ao uso exclusivamente para fins pacíficos por todos os Estados, sejam costeiros ou sem litoral, sem qualquer discriminação ou preconceito a qualquer outra disposição dessa parte” (tradução nossa)73.

Por outro lado, no artigo 133, fica definido, que os recursos tratados sobre a retirada da Área são essencialmente recursos minerais (sólidos, líquidos e gasosos). Também, nesse artigo, fica definido que a delimitação da área referente a Área é condicionada à demarcação pelos Estados da suas respectivas PCs, além da jurisdição sobre as águas sobrejacentes e do espaço aéreo imediatamente superior às suas águas (art. 135).

Sob os preceitos do artigo 142, apesar de ser caracterizada como uma área internacional, toda atividade realizada na Área (solo e subsolo marinho) deve ser notificada e aprovada pelo Estado costeiro com o intuito de prevenir e assegurar que a integridade ambiental/costeira seja garantida, assim como os interesses deste na exploração/integridade do espaço imediatamente externo de sua PC.

Os artigos 143 e 144 asseguram o acesso aos países em desenvolvimento sobre os resultados de pesquisa, difusão de conhecimentos e transferência de tecnologia sobre a Área. Isso corrobora empiricamente a afirmação dos processos de formalização e apropriação do território sobre a capacidade de uso entre técnica e política (SANTOS; SILVEIRA, 2001). Portanto, estes estabelecem que a pesquisa e a tecnologia desenvolvidas nas organizações internacionais sobre a Área sejam compartilhadas com os países em desenvolvimento e com a Empresa gerenciada pela Autoridade.

No artigo 153, fica definido qual é o sistema de exploração dos recursos da Área e quem pode participar da extração dos mesmos, ou melhor, fica definida que a Autoridade possuirá uma Empresa (assim também denominada pela Convenção) e que além dela, outros atores através da disposição a seguir também podem explotá-la. Tal processo poderá ocorrer da seguinte forma:

(b) em associação com a Autoridade pelo Estado-parte, ou empresas estatais ou pessoas físicas ou jurídicas das quais possuírem nacionalidade de Estado-parte ou são efetivamente controladas por eles ou seus nacionais, quando financiadas por tais Estados,

72 Infelizmente não podemos dizer o mesmo do Espaço, que foi palco da chamada “Guerra nas Estrelas” promovida

pela corrida armamentista entre URSS e EUA durante as décadas de 1970 e 1980.

73 “The Area shall be open to use exclusively for peaceful purposes by all States, whether coastal or land-locked,

ou qualquer grupo que atenda os critérios listados nessa Parte e no Anexo III 74(tradução nossa).

A Autoridade (International Seabed Authority), que rege a organização do uso exploração da Área (Leito Oceânico Internacional), possui praticamente, segundo a Convenção, três instâncias. Podemos enumerar essas instâncias como Assembléia (soberana e que envolve todos os Estados-partes da Convenção), o Secretariado (de caráter internacional e auxiliar ao funcionamento dos demais órgãos da Autoridade) e o Conselho, que rege permanentemente os trabalhos e as diretrizes da Autoridade. O Conselho é formado por 36 membros eleitos em assembléia, mas sua distribuição reflete o mosaico de interesses políticos definidos durante o período de negociação da Convenção. O quadro abaixo mostra a caracterização das cadeiras pertencentes aos Estados-partes do Conselho da Autoridade que rege as atividades na Área:

74 O Anexo III da Convenção é o que define as Condições para prospecção, exploração e explotação dos recursos

minerais da Área. “(b) in association with the Authority by States Parties, or state enterprises or natural or juridical persons which possess the nationality of States Parties or are effectively controlled by them or their nationals, when sponsored by such States, or any group of the foregoing which meets the requirements provided in this Part and in Annex III”

QUADRO 04: Quadro Explicativo da Formação do Conselho de 36 membros da Autoridade que rege a Área.

Número de Membros Definição dos Estados pertencentes / Distribuição Geográfica

4

Quatro membros entre os Estado-parte, os quais durante os último 5 anos onde as estatísticas estão disponíveis, consumiram mais do que 2% do consumo total mundial ou são importadores líquidos de mais de 2% da importação mundial da commodities produzida a partir da categoria de mineral derivada da Área, e em quaisquer dos caso um Estado da região da Europa Oriental (Socialista), assim como o seu maior consumidor.

4

Quatro membros entre os oito Estados-parte o qual possuem os maiores investimentos na preparação para ou na condução de atividades na Área, seja diretamente ou através de seus nacionais, incluindo pelo menos um Estado da região da Europa Ocidental (Socialista);

4

Quatro membros entre os Estados-parte os quais a base da produção nas áreas sobre suas jurisdições sejam os maiores exportadores da categoria de mineral retirado da Área, incluindo ao menos um dos Estados em Desenvolvimento, os quais as exportações deste mineral tenham um volume significativo em suas economias.

6

Seis membros entre os Estados-parte em desenvolvimento, representando seus interesses especiais, incluindo Estados com grande população, Estados sem litoral ou geograficamente desfavorecidos e Estados que são grandes importadores das categorias de minerais retirados da Área, Estados com potencial de produzir tais minerais e os Estados Menos Desenvolvidos;

18

Dezoito membros eleitos, assegurando a distribuição geográfica eqüitativas de cadeiras no Conselho, considerando as seguintes regiões geográficas: África, Ásia, Europa Oriental (Socialista), América Latina e Europa Ocidental e outras.

Fonte: Pesquisa a partir do texto final da III CNUDM.

Como vimos nesta pesquisa, na seção da análise verbal do texto final da Convenção, o espaço oceânico da Área possui um amplo esforço de adensamento normativo na organização deste território essencialmente internacional. Nesta seção viu-se até aqui, um gama interessante