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A POLÍTICA DE DAVID HUME; UMA RECONCILIAÇÃO DISTINTA ENTRE LIBERALISMO E

E JUDITH BUTLER

2- O corpo e a política

Como exposto no capítulo anterior, o corpo individual e social, seja na perspectiva de sujeito ou mesmo de população, é constantemente induzido pelas estruturas de poder as quais são materializadas a partir dos regramentos morais, da violência estatal, do relatar a si mesmo e da constante transformação da corporeidade pelos dispositivos imbuídos nas tecnologias de poder. Butler defende que as inscrições realizadas no complexo corpóreo do ser humano são vetores de poder que o legitimam, tanto socialmente como economicamente. O que o impede de apenas “flutuar” na singularidade opaca do status quo, isto é, em sua projeção estruturadamente fictícia: “O que limita quem eu sou é o limite do corpo, mas o limite do corpo nunca pertence plenamente a mim. A sobrevivência depende menos do limite estabelecido para o self do que da sociabilidade constitutiva do corpo”17. Para Foucault, o reconhecimento do corpo do indivíduo atingiu seu apogeu com a derrocada do poder soberano e a instituição da mecânica disciplinar como parte de um projeto de mapeamento, de maximização da força, da energia e dos segredos obscuros contidos no corpo. Em Vigiar e Punir, obra de 1975, Foucault

16 2010, p.210. 17 BUTLER, 2015b, p.87.

explicita: “O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma ‘anatomia política’, que é também igualmente uma ‘mecânica do poder’”18.

A estrutura do corpo, coadunada com a propriedade do reconhecimento, inaugura um novo modo de estabelecer uma forma de recognição, de instituir políticas capazes de categorizar o sujeito em suas instâncias: social, econômica, antropológica, educacional, médica e também psiquiátrica. Nos estudos de Foucault e Butler, a marginalização, a exclusão, o não reconhecimento de direitos e de seguranças as quais preservam e testificam a dignidade humana do indivíduo acabam por comprometê-lo. A mobilização, o confronto, a reatualização de políticas estatais e a amplitude da diversidade no que concerne ao gênero, à sexualidade, à etnia, da mesma maneira que à religião, assinalariam a tarefa de instituir novas agências políticas para o reconhecimento das diversas singularidades que permeiam a existência da humanidade: “Como veremos, há formas de responder ao discurso do ódio que poderão impedir seus pretendidos efeitos injuriosos, ainda que, tal como antes, isso não signifique que os falantes-do-ódio não sejam responsáveis por seus enunciados”19.

2.1- O indivíduo e as estratégias políticas

É importante pensar o protagonismo da Filosofia no que tange aos estudos correspondentes às questões como o reconhecimento, à violência e às concepções éticas existentes no processo humano de autogerenciamento e de inserção na sociedade. Deve-se questionar, então, o papel da Filosofia na análise e crítica do cenário político e ético que constituem o pensamento, o comportamento e a mobilidade do indivíduo no espaço social. No último curso ministrado no Collège de France, A Coragem da Verdade (1983-1984), na aula de 29 de fevereiro de 1984, Foucault dialoga sobre as mudanças nestes referidos cenários, expondo:

Poder-se-ia dizer esquematicamente que foram sucessivamente dominantes: o aspecto da sociedade secreta dominou claramente os movimentos revolucionários do início do século XIX; o aspecto da organização se tornou essencial no último terço do século XIX com a institucionalização dos partidos políticos e dos sindicatos; e o

18 2013, p.133. 19 SALIH, 2012, p.150.

aspecto do testemunho pela vida, do escândalo da vida revolucionária como escândalo da verdade foi dominante muito mais nos movimentos que são, grosso modo, os do meado do século XIX20.

Deste modo, a Filosofia poderia, assim, revisitar determinados conceitos de ordem política e ética na tentativa de repensar o quadro contemporâneo destas duas categorias da vida do sujeito. O aparato conceitual de Hannah Arendt (1906-1975), por exemplo, em sua projeção política, demonstra-se viável para se refletir acerca dos ditames das concepções no que se refere à esfera pública e como os acontecimentos históricos influenciaram e redefiniram o pensamento humano. Em sua obra Origens do Totalitarismo, publicada em 1951, Arendt desenvolve uma reflexão acerca da atitude nacionalista21, conjuntamente com uma acepção sobre a ideologia racial que decretou uma grande ruptura na História da Civilização Humana no século XX, a autora escreve:

Afirmou-se várias vezes que a ideologia racial foi uma invenção alemã. Se assim realmente fosse, então ‘o modo de pensar alemão’ teria influenciado uma grande parte do mundo intelectual muito antes que os nazistas se engajassem na malograda tentativa de conquistar o mundo. Pois se o hitlerismo exerceu tão forte atração internacional e intereuropéia durante os anos 30, é porque o racismo, embora promovido à doutrina estatal só na Alemanha, refletiu a opinião pública de todos os países.

O comprometimento de Arendt em expor a ideologia racial como um movimento que recobriu as massas e tornou unilateral a opinião da comunidade política sobre questões étnicas, principalmente no que concerne ao povo judeu, exemplifica a problemática da inconstância do conhecimento e a possibilidade de aniquilar a humanidade de certos indivíduos: “O fato de que os indivíduos tomem decisões sobre políticas específicas ou de que grupos particulares operem em seu próprio proveito não significa que a ativação e a orientação globais das relações de poder na sociedade impliquem um sujeito”22. A etnia é uma parte fundamental da formação humana de qualquer indivíduo, primordialmente falando, esta

20 2011, p.162. 21 1989, p.188.

seria uma oportunidade de um não comprometimento com certos seres humanos específicos na tentativa de ostracizá-los e indignificá-los ante o prisma do reconhecimento.

Em uma aproximação com Butler, seria possível pensar a teoria arendtiana como uma crítica ao não-comprometimento com a vida do Outro, avaliando nesse viés sua possível destruição. Na sua obra Quadros de Guerra: Quando a Vida é passível de luto?, de 2009, Butler descortina a motivação incumbida na perspectiva de uma não-preocupação com o Outro. Isto é, não reconhecer a uma vida em particular como não passível de luto, é uma forma de compactuar com seu extermínio. Pois, na abordagem butleriana, uma vida só é passível de luto se foi, primariamente, reconhecida como uma vida. Em um estudo análogo à guerra e à dignidade da vida humana, Butler comenta em Quadros de Guerra:

Isso acontece porque a guerra procura negar as formas irrefutáveis e contínuas de que todos são submetidos uns aos outros, vulneráveis à destruição pelo outro e necessitados de proteção mediante acordos globais e multilaterais baseados no reconhecimento de uma precariedade compartilhada23.

Analiticamente, pode-se compreender que as preocupações de Foucault e Butler, ambas diferenciam-se em uma perspectiva instrumental, a partir da ocasião em que Foucault descreve o processo de individualização do ser humano essencialmente no constructo de seu assujeitamento pelos sistemas de poder, como: “A ‘ordem do discurso’ própria de um período particular possui, portanto, uma função normativa e reguladora e estabelece mecanismos de organização do real por meio da produção de saberes, de estratégias e de práticas”24. Enquanto Butler, a qual vincula sua pesquisa a partir dos acontecimentos da guerra, da violência de Estado e da alteridade do Outro, intensifica sua crítica no que manifesta como o encadeamento no qual todos os indivíduos estão sujeitos: a destruição, a precariedade da vida e a não legitimação de direitos humanos.

O estudo de Foucault direciona-se às possibilidades que o indivíduo encontra para confrontar as instâncias políticas que o controlam e condicionam seus processos de subjetivação, obrigando-o a entender sua

23 2015b, p.71. 24 REVEL, 2011, p.41.

própria liberdade como uma espécie de prática, a qual nunca é seguramente consolidada: “Uma física do poder ou um poder que se pensa como ação física no elemento da natureza e um poder que se pensa como regulação que só pode se efetuar através e apoiando-se na liberdade de cada um”25. Para Butler, os limites são fundados a partir da percepção de quais vidas são passíveis de luto, de amparo e de reconhecimento ante aos processos que homogenizam a cultura e encaram a ideia de desumanidade como um processo para estabelecer uma instância política de reconhecimento: “Devemos entender a dominação como a negação da unidade anterior e primária de todas as pessoas num ser pré-linguístico. A dominação ocorre por meio de uma linguagem”26. E Butler conclui: “Que, em sua ação social plástica, cria uma ontologia artificial de segunda ordem, uma ilusão de diferença e disparidade e, consequentemente, uma hierarquia que se transforma em realidade social”27. Sobre a possibilidade de uma instituição de novas agências políticas para a recognição dos indivíduos, Foucault defende na entrevista Michel Foucault, uma Entrevista: Sexo, Poder e a Política da Identidade publicada em 1984:

Desde o século XIX, as grandes instituições políticas e os grandes partidos políticos confiscaram o processo de criação política; quero dizer por isso que eles tentaram dar à criação política a forma de um programa político a fim de se apoderar do poder. Penso que se deve preservar o que aconteceu nos anos 1960 e no início dos anos 1970. Uma das coisas que se deve preservar, em minha opinião, é a existência, fora dos grandes partidos políticos e fora do programa normal ou ordinário, de certa inovação política, de criação política e de experimentação política [...] Esses movimentos sociais transformaram realmente nossas vidas, nossa mentalidade e nossas atitudes, assim como as atitudes e a mentalidade de outras pessoas – pessoas que não pertencem a esses movimentos. E isso é algo de muito importante e de muito positivo. Eu o repito, não são

25 FOUCAULT, 2008a, p.64. Conferir a aula de 18 de janeiro de 1978 (2008a, p.39-72), do

curso Segurança, Território, População.

26 BUTLER, 2016, p.205.

27 idem, 2016, p.205. O fragmento textual em perspectiva pertence à obra Problemas de

Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade, lançada em 1990 por Butler, precisamente o

as velhas organizações políticas tradicionais e normais que permitiram esse exame28.

Em um nível de concordância, Foucault e Butler reconhecem a impossibilidade das instâncias políticas existentes de reconhecerem e autenticarem os direitos e a preservação da dignidade humana de muitos indivíduos. Ambos concordam que questões atinentes à sexualidade, ao gênero, à loucura, à criminalidade são componentes peremptórios no alicerçamento do status quo. Seus diagnósticos no que se refere à violação de direitos humanos, de encarceramento de uma população considerada marginal (homossexuais, loucos, delinquentes) são exemplos vivificados em suas obras e fixam uma nova perspectiva de pensamento no que se relaciona a maneira como os sujeitos considerados “desviantes” são mantidos pelas estruturas de poder: “O problema, portanto, não é o horror, ainda que legal, pois, em outros séculos, a multidão se precipitava aos autos-da-fé que, frequentemente, eram presididos por reis cristãos”29. A vida precária, a exclusão social, o desmantelamento dos corpos individuais pelas guerras e pelas inconstâncias políticas e territoriais são eventos que comprometem a estabilidade, a segurança e a liberdade dos múltiplos indivíduos que residenciam nas comunidades globais existentes. Numa tentativa de diagnosticar o problema da violência “juridicamente validada”, Butler argumenta em sua obra Caminhos Divergentes:

O direito legitima a violência cometida em seu nome, e a violência se torna o modo de o direito se impor e se legitimar. O círculo se quebra quando o sujeito arranca as amarras do direito, ou as vê subitamente removidas ou desfeitas, ou quando a multidão toma o lugar do sujeito e se recusa a exercer as exigências do direito, confrontando-se com outro mandamento cuja força é decididamente não despótica. O indivíduo se assemelha à população que elege uma greve geral proletária, uma vez que ambos recusam a coerção e, nessa recusa, exercem uma liberdade deliberativa que sozinha serve como base da ação humana30.

Partindo-se da problemática que o sujeito é cerceado, ao mesmo tempo em que é mantido, pelas estruturas de poder, cabe ao mesmo confrontá-las, exercendo uma espécie de prática que constitua sua

28 2014b, p.262-263. 29 VEYNE, 2008, p.242. 30 2017, p.96.

emancipação, sua autonomia e sua intenção de constituir novas agências políticas para o seu próprio reconhecimento. Em comparação às Filosofias de Foucault e Butler, a liberdade nunca é completamente efetiva, sendo esta um compromisso de luta, de enfrentamento perpétuo do indivíduo contra a violência estatal (como argumenta Butler) e o assujeitamento e a docilização compulsória dos corpos (no entendimento de Foucault). Tal como uma alternativa às fundamentações teóricas erigidas por Foucault e Butler, seria coerente evocar a figura de Immanuel Kant (1724-1804) em sua obra A Paz Perpétua, no que é concernente aos deveres dos sujeitos, assim como o respeito à integridade moral destes, Kant argumenta:

O amor aos homens e o respeito pelo direito dos homens são ambos deveres; mas aquele é um dever condicionado; em contrapartida, o segundo é um dever incondicionado, absolutamente imperativo, que quem quiser entregar-se ao suave sentimento de benevolência deve estar certo de o não ter transgredido31.

Certamente, Kant condenaria a motivação de algum indivíduo que pretendesse edificar alguma nova instância política como contraponto aos macropoderes que nivelam a sua existência econômica, geográfica, sociológica e pedagógica. Mas, o que se poderia inferir de sua tese em A Paz Perpétua, é a substancialidade de se respeitar e garantir os direitos relativos à sustentação e à unidade física e moral do sujeito, como ele mesmo categoriza: um dever. Dessa forma, a preocupação com a alteridade do Outro (Butler), ao que se reflete ao cuidado consigo mesmo (Foucault), seriam caminhos pertinentes na empreitada para a composição de agências políticas as quais pudessem incorporar toda e qualquer natureza de diversidade humana presente.

Considerações Finais

Representados os componentes múltiplos os quais identificam o indivíduo em suas comunidades políticas: sua história, sua cultura, sua moral, sua ética e também sua economia, configura-se como difícil promover a igualdade e o reconhecimento dos direitos cruciais a uma vida humana minimamente íntegra. As diferenças não apenas relacionadas à culturalidade, mas também à etnia (como no caso de Butler e o judeus) materializam as problemáticas envolvendo o preconceito, o discurso de ódio

e a violência ocorrida nas diversas coletividades. A supracitada violência de Estado, as relações de poder manejadas por tecnologias que intentam a individualização totalizada do indivíduo, todas estas questões constituem percalços a luta pelo esclarecimento, pela legitimação de direitos e pelo reconhecimento essencial a vida em sociedade, principalmente no que tange à vida política do sujeito.

A partir dos arcabouços teóricos de Foucault e Butler, é possível conceber refletidamente a vulnerabilidade a qual envolve o indivíduo em seu território político e social, com a ameaça da destruição da guerra, da fome, da violência instituída pelo preconceito e pelo discurso de ódio. Não há uma estratégia de fuga elencada por esses autores, mas sim a permanência e a constante luta pela derrocada do direito à violência e a degradação da dignidade humana. A missão estruturada pelas novas agências políticas, possibilidades concedidas ao indivíduo pelas tecnologias do poder referentes à liberdade e a mobilização, é a de se reaver o direito de cuidar de si mesmo, ao mesmo tempo em que se protege e se ampara a vida do Outro. O que está em jogo aqui é a fragilidade do corpo e sua extensibilidade tão sedutora a qual é constantemente, e na maioria das ocasiões brutalmente, subvertida e arrebatada pelos mecanismos de poder. Dessa forma, o Estado, a jurisdição, o hospital, a casa de correção, a escola, o quartel general, a despossessão de indivíduos de suas moradias, representam a progressiva coerção e dominação sofrida pelo corpo individual e social.

Não apenas a constituição de uma identidade genuína por parte do sujeito, mas a possibilidade de deslocamento e mobilidade social que são necessárias à sua qualidade de vida, estas impulsionam o exercício imprescindível do ser humano para a consolidação de seus direitos e a possibilidade de remodelar os discursos ordenatórios que o sitiam e, consequentemente, o produzem na fantasia orquestrada pelo status quo. Referências

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