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POLÍTICAS E RECONHECIMENTO DA MOBILIDADE URBANA

No documento CIDADES INTELIGENTES: (páginas 79-88)

2  CAPÍTULO – CIDADE INTELIGENTE: UMA ORIENTAÇÃO À

2.1  POLÍTICAS E RECONHECIMENTO DA MOBILIDADE URBANA

Como  abordado,  o  Brasil  foi  um  dos  países  que  tiveram  um  ritmo  acelerado  no  seu  processo  de  urbanização,  e  infelizmente  isso  aconteceu  de  modo destoante das políticas para o bem­estar e a qualidade de vida no espaço  urbano, e também no espaço rural, cuja estrutura agrária foi modificada. 

A ascensão de um Estado democrático em meados da década de 1980,  alimentou a articulação entre os movimentos comunitários e setoriais urbanos, o  movimento  sindical  e  entidades  profissionais.  Juntos,  conseguiram  incluir  a  questão urbana em dois artigos9 da Constituição Federal, e consequentemente  o  fato  permitiu  a  inclusão  nas  constituições  estaduais  e  nas  leis  orgânicas  municipais de propostas democráticas sobre a função social da propriedade e  da cidade. 

 No entanto, a regulamentação desses dois artigos constitucionais levou  13  anos  para  ser  conferida.  Nesse  período,  o  tema  do  transporte  urbano  permaneceu  sem  muita  credibilidade  na  década  de  1990,  embora  se  apresentasse uma forte e progressiva degradação de serviços.  

Em 1996 foi realizada, em Istambul, a Habitat II: a 2ª Conferência Mundial  das  Nações  Unidas  pelos  Assentamentos  Humanos.  Essa  grande  reunião  provocou  uma  mudança  nos  paradigmas  da  questão  urbana  e  fortaleceu  o  avanço da consciência política sobre a “urbanização da pobreza” e a insustentabilidade  ambiental  no  crescimento  das  cidades,  especialmente  nos  países desenvolvidos. 

O Movimento Nacional pela Reforma Urbana, reunido no Fórum Nacional  pela Reforma Urbana, não cessou suas manifestações ao Congresso Nacional.  Foram várias ações e manifestos, idas e vindas de militantes dos diversificados  movimentos  sociais,  entidades  profissionais,  ONGs,  entidades  universitárias  e 

de  pesquisa,  entre  outros que  buscavam  a  aprovação  do  Estatuto  da  Cidade.  Mas  somente  em  2001  esse  projeto  de  grande  importância  foi  aprovado  no  Congresso Nacional e se tornou a Lei Federal Nº 10.257. 

Foram estas ações políticas que estimularam a criação do Ministério das  Cidades (MCidades) em janeiro de 2003 pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva  (2003­2010). O MCidades veio de uma proposta lançada em 2000, através do  Projeto Moradia, documento elaborado com a promoção do Instituto Cidadania  e  a  participação  de  um  grande  número  de  consultores  e  lideranças  sociais  e  empresariais.  

Concomitantemente  foram  criadas  quatro  Secretarias  Nacionais:  Habitação;  Saneamento  Ambiental;  Transporte  e  Mobilidade  Urbana;  e  Acessibilidade e Programas Urbanos ou “Desenvolvimento Social”, além da Secretaria Executiva. Foram transferidos ao MCidades o Departamento Nacional  de Trânsito (DENATRAN) que pertencia ao Ministério da Justiça, e dois órgãos:  a  Companhia  Brasileira  de  Trens  Urbanos  (CBTU)  e  a  Empresa  de  Trens  Urbanos de Porto Alegre S.A. (TRENSURB), ambas pertencentes ao Ministério  dos Transportes. 

Conforme  previsto,  a  finalidade  do  MCidades  era  tratar  da  política  de  desenvolvimento urbano. Esta política é um conjunto de princípios, diretrizes e  objetivos construídos democraticamente para nortear os investimentos do poder  público  em  habitação,  saneamento  e  mobilidade  urbana,  bem  como  fortalecer  institucionalmente os municípios brasileiros.  

A integração entre os organismos do MCidades é atribuição da Secretaria  Executiva,  à  qual  cabe  também promover  ações  para  a  capacitação  do  poder  público e da sociedade como um todo, tendo em vista a implementação nacional  da  política  urbana.  Tais  esforços  se  orientam  tanto  para  os  aspectos  físicos  quanto  para  os  sociais,  tendo  em  vista  a  construção  de  quadros  técnicos  competentes e de sujeitos políticos que garantam a implementação das políticas  de desenvolvimento urbano. 

conforme ilustra as Figuras 8 e 9. Uma articulação suprapartidária ocupou a cena  política com a criação do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte e da  Frente Parlamentar de Transporte Público.    Figura 8: Revolta do Buzú, Salvador/BA.  Fonte: AGUIAR, 2003.     Figura 9: Revolta da Catraca, Florianópolis/RS.  Fonte: MINELA, 2004.   A partir destes episódios, corroboradas pela criação do MCidades, pelos  diagnósticos realizados na Conferência Nacional das Cidades, pelas reuniões da  Frente Nacional dos Prefeitos – e, não menos importante, pelas manifestações  populares –, as diretrizes para a política de mobilidade urbana foram formuladas  e  publicadas  em  2004,  sob o título “Política Nacional  de  Mobilidade  Urbana  Sustentável”. 

Embora  gerais,  essas  orientações  envolveram  diversos  agentes  e  discussões em seminários e audiências locais e regionais, em diversas cidades  brasileiras,  sendo  importantes  para  guiar  as  ações  do  MCidades  em  seus  programas  de  investimento,  financiamento  e  apoio  à  gestão  dos  sistemas  de  transporte nas cidades brasileiras. Da mesma forma, consubstanciaram o projeto  de  lei  encaminhado  pelo  Presidente  (PL  Nº  1687/2007),  que  veio  a  ser  regulamentado  sob  forma  de  Lei  Federal  Nº  12.587  em  3  de janeiro  de  2012,  como a Política Nacional de Mobilidade Urbana. 

Não cabe aqui detalhar todos os dispositivos da lei, contudo, ressalta­se  os  mais  significativos  e  potencialmente  de  maiores  impactos:  acessibilidade  universal;  desenvolvimento  sustentável;  equidade  no  acesso  ao  transporte  público coletivo; transparência e participação social no planejamento, controle e  avaliação  da  política;  segurança  nos  deslocamentos;  justa  distribuição  dos  benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes meios e serviços; equidade  no  uso  do  espaço  público  de  circulação,  vias  e  logradouros;  prioridade  dos  modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de  transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; integração  da política de mobilidade com a de controle e uso do solo; a complementaridade  e diversidade entre meios e serviços (intermodalidade); a mitigação dos custos  ambientais,  sociais  e  econômicos  dos  deslocamentos  de  pessoas  e  bens;  o  incentivo ao desenvolvimento tecnológico e ao uso de energias renováveis e não  poluentes;  a  priorização  de  projetos  de  transporte  coletivo  estruturadores  do  território, entre outras. 

Como  já  é  sabido,  o  uso  intensivo  dos  modos  de  transporte  individuais  motorizados  constituiu  importante  fonte  de  externalidades  negativas  à  cidade,  desde impactos socioambientais aos econômicos.  

A lei, que traz a noção de equidade, avança no sentido de buscar uma  correção  destas  externalidades,  criando  respaldo  jurídico  para  que  o  poder  público implante políticas de taxação ou subsídio, no sentido de priorizar modos  de transporte sustentáveis e ambientalmente amigáveis. Ela contribui, de forma  geral,  para  o  acesso  universal  e  reconhece  o  pedestre  e  os  modos  não  motorizados  como  prioridade.  Além  disso,  timidamente  também  incentiva  por 

meio legal o desenvolvimento da produção e o uso da tecnologia nos serviços  de  transportes.  Soluções  criativas  ou  inteligentes,  como  “pedágios urbanos”, cobrança de estacionamentos, subsídios às tarifas, foram algumas das medidas  experimentadas.  

No  entanto,  foram  décadas  de  urbanização  e  crescimento  das  cidades  com pouco planejamento, além de políticas voltadas para o desenvolvimento do  transporte  motorizado  individual  em  detrimento  do  transporte  público  e  do  transporte não motorizado. Veja a Figura 10:    Figura 10: Propaganda da Chevrolet.  Fonte: Revista VEJA, 1972.   O automóvel é um dos bens mais adquiridos no mundo, e também um dos  desafios do planejamento urbano, que de uma forma ou de outra acaba por ser  indispensável para cada um de nós, quando nos deparamos com urgências ou  deficiências  do  sistema  de  transporte  de  uso  coletivo.  Por  outro  lado,  a  sua  aquisição  é  decorrente  de  uma  propaganda  em  evolução,  que  se  vende  à  sociedade  com  o  objetivo  de  estimular  o  consumo.  Neste  sentido,  o  desenvolvimento  de  políticas  e  projetos  amparados  pela  Lei  da  Mobilidade  continua sendo um desafio.  

Ressalva­se  que  o  MCidades  teve  relações  segmentadas  e  pouco  articuladas  desde  a  sua  estrutura,  organização,  financiamento,  gestão  e  operação com o Ministério dos Transportes, o que revela um desajuste funcional  e a incompreensão da mobilidade como um conceito mais amplo.  

Todavia,  embora  extinguidos10  pelo  presidente  Jair  Bolsonaro  (2019­ 2022), tanto o MCidades como o Ministério dos Transportes tiveram importante  papel no desenvolvimento de ações de capacitação de corpo técnico do  poder  público de forma a cumprir as diretrizes gerais do desenvolvimento urbano em  respeito à enorme diversidade existente no país.  

  O MCidades foi fundamental sobretudo na aprovação do marco jurídico  urbanístico  consolidado  no  Brasil  na  última  década,  a  partir  da  regulação  das  políticas setoriais reunidas em torno da habitação e regularização fundiária (Lei  Federal Nº 11.124/05; Decreto Federal Nº 5.796/06; Lei Federal Nº 11.481/07;  Nº 11.952/09, Nº 11.977/09, Nº 13.465/17); do saneamento ambiental e resíduos  sólidos (Lei Federal Nº 11.445/07; Decreto Federal Nº 7.217/10; Lei Federal Nº  12.305/10; Decreto Federal 7404/10); do transporte e da mobilidade urbana (Lei  Federal Nº 12.587/2012); das áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos  de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos (Lei Federal  Nº  12.608/12;  art.  42­A,  Estatuto  da  Cidade)  e  das  regiões  metropolitanas  (Estatuto da Metrópole, Lei Federal Nº 13.089/15). 

O desmonte de políticas consolidadas através da redução de Ministérios,  além de violar direitos, não garante o aumento da eficiência na implementação  de políticas públicas ou do necessário combate à corrupção que assola o país.  Pelo contrário, a extinção destes e outros ministérios remete a um retrocesso na  busca  pela  integração  das  políticas  urbanas,  na  captação  de  recursos  internacionais, na implementação das agendas internacionais, no diálogo entre  a  União,  estados  e  municípios,  no  planejamento  e  na  gestão  das  cidades,  na  garantia do direito à cidade de todos e todas. 

 

10 Cabe ressaltar que as atribuições destes ministérios foram incorporadas nos atuais: Ministério  da Infraestrutura e Ministério do Desenvolvimento Regional. 

A cidade continua a se expandir, crescendo a partir da abertura de novos  loteamentos que dão origem a novos bairros, esses cada vez mais distantes da  área  central11.  Esse  modelo  de  crescimento  exige  a  construção  de  ruas  e  avenidas  que  conectem  os  novos  bairros  à  cidade.  O  resultado  desse  crescimento é uma cidade onde as pessoas têm que se deslocar por distâncias  muito grandes, gastando muito tempo neste ir e vir, para realizar suas atividades  cotidianas. 

É  neste  sentido  que  se  entende  a  importância  do  debate  e  da  implementação  de  políticas  que  possibilitem  à  sociedade  questionar  e  refletir  sobre  o  seu  cotidiano.  Até  mesmo  pequenas  e  médias  cidades  vivem  hoje  problemas ligados à mobilidade, reproduzindo modelos insustentáveis do ponto  de vista ambiental e socioeconômico adotado nas grandes cidades. 

Pensar a mobilidade para cidades inteligentes, vai além de entender os  meios e modos de transporte, o trânsito, equipamentos e infraestruturas dotadas  de  tecnologia.  É  também  compreender  as  políticas  necessárias,  os  usos  e  a  ocupação da cidade; é otimizá­la e garantir o acesso das pessoas e bens ao que  a cidade oferece: locais de trabalho, escolas, hospitais, praças, áreas de lazer,  entre outros.  

Se  observamos  o  dia  a  dia  das  cidades  brasileiras,  perceberemos  que  majoritariamente o carro tem prioridade no espaço urbano. E é essa lógica que  precisa ser invertida: a cidade é humana; o clamor é priorizar as pessoas e suas  necessidades de deslocamento para garantir o acesso amplo e democrático à  cidade e ao que ela oferece. 

Houve  avanços  legislativos  no  país  no  sentido  de  reverter  essa  lógica?  Sim.  O  Estatuto  da  Cidade  já  trouxe  instrumentos  interessantes  para  o  desenvolvimento  mais  justo  e  equilibrado.  A  Lei  da  Mobilidade  tem  foco  nas  pessoas.  Vários  investimentos  realizados  nos  últimos  anos  no  Brasil  –  principalmente  aqueles  relacionados  aos  grandes  eventos,  como  a  Copa  do 

 

11 Para Corrêa (2003, p. 37), a Área Central constitui o foco principal não apenas da cidade, mas  de  sua  hinterlândia.  Nela  concentram­se  as  principais  atividades  comerciais,  de  serviços,  da 

Mundo  Fifa  em  2018  e  os  Jogos  Olímpicos  de  Verão  em  2016  já  seguiram  a  diretriz principal de priorizar o transporte público e não motorizado, e o governo  federal  tem  apresentado  maior  protagonismo  nos  últimos  anos  com  investimentos e financiamentos baseados na Lei. 

No entanto, sabemos que o caminho para o desenvolvimento da cidade  inteligente  é  peculiar,  um  modelo  híbrido  que  requer  a  cooperação  entre  o  Estado,  a  sociedade  e  a  iniciativa  privada  no  direcionamento  da  melhor  qualidade  de  vida,  concebida  pela  capacidade  de  ensino  e  aprendizagem  e  desenvolvimento da tecnologia e inovação. É necessário o engajamento político  de  todos  os  agentes,  e  ressalta­se  o  importante  papel  do  poder  público  para  detalhar e adequar os instrumentos destas políticas apresentadas à realidade de  sua  cidade.  Isto,  por  sua  vez,  está  sujeito  à  ampliação  da  cidadania,  ao  aprofundamento da democracia e sobretudo da capacitação do  poder público,  em todas as suas esferas, para atender direta e indiretamente as necessidades  sociais, e também da sociedade para reconhecer a cidade como sua casa, seu  lugar.  

Sassi e Zambonelli (2014) enfatizam que a mobilidade inteligente propõe  um  conjunto  de  soluções  integradas,  suportadas  pela  coleta  de  dados  disponíveis  pelos  mais  diversos  agentes  e  manipuladas  por  uma  gestão  inteligente.  Esta  é  capaz  de  produzir  informações  úteis  no  seu  contexto  e  potencializar  o  intercâmbio  social  entre  estes  agentes,  os  quais  são  retroalimentados com estas informações de maneira a reforçar sua interação e  produzir um círculo virtuoso.   Conforme foi exposto, várias são as alternativas que se apresentam como  modelos de serviços providos pela cidade inteligente relacionados à mobilidade.  Neitotti et al. (2014) estudaram os projetos realizados em cidades inteligentes da  Europa e constataram que mais de 50% deles possuíam iniciativas pertinentes  à mobilidade das pessoas. Piro et al. (2014) pesquisaram os principais projetos  em andamento ou recém concluídos, também na Europa, e verificaram que 12  de 19 projetos (63% do total) fomentavam alguma alternativa ligada à área da  mobilidade.  

Destarte,  as  pesquisas  de  GIFFINGER  et  al.  (2007),  CARAGLIU  et  al.  (2009)  e  BATTY  et  al.  (2012)  defendem  a  importância  da  mobilidade  no  desenvolvimento das cidades. Associam a mobilidade a uma qualidade crítica e  crucial das cidades inteligentes, e reconhecem os desafios sociais e econômicos  resultantes da sua demanda crescente: os impactos do uso e ocupação do solo;  o  problema  do  aquecimento  global  devido  às  emissões  dos  gases  do  efeito  estufa;  os  prejuízos  decorrentes  do  tráfego  congestionado  e  o  aumento  no  número de acidentes no trânsito, que resultam na redução geral da qualidade de  vida dos cidadãos.   As crises política, sociocultural e econômica que o Brasil tem enfrentado  nos últimos anos têm se refletido em incertezas nas atividades de planejamento,  já que há uma crescente instabilidade, e foco do Estado é no ajuste fiscal. Essa  realidade se reproduz também nos estados, e consequentemente nas cidades,  especialmente naquelas que enfrentam dificuldades históricas com o equilíbrio  econômico.  Contudo,  é  neste  momento  que  as  atividades  de  planejamento  e  gestão devem ser valorizadas para que a retomada seja possível.  

Neste  âmbito,  a  ocasião  é  propícia  para  aprofundar  a  análise  das  potencialidades  e  fragilidades  que  se  impõem  ao  desenvolvimento  da  cidade,  sobre fontes alternativas de custeio e financiamento, principalmente aquelas que  conectam  os  poluidores­pagadores  e  beneficiários  indiretos  dos  sistemas  de  transporte público.  

No Brasil, a descentralização da população e de suas atividades da região  sudeste tem se caracterizado como uma dinâmica territorial de destaque para os  estudos  e  pesquisas  sobre  o  espaço  urbano.  No  Planalto  Central  e  no  Amazonas,  a  população  tem  experimentado  novas  características  em  mobilidade, assim como a região metropolitana de São Paulo tem inovado em  experiências. 

Os  avanços  regulatórios  também  são  necessários,  tanto  no  sentido  de  governança integrada quanto no de integração tarifária e operacional dos modos  de  transporte.  Aqueles  aspectos  de  regulação  econômica  também  são 

infraestrutura  do  sistema,  sem  comprometer  a  capacidade  de  investimento  do  poder público e da iniciativa privada.  

Neste  contexto,  o  grande  desafio  é  transformar  o  arcabouço  legal  com  avanços significativos, em planejamento e gestão, em estruturas de mobilidade  urbana  que  efetivamente  tragam  qualidade  de  vida  para  a  população,  principalmente  com  redução  das  externalidades  negativas  e  melhoria  das  condições de acesso à cidade. Para isso, é crucial refletir e reafirmar o papel da  mobilidade no desenvolvimento da cidade inteligente.  

2.2  O  PAPEL  E  OS  PRINCÍPIOS  DA  MOBILIDADE  URBANA  NO 

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