• Nenhum resultado encontrado

4.3 POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL E DE

4.3.2 Políticas públicas na área do trabalho

No mesmo sentido do que já se demonstrou até aqui, tem-se que em relação ao mercado de trabalho, a figura da mulher negra, além de ser atingida pela desigualdade de gênero, lida, ainda, com a interferência dos fatores decorrentes da desigualdade de raça. Nesse âmbito, busca-se identificar as políticas de promoção da igualdade que tenham por enfrentar as desigualdades de raça e de gênero, sobretudo interseccionadas, como já esclarecido.

De início, retoma-se o contexto histórico. Como se pode observar no primeiro capítulo desta monografia, não houve, no período pós-abolição, nenhum mecanismo de inclusão da população negra no mercado de trabalho. Este cenário de não inclusão, estabelecido desde o período pós-abolição, passa a ter mudanças relevantes apenas no final do século XX, que começam a se moldar as políticas de

igualdade racial no mercado de trabalho, especialmente com promulgação da Constituição Federal em 1988 e com a influência da Marcha Zumbi dos Palmares em 1995, já mencionada sua relevância (GOMES, 2012; RIBEIRO, 2014).

Assim, no ano de 1999 é sancionada a Lei nº 9.799/99, que inclui normas na Consolidação das Leis do Trabalho - CLT sobre o acesso da mulher ao mercado de trabalho. Em destaque, incluiu o art. 373-A na CLT, com vedações específicas quanto à publicação de anúncio de emprego, recusa de emprego, dispensa do trabalho, critérios de remuneração ou oportunidades de ascensão profissional, e critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos em empresas privadas, justificados em razão de sexo, idade, cor, ou situação familiar (BRASIL, 1999).

Quanto especificamente à igualdade de gênero, o mesmo artigo estabelece, ainda, o parágrafo único, que determina: “O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções [...]” (BRASIL, 1999).

Dois anos depois, em 2001, surgem alguns programas de ações afirmativas para a área do trabalho, não cabendo mencioná-los individualmente em razão dos seus resultados. Como esclarece Jaccoud (2008, p. 140):

Em que pesem seus escassos resultados, entre 2001 e 2002, alguns ministérios criam programas de ações afirmativas, visando beneficiar a população negra como público-alvo de suas ações e/ou promover o ingresso de trabalhadores negros em seu quadro funcional.

Já em 2003, surge a já mencionada Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR, responsável pela institucionalização de políticas públicas no mercado de trabalho ao longo dos anos, como a criação do Programa Primeiro Emprego, do Programa de Qualificação e Requalificação Profissional e do Programa Brasil, Gênero e Raça, todos visando a inclusão da população negra no mercado de trabalho (TRIPPIA; BARACAT, 2014).

Em 2005, a Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho lança o Programa de Promoção da Igualdade de Oportunidade para Todos, do Ministério Público do

Trabalho, com objetivo de combate da discriminação de raça e gênero nas relações de trabalho, por meio de atuação extrajudicial ou judicial. O programa teve início no setor bancário, seguindo, em 2008, no setor supermercadista (CONCEIÇÃO, 2010).

Também em 2005, conforme mencionado por Jaccoud (2008), passa a ser implementado o Programa de Combate ao Racismo Institucional, previsto para funcionar por um período de dois anos, terminando oficialmente em 2006. Por intermédio de parcerias de várias organizações, um dos objetivos do programa era: “[...] fortalecer a capacidade do setor público na identificação e prevenção do racismo institucional e fomentar a participação das organizações da sociedade civil organizada no diálogo sobre políticas públicas.” (JACCOUD, 2008, p. 142).

Foram desenvolvidas, durante o programa, oficinas de capacitação e produção de material institucional de identificação e abordagem do racismo institucional. Esclarecendo-se, conceitualmente, que, segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (apud CONCEIÇÃO, 2010, p. 95, grifo nosso):

[...] é chamado racismo institucional (também, racismo estrutural ou sistêmico) o fracasso coletivo das instituições e organizações em prover um serviço profissional e adequado às pessoas devido a sua cor, cultura, origem racial ou étnica. Ele se manifesta em normas, práticas e comportamentos discriminatórios adotados no cotidiano de trabalho, os quais são resultantes da ignorância, da falta de atenção, do preconceito ou de estereótipos racistas. Diferentemente da discriminação direta, o racismo institucional atua na forma como as instituições funcionam, seguindo as forças sociais reconhecidas como legítimas pela sociedade e, assim, contribuindo para a naturalização e reprodução da hierarquia racial.

Prosseguindo, no ano de 2010 destaca-se, novamente, o Estatuto da Igualdade Racial, que especialmente quanto ao mercado de trabalho, determina que:

[...] o poder público deverá implementar medidas que visem a assegurar a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a população negra: nas contratações do setor público, incentivo à adoção de medidas similares nas empresas e organizações privadas; políticas e programas de formação profissional, de emprego e geração de renda; acesso ao crédito para a pequena produção nos meios rural e urbano; financiamento para constituição e ampliação de pequenas e médias empresas e estímulo à promoção de empresários negros. (PASSOS, 2014, p. 133).

Já em 2014 é sancionada a Lei 12.990/2014, que reserva aos candidatos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos no âmbito da administração

pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União (BRASIL, 2014).

Diante deste cenário demonstrado ao identificar políticas públicas, argumenta Ribeiro (2014, p. 162), especificamente quanto às legislações relacionadas ao enfrentamento da desigualdade racial no Brasil do século XXI ou relacionadas à promoção da igualdade:

No que diz respeito à elaboração de leis, verifica-se a necessidade de quebrar a lógica de neutralidade e/ou imparcialidade que tem sido desempenhada pelo Estado em relação aos problemas gerados pela escravidão e pelas estratégias capitalistas, que resultaram na não inclusão dos negros após a abolição com graves repercussões nos dias atuais.

Nesse aspecto, segue os processos de inserção das mulheres negras ao mercado de trabalho. A intersecção da desigualdade racial e de gênero, que atinge a mulher negra, faz com que haja uma dificuldade maior no ingresso, manutenção e ascensão das trabalhadoras negras, considerando a sociedade brasileira do início do século XXI, ainda marcada fortemente pelas desigualdades (TRIPPIA; BARACAT, 2014). Como expõe Carvalho (2013, p. 84), a desigualdade racial e de gênero repercute em: “[...] limitações à oportunidades de trabalho, à ascensão profissional, à percepção de salários iguais e ao acesso a serviços do Estado – como educação, saúde e justiça – e repercutem permanentemente na forma de inserção social [...]”.

Por último, já tendo sido identificadas as principais políticas de promoção da igualdade na área da educação e na área do trabalho que tenham por enfrentar a desigualdade racial e de gênero, sobretudo interseccionadas, passa-se ao próximo capítulo, com o propósito de conclusão da pesquisa.

5 CONCLUSÃO

Por fim, este quinto e último capítulo reserva-se à conclusão da presente pesquisa. Recapitulando, se encontra nas seções antecedentes a conceituação de gênero e de raça, os processos históricos do seximo e do racismo, a conceituação de interseccionalidade, a historicidade da desigualdade de gênero e da desigualdade de raça, e o caminho histórico de inserção da mulher negra à sociedade brasileira.

Ainda, há a demonstração das formas de concretização da desigualdade racial e de gênero no Brasil, por meio da apresentação de dados estatísticos na área da educação, do mercado de trabalho e da distribuição de renda, ressaltando-se a posição social da mulher negra, atingida pela interseccionalidade do gênero e da raça. Para mais, encontra-se também os dispositivos constitucionais vigentes que justificam as políticas públicas de promoção da igualdade racial e de gênero, a conceituação de dignidade da pessoa humana e de direitos fundamentais, a função das políticas públicas, e as principais políticas públicas de promoção da igualdade nas áreas de educação e mercado de trabalho.

Isto posto para que se chegue, agora, à verificação das políticas públicas, identificadas ao longo da pesquisa, no alcance ao princípio da dignidade da pessoa humana e aos direitos fundamentais, e no enfrentamento da desigualdade racial e de gênero no Brasil, o que se decorre dois aspectos.

De um lado, de maneira geral e no âmbito formal, as políticas públicas existentes alcançam a dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais na sociedade brasileira. Por outro lado, diante do cenário brasileiro e dos dados estatísticos apresentados, as principais políticas públicas existentes não são suficientes para enfrentarem, efetivamente, a desigualdade racial e de gênero, mesmo que estejam em conformidade com os princípios e direitos constitucionais. E nesse contexto, reconhece-se, ainda, as contribuições das políticas públicas para a diminuição da desigualdade racial e de gênero na sociedade brasileira, mesmo que não a enfrentem, efetivamente.

Diante dos aspectos esmiuçados ao longo da pesquisa, se vislumbra que a materialização da desigualdade racial e de gênero na sociedade brasileira se dá por meio da exclusão social, política, jurídica, econômica, histórica e cultural daqueles que

se encontram marcados pela inferiorização de raça e de gênero como características depreciadas pela construção social. Não há, de fato, uma superioridade ou inferioridade de grupos raciais ou grupos de gênero. Há, na verdade, uma construção social que determina esses valores de superioridade ou inferioridade, explicada pelos processos históricos.

No Brasil, nas primeiras décadas do século XXI, diferente do que acontece com a desigualdade racial, que ainda se encontra muito negada, invisibilizada e rebatida com um discurso centrado em uma, não existente, democracia racial, a desigualdade de gênero encontra-se muito presente como objeto de estudo e discussão na sociedade brasileira, sendo aceita, sem muita relutância, como um fato social a ser combatido, o que favorece a criação e a execução de medidas de promoção à igualdade entre os gêneros. Esta realidade, porém, não impede o reconhecimento de que ainda há muito o que se avançar e progredir sobre as questões de gênero, afinal, ainda são existentes as barreiras às mulheres, mesmo que essas tenham diminuído ao longo dos anos.

Quanto às questões raciais, contrária à ideia que se propaga, o racismo no Brasil não encontra-se superado. Ainda não existe, no país, uma concreta igualdade racial. Assim como, consequentemente, persistem as desigualdades que afetam de forma específica as mulheres negras, por serem mulheres e por serem negras, vislumbrando-se a maior vulnerabilidade desse grupo social.

Por meio dos dados estatísticos apresentados, pode-se concluir que a atual conjuntura brasileira seja de redução das desigualdades. Porém, torna-se evidente, também por intermédio dos dados, que a redução da desigualdade racial e de gênero ao longo dos anos se deu de forma lenta, pouco refletindo na estrutura social, ainda marcada por um formato de pirâmide, onde a figura da mulher negra encontra-se na base, pela já mencionada interseccionalidade de raça e gênero, que a alcança.

A educação e o mercado de trabalho são áreas importantes de investimento para a redução das desigualdades de raça e de gênero. As políticas educacionais nas últimas duas décadas resultaram em um aumento educacional das mulheres negras, porém não suficiente para eliminar as desigualdades na área da educação, especialmente em nível médio e superior. Isto porque, mesmo com os

avanços na área da educação, os níveis educacionais das mulheres negras não se igualaram aos níveis educacionais de mulheres e homens brancos.

Ademais, mesmo a minoria de mulheres negras alcançando níveis educacionais mais avançados, não lhes é garantido, de modo geral, transformar os níveis educacionais em boas posições no mercado de trabalho, e consequentemente, em melhores índices de rendimentos. Essa realidade evidencia-se por intermédio de dados estatísticos e estudos especializados, mencionados ao longo da pesquisa.

Chegando-se ao final, importante que se aponte, neste momento, uma dificuldade de pesquisa relacionada aos limitados recortes específicos dados às pesquisas estatísticas. Apesar de haver dados estatísticos quanto à questão racial e quanto à questão de gênero, há poucas pesquisas oficiais unindo as duas questões, raça e gênero. Encontra-se a separação por população negra e branca, sem, portanto, identificar o gênero desses dois grupos. Bem como, há diversas pesquisas oficiais identificando a população entre homens e mulheres, não identificando, porém, o grupo racial desses homens e mulheres. Assim, há poucas pesquisas oficiais interseccionando raça e gênero. O que dificulta, nesse sentido, identificar as desigualdades interseccionadas, aqui essencial para o objeto da pesquisa.

Dentro desse contexto, ressalta-se a importância de novas pesquisas específicas às interseccionalidades das desigualdades, com duas, três ou mais aspectos interseccionados. Especificamente à questão racial e de gênero, o tema é muito importante e não há muitas pesquisas relacionadas, especialmente à figura da mulher negra, que representa, afinal, mais de um quarto do total da população. Não há como dialogar sobre população brasileira sem considerar a história, a existência e os papéis sociais da população negra no Brasil, e em especial, da população de mulheres negras. Observa-se, então, a necessidade de pesquisas mais específicas, incluindo, sobretudo, pesquisas de campo, frente a quantidade escassa de dados estatísticos com recortes específicos.

Por último, ressalta-se a necessidade de investimento em políticas públicas específicas para a quebra do modo atual da estrutura de oportunidades na sociedade brasileira, marcada pela hierarquização das construções históricas e sociais. Enquanto houver desigualdade, haverá justificativa para a criação ou manutenção de políticas públicas como mecanismo de promoção da igualdade.

REFERÊNCIAS

BALESTERO, Gabriela Soares. Mulheres na diplomacia brasileira: breves

contribuições teóricas. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal

de Uberlândia. Uberlândia, v. 45, n. 2, p.104-134, 2017. Disponível em:

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistafadir/article/view/40648. Acesso em: 30 mar. 2019.

BAPTISTA, Ronaldo Pimentel. A produção das hierarquias sociais de classe, raça e gênero no mercado de trabalho no Brasil. Anais do Congresso Internacional

Interdisciplinar em Sociais e Humanidades. Salvador, v. 17, n. 3 p. 201-215,

2014. Disponível em:

http://aninter.com.br/Anais%20CONINTER%203/GT%2017/14.%20BAPTISTA.pdf. Acesso em: 28 abr. 2019.

BARCELLOS, Ana Paula de. Constitucionalização das políticas públicas em matéria de direitos fundamentais: o controle político-social e o controle jurídico no espaço democrático. In: SARLET, Ingo Wolfgang; TIMM, Luciano Benetti (org.). Direitos

fundamentais: orçamento e “reserva do possível”. Porto Alegre: Livraria do

Advogado Editora, 2008. p. 111-147.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 11 mar 2019.

BRASIL. Lei n. 3.353, de 13 de maio de 1888. Declara extinta a escravidão no Brasil. Rio de Janeiro: Princeza Imperial Regente, 1888. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/LIM3353.htm. Acesso em: 30 mar 2019. BRASIL. Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010. Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de

1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003. Brasília, DF: Presidência da República, 2010. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm. Acesso em: 19 maio 2019.

BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe Sobre O Ingresso nas Universidades Federais e nas Instituições Federais de Ensino Técnico de Nível Médio e Dá Outras Providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-

2014/2012/lei/l12711.htm. Acesso em: 19 maio 2019.

BRASIL. Lei nº 12.990, de 9 de junho de 2014. Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de

economia mista controladas pela União. Brasília, DF: Presidência da República, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-

2014/2014/Lei/L12990.htm. Acesso em: 22 maio 2019.

BRASIL. Lei nº 9.799, de 26 de maio de 1999. Insere na Consolidação das Leis do Trabalho regras sobre o acesso da mulher ao mercado de trabalho e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9799.htm. Acesso em: 22 maio 2019. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada,

Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Brasília, DF: Ministério da Educação,

2019a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-continuada- alfabetizacao-diversidade-e-inclusao. Acesso em: 22 maio 2019.

BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Igualdade

Racial. Brasília, DF: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,

2019b. Disponível em: https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/igualdade-racial. Acesso em: 22 maio 2019.

CARBONI, Florence; MAESTRI, Mário. A Linguagem Escravizada: Língua, História e Poder. Revista Espaço Acadêmico. v. 2, n. 22, 2003. Disponível em:

https://www.academia.edu/11380352/A_Linguagem_Escravizada._L%C3%ADngua_ Hist%C3%B3ria_e_Poder. Acesso em: 23 mar 2019.

CARNEIRO, Suelaine. Mulheres Negras e Violência Doméstica: decodificando os números. São Paulo: Geledés Instituto da Mulher Negra, 2017.

CARVALHO, Layla Daniele Pedreira de. A concretização das desigualdades: Disparidades de raça e gênero no acesso a bens e na exclusão digital. In:

MARCONDES, Mariana Mazzini et al. (org.). Dossiê mulheres negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil. Brasília: Ipea, 2013. p. 81-107. Disponível em: http://ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&id=20978. Acesso em: 13 abr. 2019.

CONCEIÇÃO, Eliane Barbosa da. Superando as desigualdades raciais: uma análise das principais políticas públicas. Cadernos Gestão Pública e Cidadania. São paulo, v. 15, n. 56, p. 85-108, 2010.

COSTA, Ana Alice Alcântara; SARDENBERG, Cecília Maria Bacellar. O Feminismo no Brasil: uma (breve) retrospectiva. In: COSTA, Ana Alice Alcântara;

SARDENBERG, Cecília Maria Bacellar (org.). O Feminismo do Brasil: reflexões teóricas e perspectivas. Salvador: UFBA, Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, 2008. p. 23-47.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas.

https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/viewFile/S0104- 026X2002000100011/8774. Acesso em: 29 mar. 2019.

CRUZ, Jamile Campos da. O Trabalho doméstico ontem e hoje no Brasil: legislação, políticas públicas e desigualdade. Anais do Seminário Nacional da Pós-

Graduação em Ciências Sociais - UFES. Vitória, v. 1, n. 1, 2011. Disponível em:

http://periodicos.ufes.br/SNPGCS/article/view/1632/1228. Acesso em: 13 abr. 2019. DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Plataforma Gueto, 2013. Mulheres, raça e classe, 1982.

FONTOURA, Natália et al. Apresentação retrato das desigualdades de gênero e raça: 20 anos. Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça: 1995 a 2015. Brasília: Ipea, 2017. Disponível em:

http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/170306_apresentacao_retrato.pdf. Acesso em: 17 abr. 2019.

GOMES, Nilma Lino. Apresentação. In: SANTOS, Katia Regina da Costa; SOUZA, Edileuza Penha de Souza (org.). SEPPIR – Promovendo a igualdade racial para

um Brasil sem racismo. Brasília: Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da

Juventude e dos Direitos Humanos, 2016. p. 13-14. Disponível em:

http://www.dedihc.pr.gov.br/arquivos/File/copy3_of_SEPPIRPromovendoaIgualdade RacialParaUmBrasilSemRacismo.pdf. Acesso em: 17 maio 2019.

GOMES, Nilma Lino. Movimento negro e educação: ressignificando e politizando a raça. Revista Educação e Sociedade. Desigualdades e diversidade na educação. Campinas, v. 33, n. 120, p. 727-744, 2012. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/es/v33n120/05.pdf. Acesso em: 28 abr. 2019.

HERINGER, Rosana. Desigualdades raciais no Brasil: síntese de indicadores e desafios no campo das políticas públicas. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 18, p. 57-65, 2002. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-

311X2002000700007&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 13 abr. 2019. HOOKS, bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de

Ciência Política. Brasília, n. 16, p. 193-210, 2015. Disponível em:

http://periodicos.unb.br/index.php/rbcp/article/view/2237. Acesso em: 29 mar. 2019. IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Características

gerais dos moradores: 2012-2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2017a. Disponível em:

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101377_informativo.pdf. Acesso em: 17 abr. 2019.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Rendimento de

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101390_informativo.pdf. Acesso em: 17 abr. 2019.

JACCOUD, Luciana. O combate ao racismo e à desigualdade: o desafio das políticas públicas de promoção da igualdade racial. In: THEODORO, Mário. (org.).