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1. Acolher, integrar e inserir: nos caminhos da Reforma Psiquiátrica (Welcome, integrate and include: paths in the Brazilian psychiatric reform)

Autores: Rafael Felippe Follador (Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PR/Br.), Leandro de Andrade (Pontifícia Universidade Ca- tólica do Paraná, PR/Br.)

Resumo:

Por séculos a loucura significou exclusão, reclusão e asilamento. Hoje a realidade no campo da saúde mental se constrói produzindo efeitos de inclusão social. Para isto é necessário afirmar a diferença e inscrevê-la na subjetividade coletiva conforme a aspiração da Reforma Psiquiátrica. O internamento hoje se configura em tempo limitado, com três momentos: Acolher, Integrar e Inserir. Com o desafio de intervir no circuito de internamentos recorrentes dos pacientes criou-se um Programa de Acompanhamento e Intervenção ao Paciente em Internamento Psiquiátrico. Este foi aplicado em uma Unidade de internamento feminina de um Hospital de Psiquiatria, através de cinco projetos: Acolhimento (1° momento), Arteterapia e Terapia de Grupo (2° momento), Orientação à Alta (3° momento) e Espaço de Escuta (permeando os 3 momentos), utilizando diferentes técnicas e instrumentos. O Programa foi conduzido por diferentes abordagens da psicologia, contemplando efeitos nos níveis psicoterapêuticos, psicopedagógicos e psicoprofiláticos.

2. Adolescência e escolha profissional: a escuta de um impasse (Adolescents and professional choices: listening to impasses)

Autores: Niamey Granhen Brandão da Costa (Universidade da Amazônia, AM/Br. e Universidade Federal do Pará, PA/Br.), Larissa Sales Pereira (Universidade da Amazônia, AM/Br.)

Resumo:

Este trabalho objetiva relatar os impasses manifestados por oito adolescentes de ambos os sexos, faixa etária de 16 à 17 anos, alunos do 2º ano do ensino médio de uma Escola de Aplicação da UFPA que integraram um grupo terapêutico de escuta, no segundo semes- tre de 2009, desenvolvido no Projeto de Extensão intitulado “Facilitação da Escolha em Orientação Vocacional”, que busca a imple- mentação de espaços de escuta destinados a acolher ansiedades, dúvidas, inseguranças, medos, fantasias, evidenciados durante seis encontros realizados, com diálogos reflexivos que possibilitaram aos jovens falar sobre seus impasses da escolha profissional. Os resul- tados revelam que processos inconscientes são determinantes na escolha de uma profissão e que essa escolha pode causar sofrimento psíquico, o qual se evidencia significativamente durante a fase da adolescência através da conduta e dos sentimentos expressos pelos jovens, observados durante o processo de escuta terapêutica, principalmente quando existem conflitos inconscientes não resolvidos. 3. Afetos, sentimentos, emoções e a experiência clinica

(Affects, feelings, emotions and clinical experience)

Autores: Nathan Luz de Beltrand (Universidade Federal de Santa Catarina, SC/Br.) Resumo:

Neste trabalho o autor faz uma revisão do conceito de Pathos aplicado a clinica psicológica. Não se trata de revisar na filosofia, Psi- quiatria e na Psicologia o entendimento de Paixão, mas antes, se propõem a traçar uma linha desde a Pathé, até o afeto e a fenome- nologia, e sua relação com a clinica psicológica. Afinal, como ocorre a experiência do analista que tem a frente seu paciente? Como se sucede a escuta frente a uma ficção, que é composta de uma realidade - única - entre observador e observado? A escuta flutuante é uma saída para este beco, afinal, experimentar a Gestalt e outras formas de experiência única pode ser decomposta na forma de projeções, do analista e do paciente. Assim, é uma análise que quebra a realidade, mas que deve ser uma ferramenta do clinico. E, mais ainda, (o mais difícil) poder escolher quando fazer a análise das ações e percepções no ambiente clinico, e escolher quando ser parte da experiência - apenas auditor.

4. Inventário da (in)pronúncia: Althusser, a escrita e o nome (Inventory of (un)pronunciation: Althusser, writing and the name)

Autores: Rozane Margarete de Oliveira Santos (Faculdade de Ciências Econômicas de Divinópolis, MG/Br.), Cláudia Aparecida de Oli- veira Leite (Faculdade de Ciências Econômicas de Divinópolis, MG/Br.)

Resumo:

Este trabalho interroga o ternário escrita – corpo – nome sublinhando os efeitos e desdobramentos desse ternário para a psicanálise e, mais precisamente, destacando tal articulação na autobiografia de Louis Althusser, intitulada “O futuro dura muito tempo”. Dessa maneira, apresentaremos os elementos que permitiram que Althusser compusesse uma escrita autobiográfica rompendo o silencia- mento e contornando um traço impronunciável do seu nome próprio. Althusser, ao capturar na escrita os detritos de sua história, abre caminhos para interrogarmos a trama que se escreve na articulação do corpo e do nome. No discurso de Louis Althusser encontramos o laço entre sua história subjetiva e a construção de sua releitura de Marx. A escrita autobiográfica modela-se, portanto, como actus essendi – um ato de ser.

5. Amor e angústia na relação de uma mãe com seu filho com esclerose lateral amiotrófica (Love and anxiety in the relationship of a mother and her son with amyotrophic lateral sclerosis)

Autores: Isana Marília Ribeiro (Universidade de São Paulo, SP/Br.), Maria Suzana Carlsson Ribeiro (Universidade de São Paulo, SP/Br.), Antonio Geraldo de Abreu Filho (Universidade Federal de São Paulo, SP/Br.), Ana Luiza Steiner (Universidade Federal de São Paulo, SP/ Br.), Tatiana Mesquita e Silva (Universidade Federal de São Paulo, SP/Br.), Tatiana Mesquita e Silva (Universidade Federal de São Paulo, SP/Br.), Helga Cristina Silva (Universidade Federal de São Paulo, SP/Br.), Acary Souza Bulle Oliveira (Universidade Federal de São Paulo, SP/Br.), Leila Cury Tardivo (Universidade Federal de São Paulo, SP/ Br.).

Resumo:

O presente trabalho propõe reflexões da relação mãe/cuidadora e seu filho com E.L.A., doença degenerativa do neurônio motor, com paralisia progressiva e até o momento sem prognóstico de cura. A regressão e dependência na relação mãe/filho, advindas da doença, nos remete a indagar a relevância de um “re-despertar” do que pode ser denominado de “estado de preocupação materna primária” (proposto por Winnicott), onde a mãe é capaz de perceber e ser sensível a todos os sinais e manifestações do bebê. Na eminência de

defesas obsessivas, como controle e sentimentos de posse em relação a ele. Apresentaremos considerações a serem trabalhadas na clínica, apoiando o vínculo entre mãe e filho, buscando dar o suporte à mãe em sua profunda angústia e ao filho adulto, que mantém suas necessidades, mesmo estando tão doente.

6. O afeto incorporado pela ingestão alimentar: a relação de amor e confiança entre terapeuta e paciente (Affects in-corporated by eating food: a loving and trustful relationship between therapist and patient)

Autores: Fernanda Kimie Tavares Mishima (Universidade de São Paulo, SP/Br.), Valéria Barbieri (Universidade de São Paulo, SP/Br.) Resumo:

A obesidade tem graves consequências físicas e psíquicas. Apesar de multifatorial, o aspecto emocional é negligenciado em trata- mentos. Dentre eles, o mais buscado é a cirurgia; há necessidade de prevenção e tratamento que envolva o aspecto emocional. Este trabalho apresenta o caso de uma mulher obesa grau II (IMC = 37 kg/m²), 32 anos de idade, que passou pelo Psicodiagnóstico Inter- ventivo como alternativa de tratamento. Foram oito sessões, com entrevistas e técnicas (Desenho da Figura Humana e Procedimento de Desenhos-Estória), interpretadas pelo método da livre inspeção de referencial psicanalítico winnicottiano. Notou-se presença de sentimentos de desvalorização e inutilidade na função de mulher e mãe, dificuldade nas relações interpessoais e restrição na expres- são do self; uso do alimento para incorporar o afeto que não recebeu. Ao final, a paciente conseguiu integrar impulsos amorosos e destrutivos, numa relação de confiança. Houve perda de peso, denotando a relevância dos aspectos emocionais no tratamento dessa patologia.

7. Amor e ódio, a dualidade nas amizades entre adolescentes (Love and hatred, a duality in friendships among teenagers)

Autores: Aline Ferreira de Lima (Universidade Metodista de São Paulo, SP/Br.), Marcela Silva Bacceli (Universidade Metodista de São Paulo, SP/Br.)

Resumo:

As amizades arcaicas da criança mudam de caráter durante a adolescência. A presença de impulsos e sentimentos muito fortes, comum nesse estágio da vida, cria amizades muito intensas entre os jovens, principalmente entre os membros do mesmo sexo. A idealização de certas pessoas é acompanhada pelo ódio a outras, que passam a serem vistas da pior maneira possível, principalmen- te com pessoas imaginárias tais como: vilões de filmes e da literatura, pessoas reais bem distantes do indivíduo (líderes políticos do partido opositor, por exemplo) essa divisão entre amor e ódio parece servir para manter as pessoas amadas em maior segurança, tanto na realidade quanto na mente do indivíduo, pois cria a impressão de que é possível manter o amor intacto. As amizades na adolescência são geralmente muito instáveis. Uma razão para isso é a força dos sentimentos sexuais (conscientes ou inconscientes) que participam delas e as perturbam. O sentimento de posse e o ressentimento, que levam a exigências excessivas, são elementos que dificultam a amizade; na verdade, todo tipo de emoção exagerada pode arruiná-la. Quando isso acontece, descobrimos pela investigação psicanalítica que situações arcaicas de desejos insatisfeitos, de ressentimento, de voracidade e ciúme vieram à tona. 8. As ligações invisíveis que mantém juntos, mesmo separados

(Invisible connections hold individuals together, even when they are separated)

Autores: Camilla Monti Oliveira (Universidade de São Paulo, SP/Br.) e Manoel Antonio dos Santos (Universidade de São Paulo, SP/Br.) Resumo:

O término de uma relação amorosa, em alguns momentos, pode ser vivenciada pelo casal como uma batalha. Nem sempre decidir-se pelo final desta significa que é o seu fim. Terminar nem sempre significa deixar de se estar junto. O presente trabalho busca retratar a tentativa de Cecília, que após 30 anos de casamento, decidiu-se por separar-se do marido, com quem dividia a mesma casa, porém, não mais uma vida enquanto casal. Através do processo terapêutico de Cecília, ocorrido no contexto de uma clínica escola, durante o período de um ano, foi possível perceber que, em sua tentativa de não manter uma relação com o ex/atual marido, mantinha-se como esposa, na medida em que correspondia ao papel vivenciado por tantos anos. Enquanto foi capaz de dar-se conta do quanto ainda alimentava sua relação, mesmo não querendo, mostrou-se apta a agir para, de fato, separar-se do marido. Ao final do processo, foi capaz de morar sozinha em sua casa, ainda que o ex/atual marido fosse morar no mesmo terreno, mas já em outra casa.

9. Aspectos obscuros da infertilidade masculina (Obscure aspects of male infertility)

Autores: Patrícia Gomes Accioly Lins (Universidade de São Paulo, SP/Br.), Valéria Barbieri (Universidade de São Paulo, SP/Br.). Resumo:

A partir da literatura, a infertilidade é definida como ausência de concepção após doze meses sem o uso de contraceptivos. Apesar de alguns autores estenderem esse período para dois anos. Sua prevalência na população varia entre os diferentes países, de um mínimo de 5% à um máximo de 30% de todos os casais. De acordo com Melamed e cols (2009) o fator masculino é responsável por 30% à 50% dos casos de infertilidade conjugal. Sabe-se que o projeto de ter filhos, é uma parte fundamental do projeto de vida de muitos homens e mulheres. Farinati (2009) p.45, define: “A constituição do desejo de maternidade e paternidade faz parte da cadeia simbólica constitutiva da própria identidade do sujeito”. O fato de desejar ter filhos e não poder realizar esse desejo, produz muitos sentimentos conscientes e inconscientes na vida de cada sujeito e a forma com que cada um vai lidar com a problemática da infertilidade, vai depender dos recursos internos individuais e da dinâmica de cada casal. De acordo com Trindade e Enumo (2002), os homens associam a infertilidade com problemas de sexualidade e virilidade. Em relação aos filhos biológicos, colocam a necessidade de descendência. Costa (2002), afirma que: “Ser estéril é um problema que fere a masculinidade, pelo fato de comumente à esterilidade masculina estar associada à impotência”.

10. A esquizofrenia através dos olhos de Poe (Schizophrenia through the eyes of Poe)

Autores: Heloisa Christina Mehl Gonçalves (Instituto Superior de Educação Sant’Ana, PR/Br.). Resumo:

Este trabalho objetivou submeter o personagem William Wilson, criado pelo escritor britânico Edgar Allan Poe (1809-1847), em 1839, a uma análise psicológica de suas atitudes e sentimentos. O conto sofre uma reviravolta quando o personagem encontra, em sua esco- la, um garoto – que continua a aparecer em momentos ao longo de sua vida - de mesmo nome, roupas, atitudes, fisionomia, ou seja, idêntico a ele, que torna-se um fardo para William, sendo que ambos discutem constantemente; no entanto, ninguém pode ver este homônimo, levando esta hostilidade a um final trágico. O método utilizado foi a revisão bibliográfica para verificar a existência de es-

ver um maior enfoque a estes transtornos, sendo que a inserção da literatura no ensino da Psicologia é de extrema relevância para tal. 11. Da angústia à emergência do subjetivo na clínica do paciente hospitalizado em cuidados paliativos

(From anxiety to the emergence of the subjective in clinical work with a hospitalized patient receiving palliative care)

Autores: Vanusa Balieiro do Rego (Universidade Federal do Pará, PA/Br.), Roseane Freitas Nicolau (Universidade Federal do Pará, PA/Br.) Resumo:

Escutar o paciente oncológico angustiado frente à finitude, diante das impossibilidades reais derivadas das prostrações causadas pela doença e fracasso do tratamento, colocou-nos frente às questões sobre as emergências subjetivas trazidas por estes pacientes no contexto hospitalar, levando-nos a uma busca sobre a ampliação de dispositivos clínicos em ambientes não classicamente analíticos. Este estudo nasce de reflexões clínicas e teóricas estruturadas no grupo de Pesquisa “A psicanálise, o sujeito e a instituição: um diálogo com os profissionais de saúde sobre os processos sintomáticos do corpo”. Trata-se portanto de uma intersecção entre a Psicanálise e a Medicina. Este trabalho objetivou analisar o caso de um paciente em cuidado paliativo internado em um Hospital Universitário, articulando-o com a noção de emergência subjetiva na teoria psicanalítica.

12. Elisa, a flor-da-pele: ensaios sobre o corpo, e sobre o amor transferencial em hospital geral (Elisa, body visible: essays on the body and on transferential love in a general hospital)

Autores: Nelly Lara de Brito (Universidade da Amazônia, AM/Br.), Elizabeth Samuel Levy (Universidade da Amazônia, AM/Br.) Resumo:

Este trabalho é fruto de um Estágio Curricular em Psicologia da Saúde, realizado no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) em Belém do Pará, pela Universidade da Amazônia. O principal objetivo foi abordar a questão do corpo por meio da análise teórico-clínica de bases psicanalíticas de uma experiência de escuta analítica em setting hospitalar, de uma mulher que convive com HIV/Aids, realizado durante quatro meses na Enfermaria de Doenças Infectocontagiosas do HUJBB. Durante o atendimento, o sofri- mento psíquico se fez imperiosamente presente, atualizando-se por meio de um intenso vínculo de amor transferencial, a partir do qual se instalou a alguma possibilidade de simbolizar seus conflitos psíquicos. A contratransferência também compareceu de forma marca- damente “visceral” e impactante. O corpo adoecido de Elisa parece ter sido a via para o encontro com o estranho familiar do pathos revelado à flor da pele pelo confronto com seu diagnóstico de HIV/Aids, possibilitando delinear as cores do desamparo, da castração e dos ganhos secundários de sintomas que apareceram como demonstrações peculiares de traços de uma organização marcadamente histérica. O manejo transferencial se mostrou como um recurso fundamental para que amores outros se reeditassem no e pelo vínculo estabelecido, tendo como efeito o início de um reposicionamento subjetivo, demonstrando a importância da escuta do inconsciente em ambientes diversos, como é o caso dos hospitais gerais.

13. Entre a internação e o ambulatório: a experiência de continuidade do vínculo terapêutico com uma paciente psiquiátrica (Between inpatient and outpatient treatment: the experience of continuity in a therapeutic bond with a psychiatric patient)

Autores: Fernanda de Sousa Vieira (Universidade de São Paulo, SP/Br.), Fernanda Kimie Tavares Mishima (Universidade de São Paulo, SP/Br.)

Resumo:

A psicoterapia na abordagem psicanalítica pode ser entendida como lugar para produção de espaço de desenvolvimento e acolhi- mento, principalmente na atenção a pacientes psicóticos, que necessitam de continente, segurança e a experiência com um vínculo suficientemente bom. O presente trabalho objetiva discutir, a partir de atendimento psicológico de orientação psicanalítica, os psico- dinamismos de uma paciente com diagnóstico de transtorno bipolar com sintomas psicóticos, egressa de hospital psiquiátrico público. Destaca-se que o atendimento foi realizado durante dois anos, desde o momento da internação até o acompanhamento ambulatorial. Percebeu-se que a continuidade do tratamento e o fortalecimento do vínculo terapêutico auxiliaram seu desenvolvimento emocional, funcionando como espaço transicional, que permitiu a presença de um ambiente confiável para conhecimento dos aspectos internos e compreensão das próprias necessidades da paciente, discriminando com a realidade compartilhada. Houve integração entre os serviços de saúde mental.

14. Eros e Psiquê: sobre o amor na transferência (Eros and Psyche: on love in the transference)

Autores: Vívian Anijar Fragoso Rei (Pontifícia Universidade de São Paulo, SP/BR.) Resumo:

Desde os primórdios da psicanálise, a situação clínica se caracteriza pelo estabelecimento e o manejo transferencial. Apesar desta ser concebida por Freud, em um primeiro momento, somente como manifestação de resistência do paciente, a transferência foi, aos poucos, compreendida como um dispositivo clínico necessário para o processo analítico. Assim, partindo da narrativa mítica de Eros e Psiquê, o presente estudo tem por objetivo discutir a função clínica do amor, enfocando a vivência deste na relação transferencial. Utilizando-se da psicopatologia fundamental, nesta exposição será abordada a noção de Kliniké- que, de origem grega, refere-se ao ato de inclinar-se para escutar o sofrimento daquele que porta uma voz única sobre seu pathos. Diante desta concepção, será consi- derada, também, a posição do clínico que, ao inclinar-se, é afetado pelo excesso advindo do paciente.

15. O Amor patológico descrito na obra “Lua nova” (Pathological love described in the novel “New Moon”)

Autores: Sergio Rodrigo Martinez (Universidade do Oeste do Paraná, Pr/Br.) Resumo:

Introdução

1 O conceito de transtorno de humor bipolar 2 A saga “Crepúsculo” (twilight) e seu sucesso juvenil 3 As nuances do episódio “lua nova”

4 O amor patológico dramatizado e o diagnóstico das cenas a partir do DSM-IV

6 “Bella” e seu amor patológico: riscos da ficção na mensagem subliminar dos transtornos Conclusões

comparativo.

(The impact of preconceptive fantasies and the bond in the formation of the body image in obese children: a comparative study) Autores: María del Carmen Manzo Chávez (Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, Mx.), Annelisse Torres Fernández (Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, Mx.), Nancy Dennis Guzmán Torres (Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, Mx.)

Resumo:

Las fantasías preconceptivas son una derivación del narcisismo de los padres depositada en el hijo y que influyen en la estructuración psíquica y corporal del niño, además impactan en la formación del ideal del yo en el niño a partir del propio ideal del yo de los padres y tienen una relación en la formación del vínculo. Este estudio comparativo cualitativo, analiza la formación de la imagen corporal del niño y su relación con las fantasías preconceptivas de la madre. La muestra estuvo conformada por 20 diadas madre-hijo en la etapa de latencia, distribuidos en 2 grupos, uno de niños obesos y otro de niños no obesos cada uno con 10 sujetos. A los cuales se les aplicó una ficha de Identificación, Entrevista, Test de la relación Madre-Hijo, Test de la silueta y el IMC. Se encontró una tendencia a la presencia se obesidad en los niños que sus madres presentaron problemas de salud durante el embarazo o que fueron prematuros, y alteración en el vínculo. Ambos grupos presentaron alteración de la imagen corporal, siendo más notoria en niñas que en niños. La obesidad y la alteración de la imagen corporal, son resultado de las fantasías preconceptivas, el vínculo con el hijo, la relación madre-hijo y factores sociales.

17. A inscrição do delírio no corpo: paciente psicótico e auto-mutilação (The inscription of delusion on the body: psychotic patient and self-mutilation)

Autores: Geni A. J. Wolf (Pontifícia Universidade Católica de Campinas, SP/Br.), Marilia C. Bianchini (Pontifícia Universidade Católica de Campinas, SP/Br.), Marly A. Fernandes (Pontifícia Universidade Católica de Campinas, SP/Br.)

Resumo:

Este estudo teve como objetivo analisar e discutir a automutilação a partir do contato com um paciente internado em uma enfermaria de psiquiatria de um hospital geral. A prática de psicopatologia foi realizada em uma enfermaria de psiquiatria de um hospital geral universitário, que oferece assistência à comunidade assim como, um espaço para a formação de profissionais da área da saúde. As visitas à enfermaria foram realizadas durante os meses de outubro a novembro de 2009. Durante a prática, houve o contato com um paciente que havia sido internado devido a uma crise que resultou na automutilação da mão direita e de quatro cm de seu pênis. Além de observação e contato com o paciente, houve a leitura de seu prontuário para buscar dados sobre a sua história de vida. Após cada visita foi elaborado um diário de campo (dados do caso, narrativa, questionamentos e diálogo com a teoria) que foram apresentados e socializados com a docente, monitoras e colegas durante as aulas de laboratório da disciplina Psicopatologia. O referencial psicanalítico favoreceu a reflexão sobre automutilação e delírios em episódios psicóticos e apontou para a necessidade de se buscar uma melhor compreensão das manifestações psicopatológicas nos transtornos psíquicos graves.

18. A homoafetividade como despertar do verdadeiro self (Homoaffectivity as an awakening of the true self)

Autores: Lucas Charafeddine Bulamah (Universidade de São Paulo, SP/Br.), Manoel Antônio dos Santos (Universidade de São Paulo, SP/ Br.), Valéria Barbieri (Universidade de São Paulo, SP/Br.)

Resumo:

Na voga do paradigma científico das ciências naturais e/ou encobrindo ideologia sob a roupagem de epistème, algumas correntes psicanalíticas se incluíram no grupo de modelos teóricos que classificavam a homoafetividade como fenômeno psicopatológico. Alguns autores, na tentativa de expandir o conhecimento a respeito da homossexualidade, propuseram que ela fosse vista como formação falso self, apoiado-se em interpretações pessoais das idéias de Donald Winnicott. O presente trabalho tem como propósito incluir-se no grupo de pesquisas que, dentro da psicanálise, visam constituir um novo paradigma, questionando a forma de conceber a diversidade sexual. Isso será feito por meio do estudo de um caso clínico em pesquisa psicanalítica com técnicas projetivas, paralelamente à revisão de trabalhos de psicanalistas winnicottianos que abordaram o tema da sexualidade. Com efeito, visa-se demonstrar que, com o apoio dos avanços da própria teoria psicanalítica contemporânea, é possível questionar o status de sexualidade desviante da homoafetivi- dade e também esclarecer que, na realidade, potencialmente psicopatológica é a tentativa de repressão da atração afetivo-sexual por

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