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5.1.1 Pesquisa Documental

A busca dos estudos foi norteada por uma questão pré-definida. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 16 documentos, de modo a compor as definições constitutivas e operacionais para elaboração dos itens do fluxograma.

A análise dos estudos apontou que a temática abordada estava relacionada majoritariamente aos protocolos que norteia a assistência no âmbito do SUS.

Foram selecionados documentos publicados entre 2012 e 2019. Identificou-se que 13(81%) foram publicados nos últimos cincos anos, 15(93%) realizados em território nacional e 1(6%) recomendações internacionais. A fim de identificá-los e para melhor exposição dos resultados, optou-se por enumerar os estudos e apresentar segundo o ano de publicação (Quadro 03).

Quadro 3 - Identificação dos documentos selecionados conforme critérios de elegibilidade. Natal, 2020.

Referência

1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

2 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

3 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 4 SÃO PAULO. Diretrizes para Implementação da Rede de Cuidados em

IST/HIV/AIDS. Manual Gestão da Rede e dos Serviços de Saúde. São Paulo: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 2017.

5 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Cuidado integral às pessoas que vivem com HIV pela Atenção Básica: manual para a equipe multiprofissional. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

6 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Diretrizes para organização do CTA no âmbito

Fonte: Autoria própria (2020).

5.1.2 Definição constitutiva e operacional dos itens do fluxograma

As definições constitutivas e operacional do fluxograma de atendimento à pessoa que vive com HIV/AIDS estão apresentadas no Quadro 04. Estas foram elaboradas com base na literatura e nos conceitos identificados a partir da pesquisa documental.

da Prevenção Combinada e nas Redes de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

7 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Cinco passos para a construção de linhas de cuidado para pessoas vivendo com HIV/Aids. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 8 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de

Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Cinco passos para a implementação das linhas de cuidado para Pessoas Vivendo com HIV/aids. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

9 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Prevenção Combinada do HIV/Bases

conceituais para profissionais, trabalhadores(as) e gestores(as) de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

10 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Nota informativa conjunta nº 10/2017-

DIAHV/SVS/MS e DAB/SAS/MS. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

11 UNAIDS (United Nations Programme on HIV/AIDS). 90-90-90: On the Right Track towards the Global Target. Geneva: UNAIDS, 2016.

12 WHO. World Health Organization. 90–90–90: An ambitious treatment target to helpend the AIDS epidemic, 2014.

13 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Cinco passos para implementação do manejo da infecção pelo HIV na Atenção Básica. Brasília: 2014.

14 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Recomendações para a prática de atividades físicas para pessoas vivendo com HIV e aids. Brasília: Ministério da Saúde, 2012 15 BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 77, de 12 de janeiro

de 2012. Dispõe sobre a realização de testes rápidos, na atenção básica, para a detecção de HIV e sífilis, assim como testes rápidos para outros agravos, no âmbito da atenção pré-natal para gestantes e suas parcerias sexuais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 10, 13 jan. 2012, Seção 2, p. 42-43.

16 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Atenção em saúde mental nos serviços

Quadro 4 - Definição constitutiva do fluxograma de atendimento à pessoa vivendo com vírus da imunodeficiência humana. Natal, 2020.

Estudo Recomendação Definição constitutiva

e Operacional Diagnóstico

Brasil (2018) - Compete às equipes de Atenção Básica realizar testes rápidos para o diagnóstico de HIV.

- CTA se tornaram referência para o acesso universal à testagem e aconselhamento em HIV/aids.

- SISCEL: Rede LACEN.

- Rede cegonha: executores em testes rápidos de HIV. - Unidade Básica de Saúde (UBS) -Consultório de rua (eCR) - Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) - Urgência e emergência - Rede LACEN - Maternidades Acolhimento

Brasil (2017) - Receber a pessoa desde a sua chegada facilitando o acesso ao serviço e ao tratamento.

- Cuidado integral às pessoas que vivem com HIV pela Atenção Básica: manual para a equipe multiprofissional.

- Nota informativa conjunta nº 10/2017- DIAHV/SVS/MS e DAB/SAS/MS para População em Situação de Rua.

- UBS -Consultório de Rua (eCR) -SAE Vinculação /retenção Brasil (2017)

- Aos pacientes assintomáticos e estáveis que já estão em seguimento nos SAE, pode-se ofertar o atendimento no serviço de Atenção primária dentro de uma proposta de cuidado compartilhado entre o SAE e equipe da UBS. - UBS (Assintomáticos estáveis)

-SAE (Sintomáticos, coinfectados, gestantes, Crianças)

-UBS -SAE

Imunização

Brasil (2019) - Crianças, adolescentes e adultos infectados pelo HIV, sem alterações imunológicas e sem sinais ou sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, devem receber vacinas o mais precocemente possível.

- A vacinação deste grupo pode ser realizada em qualquer unidade de saúde. No entanto, mantém-se a necessidade de prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. - UBS - Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE)

Nutrição e atividade física Brasil (2017)

Brasil (2012)

- As equipes envolvidas devem ter preferencialmente formação multidisciplinar, sendo compostas por nutricionista, profissional de educação física, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, entre outros, tendo como enfoques a prevenção de agravos, a socialização dos usuários e, principalmente a

- UBS - SAE - NASF

qualidade de vida.

-A atividade física é importante, pois ajuda as pessoas a se manterem saudáveis e ativas, por exemplo, auxiliando no controle da diabetes e dos problemas relacionados ao colesterol alto e triglicerídeos, e também reduzindo os efeitos da lipodistrofia.

Saúde Mental Brasil (2017)

Brasil (2012)

- Está instituída a Rede de Atenção Psicossocial, que abrange os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), para pessoas que necessitem de atendimento específico para agravos relacionados à Saúde Mental.

- O desenvolvimento de ações de cuidado voltadas à saúde física e mental nos SAE tem por base os princípios do SUS: equidade, universalidade, integralidade, interdisciplinaridade e humanização, caracterizando-se como promoção da saúde mental e prevenção de sofrimento psíquico. - Diversas ações disponibilizadas nos SAE, como acolhimento, avaliação psicossocial e grupos de adesão e convivência, podem ter efeitos terapêuticos em relação às PVHIV.

- SAE - CAPS

Saúde Bucal Brasil (2017) -O cuidado bucal da PVHIV deve ser

assegurado pela equipe de saúde bucal, de forma articulada ao trabalho dos demais profissionais da equipe de saúde.

- É importante ressaltar que as medidas de biossegurança para atendimento à PVHIV são as mesmas usadas para qualquer pessoa.

- UBS - Centro de Especialidades Odontológicas (CEO)

Urgência e Emergência

Brasil (2017) - Apoio, tratamento e cuidados no contexto agudo (agudização da comorbidade) em Prontos Socorro, UPA, Hospitais.

- Prontos Socorro; - UPA,

- Hospitais; - Maternidades; Fonte: Autoria própria (2020).

A análise dos dados extraídos, agrupados e sintetizados possibilitou delimitar a linha de cuidado a PVHIV. A partir desta fundamentação se deu a elaboração e disposição dos itens para construir o fluxograma (Figura 05). Neste, os serviços de saúde foram distribuídos em 8 grandes áreas, a saber: acolhimento; diagnóstico; vinculação e retenção; imunização; nutrição e atividade física; saúde mental; saúde bucal e urgência e emergência.

Figura 5 - Fluxograma de atendimento à pessoa vivendo com vírus da imunodeficiência humana no município de Natal-RN. Natal, 2020.

LEGENDA

*Notificação Compulsória Obrigatória. Portaria Nº- 204, de 17 de fevereiro de 2016.

** Regulação: Em Natal para marcações de consultas e exames, as Unidades Básicas de Saúde são responsáveis para agendar os procedimentos de consultas e exames ambulatoriais de média complexidade e cabe aos Distritos Sanitários para inserir os exames de alta complexidade (NATAL, 2007).

Fonte: Autoria própria (2020).

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