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Primeira proposta

No documento soniamariaferreiraazalim (páginas 114-118)

3.3 Detalhamento das ações

3.3.1 Primeira proposta

O diagnóstico sobre o PPCESA indicou, de modo geral, a necessidade de se adotarem ações para o seu aprimoramento. Inicialmente, deve-se adequá-lo a partir das lacunas identificadas pelos avaliadores do MEC. Em seguida, devem-se promover os ajustes referentes às alterações curriculares e legais, as quais ainda não foram incorporadas ao documento. Para tal realização, será necessária a releitura do PPCESA, para a identificação das falhas. Nos Quadros 11 e 12 são apresentadas, de forma resumida, as duas ações relativas a esta etapa do planejamento.

Quadro 11 - Adequação do PPC resultante da análise do Relatório do MEC

What (o que será

feito)? Estudo sobre as demandas de natureza econômica e social.

Why (por quê)?

Porque não constam no PPC os principais arranjos produtivos locais, as informações sobre quantidade de egressos do ensino médio, quais IES atuam na região e sobre o mercado de trabalho.

Where (onde)? Na cidade de Juiz de Fora

When (quando)? Nos dois semestres letivos de 2018

Who (quem)? Grupo de Educação Tutorial do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UFJF (GET/ESA)

How (como)?

Por meio de visitas a empresas (como a FIEMG, por exemplo); a sites (DIEESE, IBGE, IPEA...) e à Secretaria de Educação de Juiz de Fora para coletar os dados necessários. Em seguida, deverá ser elaborado um relatório, o qual será encaminhado para a comissão formada para rever o PPCESA.

How much (quanto

custa)?

Estimadamente R$250,00 (duzentos e cinquenta reais), referente a passagens de ônibus para locomoção no perímetro urbano de Juiz de Fora

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

A realização deste estudo tem sua relevância realçada quando se pensa que ele poderá sinalizar quanto aos conteúdos profissionalizantes e específicos a serem ministrados no CESA em função das necessidades regionais do setor produtivo, indicar se o número de vagas ofertadas está adequado à demanda, se o mercado de trabalho é capaz de absorver os egressos do curso, entre outras potencialidades. Além disso, contribuirá para tornar o PPCESA mais completo, mais fiel à realidade do curso e da região.

A ação proposta será realizada pelos bolsistas do GET/ESA e orientada por sua tutora, a qual concordou quando solicitada a cooperar com o projeto. O mandato da professora que atua na tutoria do GET/ESA tem término previsto para 2019, e ela pode ser reconduzida por mais três anos – ou seja, ela poderá coordenar a consecução do projeto do início ao fim. Para a realização do mesmo, deverão ser realizadas reuniões para: (i) explicitar o que deverá ser feito – isto é, um levantamento de dados oriundos de empresas, escolas e sites que forneçam as informações desejadas, a tabulação dos dados – e qual a sua importância; (ii) organizar as frentes de trabalho; (iii) organizar as informações e preparar o relatório. Quando este estiver

pronto, deverá ser encaminhado para a comissão criada especificamente para reler o PPCESA e sugerir as alterações necessárias.

A concretização dessa ação tem um custo e, a fim de obter os recursos necessários, o GET/ESA irá elaborar, com o apoio da Coordenação do CESA, um projeto a ser submetido à Pró-Reitoria de Extensão. Caso seja aprovado, esse projeto possibilitará o custeio das passagens ou a cessão de veículo oficial da UFJF.

Por seu caráter finito, essa ação será encerrada tão logo o relatório seja entregue à comissão competente. Não obstante, a parceria da Coordenação do CESA com o GET/ESA não precisa findar, uma vez que poderão surgir novas diligências que motivarão essa técnica de cooperação que leva a benefícios mútuos, por se fundamentar numa relação ganha-ganha.

Quadro 12 - Criação de uma comissão

What (o que será

feito)? Criação de uma comissão formada por professores e alunos.

Why (por quê)?

Pela necessidade de reunir e organizar as informações que levem à formulação de alternativas de solução para os problemas identificados.

Where (onde)? Na cidade de Juiz de Fora

When (quando)? Início do primeiro semestre letivo de 2018 Who (quem)? Colegiado do CESA da UFJF

How (como)? Realização de uma reunião com pauta única para tratar estritamente desse assunto

How much (quanto

custa)?

Não haverá custos adicionais, considerando que serão utilizados recursos orçamentários da UFJF.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

A criação dessa comissão - uma sugestão para denominá-la seria Comissão Permanente de Atualização do PPCESA - justifica-se pela complexidade dos assuntos a serem tratados. Essa comissão será responsável não somente pela releitura do projeto pedagógico, mas também pela compilação das informações advindas das diversas fontes (egressos, mercado de trabalho, legislação pertinente, recomendações do NDE). Essas informações, após analisadas, discutidas e compiladas pela comissão, irão gerar um relatório constituído por elementos que explicitem as oportunidades de melhoria do PPCESA, bem como suas justificativas e propostas de soluções. Esse documento deverá ser enviado para o Colegiado,

órgão deliberativo que é responsável pela reestruturação e modernização do Projeto Pedagógico do Curso - decisões de cunho pedagógico. O Colegiado continuará as discussões, ouvindo o NDE, e decidirá quanto à conveniência de promover mudanças curriculares – quais?, quando?, de que forma?.

No caso de ajustes para adequação do texto do PPC, o procedimento é mais simples, decidido no âmbito do próprio CESA por já ter percorrido os trâmites legais, restando apenas sua incorporação. No entanto, se os ajustes se referirem à proposta de alteração ou reforma, esta estará sujeita, ainda, à aprovação do Conselho Setorial de Graduação da UFJF (Congrad). Se a aprovação se efetivar, as mudanças devem atender ao que preconiza o RAG, ou seja, o previsto no art. 56:

Art. 56. Os prazos para implementação da reforma curricular e da alteração curricular são:

a) Reforma curricular: entra em vigor no semestre letivo subseqüente a sua aprovação pelo Conselho Setorial de Graduação, desde que em tempo hábil para efetivação da matrícula.

b) Alteração curricular: entra em vigor em data indicada pelo Colegiado de Curso ou Conselho de Unidade e aprovada pelo Conselho Setorial de Graduação. (UFJF, 2016c, p. 18)

Caberá também ao Colegiado do CESA estudar as formas de transição, de tal modo que possibilite e encoraje os estudantes a optarem pela nova matriz curricular em caso de alterações que criem novo currículo. Essa medida se faz necessária porque, de acordo com o Regulamento Acadêmico de Graduação (RAG), o aluno periodizado pode escolher o currículo ao qual quer se manter vinculado, de acordo com sua conveniência.

Art. 55. Na reforma curricular a discente ou o discente deve observar as seguintes condições:

I – para optar pelo novo currículo apresentar declaração por escrito da opção pelo currículo novo, observadas as condições de adaptação;

II - no caso de permanência no currículo ao qual estiver vinculada ou vinculado, fica assegurado o tempo recomendado de integralização correspondente, salvo por força de Lei.

Parágrafo único. Não cursar ou não aprovar qualquer atividade acadêmica não assegura a permanência da discente ou do discente no currículo ao qual estiver vinculada ou vinculado, ficando sujeito às determinações da Coordenação do Curso para às adaptações necessárias. (UFJF, 2016c, p. 18) Destarte, é vantajoso, para a Administração Pública, que todos migrem para o currículo atualizado, considerando a escassez dos recursos para fazer frente à demanda de

oferecer mais de um currículo simultaneamente, o que poderia, inclusive, inviabilizar a efetivação do PPC reformado.

A comissão deverá criar normas para seu funcionamento como, por exemplo, duração e periodicidade das reuniões, com vistas a garantir que as discussões tenham quórum e sejam produtivas.

Como sugestões para o Colegiado do CESA, idealizadas a partir dos resultados da pesquisa de campo, tem-se: (i) ampliar o prazo de implementação da reforma curricular para 1 (um) ano após a sua aprovação; (ii) estabelecer um prazo de vigência para o novo currículo; e (iii) permitir ampla participação dos alunos do CESA no decorrer dos debates.

A primeira sugestão apoia-se no entendimento de que é fundamental que os alunos conheçam mais profundamente o novo currículo para que possam se decidir quanto à conveniência de aderirem ou não a ele. Adicionalmente, eles terão mais tempo para se ajustarem à nova matriz, caso optem por ela.

O estabelecimento de um prazo de vigência para o novo currículo é justificado pela necessidade de monitoramento – para identificar possíveis gaps - e avaliação dos resultados – para verificar se os objetivos estão sendo alcançados.

Com relação à ampla participação dos alunos do CESA durante as discussões, destaca- se que a formação cidadã é função integrante do processo educativo e, ao possibilitar-lhes o exercício de suas individualidades e a expressão de suas ideias, os professores estarão garantindo não só essa formação, mas também conquistarão maior legitimidade em suas decisões.

No documento soniamariaferreiraazalim (páginas 114-118)