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UNIDADE 8

“Consumir drogas é uma escolha sua e ninguém pode fazê-lo mudar seu comportamento ou decidir por você. Se você perceber que isso está prejudicando sua vida, sua saúde ou seus relacionamentos e quiser mudar, posso tentar ajudá-lo, mas a decisão e a escolha são suas”. Isso faz com que a pessoa sinta que pode ter o controle de seu comportamento e de suas consequências. Vários autores relatam que tal percepção de “responsabilidade” e “controle da situação” pelo usuário pode ser um elemento motivador para a mudança de compor- tamento e quebra de resistência.

A ( ): Aconselhamento

Diversos estudos indicam que orientações claras sobre a diminuição ou interrupção do uso de drogas reduzem o risco de problemas futuros, aumentam a percepção do risco pessoal e servem de motivação para que o usuário considere a possibilidade de mudan- ça de comportamento. Procure associar os problemas por ele relata- dos ao uso que faz de substâncias e ajude-o a refletir sobre isso, pois algumas vezes o usuário não percebe que é o uso de álcool e/ou outras drogas que está interferindo em sua saúde, em sua relação familiar ou profissional (ex.: álcool e úlceras gástricas, tabaco e enfisema pulmo- nar, maconha e problemas de memória). Mostre que, se ele reduzir ou parar o uso de drogas, a possibilidade de futuros problemas relaciona- dos ao uso também diminuirá. Isso pode levá-lo a perceber os riscos que envolve seu uso de drogas e servir como razão para considerar a mudança de comportamento. Peça ao usuário que liste as vantagens e desvantagens do uso de drogas e comente sobre elas. É importante fornecer orientações claras, livres de qualquer preconceito e, sempre que possível, ter em mãos materiais informativos sobre drogas para dar ao usuário.

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M ( ): Menu de opções de estratégias para modificação do comportamento (reduzir ou parar o consumo) Nessa etapa, busca-se identificar, com o usuário, as situações de risco que favorecem o consumo de substâncias, como: onde ocorre o uso, em companhia de quem ou em quais situações (sociais ou de sentimentos pessoais). Com tal identificação, é possível orientá-lo no desenvolvimento de habilidades e estratégias para evitar ou lidar de outra maneira com essas situações de risco. Pergunte ao usuário onde ocorria o consumo e em companhia de quem. Não pergunte o nome das pessoas que faziam uso com ele, mas apenas que tipo de relaciona- mento mantêm (ou mantinham) entre si: se são (eram) amigos, namorados, primos, etc. Em seguida, peça-lhe que conte em que situações usava (onde estava, com quem e o que estava sentindo antes de usar). Procure entender se as situações de maior risco eram ocasiões sociais (ex.: estar com amigos no bar, em festas, na saída do trabalho) ou situações em que ele se sentia triste, aborrecido, depri- mido, contrariado (sentimentos pessoais). Desse modo, você identi- ficará algumas das situações de risco que o levaram (ou levam) a usar drogas e, então, poderá orientá-lo sobre o que fazer para evitar essas situações. Lembre-se de que fornecer alternativas de estratégias e escolhas pode ajudá-lo a sentir que tem o controle e a responsabilida- de de realizar a mudança, aumentando sua motivação. É importante tentar fazer com que o próprio usuário pense nas estratégias, mas, caso ele tenha dificuldades, você pode sugerir algumas. Veja alguns exemplos de opções e estratégias:

• Sugira a ele que faça um diário sobre seu uso da substância, registrando: onde costuma (ou costumava) usar, em que quantidade, em companhia de quem, por qual razão, etc. Isso ajudará a identificar as possíveis situações de risco.

• Identifique, com o usuário, algumas atividades que possam lhe trazer prazer: realizar uma atividade física, tocar um instrumento, ler um livro, sair com pessoas não usuárias, etc.

UNIDADE 8

Após essa identificação, proponha a ele que substitua o uso de drogas por essa(s) atividade(s).

• Forneça informações sobre onde buscar ajuda especializada, se for o caso, ou tente fazê-lo refletir sobre aquilo de que ele gosta, além do uso da substância. Se ele não souber, utilize isso para estimulá-lo a se conhecer melhor, descobrir novas coisas, novos interesses. Procure ter sempre à mão opções gratuitas de lazer, dos mais diferentes tipos (atividades esportivas, apresentações de música, oficinas de artesanato, etc.), para sugerir a ele.

• Descubra algo que o usuário gostaria de ter e lhe dê a ideia de ecomomizar o dinheiro que normalmente gastaria com drogas para adquirir aquele bem. Faça as contas com ele sobre quanto gasta. Por exemplo, um fumante que gasta R$ 3,00 por dia com cigarros em um mês economizaria R$ 90,00, e em seis, R$ 540,00, valor suficiente para comprar

uma TV nova ou pagar mais da metade de um computador completo. Contas simples como essa podem ajudá-lo a perceber o prejuízo financeiro, além dos problemas de saúde.

E ( ): Empatia

É fundamental evitar o comportamento confrontador ou agressivo. O usuário deve sentir-se à vontade para falar de seus proble- mas e dificuldades. Demonstre a ele que você está disposto a ouvi-lo e que entende seus problemas, até mesmo a dificuldade de mudar.

S ( ): Autoeficácia

O objetivo é aumentar a motivação do usuário para o processo de mudança, auxiliando-o a ponderar os “prós” e “contras” associados

empathy

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