• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1.2. SISTEMA HORMONAL

2.1.2.2. Principais Glândulas Endócrinas, suas Hormonas e os seus

Segundo Clark et al. (1991), as glândulas endócrinas mais importantes são (fig. 5): a hipófise ou a pituitária, em estreito contacto com o hipotálamo (Burnie 1995); a

28

tiroide; as paratiroides; o pâncreas; as glândulas suprarrenais e as gónadas ou órgãos sexuais.

Figura 5 – Principais glândulas endócrinas, localização no organismo (adaptado). [4a/b]

2.1.2.2.1. Sistema Hipotálamo-Hipófise

A hipófise e o hipotálamo estão ligados por uma fossa pituitária, ou seja, um pequeno pedúnculo que contém vasos sanguíneos e fibras nervosas (Winston, 2005).

O hipotálamo localiza-se na região inferior do diencéfalo e controla todas as glândulas endócrinas, incluindo a hipófise, enviando-lhe hormonas que vão transmitir a informação para esta produzir, ou inibir a síntese e a segregação das suas hormonas. Pode-se dizer que o hipotálamo funciona como mediador entre o sistema endócrino e o sistema nervoso, uma vez que tanto a hipófise como o sistema endócrino são subordinados ao sistema nervoso (Burnie, 1995).

A hipófise é a glândula mais importante do sistema endócrino com tamanho aproximado ao de uma ervilha, localizada acima do céu-da-boca (Clark et. al., 1991).

Burnie (2005) subdivide a hipófise em adeno-hipófise (parte anterior) e neuro- hipófise (parte posterior). A adeno-hipófise, segundo o mesmo autor, produz hormonas que controlam e regulam outras glândulas do sistema endócrino denominadas de

29

hormonas estimulantes, ou tróficas segundo Oliveira (1998), e hormonas efetoras que atuam em todo o corpo de forma direta. Como hormonas estimulantes temos: a

foliculoestimulante (FSH) que estimula a maturação dos folículos ováricos e a

espermatogénese; a luteinizante (LH) com ação nas células intersticiais do ovário ou do testículo; e a tirotropia ou tiroestimulante (TSH) que induz o crescimento da tiroide e a secreção das suas hormonas. Como hormonas atenuantes diretamente em todo o corpo temos: a somototropina ou hormona do crescimento (GH) que estimula o crescimento; a

melanotropina (MSH) que regula a pigmentação; a prolactina (LTH) que estimula a

secreção de leite; e a corticotropina ou adenorticotropina (ACTH) que equilibra o metabolismo (Oliveira, 1998).

A neuro-hipófise tem como função armazenar e segregar a oxitocina e a

vasoprassina produzidas pelo hipotálamo. A oxitocina é importante no momento do

parto, estimulando a contração do músculo liso, nomeadamente do útero. Já a

vasoprassina ou “hormona antidiurética” regula a pressão arterial, controlando o

volume sanguíneo e a concentração de sol (Clark et al., 1991).

2.1.2.2.2. Tiroide

Segundo Burnie (1995) esta glândula é formada por dois lobos, ligados por um istmo, um de cada lado da traqueia, fazendo lembrar uma espécie de laço (Winston, 2005)

Burnie (1995) refere a existência de uma série de folículos no interior da tiroide onde são sintetizadas e armazenadas as suas hormonas. As hormonas sintetizadas por esta glândula são: a tiroxina que, segundo Winston (2005) regula o consumo de oxigénio pelas células na produção de energia; a triiodotironina segundo Oliveira (1998) controla a presença de iodo no organismo; e a calcitonina que regula a concentração no sangue favorecendo a formação dos ossos, segundo Burnie (1995).

2.1.2.2.3. Paratiroide

Esta glândula é constituída por dois pares de órgãos semelhantes (Burnie 1995) anexados à face posterior da tiroide, em que um par se localiza na parte superior e o

30

outro na parte inferior (Oliveira, 1998). Estes órgãos produzem apenas uma hormona, a

paratormona que interatua com a calcitonina (Winston, 2005) na regulação do

metabolismo do cálcio e do fósforo (Oliveira, 1998).

2.1.2.2.4. Suprarrenais ou Adrenais

As glândulas suprarrenais apoiam-se em camadas de gordura da parte superior dos rins (Winston, 2005) e de igual forma à hipófise estas são uma combinação de duas glândulas que neste caso se encontram uma no interior da outra, em que o córtex é a parte externa que envolve a medula na parte interna (Oliveira, 1998).

Segundo Burnie (1995), o córtex suprarrenal tem como principal função a produção de inúmeras hormonas denominadas por corticoides ou corticosteroides que podem classificar-se em: os mineralcorticoides como a aldosterona que regula o equilíbrio salino entre o sódio que é retido e o potássio excretado do organismo, mantendo o equilíbrio hídrico; os glicocorticoides como a cortisona e o cortisol que diminuem o consumo de glicose por arte das células, consequentemente o seu aumento no sangue, e inibem os processos inflamatórios; hormonas sexuais nomeadamente os

androgénios e estrogénios que segundo Clark, et. al., (1991) são também intervenientes

no momento do parto quando estes são androgénios que vão despoletar o parto quando estes são transformados em estrogénios ao nível da placenta.

A medula suprarrenal é formada por células de origem nervosa onde existem glândulas de adrenalina ou epinefrina e noradrenalina ou norepinefrina, hormonas segregadas pelas adrenais. Para além de aumentar a concentração de açúcar no sangue e estimular na secreção de ACTH da adeno-hipófise, a adrenalina aumenta a pressão arterial e o volume do sangue que passa pelo coração em cada contração, tal como a

noradrenalina que é um neurotransmissor do sistema simpático (Burnie, 1995).

2.1.2.2.5. Pâncreas

Esta glândula localizada atrás do estômago tem duas funções, a produção de sucos digestivos e a segregação de hormonas, sintetizadas em aglomerados de células no interior do pâncreas, designadas de ilhéus de langerhans (Winston, 2005). Burnie

31

(1995) divide estas células em alfa que segregam glucagina (glucagon), e beta que sintetizam e segregam a insulina. A secreção se insulina é estimulada pelo sistema nervoso parassimpático, enquanto o sistema nervoso simpático estimula a secreção da glucagina.

Estas duas hormonas trabalham em sintonia de forma a manter os níveis de açúcares no sangue adequados ao funcionamento normal do organismo. Enquanto a insulina transforma o excesso de glucose em glicogénio armazenado no fígado e nos músculos, a glucogina tem função contrária, de transformar o glicogénio em glucose em caso de necessidade energética (Clark et al., 1991).

2.1.2.2.6. Gónadas

Para Oliveira (1998) as glândulas sexuais são os testículos no homem e os ovários na mulher, nos quais, segundo Burnie (1995), a função hormonal é complementada durante a gravidez pela placenta. Nos ovários, a produção de estrogénios e progesterona é regulada pelo hipotálamo e a hipófise através da FSH e LH. A interação conjunta destas duas hormonas permitem a ocorrência do ciclo ovário e do ciclo uterino (Winston, 2005). Nos testículos, segundo o mesmo autor, a LH estimula a produção de hormonas, enquanto a FSH intervém na espermatogénese, ou seja, no desenvolvimento e maturação dos espermatozoides.

A ação das hormonas sexuais permite o desenvolvimento de características sexuais secundárias. O estrogénio, a progesterona, a testosterona e a androsterona quer no sexo masculino quer no sexo feminino, é o nível relativo destas permitem funções sexuais femininas (estrogénio e progesterona) e funções sexuais masculinas (testosterona e androsterona) (Clark et al., 1991).

32

2.2. VULCANISMO

O vulcanologia é a ciência que estuda a atividade vulcânica, no que respeita à origem e composição química dos magmas e à distribuição dos vulcões pelo planeta, tentando prever futuras erupções vulcânicas a fim de salvar vidas humanas. O vulcanismo é uma das mais trágicas, porém espetaculares manifestações do geodinamismo interno da Terra, que fornece informação preciosa para um melhor estudo e compreensão do nosso planeta. Desta forma as ciências vulcanológicas têm sofrido grande evolução de conhecimento que permitiu um léxico de novos termos e conceitos que reestruturaram outros mais clássicos e tradicionais. Neste trabalho optou- se por uma síntese desta nova terminologia de acordo com Nunes (2002).