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CAPÍTULO II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.3.7. RISCOS OU DESVANTAGENS DA APRENDIZAGEM

O maior risco da aprendizagem cooperativa é a ocorrência de casos de alunos que se escondem na sombra dos outros, isto é, uns fazem o trabalho e outros são passivos, não contribuindo em nada para a resolução dos problemas. Este facto pode ocorrer de duas formas: (1) porque os alunos não se acham capazes de resolver o problema e deixam essa tarefa para os elementos mais capazes; (2) os elementos mais fracos são ignorados pelos outros, não dando a possibilidade de eles contribuírem com alguma coisa para que se resolva o problema. Para combater este tipo de situações há a necessidade de distribuir papéis e funções pelos alunos do grupo, onde cada elemento é importante, à semelhança de uma peça de um puzzle, para concluírem o trabalho. É também através da responsabilização individual da sua aprendizagem, que se chega à recompensa coletiva como somatório dos resultados individuais. Só assim a metodologia é aplicada de forma adequada, tendo o grupo de assegurar que todos os elementos aprendem os conteúdos envolvidos na resolução do trabalho. Outras dificuldades ou obstáculos neste tipo de aprendizagem são; (1) a valorização por parte dos alunos dos procedimentos em função da aprendizagem, ou seja, fazer rápido e acabar a tarefa não implica muitas das vezes reflexão e aprendizagem; (2) pode ocorrer um reforço de conceções alternativas em vez de serem suprimidas; (3) a relação interpessoal pode ser considerada mais importante que a aprendizagem conceptual; (4) podem ocorrer casos de alguns alunos mudarem a sua dependência do professor para os melhores alunos do grupo. No combate a este tipo de obstáculos, o professor terá de efetuar um bom planeamento e controlo das interações do grupo para que a metodologia não tenha o efeito contrário, o de aumentar más relações sociais dentro do grupo turma (Lopes & Silva, 2009).

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação- reflexão”

Paulo Freire

“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”

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3.1. REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Este capítulo consiste na reflexão pessoal sobre a generalidade do estágio e a cada uma das estratégias implementadas na sala de aula durante a lecionação nas unidades de ensino:“ Conhecer a Estrutura e Dinâmica da Geosfera – Vulcanologia” e “Coordenação do Organismo – Sistema Neuro-hormonal”, cujas planificações se encontram nos Anexos I e II respetivamente.

O estágio é o momento de transformar a teoria adquirida na sala de aula num desafio profissional que permite construir a prática letiva com que nos deparamos pela primeira vez. Neste contexto vivenciamos a verdadeira realidade das escolas e dos professores pois deparamo-nos com situações complexas para as quais tentamos, diariamente, encontrar soluções e tomar decisões nomeadamente sobre a melhor atividade a desenvolver, como estimular os alunos a participar na sala de aula, saber qual a melhor forma de lidar com alunos em situações de risco, e como reagir em situações de indisciplina. Tudo isto tendo em conta que na sala de aula existe uma grande heterogeneidade de alunos a nível cognitivo, atitudinal, social, etc. É a partir deste tipo de situações desafiadoras que devemos analisar as nossas metodologias para criar melhores condições de aprendizagem para os alunos, preparando-os ativamente para o seu futuro em sociedade.

Ao longo deste período de lecionação, em conjunto com a professora Cândida Ferreira e a minha colega de estágio Nádia Machado, demos primazia à preparação das aulas nos aspetos científicos, didáticos e metodológicos para que ocorresse uma aprendizagem efetiva. Posteriormente foi feita uma reflexão a partir das experiências em sala de aula, o que constituiu uma atividade benéfica e enriquecedora. Como consequência deste trabalho os alunos manifestaram-se interessados, respeitaram as nossas aulas, e mostraram-se colaboradores, participando e aceitando desafios quando as estratégias são mais inovadoras, nomeadamente através de aprendizagem cooperativa.

Foi claramente observada uma diferença entre os alunos do 9º e 10º ano, em que os primeiros ainda não apresentaram sentido de responsabilidade e respeito pelo espaço de sala de aula. Para estes alunos as aulas tinham de ter uma preparação mais detalhada de forma a manter os alunos minimamente cativados e curiosos de modo a não se desconcentrarem e perturbarem os restantes colegas. Já os alunos do 10º ano foram mais

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sossegados e muito curiosos o que levava muitas vezes a questões que implicavam o desvio do objetivo da aula causando sempre um pequeno atraso dos conteúdos planificados para a mesma, contudo não muito significativo devido à “atuação” do professor que tentava responder de uma forma mais genérica ou remeter sempre que eram assuntos que os alunos ainda iriam aprender. Os alunos no geral respeitaram as opiniões de todos os colegas e integraram-se facilmente no grupo de que faziam parte, estando sempre abertos à novidade. Ficavam excitados com a abordagem cooperativa e trabalhavam muito bem em grupo.

Mais especificamente as minhas regências formativas no 9º e 10º ano, nas respetivas temáticas, decorreram com grande interesse e empenho por parte dos alunos manifestado nas atividades e na atuação em sala de aula. As aulas correram sempre como o previsto sem haver alterações significativas na planificação. Reforço, no entanto, que a preparação a nível pedagógico apresentou mais dificuldades na ação da prática, relativamente ao conhecimento teórico. Isto é, apesar de possuirmos conhecimentos teóricos que nos servem como linha de orientação, a realidade prática mostra que não é fácil estabelecer a relação de métodos mais elaborados com os temas abordados e com o programa a cumprir no final de um ano letivo. Quanto às minhas aulas considero que foram dinâmicas e com utilização de estratégias, que tiveram por base a aprendizagem cooperativa. Estas atividades envolveram os alunos ativamente, os quais se empenhavam na realização das atividades no grupo a que pertenciam. Algumas vezes o toque que marcava o final da aula, surpreendia-me bem como aos alunos que manifestavam desilusão pelo facto de aquela aula terminar.

Relativamente às estratégias utilizadas ao longo das aulas lecionadas posso salientar que foram muito bem sucedidas no que respeita as expectativas esperadas pelo professor relativamente aos alunos, uma vez que nunca tinham realizado algumas delas. A maioria das aulas lecionadas foi acompanhada com apresentações em PowerPoint (anexos gravados em cd, referenciados nas planificações apresentadas nos anexos I e II), que foram sempre uma mais-valia a completar a informação do manual, com imagens e esquemas mais acessíveis à compreensão por parte dos alunos sobre o conteúdo lecionado. Constituíram um o ponto de motivação para os alunos quererem saber sempre mais, perguntando e participando ativamente em cada diapositivo mostrado. O quadro também foi um bom “amigo” do professor e alunos pois permitia a elaboração de esquemas (anexos gravados em cd, referenciados nas planificações apresentadas nos

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anexos I e II) pelos alunos e/ou pelo professor, permitindo aos discentes organizarem-se e ajudarem-se uns aos outros a organizar os seus conhecimentos.

Os mapas de conceitos (presentes nas planificações em anexo) foram uma estratégia utilizada em ambas as turmas a fim de consolidar e verificar a organização do conhecimento sobre os conteúdos lecionados. A realização destes era feita inicialmente de forma individual e posteriormente em conjunto no quadro, com a intervenção e interação de todos os alunos de forma a fazer um mapa de conceitos o mais completo possível, que servisse de objeto de estudo. É de referenciar que nenhum mapa de conceitos efetuado pelos alunos individualmente estava errado, apenas apresentava uma estrutura e organização diferente conforme se encontrava organizado na sua “biblioteca” mental, embora por vezes se apresentassem bastante incompletos. Os alunos completavam-se uns aos outros, revelando que foram muito bem sucedidos na tarefa de interajuda.

No 9º ano, a unidade não era de fácil abordagem, uma vez que os conteúdos eram bastante teóricos e pouco práticos, pelo que se tentavam sempre dinamizar as aulas com questões e resolução dos exercícios em grupo cooperativo. No entanto, ainda se conseguiram aplicar duas atividades práticas (anexos em cd, referenciados na planificação apresentada no anexo II), como a determinação de recetores sensoriais na pele e a dissecação de um encéfalo de porco, nas quais os alunos puseram em prática e consolidaram o conhecimento até então adquirido nesta unidade. A execução dos protocolos foi realizada com os métodos de aprendizagem cooperativa de “pensar- formar pares-partilhar” e “cabeças numeradas juntas”. Os alunos adoraram e gostariam de repetir. Foi com grande alegria e satisfação que vi os alunos muito entusiasmados e concentrados no que estavam a fazer, aplicando o conhecimento que adquiriram. Constatei também a relação de interajuda dos elementos do grupo para a compreensão de todo aquilo que observavam.

No 10º ano a temática também era bastante teórica mas tinha mais flexibilidade para a prática. Foram realizadas várias atividades práticas, segundo protocolos elaborados e estudados pelo grupo de estágio, nomeadamente a formação de uma caldeira, elaboração e observação de um geiser e diferentes tipos de atividade vulcânica. Os alunos manifestaram-se mais motivados na aprendizagem e a quererem fazer mais atividades, tornando o ensino mais interessante. Quando os resultados analisados não

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eram os esperados, os alunos questionavam-se criticamente sobre o que poderia ter acontecido, o que mostra um aumento da autonomia e sentido crítico sobre o que fizeram e poderiam ter feito. Neste conteúdo foram também utilizados pequenos vídeos (anexos em cd, referenciados na planificação apresentada em anexo I), montados e editados pelo professor de acordo com as necessidades do mesmo. O primeiro vídeo reproduzido, como forma de introdução à vulcanologia, foi acompanhado de um guião com questões referentes ao “filme” e que serviu de referência nas aulas seguintes para a explicação de certos fenómenos. Os restantes vídeos não foram acompanhados por qualquer tipo de guião porque serviram apenas para mostrar e exemplificar determinados conceitos previamente explicados. Nesta estratégia os alunos mostraram- se muito recetivos às explicações e imagens passadas no decorrer do filme, pois mais uma vez foram confrontados com situações que na sala de aula são teóricas mas que ocorrem no mundo real. Considero importante frisar que não se deve aplicar em sala de aula um filme ou excerto simplesmente porque está dentro do assunto. É preciso trabalhá-lo, tal como foi feito com alguns dos “filmes” editados propositadamente para as aulas que levaram mais de uma semana a ser preparados, pois vários excertos de documentários eram estudados e compilados de modo a tornar o “filme” mais interessante e focado no que se pretendia. Isto só foi possível graças ao youtube, de onde foram retirados esses excertos, e ao movie maker que permitiu a sua edição.

O método de V de Gowin foi utilizado na atividade prática sobre a formação de uma caldeira vulcânica e serviu de objeto de avaliação sumativa, em substituição de um relatório extenso, sobre a atividade. Este método permite os alunos confrontarem a parte teórica dos conceitos com a prática executada, levando a uma aprendizagem muito bem concebida. Inicialmente este método tornou-se um pouco confuso para os alunos, mas ao decorrer da atividade tudo foi resolvido, deixando os alunos satisfeitos por terem tido acesso a mais uma forma de aprender e ser avaliados, preferindo desde então este método ao de realização de um relatório.

A aprendizagem cooperativa na sala de aula esteve sempre implicada na transmissão e construção do conhecimento dos alunos, com a orientação do professor. Esta estratégia implicou que todos os métodos aplicados fossem completamente dominados, ou seja, que existisse o conhecimento aprofundado dos métodos no que respeita a desvantagens, vantagens e forma de aplicação, o que exigiu um estudo detalhado com todos os passos a seguir, de modo a atingir o sucesso pretendido. Esta

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forma de ensino permite que o professor oriente os alunos na busca do conhecimento, desviando-os da ideia que trabalhar em grupo é uma forma de passar o tempo e de brincar, e mostrando-lhes que esse trabalho contribui para a realização pessoal e desenvolvimento cognitivo. Apesar da preparação deste tipo de aulas se muito morosa e trabalhosa, no final é compensatória, não só pelo facto de os alunos aprenderem mais e melhor uns com os outros, mas também porque os deixa entusiasmados para voltarem a trabalhar da mesma forma na aula seguinte.

No geral, a aplicação desta metodologia na sala de aula resultou positivamente quer na relação interpessoal dos alunos quer na expansão cognitiva de cada um.

O método que pessoalmente mais me atrai é o método de “o telefone”. Após a aplicação deste método numa turma de 10º ano, fiquei convencido a utilizar, sempre que possível, esta forma de aprender, pois todos os alunos se mostraram completamente motivados e numa busca descontrolada de informação para que pudessem cumprir os objetivos propostos. Neste método todos os alunos sem exceção, dos mais fracos aos melhores, trabalharam em conjunto com interesse e muita garra.

A avaliação foi realizada em três formas ao longo das regências: (1) a diagnóstica, no início da unidade temática, através da realização de uma ficha diagnóstico (presentes em anexo no cd, referenciados nas planificações apresentadas em anexo I e II) que permitiu determinar os conhecimentos base dos alunos referentes aos conteúdos a ser lecionados, constituindo um ponto de partida e dando a noção das lacunas que deveriam ser colmatadas de imediato; (2) a formativa, realizada em todas as aulas e em todos os momentos destas, através da participação dos alunos na resolução de exercícios, da participação adequada quando submetidos a questões por parte do professor e colegas do grupo cooperativo. A realização dos trabalhos de casa também era um elemento de avaliação formativa, bem como as autoavaliações realizadas no final de cada atividade. O registo desta avaliação foi efetuado em grelhas (anexos gravados em cd, referenciados nas planificações apresentadas em anexo I e II), de competências atitudinais, procedimentais, cognitivas ou concetuais e apontamentos sobre quem realizou os trabalhos de casa. Este tipo de avaliação é muito importante uma vez que permite verificar a evolução, ou a regressão, do aluno de acordo aos seus comportamentos e atitudes; (3) a sumativa, realizada através da aplicação de uma ficha de avaliação individual (anexos em cd, referenciados nas planificações em anexo I e II –

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as fichas de avaliação do 10º ano são de autoria da professora Cândida Ferreira), com objetivo de saber o que os alunos aprenderam e retiveram das aulas. Este tipo de avaliação, na minha perspetiva, não deveria ter tanto peso como lhe é aplicado nas escolas, porque mais que os conteúdos os alunos devem saber ser e estar com os outros. As notas das fichas de avaliação foram de certa forma o que esperávamos, uns muito bons, outros médios e alguns menos bons. Estes resultados foram alvo de reflexão, no que respeita à diversidade de níveis cognitivos, sendo a explicação encontrada o facto de alguns alunos não terem estudado o suficiente e manifestarem um pouco de desinteresse quando a matéria se tornava mais enfadonha. Contudo, na minha perspetiva, a culpa passa também pelo professor, não pela má comunicação ou explicação de conceitos e conteúdos, mas porque pode e deve sempre fazer mais por esses alunos não os deixando desistir e lutar mais para fazerem melhor.

A questão do tempo foi e será sempre difícil de controlar, pois os alunos são todos diferentes e como tal possuem necessidades diferentes. Alguns necessitam de mais “atenção” devido a um processo de aprendizagem mais lento, com bastantes exemplos e algumas curiosidades pelo meio. Cada aluno da turma é especial e nunca deve ser tratado como igual a todos os outros. De acordo com o que foi dito acima, as planificações foram sempre muito coerentes no fator tempo uma vez que em muitas das aulas houve cerca de 5 minutos não atribuídos a qualquer tarefa, ou houve atribuição de um pouco mais de tempo às atividades dos alunos. Assim, foi fácil controlar o tempo relativamente ao conteúdo lecionado naquela aula, levando-me a cumprir exatamente o número de aulas previstas desde início. Em suma, as maiores dificuldades encontradas foram consequência da falta de prática pedagógica que contudo, se tentou superar de uma forma coerente e eficaz no contexto dessas mesmas dificuldades. A ação em sala de aula bem como a relação de professor e alunos, foi a parte mais positiva em que um processo de interajuda permitiu com que tudo decorresse como planeado, podendo mesmo dizer que foram criados laços inexplicáveis e momentos jamais inesquecíveis.

De uma forma muito pessoal, relativamente ao meu estágio, que considero ter sido muito enriquecedor, gostaria de agradecer profundamente a oportunidade do contato com a escola e com a possibilidade de aplicação dos conteúdos aprendidos teoricamente, que me permitiram não só observar e avaliar “o professor” na sala de aula mas me proporcionou também a possibilidade de corrigir comportamentos futuros na minha vida profissional.

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”

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4.1. CONCLUSÕES

Ao longo do estágio pedagógico foram colocadas em prática atividades que permitiram aos alunos desenvolver capacidades conceptuais, atitudinais e procedimentais, através da aplicação de várias estratégias, métodos e recursos. Com estas atividades os alunos foram conduzidos a aprendizagens cognitivas individuais eficientes, através da aplicação de métodos de aprendizagem cooperativa. Os alunos tiveram um papel ativo na construção do seu conhecimento e o professor foi um mero mediador entre o conhecimento prévio do aluno e os novos conceitos que o aluno descobre.

Os objetivos e competências propostas no início das planificações de cada tema foram todos cumpridos e desenvolvidos nos alunos, o que levou a uma construção de conhecimento que foi verificado através das avaliações sumativas ao longo do período lecionado.

As estratégias adotadas para detetar conhecimentos prévios e/ou alternativos foram bem sucedidas e debatidas com os alunos, de forma que estes fossem esclarecidos, verificando-se uma correta reestruturação e consolidação dos conhecimentos.

Relativamente aos métodos e estratégias utilizadas, conclui-se que os resultados nem sempre foram os esperados inicialmente pelo professor, quer por não conhecer muito bem os alunos, quer por escassez de tempo resultante da morosidade de realização de determinadas tarefas. Houve assim necessidade de alterar alguns processos ou estratégias ao longo dos temas lecionado, também pelo facto de os programas curriculares serem extensos e necessitarem de adaptação para o seu cumprimento.

Apesar de pouca, a experiência obtida no ano de estágio pedagógico permitiu concluir que o melhor método para produzir “muito em pouco tempo” é a instrução direta, no entanto ficou também evidente uma maior motivação dos alunos quando se deparam com atividades cooperativas e com utilização das tecnologias como exibição de vídeos e apresentações interativas em powerpoint.

A relação professor-aluno foi muito importante e permitiu a existência de um elevado nível de feedback de ambas as partes relativamente ao desempenho de papéis

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dentro da sala de aula. Ao professor possibilitou mudar as suas estratégias de forma a chegar mais perto do sucesso dos alunos, e estes por sua vez sentiram-se mais seguros e motivados a aprender, sendo capazes de ultrapassar conflitos e divergências de opinião.

Assim, pode concluir-se que o estágio pedagógico, realizado durante um ano letivo, tem grandes vantagens para o futuro desempenho profissional do docente, pois permite-lhe melhorar e aperfeiçoar a precisão e clareza de comunicação, refletir sobre o que foi e o que deveria ter sido feito em determinadas situações. Em suma contribui para melhorar a prática futura, levando-o a enfrentar problemas e encontrar soluções para os mesmos.

A perfeição está muito longe, sendo quase inalcançável, mas o mais importante é a vontade e a motivação de aprender mais e melhor sobre a função desempenhada.

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