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Problemáticas/ Dificuldades apresentadas pelos familiares:

No documento RELATORIO são para entrega final formatado (páginas 176-184)

Elementos de Comparação entre os dois grupos: Grupo de Suporte Familiar e Grupo Psicoeducativo para Familiares de Pessoa com DMG

3. Problemáticas/ Dificuldades apresentadas pelos familiares:

a. Dificuldade na compreensão da doença e da sua evolução assim como dos efeitos da medicação

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

-Atribuição do comportamento do filho à personalidade/doença/genética culpabilizando o pai e

a si mesma: “ele não é uma pessoa compreensiva…ele não é uma pessoa acessível…que aceite qualquer coisa…nada…ele tem uma manira de estar…uma maneira de ser…que também não é normal penso eu…ou é da doença…ou é do álcool…ou é dele já característico…porque também é a tal coisa da genética…o pai dele também tem problemas…(…) as vezes digo que é do pai…se calhar…aqueles defeitos que ele tem não é do pai…são meus…mas as minhas características não se desenvolveram”sic.

-Atribui a separação do marido como factor desencadeante da doença:“agente vai ver os contornos de trás, talvez tenha ele…talvez tenha sentido a falta do pai…sei lá…a gente esta sempre a procurar os quês os porquês…”sic. Parece dar importância à ausência do pai no seu crescimento como um factor importante para a sua destabilização: “separei-me do meu ex- marido tinha o meu filho 1 ano, não é, não é por nada, mas ele so viu o pai depois aos 4 anos… e deve ter marcado nessa altura porque ele de vez em quando perguntava pelo pai”sic.

-Reconhecimento de que não se está preparado para a doença: “não estamos preparados para agir com estas doenças…ninguém está”sic.

Neste grupo foram levantados alguns problemas como a obesidade e o prazer sexual relacionado com a toma da medicação. Um dos pais coloca uma questão relativamente à sua filha que a Clozapina controlou as alucinações no entanto ela não consegue controlar o excesso de peso, mostrando preocupação com os efeitos secundários da medicação.

Procura-se esclarecimento sobre os vários medicamentos que o filho tinha tomado. Manifesta que o seu filho toma medicação há 12 anos, questiona se os medicamentos podem causar habituação.

Um familiar manifesta dúvidas relativamente à tolerância ao medicamento.

b. Gestão da medicação e tratamento por parte da pessoa doente

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

Revolta com o incumprimento do filho na medicação: “como se faz?...não lhe posso meter os medicamentos na boca…”sic.

Atribui a recaída com o abandono da medicação: também no passado o abandono da medicação aconteceu e só com a administração da medicação injetável é que ficou uma pessoa “normal”sic.

A situação do seu filho que tomou Prozac (fluoxetina) e que ficou desinibido e a mãe disse-lhe para deixar de tomar e ele deixou, deixou de tomar o antipsicotico e teve uma recaída.

Um familiar manifesta que de acordo com a sua experiência, parar a medicação é muito grave, testemunhando que quando o filho abandona a medicação tem mais sintomas e sintomas mais graves.

Durante o internamento do filho, estava lá internada uma pessoa que lhe transmitiu a ideia de que “na medicina chinesa não é necessário tomar drogas” sic. E este manifesta receio de que, com isto o filho volte a deixar de tomar a medicação.

Foi notável o reconhecimento da importância desta (medicação) no controlo dos sintomas e de como é sentido facilmente por parte dos familiares os efeitos do abandono e da toma irregular da medicação nas pessoas doentes.

c. Dificuldade na compreensão e gestão de comportamentos desajustados do familiar doente

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

Dificuldade na gestão do dinheiro: “mas ele é assim…tem vinte, vai gasta-los…porque ele diz que aqueles vinte não resolvem a vida dele e então vai gastá-los, mas se tiver trinta é a mesma coisa…e o sistema dele é sempre assim…sic.

Preocupação pelo filho não cumprir microtarefas: mostra inquietação pelo facto do filho em casa não fazer nada e manifesta que não sabe atuar, não sabe como fazer para que o filho aceite o que o pai lhe diz. Mostra como preocupações “como come...como dorme…a forma como se veste…”. E que não sabe como fazer para que o filho tenha hábitos de alimentação, de sono regulares: “comer a horas…dormir a horas…tomar os medicamentos a horas… para que os medicamentos sejam tomados a horas, que é o fator principal…” uma vez que para este pai o que leva o filho a não tomar os medicamentos é o facto de não ter rotinas: “em vez de se levantar às 8h ou 10h, levanta-se às 13h, não tem vontade de comer…come mal…”sic.

Não cumprimento das rotinas: “chega a estar um mês seguido com a mesma roupa”sic. Preocupação pelo filho não ter um projeto de vida: O pai refere que não sabe dizendo que neste momento o filho não tem visão de futuro.

Diferentes comportamentos em casa e no trabalho: “em casa é agressivo, mas no trabalho é caladinho”sic.

Preocupação pelo filho não cuidar de si mesmo: O pai mostra sentir-se preocupado pelo facto do filho não cuidar minimamente de si e não ter o mínimo de auto-estima.

Manifesta tristeza e angustia pela falta de afetividade da pessoa doente “não consegue dar-me a mão”sic

Manifesta que o seu filho gosta de estar isolado.

Manifesta dificuldade em compreender a necessidade do filho comer durante a noite.

Manifesta dificuldade em compreender que o filho durma muito durante o dia, fume muito em casa e não participe nas tarefas domésticas.

d. Dificuldades de comunicação com o familiar doente

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

Frustração pela dificuldade em comunicar com o filho: “eu não consigo ter conversas com o meu filho…alias o meu filho só fala comigo cinco minutos comigo se estiver alcoolizado…se não estiver alcoolizado não fala…e quando está alcoolizado eu não falo com ele porque não me interessa falar com ele porque ele diz baboseiras e uma pessoa não…ouvir as baboseiras”; refere que o confronta: “então tu fizestes isto, fizeste aquilo…”ele ataca logo e responde com o ataque; “eu não consigo ter cinco minutos de conversa com o meu filho…”.

Dificuldade em acreditar no filho: O pai mostra dificuldade em acreditar no que o filho lhe diz uma vez que este já lhe mentiu muitas vezes.

Reconhecimento de um discurso pouco assertivo com o filho: “ou tu te calas ou a possibilidade que tens é voltar a ser internado” sic.

Recorda que quando se irritava falava mais alto, reconhece hoje que não sabia comunicar: “eu gritava, ele não me ouvia, claro” sic e reconhece que também é importante definir os limites: “porque nós, pais, também temos limites, nós não conseguimos ir até onde eles querem ir, porque onde eles querem ir é interminável” sic.

Demonstra uma preocupação relativamente ao facto de dar conselhos ao filho e recrimina-se por o ter feito uma vez que para este esse comportamento fez com que o filho se afastasse mais dele.

Usam muitas vezes as palavras de ordem “tens que” sic e que nem sempre resulta.

Manifesta culpa quando o filho lhe pede opinião sobre como se apresenta e esta lhe diz: “estou farta, cansada porque estás sempre a perguntar” sic, manifestando mais uma vez culpa por lhe “saltar a tampa” sic.

“se ele se atira a mim, nem me quero lembrar…bombardea-lo não” sic

e. Medo: que a pessoa doente atente contra si própria ou contra o familiar com quem vive, medo da crise

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

- Medo/ desespero em viver com o filho: “eu também já tenho medo de viver com ele…viver com ele quando ele tem álcool…nos dias em que bebe álcool…eu não sei o que é que vai acontecer…” sic.

- Agressão física: “eu pus o meu filho à porta porque o meu filho deu-me uma tareia…” sic.; “…às vezes até nem havia qualquer coisinha…mas era da cabeça dele…que despoletava situações e pensamentos de agressividade…e quando ele pegou na grelha do fogão e partiu- me a porta…se ele me dá com aquilo na cabeça…de certeza que não estava aqui, não…e

Neste grupo, a maioria mostra medo da possibilidade da recaída e da crise.

Um familiar mostra medo da agressão física: Agressão:“já agrediu a mãe, partia a casa” sic

ali…indefesa...para aquilo que pudesse acontecer…”, “eu não podia fazer nada…ele é que punha e dispunha de tudo e de todos” e “era muito violento…muito…muito violento”; “quando ele bateu desalmadamente na irmã” sic.

Mostra que vive apavorada pelo filho poder atentar contra si: “o meu filho sai de casa à noite…eu tenho medo…eu estou a viver com ele porque a minha mãe esta a viver comigo…se eu estivesse a viver sozinha…eu não vivia com o meu filho…está a ver?...porque o meu filho chega a casa e eu não sei o que é que ele vai fazer…está a ver?...”sic.

Mostra angustia/ medo pelo facto do filho agredir e ser agredido: contando que várias são as vezes em que aparece em casa esmurrado, a sangrar do nariz e acha que é porque ele com o álcool fica implicativo e agridem-no.

Medo do filho atentar contra si próprio: “e fazia 10 a 12 km a pé até ao mar, o que faco? prendo- o, agarro-o, telefono para quem? O que é que tenho que fazer?” “ele quando lá chegasse podia fazer o que quisesse” “e eu mandava outras pessoas para lá ir…para não me conhecer…mas era um inferno…ele chega lá às arribas e o que é que faz?...nunca sei…ainda mais nesses casos” sic.;

Sentiu angústia e mesmo aterrorizada por ver o filho tentar saltar da janela. Refere que o H. tem maior predisposição para fazer mal a si mesmo.

Medo pela insegurança sentida ao entrar em casa depois da falta de resposta da polícia: o filho estava há três dias sozinho em casa porque ela não sentia segurança para entrar lá, e a polícia foi lá, falou com ele e não fez mais nada.

Medo por se manter continuamente agredida pelo filho só aliviado apos o internamento do mesmo: “andei meses escravizada porque ele me obrigava a ir ao multibanco levantar dinheiro”, maltratava-me”. Com agressão verbal referindo que foi “pavoroso, horrível”, só conseguindo alguma tranquilidade apos o internamento do filho.

Medo por contribuir para aumentar os conflitos e com isto que o filho atente contra si próprio: O pai mostra receio de aumentar os conflitos que tem com o filho (sobretudo pelo receia de que este possa antentar contra a sua vida), mostrando que ele manifesta expressões que não gosta de ouvir: “o pai já não gosta de mim” sic, ou “o pai já não me quer” sic; O pai de R mostra a angustia a tristeza por estar constantemente a ser agredido verbalmente pelo filho e não responde a nada.

f. Culpa: pela doença pela recaída e pela crise

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

Culpa o ex-marido pelo filho continuar a beber: “não…o pai desapareceu…eu fui buscar o pai tinha ele 20 e tal anos…paguei ao meu ex-marido quinhentos e tal euros por mês durante uma não para o meu filho não beber…e ele durante aquele ano deixou de beber…”sic. (mostra dificuldade de relacionamento com o pai do filho). Manifesta que este também tem problemas e que não seria uma ajuda para o seu filho, refere que o filho chega a procurar contactar o pai e que este não lhe liga, culpabilizando o pai pela revolta que acha que o filho tem e que o leva a beber.

Culpa pela superprotecção da mãe no passado: atribui de imediato à mãe o controlo e superproteção do filho: “era o menino da mãe”sic e “foi crescendo sempre como o menino da mãe” “ele sempre foi muito protegido…pela mãe”sic.; ele já era assim, desde criança, “a mãe é que tratava dele”sic. referindo que nunca se preocupou com a comida, a roupa que vestia: “não ia a uma loja, era a mãe que trazia para casa e ele escolhia”sic.

Associa os comportamentos disruptivos do filho ao divórcio dos pais: havia comportamentos que a deixavam com duvidas e os comportamentos de oposição eram vistos pela mãe como fruto do divorcio com o pai (associação do comportamento desadequado do filho ao divorcio) e o facto do “pai estar sempre contra mim”sic. e ele sentir isso. Ainda hoje a mãe considera que a situação do divórcio influenciou sobretudo a personalidade: “eu acho que ele tem uma dupla personalidade”.

Culpa pelo desajuste alimentar do filho por ser o pai a comprar a comida: O pai de R manifesta culpa pelos exageros alimentares do filho pelo facto de ser ele a comprar os bens alimentares para casa.

Ainda hoje é culpabilizada pelas irmãs e isso é que fez com que o filho ficasse doente: a separação do marido e o abandono do filho no país de origem.

Outra mãe culpabiliza-se pela doença do filho:

g. Estigma (isolamento social, da restante família e amigos) e auto-estigma

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

Isolamento: antes gostava de ir às compras e agora não gosta de ir nem ao supermercado, sempre gostou de estar com o marido no café a ler o jornal e agora não sente bem fazê-lo, não suporta estar com muita gente, muita confusão; mostra depois mágoa quando refere: “eu tive sempre nisto sozinha, porque o pai sempre achou que ele não tinha problemas”.

É uma doença que se esconde: RO tem um primo que descobriram agora que tem a mesma doença, manifestando que “é uma doença que se esconde”.

Solidão/ isolamento pela não compreensão por parte dos outros: “depois lá fora ninguém nos ouve…ninguém nos escuta…nem vale a pena falar muitas vezes…as pessoas não sabem…não entendem…”.

Estigma: Refere que não se fala sobre a doença, utilizando-se muitos termos técnicos, mas o essencial não é falado, é escondido e a ideia que as pessoas têm é que por detrás da pessoa que fez mal está “um monstro”. Pelo que fez, não olhando à fragilidade e ao sofrimento desta pessoa; A mãe de H. fala sobre o estigma da doença mental porque quendo existe um agressor ou um assassino este está sempre associado à doença mental, quando da realidade não é isso que acontece.

Auto-estigma: “já que a família esconde, os amigos não sabem…os próprios doentes também se fecham porque não são compreendidos”.

Estigma associado à medicação ser encarada como uma droga: referindo ainda a importância das outras pessoas quando fazem comentários “tomar drogas”sic.

Dificuldade de compreensão na escola do problema do seu filho: Mostra-se indignada pela atitude da diretora da escola quando esta lhe disse: “arranje um emprego para o seu filho”, mostra-se indignada e revoltada quando lhe respondeu “pois, se o emprego resolve-se o problema do meu filho, eu era a mulher mais feliz do mundo”, mostrando a incompreensão por parte da escola face ao problema do seu filho.

Neste grupo, há apenas a manifestação de auto-estigma por parte de um pai ao referir “agora o médico disse-lhe que era psicose e não esquizofrenia” mostrando alívio por considerar ser menos pesado que “esquizofrenia”.

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

Culpa a sociedade pela atribuição de subsídios em vez de emprego: referindo que era importante em vez de subsídios, lhes dessem emprego, oportunidades de trabalho.

Desacreditada do apoio médico manifestando que as suas queixas não são ouvidas: “Eu cada vez mais estou mentalizada de que não há ajuda possível…se uma pessoa não…é deixar andar as coisas até as coisas acontecerem…é assim”, queixando-se de não ser valorizada nas queixas que faz à médica do seu filho.

“características…temperamentais…comportamentais…poderiam ser alteradas se houvesse um programa de psicologia…de tratamento terapêutico em que os obrigasse a vir e dissesse assim, a nível governamental este individuo precisa de ir…que ele venha ou não venha…quer queira ou não queira…mas não há porque eles são maiores…”.

Atribui culpa ao sistema que está a falhar: para esta a única solução era que este fosse internado: “se não for por uma lei que diga assim…este individuo tem que ser internado…” e mostra mais uma vez estar desacreditada do sistema médico por não decidir interna-lo.

Desagrado/ descrença pela não articulação psiquiatria/ alcoologia: “a psiquiatria também tem que saber definir se o problema dele começa a ser o álcool ou a doença psiquiátrica”, manifestando desagrado pela não articulação entre a psiquiatria e a alcoologia.

O sistema não responde às suas necessidades enquanto familiar: “eu pus o meu filho à porta porque o meu filho deu-me uma tareia…” e refere ainda sentir maior revolta pelo facto do seu filho não ter sido internado nesse momento e pela segurança da sua própria vida não permitiu que o seu filho entrasse em casa.; refere que já nessa altura procurava transmitir as suas dificuldades ao médico, mas “como o M é que era doente…eu não era ouvida”.

O sistema não responde às necessidades do filho enquanto doente: “o meu filho já atropelou uma pessoa…já matou uma pessoa de carro…alcoolizado… e sabe o que é que eles fizeram?…fizeram-no ir de mês a mês ou de três em três meses á consulta de alcoologia…tem estado a dar algum resultado? Não tem…”.; A mãe de H. refere que devia ser a médica a avaliar a situação, mostrando-se desacreditada dos médicos e de não se sentir apoiada por parte das instituições; refere ainda que há uns dias passou a noite toda com gemidos de dor e que até uma vizinha se apercebeu e comentou com esta e que deu um pontapé na porta de entrada. A mãe de H diz que no dia seguinte foi à polícia, reportou a situação e que estes não fizeram nada: “eu não me sinto nenhuma infeliz nem nenhuma desgraçada…eu sinto-me… impotente…”,

Neste grupo não há manifestação sobre a falta de apoio das estruturas.

associando ao facto das estruturas de apoio não funcionarem como gostaria.; O pai de R mostra-se relutante em procurar ajuda, justificando que o filho teve essa ajuda e não foi ajudado. Descrença no acompanhamento médico: refere que em setembro, apesar de acompanhado por psiquiatra e psicólogo teve uma crise.

Falta de resposta das forças policiais: “como é que eu chamava os bombeiros e a polícia, o M. tão depressa estava em casa como não estava, e depois como é que eu fazia? Chegavam lá e depois não o levavam…e depois o que era de mim…isto não é fácil”.

Dificuldade em conseguir o internamento do filho: manifestando a dificuldade que teve com o seu internamento (burocracias), demonstrando alguma revolta sobre como se processa o processo de internamento, manifestando que teve mais ou manos 2 meses e meio à espera de uma resposta para o internamento: “numa pessoa que está completamente descontrolada…é muito…e na vida de quem está com ele no dia-a-dia é muito também…não é?”.

Desacreditada do sistema judicial: referindo que não aciona a policia porque a policia chega lá, conversa com ele e não o leva, referindo que a policia só o leva com um mandato da delegada de saúde ou se estiver a ser violento para ele ou para outros. Demonstra-se desacreditada e desgastada pela burocracia do sistema face á necessidade de internamento.

i. Preocupação com o futuro do familiar doente

Grupo de Suporte Familiar Grupo Psicoeducativo para Familiares de pessoa com DMG

Medo do futuro quando já não estiverem presentes: “se me acontece qualquer coisa…ele de um momento para outro estoira tudo…quer dizer…não há perspetivas…nesse aspeto não há perspetivas de ele mudar…o dinheiro que tem gasta logo…tem sido sempre assim…”; A mãe de H, refere que é realista quanto à situação do seu filho e por isso procura assegurar o seu futuro uma vez que ele não tem irmãos, voltando a mostrar preocupação pelo que será do seu filho quando ela não estiver presente; “pela ordem natural das coisas ele deve cá ficar e nós vamos”; mostrando preocupação de “quando não estivermos cá” A mãe de H. manifesta que é mais fácil quando há irmãos que ajudam e manifesta importante a união familiar no apoio à pessoa doente.

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