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Problema de ineficiência da gestão de medicamentos da farmácia hospitalar

6 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA PARA UTILIZAÇÃO DE

6.7 Problema de ineficiência da gestão de medicamentos da farmácia hospitalar

A FIG. 21 apresenta a metodologia para abordagem do problema de ineficiência da gestão de medicamentos da farmácia hospitalar.

1 - Problemas

•Problema de Ineficiência da gestão de medicamentos da farmácia hospitalar

2 - Objetivos

•Tornar o processo de atendimento da farmácia hospitalar mais produtivo e efetivo

3 Técnicas de Solução

Sugeridas

• Simulação à Eventos Discretos

4 Inputs necessários

•Taxa de chegada de pedidos

•Distribuição probabilística do número de itens por pedido

•Custos dos medicamentos

•Custos fios e custos variáveis

•Fluxo dos pedidos desde a origem até a expedição (inicial e propostos)

•Capacidade física do sistema

•Política de manutenção e reposição de estoques

•Layout inicial e layout proposto

6 Outputs gerados

•Percentual de pedidos com itens não atendidos pela farmácia

•Taxa de ocupação dos funcionários

•Capacidade máxima de atendimentos do sistema (demanda máxima) na configuração corrente

•Necessidade de recursos para atendimento de demandas futuras

•Número de pedidos atendidos

5Principais Variáveis de Desempenho

•Número de pedidos atendidos por período

•Estoques médios de cada item

•Taxa de não atendimentos por falta de medicamento em estoque

FIGURA 21 - Metodologia proposta para problema de gestão de medicamentos de farmácia hospitalar

Fonte: elaborado pelo autor (2014).

6.7.1 Detalhamento das etapas propostas

As farmácias hospitalares têm importante papel no processo de atendimento de pacientes em unidades de saúde. A prescrição correta e em tempo, além de permitir ao usuário um tratamento adequado, propicia à unidade de saúde racionalizar seus recursos e tratar o

geridas adequadamente e problemas de ineficiência na gestão de medicamentos ocorrem, acarretando atrasos no atendimento dos pacientes, custos elevados, má-utilização do espaço físico, burocracia nos processos de retirada e distribuição de medicamentos, entre outros.

Sendo assim, os gestores das unidades de saúde buscam de forma contínua tornar o processo de atendimento da farmácia hospitalar mais produtivo e efetivo, sendo ao mesmo tempo ágil, criterioso e com rigoroso controle de custos. Para se alcançar tais objetivos, a técnica de SED é sugerida para modelagem, estudo de cenários e proposição de novas configurações.

Alguns elementos de entrada deverão ser coletados, tratados e analisados para utilização na modelagem computacional. Estão listados em seguida alguns de vários dados possíveis para um estudo desse tipo, destacando-se: a taxa de chegada de pedidos, a distribuição probabilística do número de itens por pedido, os custos dos medicamentos, os custos fios e custos variáveis, os fluxos dos pedidos desde a origem até a expedição (inicial e propostos), a capacidade física do sistema, a política de manutenção e reposição de estoques.

Para unidades de saúde de maior porte, estudos de readequação de layout/arranjo físico também poderão ser realizados nas farmácias, levando-se em consideração o número de equipamentos, o fluxo de materiais e de funcionários e o número de salas com suas respectivas dimensões.

No processo de implementação computacional e realização dos testes de cenário, algumas respostas deverão ser obtidas, com o intuito de se buscar a melhor configuração viável para o processo em estudo. As principais variáveis de desempenho nesse caso serão o número de pedidos atendidos por período, os estoques médios de cada item e a taxa de não atendimentos por falta de medicamento em estoque.

Alguns elementos de saída (outputs) importantes nesse caso serão o percentual de pedidos com itens não atendidos pela farmácia, a taxa de ocupação dos funcionários, a capacidade máxima de atendimentos do sistema (demanda máxima) na configuração corrente, a necessidade de recursos para atendimento de demandas futuras e o número de pedidos atendidos.

Novas representações de layout/rearranjo físico também deverão ser apresentadas, bem como o novo processo mapeado (identificando clientes, fornecedores, inputs, outputs, sequenciamento). Todas essas iniciativas têm como propósito principal obter incremento no número de atendimentos/procedimentos por período, trazendo redução de despesas, aumento de eficiência e tratamento mais adequado aos pacientes que utilizam a unidade de saúde.

6.7.2 Referências complementares para auxiliar no desenvolvimento de trabalhos nesse tema específico

Alguns trabalhos já referenciados neste estudo e outros destacados em seguida podem auxiliar os analistas e gestores interessados na aplicação desta proposta, trazendo exemplos de aplicação com resultados satisfatórios e implementações em contextos bem variados.

Wong et al. (2003) formularam um estudo de SED em uma farmácia hospitalar, em elaborando dois modelos. Na primeira modelagem foi representado o sistema manual de solicitação de medicamentos. O segundo modelo representou a proposta de solicitação eletrônica, via sistema de informação, e foram realizadas simplificações no processo, reduzindo-se de 13 para seis etapas. Nos cenários testados foi possível verificar redução de aproximadamente 50% no tempo de atendimento da solicitação, bem como redução de erros na entrega de medicamentos.

As farmácias hospitalares desempenham importante papel na qualidade dos serviços prestados por uma unidade de saúde. Em um hospital na Turquia, estudo de simulação objetivou reduzir o tempo de espera dos pacientes pelos medicamentos, utilizando para isso um número mínimo de recursos. Em virtude das limitações, apenas a realocação de funcionários nos turnos foi testada e ainda uma alteração no software, que permitirá que os enfermeiros ou médicos deixem instruções para o turno seguinte, contribuindo para a redução de 36% no tempo das ordens de serviço. Os vários testes de cenário realizados, bem como o envolvimento da equipe, permitiram melhor conhecimento do processo, contribuindo indiretamente para a melhoria da qualidade do serviço prestado pelo hospital (YURTKURAN; EMEL, 2008).

Considerar a influência do fator humano em modelagens de simulação é muito importante, de acordo com Brailsford, Sykes e Harper (2006). Um paciente, por exemplo, poderá decidir não dar continuidade no uso de um medicamento, em virtude dos efeitos colaterais, e essa informação no modelo de simulação talvez não fosse considerada. Neste estudo, um questionário com várias questões foi desenvolvido. A intenção foi identificar quais comportamentos de interesse eram mais repetidos pelos usuários, sendo esta questão muito importante para análise da efetividade dos tratamentos oriundos das farmácias hospitalares. Com base nessas métricas, estudo probabilístico foi realizado para detectar entre zero e um qual a incidência probabilística daquele comportamento em questão. A partir desses indicadores, a informação era incluída na modelagem.