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Problema de layout /arranjo físico gerando perda de eficiência em hospitais e unidades

6 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA PARA UTILIZAÇÃO DE

6.6 Problema de layout /arranjo físico gerando perda de eficiência em hospitais e unidades

A FIG. 20 apresenta a metodologia para abordagem do problema de layout/arranjo físico gerando perda de eficiência em hospitais e unidades de saúde.

1 - Problemas

•Problema de layout/arranjo físico gerando perda de eficiência em hospitais e unidades de

saúde

2 - Objetivos

•Reestruturar layout/arranjo físico de forma a permitir uma melhor utilização do espaço e dos

recursos físicos permitindo um atendimento mais ágil e efetivo aos pacientes

3 Técnicas de Solução

Sugeridas

• Simulação à Eventos Discretos

4 Inputs necessários

•Taxa de chegada de pacientes (considerando a influência da sazonalidade)

•Layout inicial e layout proposto

•Número de equipamentos e dimensionamento dos recursos

•Número de salas, enfermarias, blocos cirúrgicos e suas dimensões físicas

•Mapeamento dos processos e fluxos

•Duração das diversas atividades

6 Outputs gerados

•Desempenho de cada layout em termos de pacientes atendidos e procedimentos realizados

•Tempos médios de permanência no sistema

•Tamanho médio de filas em cada setor

•Incremento percentual do número de pacientes atendidos e procedimentos realizados em relação ao layout inicial

5 Principais Variáveis de Desempenho

•Número de pacientes atendidos e número de procedimentos realizados

FIGURA 20 - Metodologia proposta para problema de layout/arranjo físico gerando perda de eficiência em hospitais e unidades de saúde

Fonte: elaborado pelo autor (2014).

6.6.1 Detalhamento das etapas propostas

Problemas de layout/arranjo físico geram constantes perdas de eficiência em hospitais e unidades de saúde. É recorrente verificar em leitos, salas de espera, recepções, entre outros espaços, com a disposição dos equipamentos, servidores e demais recursos pouco produtivos, dificultando o fluxo de pessoas, equipamentos de transporte, materiais de insumo, entre

espaço físico e da disposição dos recursos reduz o número de atendimentos e procedimentos realizados, por não se aproveitar de maneira racional o espaço existente.

O objetivo dessa metodologia, portanto, é indicar uma técnica e um conjunto de subsídios que poderão auxiliar na reestruturação dos layouts/arranjos físicos de forma a permitir melhor utilização do espaço e dos recursos, possibilitando atendimento mais ágil e efetivo aos pacientes.

A técnica indicada aqui para implementação de melhoria é a SED. Ela se mostra muito eficiente em estudos para melhorar o fluxo de pacientes, número de atendimentos e procedimentos com readequações de layout/rearranjos físicos, seja em unidades de saúde em funcionamento, seja em unidades que estejam em fase de projeto ou construção.

A representação inicial do layout do local e as propostas de alteração (ambulatório, sala de cirurgia, departamento de emergência, entre outros) com a disposição dos equipamentos, o fluxo de materiais, de profissionais e de pacientes, as dimensões físicas, o número de recursos, entre outros elementos, faz parte do primeiro conjunto de informações quando se deseja desenvolver um estudo desse tipo.

De posse dessas informações, será necessário também conhecer com detalhes o funcionamento da área que está sendo trabalhada. Uma boa prática nessa fase é realizar o mapeamento do processo a ser estudado, identificando os clientes, os fornecedores, os elementos de entrada, as principais saídas geradas, o sequenciamento das atividades e procedimentos mais rotineiros, os recursos materiais envolvidos, a disposição e configuração das equipes de trabalho, entre outros.

Da mesma forma que sinalizado nos estudos anteriores, algumas informações-chave também deverão ser obtidas. Os principais dados serão a taxa de chegada de pacientes (considerando a influência da sazonalidade), o número de equipamentos e dimensionamento dos recursos, também o número de salas, enfermarias, blocos cirúrgicos e suas dimensões físicas e a duração das diversas atividades.

No momento da implementação, validação e testes computacionais do modelo de simulação, as principais variáveis de desempenho serão o número de pacientes atendidos e o número de procedimentos realizados.

Um estudo desse tipo deve considerar uma série de elementos críticos, como desempenho de cada layout em termos de pacientes atendidos e procedimentos realizados, os tempos médios de permanência no sistema, o tamanho médio de filas em cada setor, o

relação ao layout inicial.

Com a proposta também será interessante apresentar a nova capacidade de atendimento do sistema, considerando-se os postos de trabalho, as equipes envolvidas, os novos fluxos de materiais, funcionários e pacientes e o posicionamento dos equipamentos, entre outros fatores. Por fim, o novo processo mapeado deve ser apresentado, identificando os principais clientes, os fornecedores, as principais entradas, as principais saídas geradas, o novo sequenciamento, etc.

6.6.2 Referências complementares para auxiliar no desenvolvimento de trabalhos nesse tema específico

Alguns trabalhos já referenciados neste estudo e outros destacados em seguida podem auxiliar os analistas e gestores interessados na aplicação desta proposta, trazendo exemplos de aplicação com resultados satisfatórios e implementações em contextos bem variados.

Em estudo de SED, Sepúlveda et al. (1999) avaliaram o impacto da implantação de layouts alternativos em um novo prédio de um centro de tratamento de câncer. A partir da modelagem foi representado o fluxo de pacientes, bem como os recursos humanos e físicos, tais como médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório, recepcionistas, salas, leitos, farmácia e laboratórios. Os dados de entrada para modelagem foram coletados com base em alguns parâmetros como tempo com o médico, tempo realizando exames, tempo aguardando, entre outros.

Como ações efetivas do estudo de layout, o laboratório e a farmácia foram transferidos para o mesmo andar do centro de tratamento ambulatorial, reduzindo tempo de transporte de medicamento para zero, haja vista que estes são entregues agora por uma janela que separa a farmácia do ambulatório. Na área de Oncologia, duas salas para coleta de sangue foram instaladas com pessoal treinado. A modelagem via simulação e as alterações de layout decorrentes dos testes de cenário trouxeram melhorias no fluxo de pacientes pelo centro, aumentando até 20% o número de pacientes atendidos sem alterar o horário de funcionamento. Com um novo prédio, a capacidade do centro pode aumentar em mais de 100% (SEPÚLVEDA et al., 1999).

Osidach e Fu (2003) descreveram como as decisões de layout podem trazer ganhos, quando se compara a relação custo versus benefício. A partir de cenários propostos, testes foram realizados de maneira a verificar qual era o mais adequado. O reposicionamento de

formas, podendo posteriormente implantar os mais interessantes.

Uma modelagem de SED foi desenvolvida para examinar os impactos operacionais de alterações da capacidade, rearranjo físico e melhorias de processo em um hospital que está mudando de local. Originalmente a unidade de saúde atende a cerca de 640 leitos e na nova unidade contará apenas com 600 unidades. Nesse estudo, o objetivo foi otimizar o fluxo de pacientes observando-se os impactos em outras partes interdependentes do hospital, como o departamento de emergência e as salas de cirurgia em uma nova unidade. Com a utilização da modelagem e dos testes de cenário, espera-se identificar as configurações mais adequadas para melhorar a eficiência do hospital, a fim de atender mais pacientes com menos quantidade de recursos (ASHBY et al., 2008).