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Procedimento de ensaio

No documento Estudo experimental da pedra de xisto (páginas 116-121)

4. Estudo do comportamento térmico de elementos construtivos em pedra de xisto

4.6. Estudo do comportamento térmico da pedra de xisto

4.6.1. Procedimento de ensaio

Os ensaios do desempenho térmico da pedra de xisto do concelho de Peso da Régua foram realizados no Laboratório de Física de Edifícios da UTAD, numa sala com as seguintes dimensões 4,00 m × 3,00 m × 2,54 m (comprimento x largura x altura), Figura 4.12.

a) Vista 1 b) Vista 2

Figura 4.12 – Imagens 3D do local onde decorreu o ensaio [20]

Nesta sala de ensaio, as amostras a ensaiar são preparadas com as dimensões das aberturas de vãos de janelas para o exterior, ficando assim a servir de interface entre o espaço interior do compartimento e o espaço exterior. As amostras substituem desta forma a janela existente na sala de ensaio.

De salientar que, os vãos de janela encontram-se orientadas a NE, evitando assim a interferência da exposição direta aos raios solares das amostras.

4.6.1.2. Origem e geometria das amostras de pedra de xisto

As amostras de pedra de xisto desta experiencia são provenientes de uma obra localizada na freguesia de Poiares, no concelho de Peso da Régua, Figura 4.13.

91 Figura 4.13 – Local da recolha das amostras de pedra de xisto para ensaio térmico

(2012)

As amostras de pedra de xisto a ensaiar foram cortadas previamente num estabelecimento de um marmorista profissional devido às suas elevadas dimensões. A amostra de pedra de xisto a ensaiar com os estratos paralelos ao fluxo de calor foi cortada com uma espessura de 5,5 cm, com uma superfície trapezoidal com 30 cm de base maior, com 27 cm de base menor e com uma altura de 18 cm, Figura 4.14.

Em relação à pedra de xisto a ensaiar com os estratos perpendiculares ao fluxo de calor, esta ficou com uma espessura de 6,0 cm e com uma superfície trapezoidal com 28 cm de base maior, com 23 cm de base menor e com uma altura de 29 cm, Figura 4.15.

Figura 4.14 – Amostra de pedra de xisto com os estratos paralelos ao fluxo de calor (2012)

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a) Vista frontal b) Vista superior

Figura 4.15 – Amostra de pedra de xisto com os estratos perpendiculares ao fluxo de calor (2012)

É importante referir que esta tarefa de preparação das amostras de pedra de xisto foi complexa porque este tipo de pedra é difícil de cortar.

4.6.1.3. Montagem das amostras de pedra de xisto

Nesta fase, foi necessário dispor as amostras de pedra de xisto na sala de ensaio. Como as dimensões da amostras de pedra de xisto são inferiores às dimensões das aberturas dos vão de janela da sala de ensaio, foi necessário colocar e fixar as amostras de pedra de xisto numa placa de poliestireno extrudido (XPS), Figura 4.16.a, para posterior colocação do conjunto no suporte final.

Começou-se então por marcar e vazar a placa de XPS com as dimensões e a geometria das amostras de pedras a ensaiar, Figura 4.16.b e Figura 4.16.c. Para garantir a estanquidade do conjunto, placa de XPS e amostra de pedra de xisto, adicionou-se espuma de poliuretano aos vazios existentes entre o limite exterior da amostra e a placa XPS, Figura 4.16.d.

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a) Placa XPS b) Marcação dos contornos da

amostra de pedra de xisto

c) XPS vazado segundo a forma da pedra

d) XPS com pedra mais espuma de poliuretano

Figura 4.16 – Fases na colocação da amostra de pedra de xisto na placa de XPS (2012) De seguida, após secagem da espuma de poliuretano, cortou-se o excesso da espuma e colocou-se o conjunto, XPS mais pedra, na abertura do vão de janela da sala de ensaio. Para evitar a existência de pontes térmicas na ligação entre a placa XPS e a caixilharia de suporte, colmatou-se novamente os vazios com espuma de poliuretano.

Como no ensaio vão ser testadas duas amostras distintas de pedra de xisto, usou-se o mesmo procedimento para ambos os casos.

No final, as duas amostras ficaram dispostas paralelamente no mesmo compartimento, Figura 4.17. À esquerda ficou colocada a amostra de pedra de xisto com os estratos orientados paralelamente ao fluxo de calor e à direita ficou a amostra com os estratos orientados perpendicularmente ao fluxo de calor, Figura 4.17.

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Figura 4.17 – Conjuntos das duas amostras de pedra de xisto fixas ao suporte (2012)

4.6.1.4. Montagem do equipamento

A montagem do equipamento realizou-se no dia 30 do mês de março de 2012.

Começou-se por instalar o sistema de medição do fluxo de calor. Para este efeito fixou- se os termofluxímetros e os sensores de temperatura superficial à face interior das amostras de pedra de xisto. À semelhança do adotado no ensaio realizado na parede de alvenaria de pedra de xisto, o processo de fixação fez-se com auxílio de fita adesiva, Figura 4.18.a.

a) Fixação do termofluxímetro à pedra de xisto

b) Termofluxímetros e sensores de temperatura superficial instalados Figura 4.18 – Montagem do equipamento de medição do fluxo de calor (2012) De seguida, instalou-se o termohigrómetro exterior, posicionando-se a sonda de temperatura ambiente e a sonda de humidade relativa num ponto exterior da sala de ensaio.

O termohigrómetro interior ficou instalado no interior da sala de ensaio, próximo das amostras de pedra de xisto, Figura 4.19.

95 Figura 4.19 – Equipamento de medição da temperatura ambiente e da humidade relativa

interior (2012)

À semelhança do adotado no ensaio da parede de alvenaria de pedra de xisto também se instalou um aquecedor doméstico no interior do compartimento pelas mesmas razões referidas anteriormente.

Falta referir que no decorrer do ensaio foi efetuada a captura de termogramas das amostras de pedra de xisto.

4.6.2. Apresentação de resultados experimentais do ensaio térmico das amostras

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