• Nenhum resultado encontrado

SUMÁRIO

ARTIGOS SELECIONADOS PARA AMOSTRA

4.2.8 Processo de Coleta e Tratamento das Informações

Para o item de processo de coleta e tratamento das informações do nosso RAT, para efeitos deste ERLE, emergiram 6 categorias de análise, que são: 1) ações do professor (FORTES et al, 2012; OLIVEIRA; DAOLIO, 2014a; OLIVEIRA; DAOLIO, 2014b; FIORINI; MANZINI, 2016); 2) análise de conteúdo (SOUZA; PAIXÃO, 2015; SEDORKO; FINCK, 2016; LOPES et al, 2016); 3) narrativas de professores (SANTOS; MAXIMIANO, 2013b; MATOS et al, 2015); 4) (re)significação da avaliação (SANTOS et al, 2014); 5) análise dos diários de classe (GOMES DA CRUZ; MOREIRA, 2016); e 6) análise de questionários (TORRES et al, 2016).

No estudo de Fortes et al (2012), as escolas e as turmas da amostra foram escolhidas através de sorteio, a partir de uma listagem das escolas que possuíam de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na cidade de Pelotas, RS. Após a definição da amostra, foram realizadas observações diretas, com o apoio de um formulário, denominado System for Observing Fitness Instruction Time (SOFIT). Para efetivar as observações foi realizada uma capacitação dos observadores para uma melhor utilização do SOFIT.

De acordo com os autores, foi observada a seguinte sequência: (1) atividade do estudante; (2) contexto da aula; e (3) ação do professor. Entretanto, os autores ressaltam que, para elaboração do artigo em questão, apenas as fases 2 e 3 serviram de base para a análise.

Quanto aos conteúdos observados na aula, os pesquisadores verificavam se ele era tratado de forma teórica ou prática, para então classificá-lo. E quanto ao comportamento do professor durante a aula, foram classificados de acordo com as seguintes categorias: a) Promovendo aptidão; b) Demonstrando atividade; c) Instruções gerais; d) Gerenciando; e) Observando; f) Outras tarefas. Ao final da coleta, os dados foram analisados segundo “estatística descritiva através de números absolutos, proporções e médias” (FORTES et al, 2012, p.72).

Após diálogo com professor, Oliveira e Daólio (2014a), ele concordou com a realização da pesquisa na turma a ser investigada. O delineamento da pesquisa consistiu em tentar recolher elementos que pudessem indicar quais seriam os alunos ou grupos de alunos que se encontravam na “periferia da quadra”. Após o mapeamento dos alunos, os autores puderam mapear os desdobramentos pretendidos.

Segundo os autores, o mapeamento levou os pesquisadores a reordenar a estratégia de campo. Inicialmente, a tarefa consistia apenas em delimitar quais alunos se colocavam à margem da aula. Então, os pesquisadores passaram a observar também o que faziam os alunos durante as aulas de Educação Física escolar. Com as observações realizadas, as aulas foram categorizadas para análise em aulas em sala e aulas em quadra.

Os procedimentos de coleta de informações para a pesquisa de Oliveira e Daólio (2014b) foram os mesmos, pois trata-se do mesmo rol de informações coletadas. Contudo, para os processos de análise neste estudo, os autores classificaram as aulas em três categorias: Aulas diretivas; Aulas de práticas livres e Aulas livres.

Fiorini e Manzini (2016), ao realizaram a coleta de informações, utilizaram uma filmadora afixada em um tripé, na diagonal da quadra. As aulas, que tinham 50 minutos de duração, foram filmadas na íntegra, sendo que o foco das filmagens deveria ser o professor de Educação Física e o aluno com deficiência ou o aluno com autismo.

O tratamento das informações foi realizado separadamente para cada professor participante da pesquisa. Ao assistirem as filmagens, o foco foi a identificação e a seleção de excertos “que exemplificassem dificuldade e sucesso dos dois professores para criar condições favoráveis à inclusão de alunos com deficiência e os alunos com autismo” (FIORINI; MANZINI, 2016, p.54).

Então, os excertos selecionados foram categorizados em temas, conforme os pressupostos da análise de conteúdo. Após isso, os autores analisaram quais informações poderiam direcionar o planejamento da formação continuada, alvo da pesquisa maior do qual o presente estudo faz parte.

Os resultados obtidos por Souza e Paixão (2015) procederam de dois grupos amostrais que foram nomeados como primeiro grupo amostral – composto por alunos que estavam regularmente matriculados no ensino médio – e segundo grupo amostral – composto por professores de Educação Física atuantes na educação básica.

Um questionário foi aplicado com o primeiro grupo amostral, e deste foram assegurados os cinco nomes de professores que obtiveram o maior percentual de indicação pelos alunos. Como um dos professores indicados estava afastado, os pesquisadores definiram a amostra em quatro professores de Educação Física. E, para o segundo grupo amostral, utilizou-se como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada.

Os autores, após a transcrição dos dados, utilizaram a técnica de análise de conteúdo para categorizar as informações. Os dados foram categorizados e quantificados considerando a frequência de ocorrência.

Sedorko e Finck (2016) observaram aulas de Educação Física semanalmente nas três escolas participantes da pesquisa. Os dados referentes a essas observações foram registrados em fichas específicas e em diário de campo. Após o término das observações, os pesquisadores estabeleceram, contato com os professores e alunos para a aplicação dos questionários.

Os dados obtidos foram categorizados e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. As categorias foram estabelecidas a partir dos dados das observações das aulas e das respostas dos questionários aplicados para os professores e alunos.

As entrevistas realizadas por Lopes et al (2016) tiveram em média 40 minutos de duração e contaram com um roteiro para orientar a condução da fala dos entrevistados. Após as entrevistas serem transcritas foi realizada uma leitura flutuante de separação de material e, posteriormente, esses dados foram analisados através de análise de conteúdo.

Santos e Maximiano (2013b) indicam apenas que realizaram a análise das informações com base nas questões do roteiro de entrevista e nas narrativas das professoras. A partir disso, construíram os eixos temáticos de análise, a saber: “papel da avaliação na Educação Física; para que avaliar; quem, quando e onde avaliar; instrumentos avaliativos; por que avaliar” (SANTOS; MAXIMIANO, 2013b, p.887).

Matos et al (2015) trabalharam com grupo focal que foi desenvolvido com 14 professores colaboradores. Inicialmente, apresentaram a equipe organizadora da formação continuada. Em um segundo momento, explicitaram os objetivos da formação e do grupo focal a ser realizado. E em um terceiro momento, pediram que os docentes se apresentassem e narrassem sobre o que significava a Educação Física como componente curricular para eles.

Estes autores também elaboraram um roteiro de entrevista.Em razão da disponibilidade de tempo, os autores contaram com a colaboração de 11 professores na produção das narrativas individuais orais, perfazendo um total de três a cinco encontros com cada participante, distribuídos da seguinte maneira: quatro professores produziram três narrativas; outros quatro produziram quatro narrativas; e cinco professores elaboraram três.

Cerca de 50 horas de conversas foram registradas e transcritas. As categorias de análise foram sendo construídas ao decorrer da leitura das transcrições. Em uma primeira análise das narrativas, foram selecionadas todas as reflexões que abordavam os conteúdos de ensino, o que nos possibilitou categorizá-las em dois eixos: a concepção dos professores sobre conteúdos de ensino e a sua sistematização por meio de projetos pedagógicos.

A pesquisa de Santos et al (2014) teve duração de quatro meses, sendo um deles para a realização das entrevistas e observações, e três meses para o planejamento e práticas de ensino vivenciadas com a turma. Os autores deste texto iam à escola para entrevistar e planejar com a professora às segundas-feiras e para ministrar as aulas às quartas e sextas-feiras.

Torres et al (2016) escolheram aleatoriamente 32 professores efetivos de Educação Física da rede municipal de ensino. Os participantes foram convidados, pessoalmente, via e-mail ou por telefone, pelos pesquisadores, os quais na oportunidade explicaram os objetivos do estudo e a importância do mesmo para a área. Os instrumentos foram enviados via e-mail ou aplicados pessoalmente, de acordo com a disponibilidade da pesquisadora e dos professores participantes. A forma como foi feita a análise não foi explicitada no artigo pelos autores.