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2.2 Processos de Gestão de Pessoas

2.2.5 Processo de Manter Pessoas

Neste processo, os esforços são inteiramente dedicados a manter as pessoas nas organizações, isto é, através de uma boa relação com os empregados dia a dia, e mantendo sistemas de higiene, segurança e qualidade de vida na organização, a fim de possibilitar um ambiente de trabalho no mínimo agradável.

Em geral são problemas variados que afetam o desempenho das pessoas, algumas pessoas conseguem administra-los sozinhas, já outras não, e tornam-se funcionários problemáticos. Para que isso não ocorra, os gerentes de linha supervisionam seus subordinados como parte integrante de seu trabalho, a fim de identificar e ajudar o funcionário a resolver seus problemas.

Os problemas pessoais podem afetar o comportamento de trabalho dos funcionários, nesses casos é de interesse da organização motivar e proporcionar assistência aos mesmos nessa situação. Segundo CHIAVENATO (1999, p. 351):“as relações com empregados devem fazer parte integrante da filosofia da organização: a organização deve tratar seus empregados com respeito e deve meios de atender às suas necessidades pessoais e familiares”.

Para MILKOVICH E BOUNDREAU (1994 apud CHIAVENATO 1999, p. 351) “as principais decisões do gerente de linha para desenhar um programa de relações com empregados devem incluir: Comunicações; Cooperação; Proteção; Assistência; Disciplina e Conflito”.

Nessa linha, tem-se o Programa de Sugestões, que geralmente é desenhado para solicitar, avaliar e implementar sugestões oferecidas pelos empregados e recompensar aqueles que forneceram ideias que tenham aplicações e gerem resultados para a organização. Utilizam-se também Programas de Reconhecimento, em que são creditados prêmios de reconhecimento a empregados ou equipes que proporcionaram contribuições extraordinárias a organização. E por fim, existem os Programas de Assistência ao Empregado, às chamadas PAE’s, são estruturadas para lidar com empregados que enfrentam problemas pessoais que interferem no desempenho de seu trabalho. Segue abaixo a figura 9 que relata as etapas de como o PAE funciona.

Figura 9 – Árvore de decisões de um PAE.

Fonte: CHIAVENATO (1999, p. 353).

A higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho são atividades interligadas que repercutem diretamente na continuidade da produção e sobre a moral dos colaboradores. A gestão de pessoas considera que a saúde e a segurança dos empregados formam uma das principais bases de preservação da força de trabalho da organização.

A higiene do trabalho está relacionada com as condições ambientais de trabalho que asseguram a saúde física e mental e com as condições de bem estar das pessoas. Conforme CHIAVENATO (1999, p. 376): “Higiene do Trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas”.

Com a pretensão de tornar o ambiente de trabalho um lugar agradável a fim de melhorar o relacionamento interpessoal e a produtividade, assim como reduzir acidentes de trabalho, absenteísmo, doenças e rotatividade de pessoal, surgiu o programa de higiene do trabalho com foco nos seguintes itens: Ambiente Físico de trabalho; Ambiente Psicológico de Trabalho; Princípios de Ergonomia; e Saúde Ocupacional.

CHIAVENATO (1999, p. 381) conceitua: “Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, utilizadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente quer instruindo ou convencendo as pessoas sobre a implantação de práticas preventivas”.

O programa de segurança no trabalho deve ser estabelecido partindo do princípio de que a prevenção de acidentes é alcançada pela aplicação de medidas de segurança adequadas e que só podem ser bem aplicadas por meio de um trabalho em equipe. Este envolve três áreas principais de atividade: prevenção de acidentes; prevenção de incêndios e prevenção de roubos.

A qualidade de vida no trabalho proporciona uma maior participação por parte dos funcionários, criando um ambiente de integração com superiores, colegas, e ambiente de trabalho, visando sempre à compreensão das necessidades dos funcionários. A QVT se preocupa principalmente com dois aspectos importantes que é o bem-estar do trabalhador e com a eficácia organizacional.

Com a necessidade das empresas se tornarem mais competitivas no mercado veio à busca incessante da qualidade total. Acompanhando esta qualidade total também surgiu a QVT, que está focalizada no potencial humano e no meio que convive em todos os sentidos. Um programa adequado de QVT busca uma organização mais humanizada e proporciona condições de desenvolvimento pessoal ao indivíduo.

Um programa de Qualidade de Vida no Trabalho tem como meta, gerar uma organização mais humanizada, na qual os trabalhadores envolvem, simultaneamente, relativo grau de responsabilidade e de autonomia em nível do cargo, recebimentos de

recursos de “feedback” sobre o desempenho e enriquecimento pessoal do indivíduo. É evidente que nem todos os problemas de produtividade das empresas, e nem todo tipo de insatisfação do empregado, em qualquer nível, podem ser resolvidos pela Qualidade de Vida no Trabalho.

“Não há Qualidade de Vida no Trabalho sem Qualidade Total, ou seja, sem que a empresa seja boa. Não confundir QVT com política de benefícios, nem com atividade festivas de congraçamento, embora essas sejam importantes em uma estratégia global. A qualidade tem a ver, essencialmente com a cultura da organização. São fundamentalmente os valores, a filosofia da empresa, sua missão, o clima participativo, o gosto por pertencer a ela e as perspectivas concretas de desenvolvimento pessoal que criam a identificação empresa – empregado. O ser humano fazendo a diferença na concepção da empresa e em suas estratégias”. (MATOS, 1997, p. 40).

Por fim, a QVT envolve os aspectos intrínsecos (conteúdo) e extrínsecos (contexto) do cargo. Ela afeta atitudes pessoais e comportamentos relevantes para a produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o trabalho, adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudanças.

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