• Nenhum resultado encontrado

Processo produtivo: gerenciamento e abastecimento da linha de montagem

4.3. Funcionamento do CIAG: o modelo de produção flexível

4.3.3. Processo produtivo: gerenciamento e abastecimento da linha de montagem

de montagem

Segundo Soares (2008), a montagem do veículo acontece na medida em que as unidades que compõem a linha de produção são abastecidas com as peças e módulos semi- acabados. Abastecida a linha de produção, esta será operada a partir de um software de programação que gerencia fazendo o seqüenciamento do fluxo de matéria-prima empregado nesta. O software de programação da linha de montagem que o CIAG utiliza é conhecido

6

e-business: Em português significa negócios Eletrônicos. A empresa permite que o cliente ou o parceiro de negócios interaja com o seu banco de dados corporativo. Está focado não só nas transações comerciais, mas também inclui intercâmbio de informações, como forma de agilizar o atendimento.

7

e-commerce: Em português significa comércio eletrônico.Forma de realizar negócios entre empresa e consumidor ou entre empresas, usando a internet como plataforma de troca de informações,encomenda e realização das transações financeiras.

8 Kaizen shops: Em português (melhoria continua) zero defeitos, envolvimento de todos os trabalhadores no controle da

qualidade e melhoria dos processos; minimizar o re-trabalho no final da produção, reduzindo os custos.

9

one piece flow: Apena uma peça fica disponível na linha de montagem, fazendo que o operador produza apena o que a demanda exige.

10 E-JIT: é a aplicação da ferramenta “Just in time” agora eletronicamente. Desta forma a dinâmica produtiva do fluxo de

matéria prima e controle de estoque no CIAG, são controlados através de softwears de gestão.

11

Kanban: kanban é um método que determina a programação da produção segundo os princípios do JIT, dando assim o ritmo de produção através do fluxo de ordens dado pelos operadores através de cartões.

como sistema SAP12, responsável pela programação e o controle do fluxo de material

fornecido pelos sistemistas ao respectivo uso na montagem dos veículos pelo sistema de produção enxuta.

Através da programação do fluxo de material ordenado pelo SAP, o abastecimento da linha de montagem ocorre seguindo a rotina que as ferramentas KAISEN, JIT/ KANBAN estabelecem como ideais para a montagem do Celta e Prisma, conforme o número de pedidos recebidos pela fábrica. Desta forma, a partir do controle do SAP a GM mantém um canal de comunicação online com seus sistemistas, assim os comunica da necessidade de um número específico de suprimentos (módulos semi-acabados, peças, e demais componentes) necessários a montagem dos veículos. (Soares, 2008).

Soares (2008) coloca que em regra, antes de se dar início a este processo de produção, gerenciamento e fornecimento de suprimentos para a linha de montagem dos veículos, as decisões da GM serão tomadas a partir de quatro pontos dentro do fluxo produtivo, sendo estes:

• Canal de acesso entre cliente e servidor; • Banco de dados;

• DCT (Database Configuration Tool);

• Ferramentas para construir os bancos de dados necessários;

Soares (2008) descreve o processo do fluxo produtivo a partir das decisões baseadas nas informações disponíveis que tem a seguinte seqüência de operações dentro do complexo: Sistema de coleta (Milk-run);

• Armazém de consolidação; • Itens seqüenciados;

• Entrega direta – material a granel;

12

SAP é um software de Gestão Empresarial criado por uma empresa alemã que tem o mesmo nome SAP AG (SAP associação anônima). O significado da sigla é uma abreviação de Systeme, Anwendungen und Produkte in der Datenverarbeitung, no idioma alemão, que quer dizer, em português Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados.Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados.

• Armazém próximo à linha de montagem para abastecimento seqüenciado de conjuntos e subconjuntos e kanban (Just-in-time) para itens a granel.

Com estas seqüências de operações, os módulos semi-acabados, peças e demais componentes coletados distribuem-se em dois destinos: o primeiro destina-se a linha de montagem, indo para lá cargas fechadas tal como motor, bancos, pneus montados, já classificados e ordenados pelo SAP. O segundo consiste em estocar o produto no armazém central da empresa transportadora, que será responsável pelas entregas à linha de montagem, de acordo com a ordem de pedidos feitos pela montadora.

Estes, já determinados pela seqüência de consumo estabelecidos pelo sistema Kanban que irá identificar os equipamentos ociosos e determinar ordens para seu respectivos abastecimentos na linha de montagem. (Soares, 2008).

No decorrer do processo, a partir da seqüencia estabelecida pelo SAP para a linha de montagem, o destino da informação gerada é definido pelo seqüenciamento das unidades, pós pintura, depois seguindo para linha de tapeçaria e por último chegando à linha final de montagem. Todo este processo é passado eletronicamente para os fornecedores diretamente envolvidos, atualmente ao todo são 23, que têm de duas a quatro horas para a finalização e envio do componente para o ponto de uso na linha de montagem. Em outra etapa, quando o seqüenciamento é feito no armazém central da transportadora, as peças e subconjuntos após serem identificados e classificados são dispostos dentro do armazém, de tal modo a poderem ir diretamente para linha de montagem da GM ou fornecedores conforme a ordem dos pedidos estabelecidos pelo SAP, Kanban/ e-JIT (Soares, 2008).

Esta velocidade da comunicação possibilitada pelo grau de informatização e automação na linha de montagem, 120 robôs no total do complexo, fazem com que os sistemas JIT/kanban sob o gerenciamento do SAP obtenham uma grande economia de tempo e consumo de matéria-prima ao longo do fluxo de produção, conduzindo a um alto grau de produtividade na linha de montagem. Este processo seqüenciado pelo SAP terá quatro etapas na linha de montagem dos automóveis: estamparia, funilaria, pintura e montagem final. A figura 08 descreve este processo.

Figura 08-Etapas da montagem do veículo ( Construção a própria ) Fonte:Zawislak, 2000

O sistema informatizado de gestão utilizado na fábrica possibilita que todas as etapas da produção e montagem dos veículos sejam monitoradas, de acordo com Zawislak (2002):

“Há software de monitoramento da altura do veículo durante a montagem e todas as apertadeiras são elétricas, o que possibilita redução do esforço físico dos operadores. Em pontos estratégicos da linha, são colocados portais que garantem a qualidade ao final de cada processo. Por toda parte da fábrica, estão espalhados painéis digitais de segurança que informam a ocorrência de problema durante o processo”. (ZAWISLAK, Paulo Antonio, 2002. p.105-135).

Com isto tem-se que a tecnologia ali utilizada, a fábrica segundo a revista SINCOPEÇAS (2000), tem capacidade de produzir automóveis que possuem aproximadamente quatro mil peças no tempo de 2 min. O CIAG é um complexo onde a alta tecnologia em comunhão com os pressupostos da cadeia totalmente integrada, consegue obter um alto rendimento em sua configuração espacial, dada a divisão de trabalho dentro do complexo.

Tal configuração possibilita que estas 4 mil peças que compõem os automóveis, sejam divididas da seguinte forma, GM responsável pelo os módulos do motor e transmissão e cerca de 1,2 mil partes (incluindo as centenas de peças de aço que compõem a carroceria) o restante 2,8 mil peças são divididas entre os sistemistas que trabalham na linha final da montagem do automóvel, instalando rodas, vidros, bancos, volantes, motor etc.

4.4 Distribuições de funções entre montadora e fornecedores