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T ESTE DE PROFICIÊNCIA DA BACILOSCOPIA DE ESCARRO , TAMBÉM CHAMADO DE AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE DA BACILOSCOPIA

91EXERCÍCIOSPROPOSTOSPARAOCURSO

G ARANTIA DE Q UALIDADE NA R EDE DE L ABORATÓRIOS

5.5 T ESTE DE PROFICIÊNCIA DA BACILOSCOPIA DE ESCARRO , TAMBÉM CHAMADO DE AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE DA BACILOSCOPIA

• Procedimentos diretos – são baseados na visita, pelo pessoal do laboratório de referência, aos laboratórios regionais ou locais: supervisão direta técnica e administrativa.

• Procedimentos indiretos – esses são desenvolvidos a distância, baseados em um dos seguintes procedimentos:

- envio de lâminas ou amostras com resultados conhecidos por parte do supervisor para o laboratório

supervisionado: supervisão técnica indireta (controle de qualidade) do centro para a periferia;

- estudo simultâneo da mesma amostra na periferia e no centro: supervisão técnica simultânea;

- envio de lâminas ou amostras com resultados conhecidos do laboratório supervisionado ao supervisor:

supervisão técnica indireta (controle de qualidade) da periferia para o centro;

- análise crítica qualitativa e quantitativa das informações estatísticas e dos índices bacteriológicos:

supervisão administrativa indireta.

Tipos de testes de proficiência (avaliação externa da qualidade) Direto Indireto

Técnico Administrativo

A avaliação externa direta de qualidade, devido a seu contato pessoal, é mais rápida e mais efetiva. Permite que decisões sejam tomadas no local de trabalho; porém, sob o ponto de vista operacional, é mais difícil de ser realizada regularmente devido às limitações de tempo, mobilidade e disponibilidade do supervisor.

Curso Nacional – Gerência de Rede de Laboratórios de Tuberculose

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Conseqüentemente, a avaliação da qualidade técnica e administrativa indireta tem ganhado prioridade em muitos países. As deficiências detectadas por esse tipo de supervisão podem determinar a necessidade de uma supervisão direta.

5.5.1 TESTEDEPROFICIÊNCIAPORAVALIAÇÃOEXTERNADIRETADEQUALIDADE

Esse tipo de avaliação de qualidade consiste em visitar os laboratórios da rede (supervisão) para observar diretamente suas condições de trabalho, seus procedimentos administrativos e técnicos. Pode ser aplicado de acordo com as seguintes prioridades:

• discrepâncias técnicas que aparecem repetidas vezes ou deficiências em um laboratório detectadas pela supervisão técnica indireta;

• erros ou omissões importantes e repetidas cuja existência se suspeita por supervisão administrativa indireta; • laboratórios que recentemente implementaram a baciloscopia (ou a cultura) ou que contam com pessoal

recentemente treinado; • atividade periódica e regular.

A prioridade ligada a essa última opção pode variar de acordo com os recursos e as facilidades disponíveis dos laboratórios central e intermediário do PNCT. Ela pode ser relativamente freqüente, especialmente porque a mudança de pessoal pode ser freqüente. Se feita apenas uma vez ao ano, ela é de pouca utilidade.

É essencial que as visitas sejam programadas com antecedência, seguindo-se um cronograma anual e, se possível, coincidindo com as atividades de supervisão direta da equipe de TB ou de outras equipes de saúde ou mesmo com a supervisão laboratorial geral. Essas precauções proporcionam um uso mais eficiente dos recursos.

No apêndice 3 existe a sugestão de um modelo de cronograma de supervisão que pode ser útil para o planejamento de entrevistas.

• Informe sobre a visita com bastante antecedência, para evitar suspeitas ou ausência do pessoal. Visitas de surpresa são sempre confundidas com inspeção e, caso você não informe sobre elas com antecedência, pode acontecer de o pessoal que você deseja entrevistar faltar ao trabalho no dia da visita.

• Antes de iniciar a visita, converse com o diretor do estabelecimento ou com outra autoridade e, quando necessário, com o chefe do laboratório geral, para explicar os objetivos da visita.

• Durante a visita, converse com os médicos, enfermeiros e outros profissionais do serviço de saúde que regularmente lidem com o laboratório para diagnóstico ou controle de tratamento, a fim de estreitar o relacionamento entre o grupo. Essas relações podem não ser muito amistosas, e o supervisor pode ajudar a melhorá-las.

• No final da visita, faça um encontro informativo breve com as mesmas pessoas para comentar sobre o que você observou, especialmente as melhorias que o laboratório pode ter alcançado durante o período anterior à visita e as dificuldades encontradas que podem ser resolvidas em conjunto com a equipe de saúde. • Lembre-se de que a avaliação externa direta da qualidade é técnica e administrativa e que as possíveis causas

de sucesso ou as deficiências em alcançar as metas para a descoberta de casos e de suspeitos devem ser discutidas com todo o pessoal envolvido.

• Envie um breve relatório escrito, ressaltando as atividades ou as mudanças nessas atividades com as quais o pessoal do laboratório concordou em realizar durante a visita.

O apêndice dá detalhes dos pontos que devem ser observados e discutidos durante a visita; essa lista é apenas indicativa e pode variar dependendo da situação e da estratégia em cada país ou região.

É melhor não utilizar formulários escritos nos quais os técnicos e os profissionais sejam classificados numa escala de pontos; essa metodologia gera resistência ao supervisor e à supervisão como um todo, diminuindo o apoio para o PNCT.

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5.5.2 TESTEDEPROFICIÊNCIAMEDIANTEAVALIAÇÃOEXTERNAEINDIRETADAQUALIDADE

Consiste em verificar, a distância, a proficiência com a qual uma técnica específica ou parte dela é realizada, por meio da comparação com o rendimento diário.

Esse é o método mais utilizado para a garantia de qualidade na rede de laboratórios de TB (especialmente para a baciloscopia), porque é eficaz, relativamente simples e econômico.

Dos três métodos enumerados a seguir, o último é o mais freqüentemente usado: • do centro à periferia;

• simultaneamente; • da periferia para o centro.

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Objetivo: selecionar o método para teste de proficiência de baciloscopia que melhor se adapte a várias situações alternativas.

Discuta os benefícios e as desvantagens de cada sugestão alternativa. Indique em quais circunstâncias você usaria cada uma delas e quais delas você não usaria de todo.

Compare suas opiniões com as dadas no módulo 4.

5.5.3 TESTE DE PROFICIÊNCIA DA BACILOSCOPIA DE ESCARRO MEDIANTE AVALIAÇÃO EXTERNA INDIRETA DA QUALIDADE DA

BACILOSCOPIADEESCARRO

Consiste em comparar resultados da avaliação técnica indireta das lâminas preparadas pelos laboratórios durante seu trabalho rotineiro. Os laboratórios de nível intermediário reexaminam os do nível periférico (local), e o laboratório de referência nacional reexamina os intermediários.

O apêndice 3 descreve esse método.

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Objetivo: estabelecer critérios para a supervisão.

No apêndice 4, item 2 (“requisição de lâminas“), é dito que em alguns países cada laboratório é avisado, no início do ano, sobre o mês em que ele será supervisionado. Em outros países, profissionais de saúde acham melhor que sejam avisados apenas pouco tempo antes de eles terem de enviar as lâminas.

Discuta os prós e os contras das duas alternativas. Compare suas opiniões com as dadas no módulo 4.

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Objetivo: estabelecer a análise crítica para o teste de proficiência da baciloscopia por meio da supervisão técnica indireta.

No módulo 4, nos apêndices, são descritos os resultados da supervisão técnica indireta do laboratório de Tubercolândia. Com base nisso, analise os seguintes pontos e dê sua opinião sobre eles:

a) a qualidade das amostras; b) a qualidade dos esfregaços; c) a qualidade da coloração; d) a concordância entre as leituras.

Lembre-se de que as observações devem ser feitas nos três primeiros pontos baseados nas tendências. Compare suas observações com as dadas no módulo 4.