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I CONSTRUÇÃO E RELAÇÃO PEDAGÓGICA “Descobrir uma Relação Pedagógica Construtiva”

I. 1 – PROGRAMA DAS ACÇÕES

I.1.1 - OBJECTIVOS

Tendo em conta os pressupostos acima referidos, e ao longo de todo o precedente estudo, nomeadamente a importância da escolha das linguagens para a qualidade da interacção, desta dependendo educere, procurou-se no decorrer das intervenções:

1. Permitir a descoberta e abertura do “si mesmo” como forma de desenvolvimento e construção do Eu.

2. Saber apreciar e escutar “o silêncio como meio de consciencialização e interiorização do esquema corporal,”259 a fim de facilitar a expressão total .

3. Tomar consciência da sua especificidade e unicidade, dependendo desta a integração da totalidade do ser, eliminando-se, assim, a fragmentação.

4. Desenvolver a criatividade, despertando áreas do cérebro geralmente desvalorizadas, a fim de combater o dualismo e até o representacionismo .

5. Tomar consciência das emoções, sensações e sentimentos,260 para facilitar as interacções.

6. Despertar para a valorização da natureza, a fim de incentivar a inserção e interacção com o meio.

7. …/….

259

Sobre a importância da interiorização do Esquema Corporal, Rosa Maria Rivas Torres & Pilar Fernandez afirmam o seguinte: “Está cientificamente demonstrado que as alterações no reconhecimento e na interiorização do esquema corporal podem ocasionar sérias dificuldades na escrita. Por esta razão, o seu estudo é essencial.” Rosa Maria Rivas Torres & Pilar Fernandez, Dislexia, disortografia e disgrafia, McGraw-Hill, Lisboa, Julho de 2001, p.145

260

Ibid. “os sentimentos permitem-nos mentalizar e cuidar do corpo (i.e. ao sentir, vamos “ter atenção para com o corpo, cuidar dele, dar-lhe importância, animá-lo com uma mente”), p.172

I.1.2 - Momentos da acção

Durante do 2º Período: Janeiro, Fevereiro, Março - conforme a disponibilidade dos alunos e dos professores.

I.1.3 - Instrumentos - Inquéritos

- Auto-retratos (“le bonhomme”) - Vídeo gravador

- Audio gravador I.1.4 – Procedimentos

Cada sessão comporta três partes:  1ª Parte: introdução aos exercícios

 2ª Parte: movimentos com o corpo (mesmo sentados) baseados na psicomotricidade, “brain gym”, etc…

 3ª Parte: exercícios de respiração/visualização/relaxamento

Antes do inicio das intervenções em cada turma, para melhor se obter um “feed- back” das acções, e como complemento do primeiro questionário, considerou-se necessário recorrer ao auto-retrato. De facto, não há dúvidas que a criança (ou o jovem) tem consciência do seu corpo, é capaz de identificar as várias partes (i.e. a somatognósia), tanto mais que esta temática é abordada desde a pré-escola; mas será que é capaz de representar (projectar) o seu próprio corpo? Assim, esta capacidade implica, de alguma forma, ser capaz de relacionar a matéria que é ensinada de uma forma abstracta, e estabelecer a relação, ou não, com a sua própria pessoa. No entanto, com este exercício pretendeu-se, essencialmente, comparar a diferença entre o 1º e o 2º momento.

A escolha dos exercícios para cada sessão, e para cada turma, não podia ser, de forma alguma, idêntica para todas as turmas. De facto, sendo as idades dos alunos díspares, logo as suas necessidades também o são. Assim, por uma questão de economia, e porque os pormenores do conteúdo de cada sessão não são relevantes para

os objectivos pretendidos, tanto mais que a espontaneidade e a autenticidade (evitando- se assim, a comunicação e linguagens mecânicas) foram um dos requisitos fundamentais de todas as intervenções, não se irá apresentar o conteúdo das acções por sessão. Limitar-se-á a referir exemplos de exercícios que foram praticados, como ilustração, sabendo que a criatividade existe sempre no momento da acção.

Após a experiência, foi possível prolongar estas acções noutras escolas, optando- se por reagrupar as actividades em três módulos, a saber:

1. Movimento do corpo ou “O Corpo em Movimento” 261

2. Interacção, Comunicação e Desenvolvimento Pessoal e Social262 3. Concentração, Relaxamento e Visualização263

Estas actividades implicam o uso de linguagens que propiciem a sensação de bem estar, não se baseando estas unicamente na palavra. A decoração do espaço, a utilização de um certo tipo de música suave, o tom de voz, o movimento e a expressão (o mais acolhedora possível) contribuem para criar um ambiente de aceitação, de harmonia e de paz, procurando assim apaziguar e aliviar o stress. Todos estes requisitos são indispensáveis para se conseguir atingir os objectivos acima referidos.

261

Exercícios inspirados essencialmente em Victor Da Fonseca, Dr Paul e Gail E.Dennison, Dra Carla Hannaford

262

Exercícios inspirados essencialmente em Margarida Gaspar Matos, Soares Maria Fernanda, Gérard Faure e Serge Lascar…

263

I.2 – Tipo de exercícios 264

1 - Sentir o espaço

a) Exercícios diversos com os pés, andando pela sala, a fim de estabelecer uma ligação física e emocional com o espaço

b) Limitar os exercícios dentro de uma circunferência imaginária para aprender a defender o seu “espaço pessoal”265

2 - Aprender a andar de maneira concentrada e ordeira

a) Andar de várias maneiras como se estivessem a andar na rua, sem se chocarem, sem rir, sem incomodar os outros, com os olhos em frente, centrados em si mesmos

b) andar naturalmente

c) andar em ritmos diversos : devagar, lento, muito lentamente, andar rápido, muito rápido, a correr…

3 – Apresentar-se: “eu sou – eu gosto de….” – afirmar a sua identidade junto do grupo. Andar naturalmente – colocar uma cadeira no centro da sala – quando a música pára, o(a) aluno(a) mais próximo da cadeira sobe e diz o nome e uma frase que

melhor o(a) caracterize ou defina.

264

Estes exercícios são produto ou de invenção pessoal ou inspirados nos diversos cursos de expressão corporal frequentados

265

Edward T. Hall, LA DIMENSION CACHÉE, Ed. Seuil, Coll. Points, 1971, p.141 classifica os espaços em: íntimos, pessoais, sociais e públicos

4 – “Olhar e ver”: fotografar um(a) colega

Andar normalmente - acelerando - cada vez mais rápido

Parar (o/a animador(a) manda parar) - retomar – “fotografar” uma pessoa (i.e. quando o animador manda parar, olhar com atenção para a primeira pessoa que aparece em frente do nosso olhar) - retomar o andar : depressa, lento, muito depressa, muito lento, etc… - parar e “fotografar” a mesma pessoa noutro ângulo. No fim, comentar a imagem gravada da pessoa fotografada.

5 - Ganhar espírito de grupo e de harmonia

Todos os alunos virados para a parede, tentam “furá-la” vocalmente.

Dois alunos estão virados um para o outro: um deles emite um som, o segundo recua e, conforme a distância que os separa, assim o primeiro modifica o seu som.

6 - Interacção com o meio ambiente Sentar-se em roda

a. exercícios de inspiração/expiração

b. formar uma “flor” (i.e. sentados em roda) c. inspirar: flor fechada

d. expirar: flor aberta

Este exercício permite

1. praticar os exercícios de respiração de maneira lúdica.

2. despertar para a beleza e a perfeição da natureza ao imitá-la…

3. aumentar a consciência de que uma turma forma um conjunto no qual cada elemento é indispensável para formar o todo, exactamente como cada pétala é indispensável para formar a corola (cf. conceito de sistema266)

266

Ou seja: o “conjunto de elementos em interacção” (Bertallanfy – 1956) ou o “conjunto de unidades em inter-relação mútua” (Edgar Morin, 1977) ou ainda “um todo que não pode ser decomposto sem que

4. percepcionar a diferença entre o que é vivo e “não vivo” (cf. conceito de autopoiésis)

6) Descobrir e despertar diversas posturas e sensações imitando os animais . a) andar como uma girafa (cabeça esticada, estimulando a auto-estima ..)

b) como uma tartaruga, uma lebre (alternar : lebre/tartaruga i.e. lentidão/rapidez) c) como uma gazela (i.e. graciosidade)/urso (cabeça dentro dos ombros…) . - outros…

7) Exercício de observação

Cada um dos alunos deita-se no chão, descontraindo-se e observando fixamente um pormenor próximo ou afastado (fenda do soalho, pintura da parede…). Deve, de seguida, ser capaz de descrever de cor aquilo que esteve a observar

Prolongamento possível:

Colocar em cima duma mesa objectos. Observar durante um tempo limitado. Tapar com um pano. Terão, depois, de mencionar, de memória, o maior número possível de

objectos.

Terminar com exercício de respiração sempre com os olhos abertos .

8) Suscitar sensação de segurança

a) Andar normalmente, depressa, devagar… Imaginarem-se a andar dentro de uma bola de sabão e que esta os protege dos outros

b) Dois de cada lado, um no meio - o que está no meio fecha os olhos e deixa- se balançar caindo nos braços dos colegas – Terminar fazendo uma roda e um no meio que se deixa balançar de olhos fechados

9) Diferença entre máquina/ser vivo

a) Andar imitando um boneco articulado (não tem emoções)

- pessoa vaidosa , desleixada, tímida, agressiva, furiosa, magoada, bondosa, afável, simpática, convencida, antipática, má, atarefada, feliz, contente, alegre, serena, calma, sossegada, satisfeita.

- alternar: pessoa convencida/simples – vaidosa/desleixada – agressiva/tímida – bondosa/má – simpática, afável/antipática – calma/nervosa – feliz/infeliz, etc…

10) Improvisação guiada: facilitar a concentração e descontracção mediante um imaginário criado verbalmente.

11) Estimular a concentração observando a respiração:

a) de olhos fechados, prestar atenção ao corpo, à respiração. Sentir os pulmões a expandirem-se, o peito e o estômago a subirem e descerem à medida que se respira para dentro e para fora

b) respirar profundamente. Inspirar pelo nariz e expirar pela boca, libertar o ar lentamente

12) Libertar “o medo”

Jogo da apanhada (correr e apanhar alguém), quando se é apanhado levantar o braço e dizer o nome e a frase “eu não tenho medo”.

13) O corpo (sem) sentido

a) andar normalmente - andar com a mão a fugir – com a cabeça, a perna direita/esquerda, o rabo, etc… tudo a fugir (um membro de cada vez) b) andar com os pés de lado, de fora, dentro, etc…

c) andar como se fosse em cima de pregos, de gelo, de lama, de cola, de água até os joelhos, cintura, etc…

d) mãos a abrir /fechar – mão direita/esquerda e depois as duas

e) dois a dois: falar com as mãos, 1º frente a frente, virar as costas e falar com outro vizinho.

14) Expressão verbal

A partir de fotografias ou imagens expostas no chão: a) escolher uma imagem e justificar a escolha .

b) inventar uma pequena história baseada na imagem escolhida (máximo de 5 pessoas).

15) Expressão facial

a) massajar a cara – sentir todo o rosto como se fosse plasticina b) olhar espantado /descontente

c) todos, em roda, fazem um olhar espantado/aborrecido só com as sobrancelhas

d) expressar espanto e descontentamento alternadamente

e) dois a dois – face a face expressar espanto – virando-se : descontente, emitindo um som

f) em roda, um aluno coloca-se no meio e faz os exercícios físicos que quiser – o grupo em roda tem de imitar – quando o animador bate palmas, esse aluno escolhe outro para o substituir.

16) Os pontos dos hemisférios 267

Procedimento :

1. “Colocar uma mão no umbigo enquanto a outra estimula dois pontos situados entre as costelas268”.

(Estes pontos são chamados por Paul Dennison de “points d’accupresseure” conhecidos pelo nome de “Reins-27”. Segundo P. Dennison, a acupunctura e a “acupressão”, são métodos

267

Os exercícios que seguem são baseados nas obras de Paul e Gail E. Dennison e Dra Carla Hannaford e no Relatório sobre actividades realizadas durante o ano sabático de 1995-1996 de Maria Alpinda Martins Grilo

268

Carla Hanaford, La Gymnastique des Neuronnes, Le cerveau et l’apprentissage, Ifka, Jacques Granger, Paris, 1997, p. 162 (tradução pessoal)

antiquíssimos de equilíbrio da energia. Esta energia atravessa todo o corpo, de um lado ao outro, quando está activada por estes pontos.(…); estes agem como alternadores, permitindo a circulação da energia entre os dois lados do corpo” 269.

“Segundo Carla Hannaford, a mão no umbigo chama a atenção para o centro de gravidade do corpo. É aí que se encontram os grandes músculos que contribuem de maneira considerável para o equilíbrio. Este gesto alerta o sistema vestibular que estimula o sistema de activação reticular e desperta o cérebro para os dados sensoriais externos.)

Quando os olhos ficam fixos num ponto (i.e. “verrouillage des yeux”) esta activação vestibular vai obrigar os olhos a mexer novamente, e o cérebro tem então acesso às informações visuais externas.

2. A outra mão faz uma massagem delicada nos pontos colocados entre a primeira e a secunda costela, por cima da clavícula, à direita e à esquerda do esterno

(Paul Dennison, diz que estes pontos ficam localizados “entre a clavícula e o esterno”. O objectivo deste movimento é estimular a circulação sanguínea das artérias carótidas para o cérebro. As carótidas são as primeiras artérias que levam o sangue do coração à cabeça; a sua função é, assim, levar para o cérebro sangue fresco oxigenado.

Os pontos dos hemisférios estão situados logo por cima do local onde as duas carótidas forma uma ligação. Os receptores da pressão (baroreceptores), situados na parede dos carótides podem explicar os efeitos observados quando se efectua uma massagem neste pontos. As células nervosas “baroreceptadoras” são capazes de reagir às mudanças de pressão sanguínea e, graças ao reflexo do sinus da carótide, de manter a pressão normal no cérebro”270.

Efeitos :

• Equilibra a energia

• Permite a circulação da energia entre os dois lados do corpo

• Estimula a circulação sanguínea das artérias caróticas para o cérebro271

269

Dr Paul E. Denisson, Kinesiologie le plaisir d’apprendre, Le soufle d’Or, Coll. Crysalide, 1981, p. 106, (tradução pessoal)

270

Carla Hanaford, p. 162 271

17 ) O “Crass-Crawl” ou o movimento cruzado (“factor de lateralidade (direita/esquerda”272)

1) Levantar energicamente (mas não duma maneira pesada) o braço direito ao mesmo tempo que a perna esquerda e depois ao contrário. Progressivamente, tornar o movimento mais rápido, energético e ritmado. Pode–se fazer ficando imóvel ou andando

2) tocar o joelho esquerdo com a mão direita e inverter 3) fazer o mesmo com o cotovelo e depois o contrário

4) movimentar os mesmos membros mas fazendo-os tocar-se atrás do corpo enquanto se levanta o braço livre

5) levantar o braço e a perna lateralmente opostos, mas no sentido lateral

6) Praticar o “Cross-crawl” até que se torna automático e que não exija nenhuma análise (concentração).

7) É recomendado fazer 25 repetições, três ou 4 vezes por dia273

Variantes :

Enquanto se fazem estes movimentos :

• olhar para cima à esquerda (quando o movimento é para a direita) mantendo a cabeça direita (a fim de activar o hemisfério direito..). inverter

• executar o “cross-crawl” observando um X desenhado (numa folha, ou no quadro bem visível)

• continuar o movimento com os olhos fechados e continuar a visualizar mentalmente o mesmo X

• executar, intercalando entre dois “crass-crawl”, um “homo-crawl” movimento simultâneo dos membros do mesmo lado – observando o desenho de duas linhas paralelas verticais | | ; continuar o movimento, visualizando-as mentalmente.

272

Cf. Maria Alpinda Grilo, Relatório sobre as actividades realizadas durante o ano sabático de 1995- 1996, p. 32 - Chama-se lateralidade à capacidade de atravessar a linha mediana (direita/esquerda e vice- versa)

273

Repetir 10 vezes ou mais cada movimento.

“Estes exercícios são uma espécie de marcha consciente, facilitando uma activação equilibrada dos nervos que atravessam o corpo caloso. Quando se fazem estes movimentos regularmente, as redes dos neurónios mais numerosos formam-se, estabelecendo assim, entre os dois hemisférios, uma comunicação mais rápida e mais integrada, que facilita o raciocínio de alto nível. Para que dê melhores resultados, é preciso fazer estes movimentos muito lentamente. Estes fazem intervir a coordenação motora fina e o equilíbrio, activando conscientemente o sistema vestibular e os lóbulos frontais. Quanto mais os movimentos musculares são precisos, mais os lóbulos frontais são solicitados, em conjunção com o “ganglion” basal do sistema límbico e o cerebelo. Este movimento simples estimula com elegância o funcionamento da totalidade do cérebro, com uma principal difusão nos lóbulos frontais. O “Cross-Crawl” é excelente para estimular o funcionamento psicofísiológico óptimo, antes das actividades físicas como o desporto e a dança (…).274”.

Resumindo, os principais efeitos deste exercício são :

• equilibra os músculos, inclusive os que controlam os olhos

• os exercício 2 e 3 activam e estimulam o funcionamento simultâneo de largas zonas dos dois hemisférios cerebrais, facilitando assim a aprendizagem integrada e a aquisição de automatismos

• melhora a coordenação direita/esquerda • melhora a coordenação espacial

• melhora a visão binocular • melhora a leitura e a escrita275

274

Carla Hannaford, op. cit.p. 162, tradução pessoal 275

Ver Figuras in Dennison, Kinesiologie pour enfants, opt. cit., p.21, p.30; Kinesiologie le plaisir d’apprendre, p.71 a 73; Relatório de Maria Alpinda Grilo, op. cit., p.56

18) Contactos cruzados276 : descobrir o « corpo total »

Este exercício consiste em :

1) Cruzar um tornozelo por cima um do outro, da maneira que seja mais confortável.

2) Depois cruzam-se as mãos invertendo-as, colocando os braços em frente, as mãos viradas de costas e os polegares levantados para cima.

3) Passar depois uma mão em frente da outra para que as frentes das mãos se toquem, cruzando os dedos.

4) Descer então as mãos em frente e depois puxá-las para o corpo, de forma a que elas se apoiem no peito, os cotovelos para baixo.

Enquanto se está nesta posição,

• colocar a ponta da língua sobre a parte dura do céu da boca, atrás dos dentes da frente: isto chama a atenção sobre o cérebro médio que está situado logo por cima, e ajuda a libertar a tenção da língua devido ao desequilíbrio postural.

• Olhar em todas as direcções : para cima, para baixo, à esquerda, à direita, em cruz…

“Esta configuração faz comunicar o cérebro límbico, onde estão localizadas as emoções, com os lóbulos frontais, localização da razão, dando assim um ponto de vista unificado, o que permite aprender e reagir com mais eficácia.”277

Com este simples movimento, ao atravessar a linha mediana, fazendo com que os dois hemisférios cooperem, aprende-se a movimentar todo o corpo e, assim, descobrir que é preferível “um corpo total” que “um corpo parcial”…O corpo vai, assim, descobrindo que é um todo…

Efeitos :

• Este movimento cruzado complexo tem sobre o cérebro uma acção semelhante à do “Cross-Crawl”. É um movimento que activa

276

Carla Hannaford, op.cit. p. 163, Paul Dennison, Kinesiologia pour enfants, opt. Cit. p.34. 277