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4 ESTUDO APLICADO

4.5 PROJEÇÃO DE RESULTADOS

Neste tópico, são demonstradas as demonstrações contábeis necessárias para a comprovação da viabilidade econômica e financeira de incremento na empresa em estudo, bem como as análises elaboradas a partir dos resultados encontrados.

Para tanto, estimou-se um aumento anual de 8% nas vendas de mercadorias e prestação de serviços, considerando para isso o Índice Geral de Preços (IGPM) e as variações nos preços e de 6% nas despesas operacionais bem como no valor dos custos das mercadorias e serviços. Para os salários e encargos, projetou-se um aumento de 8% em razão do ajuste anual do salário mínimo e de possíveis

alterações nos estatutos do sindicato da categoria, além de prever com prudência um aumento médio de 30% nas vendas de mercadorias e na prestação de serviços com a adoção do incremento de investimento pela empresa.

4.5.1 Demonstração de resultados

As demonstrações de resultados da empresa foram projetadas e corrigidas levando em consideração a situação real da empresa, o incremento e a situação global, ou seja, os reflexos gerados na união entre a situação atual do negócio e o possível incremento de investimento afim de que os resultados possam ser visualizados em cada alternativa através da análise de lucratividade, rentabilidade e do tempo de retorno contábil. Para esta demonstração os valores de depreciação anual foram considerados para fins de cálculo.

Como já mencionado anteriormente, a Demonstração do Resultado do Exercício é considerado um demonstrativo básico, porém de grande importância na gestão de uma entidade, pois evidencia a formação do resultado do período mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas, revelando assim, o seu lucro ou o seu prejuízo. Este processo de apuração demonstra as diversas fases do resultado que se inicia a partir da formação da receita, passando pela dedução dos custos e despesas ocorridos no período ou exercício social até chegar ao resultado e a sua devida destinação (BASSO, 2011).

A DRE da ao gestor uma boa ideia do momento atual da entidade, pois a mesma combinada com a análise financeira possibilita a avaliação da situação geral da empresa. Logo, com um julgamento apropriado, pode-se identificar, antecipar e analisar situações problemáticas, e com isso permitir que o empresário às corrija de maneira eficiente e tempestiva, assim fidelizando mais clientes, reorganizando as suas relações com os fornecedores ou até mesmo se antecipando oportunamente em relação a seus concorrentes.

Na Demonstração do Resultado do Exercício atual apresentada no quadro 11, observa-se primeiro a Receita Operacional Bruta decorrente da venda de mercadorias e da prestação de serviços na área de informática, e em seguida elencadas as deduções desta receita, ou seja, os impostos que incidem sobre a receita bruta, neste caso, como a empresa é optante pelo Simples Nacional são aplicadas duas alíquotas diferenciadas para cada setor, sendo que para a receita

com prestação de serviços aplicou-se à alíquota de 8,21% e para a decorrente do comércio de mercadorias 5,47%, ambos calculados sobre a receita bruta total anual que pode variar de R$ 180.000,00 até R$ 360.000,00 no máximo.

Quadro 11 – Demonstração de Resultado do Exercício Atual

DRE ATUAL ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Discriminação Valores R$ Valores R$ Valores R$ Valores R$ Valores R$

1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA 199.320,00 215.265,60 232.486,85 251.085,80 271.172,66 Venda Mercadorias 82.200,00 88.776,00 95.878,08 103.548,33 111.832,19 Serviços 117.120,00 126.489,60 136.608,77 147.537,47 159.340,47 Contratos PJ 9.000,00 9.720,00 10.497,60 11.337,41 12.244,40 Serviços Prestados 108.120,00 116.769,60 126.111,17 136.200,06 147.096,07 2. DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 14.111,89 15.240,84 16.460,11 17.776,92 19.199,07 Simples Nacional 14.111,89 15.240,84 16.460,11 17.776,92 19.199,07 Comércio 4.496,34 4.856,05 5.244,53 5.664,09 6.117,22 Serviços Prestados 9.615,55 10.384,80 11.215,58 12.112,83 13.081,85 3.RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 185.208,11 200.024,76 216.026,74 233.308,88 251.973,59

4. CUSTOS 90.429,77 95.737,25 101.363,18 107.326,66 113.647,96

Custo das Mercadorias Vendidas 45.210,00 47.922,60 50.797,96 53.845,83 57.076,58 Custo dos Serviços Prestados 43.248,00 45.842,88 48.593,45 51.509,06 54.599,60 Depreciação 1.971,77 1.971,77 1.971,77 1.971,77 1.971,77 5. LUCRO OPERACIONAL BRUTO 94.778,34 104.287,51 114.663,56 125.982,21 138.325,63

6. DESPESAS 75.263,64 80.834,25 86.823,48 93.263,20 100.187,73 Salários e Encargos 35.363,64 38.192,73 41.248,15 44.548,00 48.111,84 Água 480,00 508,80 539,33 571,69 605,99 Energia Elétrica 4.200,00 4.452,00 4.719,12 5.002,27 5.302,40 Honorários Contábeis 3.120,00 3.307,20 3.505,63 3.715,97 3.938,93 Combustivel 1.800,00 1.908,00 2.022,48 2.143,83 2.272,46 Pró-Labore 17.376,00 18.766,08 20.267,37 21.888,76 23.639,86 Telefone 3.000,00 3.180,00 3.370,80 3.573,05 3.787,43 Material de Limpeza 600,00 636,00 674,16 714,61 757,49 Material Expediente 480,00 508,80 539,33 571,69 605,99 Despesas financeiras 1.644,00 1.742,64 1.847,20 1.958,03 2.075,51 Aluguel 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83 7. RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 19.514,70 23.453,26 27.840,08 32.719,01 38.137,90 8. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 19.514,70 23.453,26 27.840,08 32.719,01 38.137,90

LUCRATIVIDADE MÉDIA 9,79% 10,90% 11,97% 13,03% 14,06%

Fonte - Elaborados a partir da pesquisa.

Após a dedução dos impostos, temos descontados os custos e as despesas operacionais, para então chegar ao Resultado Líquido do Exercício, que foi positivo em todos os anos analisados, sendo que nestes períodos, a lucratividade média permaneceu em torno de 11,95% a.a.

A seguir no quadro 12, apresenta-se a Demonstração de Resultado do Exercício incremental, onde se pode observar em primeiro lugar a Receita Operacional Bruta decorrente da venda de mercadorias e da prestação de serviços

incremental, e em seguida as deduções necessárias, ou seja, os impostos que incidem sobre a receita bruta, e que neste caso incidiu apenas nos resultados dos reflexos gerados com o incremento de investimento, assim aplicando as alíquotas que foram de 8,21% para a receita com prestação de serviços e de 5,47% para as receitas decorrentes do comércio de mercadorias.

Quadro 12 – Demonstração de Resultado do Exercício Incremental

DRE INCREMENTAL ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Discriminação Valores R$ Valores R$ Valores R$ Valores R$ Valores R$ 1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA 57.096,00 61.663,68 66.596,77 71.924,52 77.678,48

Venda Mercadorias 24.660,00 26.632,80 28.763,42 31.064,50 33.549,66

Serviços 32.436,00 35.030,88 37.833,35 40.860,02 44.128,82

Contratos PJ

Serviços Prestados 32.436,00 35.030,88 37.833,35 40.860,02 44.128,82

2. DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 4.011,90 4.332,85 4.679,48 5.053,84 5.458,14

Simples Nacional 4.011,90 4.332,85 4.679,48 5.053,84 5.458,14

Comércio 1.348,90 1.456,81 1.573,36 1.699,23 1.835,17

Serviços Prestados 2.663,00 2.876,04 3.106,12 3.354,61 3.622,98

3.RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 53.084,10 57.330,83 61.917,30 66.870,68 72.220,34 4. CUSTOS 26.813,40 28.405,64 30.093,42 31.882,47 33.778,86

Custo das Mercadorias Vendidas 13.563,00 14.376,78 15.239,39 16.153,75 17.122,98 Custo dos Serviços Prestados 12.974,40 13.752,86 14.578,04 15.452,72 16.379,88

Depreciação 276,00 276,00 276,00 276,00 276,00

5. LUCRO OPERACIONAL BRUTO 26.270,70 28.925,19 31.823,87 34.988,21 38.441,48 6. DESPESAS 19.241,76 20.749,90 22.376,82 24.131,91 26.025,30 Salários e Encargos 17.681,76 19.096,30 20.624,00 22.273,93 24.055,84 Água Energia Elétrica 504,00 534,24 566,29 600,27 636,29 Honorários Contábeis Combustivel 540,00 572,40 606,74 643,15 681,74 Pró-Labore Telefone 300,00 318,00 337,08 357,30 378,74 Material de Limpeza 120,00 127,20 134,83 142,92 151,50 Material Expediente 96,00 101,76 107,87 114,34 121,20 Despesas financeiras Aluguel

7. RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 7.028,94 8.175,29 9.447,05 10.856,30 12.416,18 8. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 7.028,94 8.175,29 9.447,05 10.856,30 12.416,18

LUCRATIVIDADE MÉDIA 12,31% 13,26% 14,19% 15,09% 15,98%

RENTABILIDADE 20,31% 23,63% 27,30% 31,38% 35,88%

TEMPO DE RETORNO CONTÁBIL 4,92 4,23 3,66 3,19 2,79

Fonte - Elaborados a partir da pesquisa.

Após a dedução dos impostos, temos descontados os custos e as despesas adicionais necessárias em relação ao incremento de investimento, para então

encontrar o Resultado Líquido do Exercício que se revelou positivo em todos os anos analisados.

Em relação ao índice de rentabilidade da operação, a qual indica em percentual qual foi o ganho da empresa em relação ao investimento realizado, o primeiro exercício apresentou uma rentabilidade de 20,31%, o segundo de 23,63%, aumentando a cada período e alcançando no último ano analisado 35,88%.

Já o índice de lucratividade que demonstra a capacidade de liquidação dos compromissos da empresa no primeiro ano analisado foi de 12,31%, no segundo ano 13,26%, aumentando até chegar em 15,98% no último período analisado.

Em relação ao tempo de retorno contábil que é o tempo necessário para que a empresa possa recuperar o capital investido, no primeiro período revelou a necessidade de 4,92 anos, no segundo de 4,23 anos, sendo que no último período analisado, o tempo de retorno necessário foi de apenas 2,79 anos.

No quadro 13, apresenta-se a Demonstração de Resultado do Exercício global, ou seja, onde a Receita Operacional Bruta total é formada a partir dos resultados atuais da empresa e dos resultados gerados através do incremento de investimento, ambas oriundas da venda de mercadorias e da prestação de serviços, e em seguida as deduções necessárias, como os impostos que incidem sobre a receita bruta total, e que representaram nos cinco anos estudados 8,21% para a receita com prestação de serviços e 5,47% para as receitas decorrentes do comércio de mercadorias.

Após a dedução dos impostos, temos descontados os custos e as despesas atuais e adicionais necessárias em relação à receita global, para então encontrar o Resultado Líquido do Exercício que foi positivo em todos os anos analisados.

Em relação ao índice de rentabilidade da empresa, o primeiro exercício apresentou uma rentabilidade de 76,72%, o segundo de 91,41%, o terceiro 107,77%, o quarto 125,94%, ou seja, aumentando consideravelmente a cada período e alcançando no último ano 146,11%, praticamente o dobro da rentabilidade conquistada no primeiro período analisado.

Já o índice de lucratividade no primeiro ano analisado foi de 10,35%, no segundo ano 11,42%, no terceiro 12,47%, no quarto 13,49%, ou seja, aumentando continuamente até chegar em 14,49% no último período analisado.

Em relação ao tempo de retorno contábil, o primeiro período apresentou há necessidade de 1,30 anos, o segundo de 1,09 anos, o terceiro de 0,93 anos, o

quarto de 0,79 anos, sendo que no último período analisado, o tempo de retorno necessário foi de 0,68 anos, ou seja, uma situação muito confortável para o investidor, pois o seu capital será recuperado em menos de um ano e meio.

Quadro 13 – Demonstração de Resultado do Exercício Global

DRE GLOBAL ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Discriminação Valores R$ Valores R$ Valores R$ Valores R$ Valores R$

1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA 256.416,00 276.929,28 299.083,62 323.010,31 348.851,14 Venda Mercadorias 106.860,00 115.408,80 124.641,50 134.612,82 145.381,85 Serviços 149.556,00 161.520,48 174.442,12 188.397,49 203.469,29 Contratos PJ 9.000,00 9.720,00 10.497,60 11.337,41 12.244,40 Serviços Prestados 140.556,00 151.800,48 163.944,52 177.060,08 191.224,89 2. DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 18.123,79 19.573,69 21.139,59 22.830,76 24.657,22 Simples Nacional 18.123,79 19.573,69 21.139,59 22.830,76 24.657,22 Comércio 5.845,24 6.312,86 6.817,89 7.363,32 7.952,39 Serviços Prestados 12.278,55 13.260,83 14.321,70 15.467,43 16.704,83 3.RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 238.292,21 257.355,59 277.944,03 300.179,56 324.193,92

4. CUSTOS 117.243,17 124.142,89 131.456,60 139.209,13 147.426,81

Custo das Mercadorias Vendidas 58.773,00 62.299,38 66.037,34 69.999,58 74.199,56 Custo dos Serviços Prestados 56.222,40 59.595,74 63.171,49 66.961,78 70.979,48 Depreciação 2.247,77 2.247,77 2.247,77 2.247,77 2.247,77 5. LUCRO OPERACIONAL BRUTO 121.049,04 133.212,69 146.487,43 160.970,43 176.767,11

6. DESPESAS 94.505,40 101.584,15 109.200,30 117.395,11 126.213,03 Salários e Encargos 53.045,40 57.289,03 61.872,15 66.821,93 72.167,68 Água 480,00 508,80 539,33 571,69 605,99 Energia Elétrica 4.704,00 4.986,24 5.285,41 5.602,54 5.938,69 Honorários Contábeis 3.120,00 3.307,20 3.505,63 3.715,97 3.938,93 Combustivel 2.340,00 2.480,40 2.629,22 2.786,98 2.954,20 Pró-Labore 17.376,00 18.766,08 20.267,37 21.888,76 23.639,86 Telefone 3.300,00 3.498,00 3.707,88 3.930,35 4.166,17 Material de Limpeza 720,00 763,20 808,99 857,53 908,98 Material Expediente 576,00 610,56 647,19 686,03 727,19 Despesas financeiras 1.644,00 1.742,64 1.847,20 1.958,03 2.075,51 Aluguel 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83 7. RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 26.543,64 31.628,54 37.287,13 43.575,31 50.554,08 8. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 26.543,64 31.628,54 37.287,13 43.575,31 50.554,08

LUCRATIVIDADE MÉDIA 10,35% 11,42% 12,47% 13,49% 14,49%

RENTABILIDADE 76,72% 91,41% 107,77% 125,94% 146,11%

TEMPO DE RETORNO CONTÁBIL 1,30 1,09 0,93 0,79 0,68 Fonte - Elaborados a partir da pesquisa.

Em vista disso, através dos resultados gerados pode-se considerar que o incremento de investimento neste negócio é uma alternativa atrativa para o proprietário desta empresa levando em consideração que a DRE global demonstrou resultados satisfatórios e que atendem a todas as expectativas iniciais do estudo.

4.5.2 Fluxo de caixa

Os fluxos de caixa da empresa foram projetados levando em consideração a situação real da empresa, o incremento e a situação global, ou seja, os reflexos gerados na união entre a situação atual do negócio e o possível incremento de investimento afim de que o fluxo financeiro seja visualizado em cada alternativa.

O quadro a seguir (14) irá demostrar a situação real da empresa a respeito de suas entradas e saídas de caixa, ou seja, os valores gerados a partir das operações efetivas do período observado no momento da pesquisa, sendo que neste contexto a depreciação não foi considerada por não gerar desembolso efetivo no caixa operacional da empresa.

Quadro 14 – Fluxo de Caixa Atual

FLUXO DE CAIXA ATUAL ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

INGRESSOS 199.320,00 215.265,60 232.486,85 251.085,80 271.172,66 Valores Vendas à vista 76.128,00 82.218,24 88.795,70 95.899,36 103.571,30 Valores Vendas à Prazo 114.192,00 123.327,36 133.193,55 143.849,03 155.356,96 Contratos mensais PJ 9.000,00 9.720,00 10.497,60 11.337,41 12.244,40 (-) Outras Deduções

DESEMBOLSOS 177.833,53 189.840,57 202.675,00 216.395,01 231.062,99 Investimento Inicial

Custos das Mercadorias/Serviços 88.458,00 93.765,48 99.391,41 105.354,89 111.676,19 Salários e Encargos 35.363,64 38.192,73 41.248,15 44.548,00 48.111,84 Água 480,00 508,80 539,33 571,69 605,99 Energia Elétrica 4.200,00 4.452,00 4.719,12 5.002,27 5.302,40 Honorários Contábeis 3.120,00 3.307,20 3.505,63 3.715,97 3.938,93 Combustivel 1.800,00 1.908,00 2.022,48 2.143,83 2.272,46 Pró-Labore 17.376,00 18.766,08 20.267,37 21.888,76 23.639,86 Impostos Simples 14.111,89 15.240,84 16.460,11 17.776,92 19.199,07 Telefone 3.000,00 3.180,00 3.370,80 3.573,05 3.787,43 Material de Limpeza 600,00 636,00 674,16 714,61 757,49 Material Expediente 480,00 508,80 539,33 571,69 605,99 Despesas financeiras 1.644,00 1.742,64 1.847,20 1.958,03 2.075,51 Aluguel 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83

Saldo de Caixa do Período 21.486,47 25.425,03 29.811,85 34.690,78 40.109,67

Caixa Inicial 21.486,47 46.911,49 76.723,34 111.414,12

Saldo final de Caixa 21.486,47 46.911,49 76.723,34 111.414,12 151.523,79

Fonte - Elaborados a partir da pesquisa.

No fluxo de caixa projetado em relação às atividades atuais da empresa, pode-se observar que o saldo final de caixa foi positivo e crescente em todos os anos analisados. É possível ainda verificar que do valor dos Ingressos totais bruto em cada período, 7,08% são valores destinados ao pagamento de impostos, além de que a perspectiva de desembolsos totais gerados para a sustentação das

atividades durante estes cinco anos representou em média 87,20% do valor total dos ingressos.

O quadro 15 a seguir, apresenta a projeção do incremento de investimento no valor de R$ 34.600,00 revelando com isso os reflexos gerados nesta situação.

Quadro 15 – Fluxo de Caixa Incremental

FLUXO DE CAIXA INCREMENTAL ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

INGRESSOS 57.096,00 61.663,68 66.596,77 71.924,52 77.678,48

Valores Vendas à vista 22.838,40 24.665,47 26.638,71 28.769,81 31.071,39 Valores Vendas à Prazo 34.257,60 36.998,21 39.958,06 43.154,71 46.607,09 Contratos mensais PJ

(-) Outras Deduções

DESEMBOLSOS 49.791,06 53.212,39 56.873,72 60.792,21 64.986,30

Investimento Inicial - 34.600,00

Custos das Mercadorias/Serviços 26.537,40 28.129,64 29.817,42 31.606,47 33.502,86 Salários e Encargos 17.681,76 19.096,30 20.624,00 22.273,93 24.055,84 Água Energia Elétrica 504,00 534,24 566,29 600,27 636,29 Honorários Contábeis Combustivel 540,00 572,40 606,74 643,15 681,74 Pró-Labore Impostos Simples 4.011,90 4.332,85 4.679,48 5.053,84 5.458,14 Telefone 300,00 318,00 337,08 357,30 378,74 Material de Limpeza 120,00 127,20 134,83 142,92 151,50 Material Expediente 96,00 101,76 107,87 114,34 121,20 Despesas financeiras Aluguel

Saldo de Caixa do Período - 34.600,00 7.304,94 8.451,29 9.723,05 11.132,30 12.692,18 Caixa Inicial - 34.600,00 - 27.295,06 - 18.843,77 - 9.120,72 2.011,58 Saldo de Caixa - 34.600,00 - 27.295,06 - 18.843,77 - 9.120,72 2.011,58 14.703,76 Payback Simples - 34.600,00 - 27.295,06 - 18.843,77 - 9.120,72 2.011,58 14.703,76 Payback Descontado - 34.600,00 - 27.959,15 - 20.974,61 - 13.669,54 - 6.066,03 1.814,81 VPL TIR 1.814,81 11,84% Fonte - Elaborados a partir da pesquisa.

Assim, estimou-se prudentemente um aumento nas vendas de mercadorias e prestação de serviços em relação às atividades atuais de 30%, bem como nesta proporção os desembolsos necessários para sua concretização.

No fluxo de caixa incremental, é possível visualizar que todos os saldos de caixa de cada período foram positivos e crescentes, podendo-se ainda observar que a perspectiva de desembolsos gerados para a sustentação das atividades do incremento durante estes cinco anos representou em média 85,42% do valor total

dos ingressos, sendo que dos ingressos totais brutos gerados em cada período, 7,03% são valores referentes ao pagamento de impostos.

Analisando, portanto as entradas e saídas de caixa geradas apenas com o incremento sugerido neste estudo, percebe-se que o período de payback foi calculado pelo método simples e pelo método descontado, sendo que em ambos o valor investido foi recuperado em termos financeiros através do seu saldo final de caixa em menos de cinco anos, gerando assim um saldo de caixa positivo de R$ 2.011,58 no quarto ano pelo método de payback simples (3,71 anos) e de R$ 1.814,81 no quinto ano pelo método de payback descontado (4,77 anos).

Levando em consideração uma TMA (Taxa Mínima de Atratividade) de 10% que foi estipulada com base na taxa média anual de poupança e assim aplicando uma taxa acima deste valor como objetivo mínimo de retorno, pode-se concluir que o projeto é atraente, pois o indicador da TIR (Taxa Interna de Retorno) nesta situação apresentou um índice de 11,84%, ou seja, sempre que este indicador for maior que a TMA o investimento é atrativo do ponto de vista financeiro. Já o VPL (Valor Presente Líquido), apresentou saldo positivo no valor de R$ 1.814,81, o que é satisfatório levando em conta a proporção entre o valor do incremento de investimento e os resultados prudentemente estimados.

O quadro 16 apresenta a projeção global das entradas e saídas de caixa, ou seja, a união das atividades atuais da empresa com o incremento de investimento sugerido para o aumento de suas atividades no valor de R$ 34.600,00, afim de que os resultados gerados a partir desta situação possam ser visualizados e analisados de acordo com a sua viabilidade ou não.

Para o proprietário, a presente demonstração é uma das revelações mais importantes dentre os cenários analisados anteriormente, pois o mesmo refletirá a real condição desta opção estratégica a qual deve permitir que o mesmo aumente a suas atividades mantendo a sua qualidade operacional porém aperfeiçoando a sua estrutura funcional.

No fluxo de caixa global, é possível visualizar que os saldos finais de caixa foram todos positivos e crescentes, podendo ainda se observar que a perspectiva de desembolsos gerados para a sustentação das atividades do incremento durante estes cinco anos representou em média 86,80% do valor total dos ingressos, sendo que dos ingressos totais brutos de cada período, 7,07% são valores destinados ao pagamento de impostos.

Analisando, portanto as entradas e saídas de caixa geradas com a adição do incremento sugerido nas atividades normais da empresa percebeu-se que o período de payback calculado pelo método simples e pelo método descontado foi positivo em ambos além de que o valor investido foi recuperado em termos financeiros através do seu saldo final de caixa em menos de dois anos, gerando assim um saldo de caixa positivo de R$ 28.067,72 pelo método de payback simples (1,17 anos) e de R$ 19.570,96 pelo método de payback descontado (1,30 anos).

Quadro 16 – Fluxo de Caixa Global

FLUXO DE CAIXA GLOBAL ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

INGRESSOS 256.416,00 276.929,28 299.083,62 323.010,31 348.851,14 Valores Vendas à vista 98.966,40 106.883,71 115.434,41 124.669,16 134.642,69 Valores Vendas a Prazo 148.449,60 160.325,57 173.151,61 187.003,74 201.964,04 Contratos mensais PJ 9.000,00 9.720,00 10.497,60 11.337,41 12.244,40 (-) Outras Deduções

DESEMBOLSOS 227.624,59 243.052,97 259.548,72 277.187,23 296.049,29 Investimento Inicial - 34.600,00

Custos das Mercadorias/Serviços 114.995,40 121.895,12 129.208,83 136.961,36 145.179,04 Salários e Encargos 53.045,40 57.289,03 61.872,15 66.821,93 72.167,68 Água 480,00 508,80 539,33 571,69 605,99 Energia Elétrica 4.704,00 4.986,24 5.285,41 5.602,54 5.938,69 Honorários Contábeis 3.120,00 3.307,20 3.505,63 3.715,97 3.938,93 Combustivel 2.340,00 2.480,40 2.629,22 2.786,98 2.954,20 Pró-Labore 17.376,00 18.766,08 20.267,37 21.888,76 23.639,86 Impostos Simples 18.123,79 19.573,69 21.139,59 22.830,76 24.657,22 Telefone 3.300,00 3.498,00 3.707,88 3.930,35 4.166,17 Material de Limpeza 720,00 763,20 808,99 857,53 908,98 Material Expediente 576,00 610,56 647,19 686,03 727,19 Despesas financeiras 1.644,00 1.742,64 1.847,20 1.958,03 2.075,51 Aluguel 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83

Saldo de Caixa do Período - 34.600,00 28.791,41 33.876,31 39.534,90 45.823,08 52.801,85 Caixa Inicial - 34.600,00 - 5.808,59 28.067,72 67.602,62 113.425,70 Saldo de Caixa - 34.600,00 - 5.808,59 28.067,72 67.602,62 113.425,70 166.227,55 Payback Simples - 34.600,00 - 5.808,59 28.067,72 67.602,62 113.425,70 166.227,55 Payback Descontado - 34.600,00 - 8.425,99 19.570,96 49.274,11 80.571,89 113.357,68 VPL TIR 113.357,69 93,49%

Fonte - Elaborados a partir da pesquisa.

Levando em consideração uma TMA de 10% pode-se concluir ainda que o projeto é atraente, pois o indicador da TIR nesta situação apresentou um índice de 93,49%, ou seja, valor este significativamente superior a Taxa Mínima de Atratividade superando assim as expectativas mínimas do investidor. Já o VPL revelou um saldo positivo no valor de R$ 113.357,69, o que é muito satisfatório

levando em conta que o investimento será totalmente recuperado financeiramente em menos de dois anos.

4.6 VIABILIDADE DO EMPREENDIMENTO

A partir da elaboração das demonstrações de resultados, dos fluxos de caixa do exercício e de suas respectivas análises referente à possibilidade de um incremento de investimento nas atividades atuais de uma empresa de informática já instalada no centro da cidade de Panambi, ficou claro que a intenção de aumentar a capacidade operacional e em consequência melhorar sua estrutura de funcionamento, é viável e satisfatório econômico e financeiramente de acordo com os cinco anos projetados neste estudo.

Mesmo considerando um investimento inicial significativo em relação às condições financeiras atuais do proprietário, o aumento da capacidade operacional e a melhora de sua estrutura funcional geraram resultados positivos líquidos crescentes em todos os anos, bem como um nível satisfatório de lucratividade em todos os períodos analisados, tornando possível que o investimento incremental seja recuperado em um prazo de um ano e três meses, o que nestas condições pode ser considerado excelente.

Para assegurar que esta decisão seja acertada, após a distribuição e alocação dos custos e despesas, foram calculadas a VPL e a TIR, que revelaram uma VPL positiva em relação ao investimento inicial e aos fluxos de caixa projetados no decorrer dos cinco anos, e também uma TIR consideravelmente superior a TMA de 10% adotada pela empresa, o que reforça a possibilidade do proprietário futuramente questionar e analisar esta opção como uma alternativa de desenvolvimento e crescimento do seu negócio.

CONCLUSÃO

Ao identificar uma oportunidade de elevar os resultados de um negócio, seja para ampliar a linha de produtos ou serviços oferecidos, ou para aumentar a capacidade operacional de realizá-los, atendendo um número maior de clientes com agilidade e eficiência, parte da prerrogativa do planejamento e em seguida do estudo de sua viabilidade econômica e financeira, com o intuito de permitir a visualização dos resultados obtidos, a avaliação dos riscos e a tomada de decisão mais adequada, o de investir ou não no negócio.

Atualmente em meio a tantas incertezas, é fundamental que as empresas tenham uma estrutura totalmente preparada para possíveis alterações e adaptações instantâneas que podem desviar a estratégia inicial da empresa, ou seja, é essencial que os gestores estejam preparados para cenários alternativos, o que é muito comum no Brasil. Os empresários são afetados constantemente por influências não só internas, mas externas a empresa, por isso é preciso observar as tendências, tomar decisões acertadas, e estar em condições de se reorganizar no menor tempo, revertendo o quadro e procurando acrescentar e tornar estas ameaças e desafios em oportunidades.

Em vista disso, aplicar conceitos e técnicas de análise de investimentos em situações de risco e de incerteza propicia às empresas muito mais segurança na aplicação dos seus recursos, uma vez que não sendo possível prever o futuro, ao menos é indicado conhecer o grau de risco que a empresa esta exposta. Desta maneira, o estudo de caso apresentado neste trabalho mostrou as possibilidades de sua aplicação e a sua abrangência.

Ressalta-se ainda que o planejamento do empreendimento foi elaborado dentro de cenários prováveis, estimados de acordo com a realidade, e elaborados a partir dos dados obtidos nas pesquisas e entrevistas realizadas durante o período em estudo.

Para tanto, os objetivos deste estudo foram alcançados, respondendo ao questionamento inicial da pesquisa, em que após utilizar as técnicas de análise de viabilidade de investimentos citadas no decorrer do mesmo, comprovou-se a viabilidade econômica e financeira do incremento de investimento nesta empresa de informática, que apresentou bons indicadores de desempenho econômico e de rentabilidade sobre o capital investido. Assim, os resultados encontrados contribuirão

para auxiliar o empresário a tomar a decisão sobre reinvestir ou não no negócio, além de fornecer informações para o empreendedor planejar e acompanhar o desenvolvimento das suas atividades de maneira gerencial e não apenas operacional.

Contudo, ainda foi possível visualizar a importância que a contabilidade gerencial tem dentro das empresas, pois além de servir como uma ferramenta de planejamento, gestão e controle, é uma aliada na tomada de decisões estratégicas, pois se for bem utilizada, colabora para que os recursos econômicos disponíveis da entidade sejam distribuídos de maneira eficiente e utilizados em momentos oportunos, garantindo a longevidade e o desenvolvimento sustentável do empreendimento.

REFERÊNCIAS

BASSO, Irani Paulo. Contabilidade Geral Básica. Ijuí: Ed. Unijuí, 2011, 4.ed. 378 p. BEUREN, Ilse Maria (org) et al. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em

Contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Ed. Atlas, 2010, 3. ed. 195p.

BRUNI, Adriano Leal. A Análise Contábil e Financeira. Série desenvolvendo as finanças; v.4. São Paulo: Ed. Atlas, 2010. 329p.

CORONADO, Osmar. Contabilidade Gerencial Básica. São Paulo: Ed. Saraiva, 2006. 177p.

DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor: a metodologia de ensino que

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