• Nenhum resultado encontrado

Análise da viabilidade de um empreendimento de informática

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise da viabilidade de um empreendimento de informática"

Copied!
63
0
0

Texto

(1)

UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

BIANCA FENSTERSEIFER GABBI

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE

INFORMÁTICA

(Trabalho de Conclusão de Curso)

Ijuí – RS

2014

(2)

BIANCA FENSTERSEIFER GABBI

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE

INFORMÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: Prof. Maria Margarete Baccin Brizolla

(3)

AGRADECIMENTOS

É mais do que oportuno reconhecer o inestimável auxílio de muitas pessoas que contribuíram para a conclusão deste trabalho de conclusão de curso. Embora a responsabilidade de concluir eficientemente o curso de graduação seja exclusivamente do aluno, quero expressar minha gratidão a todos aqueles que de certa forma estiverem presentes e que ansiaram por este momento o quanto eu.

A meus pais, Elton e Rosane Fensterseifer, por todo amor e carinho, aos meus avós, tios e tias por todo o incentivo, e ao meu irmão que colaborou decisivamente para o desfecho deste estudo.

Ao meu marido Vinicios Heitor Gabbi por todo incentivo, amor, compreensão e paciência durante os anos que se fizeram necessários para que este momento fosse alcançado.

À minha orientadora, Professora Msc. Maria Margarete Baccin Brizolla, que com sua competência e dedicação auxiliou no desenvolvimento deste trabalho e na conclusão do curso.

Aos meus amigos e colegas Rejane, Tuany, Caroline, Luana, Jucieli, Taline, Vanessa, Gustavo e Regis que transformaram esta trajetória acadêmica mais agradável e feliz.

Acima de tudo, agradeço a Deus pela companhia em todos estes anos, e também pelo seu cuidado em colocar em meu caminho pessoas importantes e fundamentais para que este resultado se tornasse possível.

(4)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício...26

Quadro 2 - Análise SWOT – Análise do Ambiente...42

Quadro 3 - Investimentos para o incremento...43

Quadro 4 - Receita de Prestação de Serviços...44

Quadro 5 - Receita com Venda de Mercadorias...45

Quadro 6 - Receita Operacional Líquida atual...45

Quadro 7 - Receita Operacional Líquida Incremental...46

Quadro 8 - Depreciação...46

Quadro 9 - Despesas Operacionais...47

Quadro 10 - Salários e Encargos...48

Quadro 11 - Demonstração de Resultado do Exercício Atual...50

Quadro 12 - Demonstração de Resultado do Exercício Incremental...51

Quadro 13 - Demonstração de Resultado do Exercício Global...53

Quadro 14 - Fluxo de Caixa Atual...54

Quadro 15 - Fluxo de Caixa Incremental...55

(5)

LISTA DE ABREVIATURAS

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício FC – Fluxo de Caixa

IGPM – Índice Geral dos Preços IL – Índice de Lucratividade IR – Índice de Rentabilidade

PBD – Período de Payback Descontado PBS – Período de Payback Simples PIB – Produto Interno Bruto

TIR – Taxa Interna de Retorno TMA – Taxa Mínima de Atratividade VPL – Valor Presente Líquido

(6)

SUMÁRIO LISTA DE QUADROS ... 3 LISTA DE ABREVIATURAS ... 4 RESUMO... 7 INTRODUÇÃO ... 8 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DE ESTUDO ... 9

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA ... 9

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 10 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 10 1.4 OBJETIVOS ... 11 1.4.1 Objetivo Geral ... 11 1.4.2 Objetivos Específicos ... 12 1.5 JUSTIFICATIVA ... 12 2 REVISÃO TEÓRICA... 13

2.1 CONTABILIDADE E ASPECTOS GERAIS ... 13

2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL ... 14

2.3 EMPREENDORISMO... 15

2.4 PLANO DE NEGÓCIOS ... 16

2.4.1 Conceitos ... 16

2.4.2 Razões para elaboração de um Plano de Negócios ... 17

2.4.3 A quem se destina o Plano de Negócios ... 18

2.4.4 Tipos e modelos sugeridos de Plano de Negócios ... 18

2.4.5 Estrutura de um Plano de Negócios ... 19

2.5 PROJEÇÕES E ORÇAMENTOS ... 20

2.6 INVESTIMENTOS, RECEITAS, CUSTOS E DESPESAS ... 21

2.6.1 Investimentos ... 22

2.6.2 Receitas e despesas ... 22

2.6.3 Custos ... 23

2.7 FLUXO DE CAIXA ... 24

2.8 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ... 25

2.8.1 Índices de rentabilidade e lucratividade ... 26

(7)

2.9.1 Tempo de retorno de investimentos – Payback ... 28

2.9.2 Valor presente líquido (VPL) ... 29

2.9.3 Taxa interna de retorno (TIR) ... 30

3 METODOLOGIA DE TRABALHO ... 32

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 32

3.2 COLETA DE DADOS ... 34

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados ... 35

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 35

4 ESTUDO APLICADO ... 37

4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO ... 37

4.2 DADOS INICIAIS DA EMPRESA ... 38

4.3 PLANO DE MARKETING ... 40

4.4 O PLANEJAMENTO FINANCEIRO ... 43

4.4.1 Investimento inicial ... 43

4.4.2 Receitas, custos e despesas operacionais ... 44

4.5 PROJEÇÃO DE RESULTADOS ... 48 4.5.1 Demonstração de Resultados ... 49 4.5.2 Fluxo de Caixa ... 53 4.6 VIABILIDADE DO EMPREENDIMENTO ... 58 CONCLUSÃO ... 59 REFERÊNCIAS ... 61

(8)

RESUMO

Com o intuito de colaborar de forma decisiva em uma empresa de informática já instalada na cidade de Panambi o estudo de caso elaborado através de pesquisas documentais e bibliográficas, entrevistas semiestruturadas para a coleta e análise de dados, tiveram como objetivo permitir que os interessados nesta análise pudessem reconhecer a viabilidade e a eficácia ou não de uma possível ação incremental nas atividades atuais da empresa, que sugere a melhoria de sua estrutura funcional e operacional assim como parte do valor destinado para capital de giro. Por se tratar de um investimento incremental, o risco e a incerteza inerentes a esta opção trazem desconforto por parte do proprietário e demais envolvidos, o que gera a necessidade de que os mesmos sejam mensurados e analisados previamente, sendo a contabilidade gerencial, ferramenta fundamental para desenvolver os cálculos e análises necessárias nesta situação. Sendo assim, após a estimativa das receitas e o levantamento dos custos e despesas necessárias para as atividades atuais bem como para as inerentes ao incremento de investimento foram projetados e analisados os resultados destes ao longo de cinco anos, onde os indicadores da contabilidade gerencial como a lucratividade, a rentabilidade e o tempo de retorno contábil foram fatores decisivos para que a proposta viável de incremento de investimento nesta empresa pudesse ser visualizada de maneira correta.

(9)

INTRODUÇÃO

Atualmente, abrir seu próprio negócio e empreender no Brasil vem sendo uma das principais opções para as pessoas que buscam satisfação pessoal, profissional e financeira.

Colocar em prática ideias que refletem a personalidade do empresário em negócios reais é cada vez mais comum. Nesse sentido para este estudo, busca se analisar a viabilidade de incrementar um comércio de informática, sendo que atualmente é um mercado em amplo crescimento, mas que exige dos gestores constantes atualizações e treinamentos tanto na área de venda quanto das ferramentas de gestão.

Por se tratar de uma empresa já instalada e em desenvolvimento, o objetivo principal deste estudo é analisar a viabilidade de um incremento de investimentos, a fim de apontar ao proprietário a sua lucratividade e rentabilidade através de diversos cenários além do atual, no sentido de a partir dos resultados obtidos, buscar alternativas viáveis para crescer e se perpetuar no mercado, sugerindo adequações e correções preventivas ou de emergência para determinadas situações.

Para que o objetivo principal seja alcançado, este estudo divide-se em três seções. A primeira seção apresenta a caracterização da entidade bem como a definição da situação problema a descrição dos objetivos gerais e específicos e as justificativas necessárias. Já a segunda seção ilustra o referencial teórico para dar embasamento à coleta e análise dos dados.

A terceira seção demonstra a metodologia a ser utilizada para a realização do estudo, com vistas a nortear a coleta e a análise dos dados para responder a questão de pesquisa proposta no estudo.

E por fim, na seção quatro consta o estudo aplicado, o qual busca atender o objetivo geral e os objetivos específicos, no sentido de responder a questão da pesquisa proposta, além de apresentar a conclusão do trabalho e as referências consultadas ao longo da realização do mesmo.

(10)

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DE ESTUDO

Esta seção demonstra a contextualização do estudo que tem por finalidade apresentar a análise de viabilidade econômica e financeira do incremento de investimento em uma empresa de informática, contemplando a problematização do estudo, os objetivos gerais e específicos bem como a sua justificativa.

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA

A Contabilidade é uma ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades e as suas respectivas variações, sendo a sua finalidade básica gerar informações de ordem física, econômica e financeira (BASSO, 2011).

Nesse sentido, entende-se que os dados e informações gerados a partir da contabilidade auxiliam e orientam a decisão segura garantindo a continuidade da organização.

Por serem vários os fatores que influenciam diretamente na gestão empresarial, é indispensável que as empresas estejam amparadas por profissionais capacitados, que assegure as atualizações cabíveis, sugerindo correções e atos preventivos em relação à administração de acordo com o contexto individual de cada empresa.

Este estudo foi desenvolvido a partir da Contabilidade Gerencial, que de acordo com Basso (2011), tem como objetivo principal assegurar que as melhores alternativas sejam percebidas pelos gestores através do maior aproveitamento das informações geradas dentro da organização pelas demonstrações que a contabilidade fornece.

No entanto, pode-se dizer que a Análise de Viabilidade Econômica também é uma ferramenta essencial para o planejamento de uma organização, assim como para a tomada de decisão e a minimização dos riscos. Segundo Frezatti (2008), todos os impactos possíveis devem ser levados em conta no momento de analisar o risco de um projeto, ou seja, analisar cenários e desenvolver simulações são fundamentais para a identificação de variáveis que podem afetar favorável e desfavoravelmente a eficiência do projeto de investimento.

Sendo assim, este estudo foi desenvolvido em uma empresa de informática já existente no mercado, e que tem por objetivo identificar e comprovar a viabilidade

(11)

econômica e financeira para o incremento de investimento. Segundo Frezatti (2008, p. 23) “decidir implica optar por uma alternativa de ação em detrimento de outras disponíveis, em função de preferências, disponibilidades, grau de aceitação do risco etc”.

Para que esta empresa adote o incremento de investimento como uma possibilidade de negócio, é fundamental que este estudo demonstre a real condição da mesma em relação aos seus aspectos internos e externos, ou seja, se ambos oferecem condições para que a mesma se expanda de modo a gerar mais lucros para o proprietário, envolvidos ou interessados.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A entidade em destaque já é conhecida no mercado a mais de dois anos na cidade de Panambi, noroeste do estado do Rio Grande do Sul e atua no ramo da informática no setor de manutenção e reparação de equipamentos, recarga de cartuchos e toners e também no comércio de alguns itens como computadores, notebooks e acessórios.

Além dos serviços prestados a pessoas físicas, ou seja, aos cidadãos em geral, a entidade tem negociado e realizado contratos com empresas da cidade com a finalidade de prestar assessoria e manutenção exclusiva a equipamentos no momento em que se fizer necessário, sendo que estas entradas fixas, mensais, vêm colaborando para a continuidade da empresa.

Atualmente a empresa é formada por apenas um proprietário e dois funcionários, sendo um assistente e uma secretária que trabalham em horário comercial.

A empresa esta enquadrada na modalidade do Simples Nacional, em que a alíquota é definida de acordo com a legislação tributária vigente, sendo aplicada conforme o faturamento mensal da empresa.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Sabendo que a finalidade principal deste estudo é analisar a viabilidade econômica de incremento de investimento, e também de identificar a possibilidade e necessidade desta opção em relação ao contexto em que a empresa se encontra,

(12)

bem como demonstrar se a forma organizacional atual vem gerando resultados positivos e com isso viabilizar se necessário a elaboração de metas e objetivos de médio prazo, com intuito de identificar, corrigir e também prevenir algumas situações indesejadas.

Contudo, é fundamental que o estudo de viabilidade de incremento nesta empresa, demonstre a extensão e a proporção de sua necessidade, em vista de que este ramo de atividade atualmente se encontra em ampla expansão, pois fica cada vez mais evidente que a maior parte da população brasileira, em todos os níveis e classes sociais tem acesso e condições de adquirir equipamentos de informática, o que traz a necessidade de eventuais serviços.

Porém, como este ramo sofre constantes alterações e atualizações, o mesmo passa a exigir dos proprietários e também dos funcionários conhecimento específico e ainda atualização e treinamentos contínuos na área, sendo este atualmente, fator determinante neste setor para a fidelização de clientes, e em consequência, a manutenção da continuidade da empresa.

Por esta razão, este estudo é fundamental para assegurar que o projeto de incremento seja capaz de transformar o empreendimento considerando seus aspectos de gestão e venda, melhorando a capacidade interna de execução de suas atividades operacionais e gerenciais com intuito de trazer benefícios para o proprietário, colaboradores e aos clientes de modo geral.

Diante disso pergunta-se: O incremento de investimento em uma empresa de informática é viável contábil, econômica e financeiramente?

1.4 OBJETIVOS

Com base no tema e na problematização descrita anteriormente, este estudo foi dividido em objetivos gerais e objetivos específicos que auxiliarão na coleta e busca de informações que tornarão possível trazer respostas tempestivas e fiéis ao que foi questionado.

1.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste estudo é avaliar se o incremento de investimento em uma empresa de informática é viável contábil, econômica e financeiramente.

(13)

1.4.2 Objetivos Específicos

- Efetuar o embasamento teórico necessário em relação ao tema proposto, almejando responder ao questionamento da problematização a partir da literatura disponível.

- Identificar os investimentos necessários para o incremento em uma empresa de informática.

- Projetar os custos, receitas e despesas para o incremento do empreendimento. - Demonstrar se é viável ou não, o incremento na atividade da empresa

considerando os aspectos econômicos e financeiros.

1.5 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema se deu em razão da entidade analisada ser de propriedade de uma pessoa da família da acadêmica que espera aproveitar e utilizar as informações geradas através do estudo para melhorar o seu empreendimento.

Para a empresa, este estudo é relevante, pois permitira a visualização da mesma de uma forma gerencial e não apenas operacional, ou seja, de maneira a demonstrar ao proprietário as suas atuais condições além de orientar e auxiliar a tomada de decisão em geral e principalmente em relação à possibilidade de incremento de investimento.

Para a acadêmica do Curso de Ciências Contábeis, este estudo contribuiu para a sua formação profissional e acadêmica, possibilitando ampliar, revisar e aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos durante o período de graduação principalmente na área da contabilidade gerencial, e com isso permitir que este aprendizado possa ser utilizado futuramente para auxiliar empresários na tomada de decisão em relação a incremento de investimento em suas empresas ou até mesmo orientar empreendedores que desejam investir em novos negócios.

Também se justifica em razão de contribuir como fonte de pesquisa a respeito do tema de análise de viabilidade econômica, contábil e financeira com o intuito de auxiliar a todos os interessados no tema ou neste ramo de atividade a aprofundarem seus conhecimentos e esclarecerem possíveis dúvidas sobre o assunto.

(14)

2 REVISÃO TEÓRICA

Nesta seção, apresenta-se a abordagem da literatura necessária para a elaboração adequada da análise de viabilidade econômica, contábil e financeira da empresa de informática em estudo, a fim de revisar o conteúdo a partir dos diversos autores da área, garantindo maior qualidade e credibilidade nas informações coletadas e geradas nesta análise.

2.1 CONTABILIDADE E ASPECTOS GERAIS

A Contabilidade atualmente pode ser considerada como o centro de controle do patrimônio das entidades, pois a partir dela é possível visualizar as variações que ocorrem na mesma, demonstrando as informações geradas em seus aspectos quantitativos e qualitativos permitindo ao usuário analisar o desempenho de períodos passados, fazer previsões ou elaborar orçamentos futuros, bem como auxiliar na tomada de decisão.

Segundo Basso (2011, p. 26) “...a Contabilidade é uma Ciência Social, mais especificamente no grupo das ciências econômicas e administrativas, que se utiliza de técnicas específicas para se tornar útil a sociedade e cumprir com as finalidades a que foi concebida”.

É a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientação – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. (FRANCO, 1997, p. 21).

Para Basso (2011) o objeto da contabilidade sempre será o patrimônio das entidades, que é dividido e definido com um conjunto de bens, direitos e obrigações. Por isso, uma das principais tarefas da contabilidade é produzir informações de ordem física, econômica e financeira sobre este patrimônio que podem ser expressas de varias maneiras, como por exemplo, através de demonstrações contábeis, documentos, planilhas, livros entre outros.

Para que as informações contábeis geradas sejam aproveitadas de maneira eficiente pelas entidades, é fundamental que a mesma seja útil e que seja

(15)

conseguida a um custo adequado e compatível com a sua necessidade dentro da entidade (PADOVEZE, 2000).

Sobre tudo, fica evidente que a contabilidade é muito importante para o controle e a manutenção do patrimônio das entidades, porém, não sendo apenas um instrumento de captação e coleta de dados, mas também uma ferramenta fundamental que transforma estes em informações relevantes e úteis para o planejamento e o alcance eficaz dos objetivos.

2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade Gerencial pode ser entendida como aquela que trata das decisões gerenciais da entidade, ou seja, procura melhorar a capacidade de planejamento, gestão e controle da mesma a partir de tomadas de decisões mais assertivas que são alcançadas através do melhor aproveitamento das informações contábeis.

Segundo Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos, relatório número 1A (apud PADOVEZE, 2010, p. 33):

Contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos.

Para Coronado (2006, p. 25) “a contabilidade gerencial trabalha com o planejamento de operações futuras utilizando-se de números reais e estimados na busca da otimização dos resultados”.

Padoveze (2000) salienta que para se fazer contabilidade gerencial, é fundamental que se utilize um sistema de informação contábil que seja capaz de suprir todas as necessidades informacionais dos gestores da entidade.

Para o mesmo autor, Sistema de Informação pode ser definido como um conjunto agregado de recursos humanos, tecnológicos e financeiros segundo uma sequência lógica para o processamento dos dados e tradução em informações.

Tendo em vista que uma organização é estruturada de forma hierárquica, a Contabilidade Gerencial deve suprir, através do sistema de informação contábil gerencial, todas as áreas da companhia. Como cada nível de administração dentro da empresa utiliza a informação contábil de maneira

(16)

diversa, cada qual com um nível de agregação diferente, o sistema de informação contábil gerencial deverá providenciar que a informação contábil seja trabalhada de forma específica para cada segmento hierárquico da companhia. (PADOVEZE, 2000, p. 34).

Contudo, fica claro que a Contabilidade Gerencial é de suma importância na agregação de valor de uma entidade, pois se utilizada de maneira eficiente, colabora para que os recursos econômicos da empresa sejam distribuídos de maneira adequada e tempestiva, auxiliando assim na maximização dos resultados e no desenvolvimento sustentável da organização.

2.3 EMPREENDORISMO

Segundo Dornelas (2012, p. 28) “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto levam à transformação de ideias em oportunidades”.

De acordo com o mesmo autor, a diferença do empreendedorismo atualmente é que em razão do avanço tecnológico a população necessita de um número muito maior de empreendedores em áreas de conhecimentos específicos que no passado eram apenas obtidos empiricamente, ou seja, a ênfase no empreendedorismo se dá como consequência da rapidez em que as mudanças tecnológicas acontecem.

Já de acordo com Dolabela (2008), o empreendedorismo acontece geralmente em pequenas empresas que surgem para suprir lacunas que existem no mercado atendendo a demandas e necessidades que a população ainda não recebeu suficientemente das empresas já existentes, sendo estas responsáveis pelas taxas crescentes de emprego, de inovação tecnológica, e de participação no Produto Interno Bruto (PIB).

Porém, para que isso aconteça atualmente o empreendedor deve ter uma percepção de mercado diferenciada, assim se posicionando de forma competitiva e eficiente em relação aos seus concorrentes.

O empreendedorismo deve conduzir ao desenvolvimento econômico, gerando e distribuindo riquezas e benefícios para a sociedade. Por estar constantemente diante do novo, o empreendedor evolui através de um processo iterativo de tentativa e erro; avança em virtude das descobertas que faz, as quais podem se referir a uma infinidade de elementos, como novas oportunidades, novas formas de comercialização, vendas, tecnologia, gestão, etc. (DOLABELA, 2008, p. 61).

(17)

Portanto, fica evidente que o empreendedor é aquele que tem visão de futuro, iniciativa para inovar e absorver as oportunidades que o mercado oferece assumindo riscos e desencadeando um ciclo de persuasão sobre colaboradores e investidores que convencidos de seus projetos ficam dispostos a unir forças para tornarem seus sonhos mais acessíveis.

2.4 PLANO DE NEGÓCIOS

A elaboração do Plano de Negócios em qualquer empreendimento é fundamental para que os empreendedores consigam adquirir uma visão plena das diversas influências a que estão submetidos direta ou indiretamente em seu negócio e que podem gerar riscos na instalação ou adequação de seus projetos, pois de maneira detalhada, ele projeta a viabilidade do negócio em questão, identificando as oportunidades e ameaças que podem afetar de alguma maneira o desenvolvimento e o sucesso da empresa.

2.4.1 Conceitos

O Plano de Negócio é o processo em que o empreendedor adquire capacidade de validar ou inviabilizar a sua ideia através de um planejamento detalhado da empresa, e com isso, gerando o suporte necessário para o mesmo decidir pela abertura ou não da empresa que imaginou de maneira segura (FILION e DOLABELA, 2000).

Salim (2005, p. 03) ressalta que o “Plano de Negócios é um documento que

contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros”.

O Plano de Negócios é uma linguagem. É o planejamento de uma empresa. Ele mostra todos os detalhes: quem são os empreendedores, qual é o produto/serviço, quais e quantos serão os clientes, qual é o processo tecnológico de produção e vendas, qual a estrutura de gerenciamento, quais as projeções financeiras: fluxo de caixas, receitas, despesas, custos, lucros, etc. (DOLABELA, 2008, p. 241).

(18)

Nesse sentido, o plano de negócios é uma visualização futura com perguntas e respostas que todo empreendedor deve-se fazer antes de iniciar um projeto, envolver colaboradores e assumir riscos, ou seja, é a ferramenta pela qual se minimiza a situação de incerteza acerca do sucesso ou não da empresa antecipadamente.

2.4.2 Razões para elaboração de um Plano de Negócios

A partir dos conceitos demonstrados anteriormente de plano de negócios, foi possível identificar basicamente a função, os objetivos e a sua utilidade, deixando claro que o mesmo é de suma importância para os novos empreendedores bem como também para aqueles que já iniciaram suas atividades, mas não passaram por este processo de planejamento.

Com isso, pode-se dizer que o plano de negócios colabora na identificação do melhor caminho a ser seguido pela empresa, pois ao fazê-lo são adquiridos os conhecimentos necessários do empreendimento e do mercado em que ele esta inserido, elevando assim as possibilidades de que sejam alcançados os melhores resultados (LACRUZ, 2008).

Segundo Dolabela (2008, p. 242), há três motivos fundamentais para a elaboração de um plano de negócios, os quais são:

• É um instrumento de minimização de riscos. Ao fazer o Plano de Negócios, o empreendedor estuda a viabilidade de seu projeto sob todos os aspectos.

• É também uma linguagem de comunicação do empreendedor com os outros e com ele mesmo.

• Dá subsídios ao exercício da liderança, através da fundamentação do sonho e da visão.

Já para Dornelas (2012), o plano de negócios deve ser elaborado para atender a cinco objetivos básicos que são: testar a viabilidade do negócio, orientar o desenvolvimento das operações e a estratégia, atrair recursos financeiros, transmitir credibilidade aos interessados, e desenvolver a equipe de gestão com base no planejamento proposto.

Contudo, percebe-se que o plano de negócios não é apenas um instrumento de análise exclusivo por parte do empreendedor, ou seja, serve principalmente para aumentar e desencadear o envolvimento dos colaboradores nos propósitos a curto e

(19)

a longo prazo da empresa, o que permite assim, que todos contribuam de maneira eficiente e adequada para o alcance dos objetivos iniciais.

2.4.3 A quem se destina o Plano de Negócios

Antes de dar início ao processo de construção de um plano de negócios, deve se ter em mente principalmente por quem ele será analisado, ou seja, a quem ele se destina, e que reflexos ele terá através das expectativas deste público alvo, que pode ser interno ou externo a empresa.

Já para Salim (2005), o público alvo do plano de negócios envolve vários interessados, iniciando com os sócios em que seu maior interesse é a dimensão dos riscos a que irão se submeter; aos empregados que quando convencidos de que o plano pode gerar benefícios a todos podem se tornar aliados na busca dos objetivos; aos investidores que esperam garantias seguras e reais de que ao financiarem este projeto os mesmos terão resultados, e finalmente ao público em geral, ou seja, a imagem pública, que atualmente tem grande importância para as empresas em relação à pressão social que envolve o cuidado com o meio ambiente e com a comunidade.

Segundo Dolabela (2008, p. 244), o plano de negócios “é um instrumento de negociação interna e externa para administrar a interdependência com sócios, empregados, financiadores, incubadoras, clientes, fornecedores, bancos, etc”.

Sendo assim, pode-se dizer que o plano de negócios é a descrição de um empreendimento. Portanto deve ser formulado de maneira clara e objetiva para todos, pois o mesmo serve como instrumento de comunicação com os diversos públicos alvo que foram citados anteriormente, e assim, tendo como objetivo principal o alinhamento integral das partes envolvidas.

2.4.4 Tipos e modelos sugeridos de Plano de Negócios

O tipo ou o modelo de plano de negócios adequado pode variar, ou seja, não há um modelo-padrão e universal que possa ser utilizado por todas as empresas, suprindo as necessidades integrais exigidas em cada uma. Por isso, ele irá variar de acordo com as atividades fins de cada negócio, mas sem perder a sua essência e os seus aspectos mais importantes.

(20)

Segundo Lacruz (2008, p. 10) existem basicamente três tipos de plano de negócios:

Operacional, utilizado internamente, a fim de alinhar esforços dos diretores e gerentes e funcionários em direção aos objetivos estratégicos da empresa; o completo, utilizado quando se pretende passar uma visão integral do empreendimento; resumido, utilizado quando se pretende apresentar uma parte específica do negócio ou chamar a atenção de um investidor em potencial, por exemplo, para que solicite o plano de negócios completo.

Para Dornelas (2008), há várias estruturas possíveis dentro dos diversos contextos empresariais, como por exemplo, em empresas manufatureiras, empresas com foco em inovação e tecnologia, prestadoras de serviço, ou seja, cada uma com as suas peculiaridades, e que podem exigir aspectos diferenciados para a credibilidade do plano de negócio em relação ao público alvo.

Portanto, é fundamental que cada empreendedor identifique de maneira adequada a estrutura do plano de negócio ideal que vai contemplar de forma clara e objetiva as suas ideias, com o objetivo de facilitar a compreensão e a adesão do mesmo por parte dos interessados.

2.4.5 Estrutura de um Plano de Negócios

O plano de negócio não é um documento específico nem burocrático, tampouco tem uma estrutura única, adequado para todo o tipo de negócio, porem há conteúdos mínimos que devem ser considerados para a maioria dos empreendimentos (LACRUZ, 2008).

Para Salim (2005, p. 40) a estrutura básica de um plano de negócio é a seguinte: 1. Sumário Executivo 2. Resumo da Empresa 3. Produtos e Serviços 4. Análise do Mercado 5. Estratégia do Negócio

6. Organização e Gerencia do Negócio

(21)

Já segundo Filion e Dolabela (2000, p. 166-167) o Plano de Negócio é montado sobre quatro itens:

1. Sumário Executivo

2. A Empresa

3. Plano de Marketing

4. Plano Financeiro

Ainda conforme o autor o plano de negócios deve ser completo, claro, sintético, e com linguagem simples; o Sumário Executivo não deve ultrapassar duas páginas, e nenhuma informação deve ser dada sem citação ou fonte, sendo ainda necessário utilizar sempre termos afirmativos para não deixar dúvidas aos usuários.

Lacruz (2008, p. 11) descreve a estrutura básica do plano de negócios da seguinte maneira:

Sumário Executivo: Mostra uma síntese de todo o conteúdo do plano de negócios.

Descrição da Empresa: Apresenta a estrutura de funcionamento legal e operacional do empreendimento.

Plano de Marketing: Expõe a análise do mercado competitivo e a definição da estratégia a ser executada pela empresa.

Plano Financeiro: Indica as projeções financeiras e mostra a análise de viabilidade do negócio.

Plano de Implementação: Trata do cronograma de execução da implantação do empreendimento.

Assim, pode-se dizer que a elaboração adequada do plano de negócios é fundamental para a visualização correta do sucesso ou não da empresa, que com o mesmo pretende cativar colaboradores, convencer investidores, satisfazer empreendedores e fidelizar clientes.

2.5 PROJEÇÕES E ORÇAMENTOS

O processo de gestão de uma empresa nada mais é que planejar, executar e controlar, sendo que a contabilidade é aquela que através dos seus registros trata de informações do passado, atuais e também do futuro de uma empresa. Por isso, podemos dizer que as mesmas servem como ferramenta de informações preditivas que auxiliam na minimização dos riscos colaborando na elaboração de projeções e orçamentos mais assertivos.

(22)

O orçamento é o plano financeiro para implementar a estratégia da empresa para determinado período. É mais do que uma simples estimativa, pois deve estar baseado no compromisso dos gestores em termos de metas a serem alcançadas. Contém as prioridades e a direção da entidade para um período e proporciona condições de avaliação do desempenho da entidade, suas áreas internas e seus gestores. (FREZATTI, 2009, p. 46).

Para que um novo negócio seja criado ou até mesmo incrementado, é fundamental que primeiramente seja elaborado um orçamento, sendo que este irá demonstrar quantitativamente os investimentos necessários e estimar os gastos que exigirão desembolsos até a conclusão do projeto.

Conforme Santos (2001, p. 148) “As projeções de entradas de caixa são os dados mais críticos para a avaliação econômica de um projeto de investimento. Elas são o item de maior impacto sobre o fluxo de caixa e também de maior incerteza”.

“A projeção dos demonstrativos contábeis encerra todo o processo de orçamentação anual, e com eles a alta administração da empresa pode fazer as análises financeiras e de retorno de investimentos que justificarão todo o plano orçamentário” (PADOVEZE, 2000, p. 391).

Controle Orçamentário é um instrumento de contabilidade gerencial que deve permitir à organização identificar quão próximo estão seus resultados em relação ao que planejou para dado período. O gestor deve identificar suas metas, os resultados alcançados e decidir ações que ajustem as metas no futuro ou que permitam manter aquelas que foram decididas. (FREZATTI, 2009, p. 84).

Portanto, a elaboração de projeções e orçamentos é muito importante em qualquer organização, pois através destes, é possível que os gestores visualizem previamente as suas probabilidades futuras de negócio para que com isso sejam analisados os riscos, fixados os planos de ações cabíveis bem como orientar a execução do acompanhamento necessário para que os objetivos sejam alcançados.

2.6 INVESTIMENTOS, RECEITAS, CUSTOS E DESPESAS

Quando se inicia um projeto de empreendimento ou de incremento em algum negócio já existente no mercado, é fundamental que o montante de capital necessário para viabilizar a ideia seja facilmente distinguido, como a identificação dos custos e despesas e também a previsão das receitas que irão cobrir os investimentos e gerar os lucros desejados.

(23)

2.6.1 Investimentos

Para a realização de um novo projeto, bem como a manutenção da sua continuidade, automaticamente surge à necessidade de analisar os investimentos primordiais necessários e também prever o montante de capital suficiente para alavancar o seu desenvolvimento.

Segundo Frezatti (2009, p. 73) “os investimentos são os gastos que trarão benefícios futuros para mais de um período”.

Para Padoveze (2000) investimentos são os gastos realizados em ativos ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos, mas que trarão benefícios futuros para a entidade em relação a sua vida útil.

Conforme Santos (2001, p. 147), “a projeção dos investimentos abrange as estimativas de gastos com compra de direitos de utilização de marca, terrenos, construção civil, montagem de instalações comerciais ou industriais, além da aquisição de máquinas e equipamentos”.

Além da elaboração de projeções de investimentos a fim de proporcionar maior segurança na implantação de um projeto, não se pode deixar de considerar as situações que surgirão de maneira imprevisível durante a trajetória, e que exigirão da entidade algum desembolso. Por isso, também é fundamental que as empresas tenham capital disponível para emergências, com o objetivo de assegurar a sobrevida da mesma sem que haja prejuízos futuros ou até mesmo a desaceleração do seu desenvolvimento.

2.6.2 Receitas e despesas

As Receitas podem ser classificadas como fontes de recursos, pois refletem positivamente na situação líquida da empresa, aumentando o seu patrimônio liquido através da venda dos seus produtos ou serviços e também a partir das outras entradas de caixa.

Entende-se por receita a variação que provoca a entrada de elemento no ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes a realização das atividades principais ou secundárias da entidade, e que geralmente correspondem à venda de mercadorias, produtos e bens, ou à prestação de serviços. Uma receita pode, entretanto, derivar de rendas

(24)

sobre títulos, juros de poupança e outros ganhos eventuais. (BASSO, 2011, p. 85).

Conforme Iudícibus (2000, p.155) “...receita é a expressão monetária conferida pelo mercado à produção de bens ou serviços da entidade, em sentido amplo, em determinado período”.

As despesas podem ser consideradas elementos de aplicação de recursos e se originam na utilização de bens e serviços de terceiros para o processo de produzir receitas, ou seja, contribuem negativamente para a situação líquida da entidade, pois geram reduções no patrimônio líquido da mesma.

Entende-se por despesa o custo do uso dos bens ou serviços que, direta ou indiretamente, deverão produzir uma receita. A característica básica da despesa é que ela se constitui num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que se consomem na sua realização. (BASSO, 2011, p. 85).

Segundo Padoveze (2010, p. 320) “Despesas são os gastos necessários para vender e enviar os produtos. De modo geral, são os gastos ligados às áreas administrativas e comerciais. O custo dos produtos, quando vendidos, transformam-se em despesas”.

Para o sucesso de uma organização, a identificação correta e o registro das receitas e despesas de um determinado período são fundamentais para que o gestor conheça o resultado de suas atividades, o que se dá mediante o confronto das receitas e as despesas ocorridas, sendo que, para o resultado ser positivo as receitas devem superar as despesas, do contrário, a entidade terá prejuízo.

2.6.3 Custos

Custos são os gastos necessários para o processo de obtenção de produtos ou serviços, que irão garantir a geração de receitas da empresa, responsáveis pela liquidação dos mesmos e pela geração de lucro.

Segundo Santos (2001, p. 163) “são considerados como custos os dispêndios efetuados para possibilitar a produção ou operação, como matéria-prima, embalagens, máquinas e pessoal da linha de produção”.

São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus

(25)

produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa. (PADOVEZE, 2010, p. 320).

Coronado (2006) classifica os custos como sendo diretos e indiretos, variáveis e fixos. Os custos diretos são os custos que podem ser facilmente identificados aos produtos, e indiretos aqueles que não podem ser facilmente identificados, pois algumas vezes são compartilhados por mais de um produto.

O autor ainda define custos variáveis como sendo aqueles que variam conforme o volume de produção, ou seja, de acordo com a quantidade produzida de determinado produto; e os custos fixos como sendo os que não sofrem alteração em relação à variabilidade do volume de produção.

Portanto, a partir dos conceitos mencionados, pode-se afirmar que um adequado controle de custos é essencial para que uma organização possa ser competitiva, eficiente e ágil, pois é através disso que os gestores podem tomar as decisões necessárias quanto às ações em relação à manutenção de seus produtos no mercado.

2.7 FLUXO DE CAIXA

O Fluxo de Caixa (FC) é um instrumento gerencial muito importante dentro de uma organização, pois se elaborado de maneira adequada, o mesmo colabora para o planejamento e o controle das disponibilidades financeiras, a fim de auxiliar na maximização dos lucros e no atingimento dos objetivos da entidade.

Santos (2001, p. 57) menciona que “o fluxo de caixa é um instrumento de planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação de caixa da empresa em determinado período de tempo à frente”.

O fluxo de caixa preocupa-se de forma primordial com as entradas e saídas de recursos financeiros líquidos da empresa. Ocupa-se com a manutenção da solvência da empresa, analisando e planejando o fluxo de caixa para satisfazer às obrigações e adquirir os ativos necessários as operações e aos lucros. (BRUNI, 2010, p. 60).

Gitman (2004) ressalta que os fluxos de caixa da entidade podem ser divididos em três grandes áreas:

(26)

Fluxos Operacionais: são as entradas e saídas diretamente relacionadas à

venda e a produção de bens e serviços da empresa;

Fluxos de Investimento: são aqueles relacionados à compra e à venda de

ativos imobilizados e a participações em outras entidades; e

Fluxos de Financiamento: são as transações de captação de recursos de

terceiros e capital próprio.

No entanto, este relatório de movimentações financeiras pode ser elaborado diariamente ou mensalmente, ou seja, devendo para isso, serem identificadas as reais necessidades da empresa em relação às informações geradas, e então definida a periodicidade da elaboração do mesmo.

2.8 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) tem significativa importância dentro de uma organização, pois através das informações geradas pela mesma, é possível verificar se o objetivo da uma entidade foi alcançado, demonstrando em detalhes o confronto das receitas e despesas, e assim, se houve lucro ou prejuízo em determinado período.

Para Hoji (2010, p.249-250) a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, expressas de maneira dedutiva, iniciando-se com a Receita Operacional Bruta e dela deduzindo os custos e despesas para se apurar o lucro líquido, que pode resultar um aumento ou uma redução do patrimônio líquido.

Santos et al (2004, p.58) diz que a DRE “apresentará as receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento, e os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e receitas.”

Segundo Basso (2011), a Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada em conjunto com o Balanço Patrimonial, constituindo-se em um relatório sucinto das operações realizadas, evidenciando as operações que deram origem a formação do resultado de um determinado período, que pode ser positivo ou negativo, além de fornecer um resumo financeiro do fluxo de receitas e despesas, que resultam em aumento ou redução do patrimônio líquido em duas datas distintas. A estrutura da DRE pode ser apresentada da seguinte maneira:

(27)

Quadro 1 - Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração do Resultado do Exercício 1- RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

Venda de Mercadorias Venda de Produtos Prestação de Serviços

2- DEDUÇÕES DA RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

Impostos faturados

Devoluções e Abatimentos

3- RECEITA (OPERACIONAL) LÍQUIDA (1-2) 4- CUSTOS

Das Mercadorias Vendidas Dos Produtos Vendidos Dos Serviços Prestados

5- LUCRO (OPERACIONAL) BRUTO (3-4) 6- DESPESAS (OPERACIONAIS)

De vendas

Receitas Financeiras Despesas Financeiras Gerais e Administrativas

7- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS (OPERACIONAIS)

Receitas Despesas

8- RESULTADO (OPERACIONAL) LÍQUIDO (5-6+-7) 9- RESULTADO NÃO OPERACIONAL (opcional)

Receitas Despesas

10- RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+-9)

11- PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 12- PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Debenturistas Administradores Empregados Outros Beneficiários Outras Contribuições

13- RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10-11-12) 14- RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO

Fonte - Basso (2011, p. 315)

A DRE atualmente é uma demonstração contábil obrigatória, elaborada pelo regime de competência, e que tem como objetivo principal permitir a visualização e com isso a avaliação do desempenho de determinada empresa em certo período, a fim de auxiliar no planejamento e na tomada de decisão dos gestores da entidade (BASSO, 2011).

2.8.1 Índices de rentabilidade e lucratividade

Ao dar início a um projeto de criação ou ampliação de um negócio, é fundamental que alguns cálculos sejam elaborados a fim de analisar e dimensionar

(28)

os riscos a que a empresa esta sujeita, e também, auxiliar na fundamentação do planejamento estratégico da ação.

A análise de rentabilidade é um dos mais importantes aspectos associados ao estudo das demonstrações contábeis. Quanto maior o retorno ou a rentabilidade de uma operação, geralmente maiores são as possibilidades de criação de valor. Porém, é preciso sempre lembrar da necessidade da análise do risco. Geralmente, altas taxas de rentabilidade ou de retorno podem estar associadas a níveis elevados de risco. (BRUNI, 2010, p. 210).

Segundo Hoji (2010, p. 290) “os índices de rentabilidade medem quanto estão rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou o insucesso) empresarial”.

O índice de rentabilidade indica em percentual qual foi o ganho da empresa em relação ao investimento realizado. Para isso pode ser utilizado o seguinte cálculo:

Rentabilidade = Lucro Líquido X 100 Investimento Total

Segundo Santos (2001), a análise do lucro de uma empresa é muito importante, e seus resultados abrangem muito mais que os próprios interesses da mesma, pois a necessidade dos investidores, credores e parceiros em conhecer os resultados da empresa, positivos ou não, é fundamental para a continuidade das suas relações, sendo que a análise da lucratividade pode se referir a empresa ou ser especifica para produtos, serviços e departamentos, e pode ser calculada da seguinte forma:

Lucratividade = Lucro Líquido X 100 Receita Total Líquida

Portanto, percebe-se que estes indicadores são essenciais para a verificação dos resultados gerados por determinada empresa, e com eles, garantindo ou não o seu desenvolvimento, sua capacidade de liquidação de compromissos a longo prazo que são informações de interesse externo, ou seja, dos clientes, bancos, fornecedores e também dos credores da entidade analisada.

(29)

2.9 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

Por ser parte integrante de qualquer projeto, o investimento de capital para a criação ou ampliação de um negócio é importante, por isso é essencial que sejam analisados todos os fatores envolvidos considerando possibilidade de êxito ou fracasso antes de agir, e com isso garantir o sucesso da aplicação e a sua rentabilidade.

A partir disso, a seguir serão demonstrados alguns métodos de análise de investimento que permitem a visualização dos prazos necessários para recuperação do capital investido, bem como se o projeto é atraente e vantajoso para os interessados.

2.9.1 Tempo de retorno de investimentos – Payback

O método do Payback corresponde ao tempo necessário para que o valor de investimento feito pela entidade se iguale as entradas de caixa, ou seja, quanto menor for o período, mais rápido será a recuperação do capital investido.

Galesne e Fensterseifer (1999) mencionam que este critério é aquele em que o investimento se torna mais interessante do que as suas entradas líquidas de caixa, o que permite que o capital inicialmente gasto seja recuperado rapidamente, sendo que o mesmo será analisado através da comparação do tempo calculado em relação ao tempo máximo que a empresa esta disposta a esperar.

O período de payback corresponde ao tempo necessário para que a empresa recupere, por meio de entradas de caixa, o investimento inicial do projeto. A empresa aceitará o projeto sempre que este período for inferior ao período máximo aceitável, definido pela entidade para todos os projetos ou desde que seja discriminado tal período para tipos distintos de projetos. (FREZATTI, 2008, p. 74).

Conforme Gitman (2004) a duração do período máximo aceitável de recuperação é determinado pela administração da empresa, sendo fixado subjetivamente com base em diversos fatores, como o tipo de projeto, o risco que oferece e a relação imaginada entre o período de payback e o valor da ação, ou seja, quanto mais tempo a empresa precisa esperar para recuperar o capital, maior é

(30)

a possibilidade de algum evento desfavorável acontecer, e quanto mais curto for esse período de recuperação, menor é a exposição da empresa a esse risco.

Sendo assim, fica claro porque tantas empresas de grande e pequeno porte atualmente utilizam esse método para diferentes tipos de projetos, ou seja, a necessidade das entidades em preverem e planejarem ao máximo as suas ações e reações futuras é fundamental para a manutenção de suas atividades dentro de um mercado cada vez mais exigente, e que na maioria das vezes, só permite a sobrevivência daquele que for capaz de minimizar ao máximo os riscos e ameaças.

2.9.2 Valor presente líquido (VPL)

O valor presente líquido considera explicitamente o valor do dinheiro no tempo, sendo ele a diferença entre o capital inicial e o valor presente das entradas de caixa. Segundo Hoji (2010, p.80) “o VPL é a soma das entradas e saídas de um fluxo de caixa na data inicial”.

O valor presente líquido de um projeto de investimento é igual à diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto e o investimento inicial necessário, com o desconto dos fluxos de caixa feito a uma taxa k definida pela empresa, ou seja, sua TMA. (GALESNE e FENSTERSEIFER, 1999, p. 39).

Os autores salientam que a taxa mínima de atratividade (TMA) “representa o custo de oportunidade do capital investido ou uma taxa definida pela empresa em função de sua política de investimento”.

Frezatti (2008) ressalta que o suposto projeto só deve ser aceito se o seu VPL for positivo, ou seja, apenas se o mesmo proporcionar um retorno à empresa maior do que seu custo de capital.

Segundo Santos (2001) sua metodologia de cálculo é: 0 2 2 1 1 ) 1 ( ... ) 1 ( ) 1 ( i I FCX i FCX i FCX VPL nn        

Sendo: VLP= valor presente líquido

FCX= fluxo de caixa de cada período (1 até n) I0 = investimento inicial

Quando o valor presente líquido (VPL) é maior do que zero, significa que o investimento é vantajoso, pois existe lucro econômico, já que o valor

(31)

presente das entradas de caixa é maior do que o lucro presente das saídas de caixa. (SANTOS, 2001, p.156).

Entretanto, esta técnica é muito utilizada apesar de não ser considerada auto-suficiente para determinar o grau exato de atratividade de um projeto de investimento, mas é fundamental, pois evidencia previamente se a implantação do projeto é vantajosa ou não.

.

2.9.3 Taxa interna de retorno (TIR)

A taxa interna de retorno (TIR) tem a finalidade de comprovar a rentabilidade de determinado negócio. Conforme Frezatti (2008, p. 77), “é a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa ao investimento inicial do projeto”.

Segundo Santos (2001, p. 154) “a TIR de um investimento é o percentual de retorno obtido sobre o saldo de capital investido e ainda não recuperado”.

A taxa interna de retorno é uma técnica sofisticada de orçamento de capital, é a taxa de desconto que se iguala o VPL de uma oportunidade de investimento a $ 0 (isso porque o valor presente das entradas de caixa iguala-se ao investimento inicial). É a taxa de retorno anual composta que a empresa obterá se aplicar recursos em um projeto e receber entradas de caixa previstas. (GITMAN, 2010, p. 371).

A partir disso, o autor recomenda que quando a TIR for maior que o custo de oportunidade da empresa deve-se aceitar o projeto, e se for menor é recomendável rejeitá-lo.

Segundo Hoji (2010) a TIR é uma taxa de juros incidente sobre uma série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), e que tem o objetivo de descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros sobre um valor presente para trazer ou levar cada valor do fluxo de caixa para uma determinada data, sendo que ao aplicar a mesma taxa da TIR sobre os valores correntes, a soma das entradas e saídas devem se igualar para que possam se anularem.

Por se tratar de uma técnica que avalia o comportamento do retorno dos investimentos em determinado período de tempo, revelando aos gestores e proprietários quais são as expectativas coerentes com a situação real do projeto, pode-se dizer que este cálculo é fundamental para a comprovação da viabilidade do negócio e ainda, se o mesmo é capaz de devolver o capital aplicado e realizado de

(32)

maneira eficiente, cobrindo os investimentos iniciais e suprindo assim, a TMA exigida pela entidade.

(33)

3 METODOLOGIA DE TRABALHO

Esta seção tem a finalidade de descrever a metodologia aplicada para o correto alcance do objetivo principal deste estudo que é a análise de viabilidade econômica e financeira.

Richardson (2010) salienta que o ponto de partida de qualquer pesquisa é a meta ou objetivo, em seguida, deve ser desenvolvido um modelo do processo que será estudado e a partir deste modelo inicia-se a coleta dos dados e informações necessárias para que estes sejam aplicados comparados e avaliados em relação ao modelo pré-definido.

Sendo assim, o método científico é considerado um processo dinâmico de avaliação e revisão, com intuito de elaborar um plano mais eficiente para a coleta dos dados necessários, assim como a análise e interpretação dos mesmos, afim de que os objetivos iniciais do estudo sejam alcançados e que possam ser utilizados de maneira tempestiva e eficaz na entidade interessada.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa foi classificada da seguinte maneira.

a) Do ponto de vista de sua natureza

O estudo foi classificado como uma pesquisa aplicada em razão de apresentar seu tema direcionado á análise de viabilidade econômica que faz parte da contabilidade gerencial, e por buscar respostas para um problema específico dentro deste contexto.

Segundo Gil (2010), a pesquisa aplicada depende de suas descobertas e se enriquece através do seu desenvolvimento, tendo como característica principal o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos, não estando apenas voltada para o desenvolvimento de teorias, mas para aplicação imediata deste conhecimento em uma situação real.

(34)

b) Do ponto de vista de seus objetivos

A pesquisa realizada foi classificada como descritiva. Segundo Marconi e Lakatos (2010), toda pesquisa deve ter um objetivo preestabelecido para direcionar o estudo que pode ser de interesse próprio do pesquisador, ou de outra pessoa.

Para Gil (2010, p. 28), as pesquisas descritivas “têm como objetivo principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”.

Portanto, vale dizer que esta pesquisa foi classificada como descritiva, pois nela foram descritos todo o processo de análise possibilitando a construção e o alcance das informações necessárias para a aplicação da mesma na entidade.

c) Do ponto de vista dos procedimentos técnicos

Este estudo foi classificado como sendo uma pesquisa bibliográfica, documental e de estudo de caso.

Para Beuren (2010, p.86-87) a pesquisa bibliográfica “objetiva recolher informações e conhecimentos prévios de um problema para o qual se procura resposta [...] sendo que, o material consultado na pesquisa bibliográfica abrange todo referencial já tornado público em relação ao tema de estudo...”.

A pesquisa bibliográfica é essencial para o andamento do estudo, pois através da mesma é demonstrado todo o embasamento teórico necessário para a comprovação e a credibilidade dos resultados obtidos.

Marconi e Lakatos (2010, p. 157) comentam que “a característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados esta restrita a documentos escritos ou não...”.

A pesquisa documental disponibilizou todo o acervo necessário para desenvolver o projeto, sendo que os mesmos serão submetidos à análise com intuito de encontrar as respostas necessárias para a solução do problema inicial.

Beuren (2010) explica que a principal característica da pesquisa do tipo estudo de caso é de que o estudo é focalizado em uma única situação, ou seja, a intenção é aprofundar os conhecimentos a respeito de um caso em especial. Porém, esta prática é questionada em relação à limitação causada em seus resultados, pois,

(35)

por se tratar de um caso específico, os mesmos não podem ser aplicados de maneira geral.

Nesta situação, foi utilizado o estudo de caso, pois a coleta de dados e a sua respectiva análise foram realizadas e aplicadas em uma organização específica que desejava encontrar respostas para a sua condição econômica e financeira.

Para a conclusão eficaz deste estudo é imprescindível que os procedimentos técnicos citados sejam observados e aplicados de acordo com seus fundamentos e características individuais, visando com isso, o cumprimento das etapas e dos processos necessários para o alcance sustentável do objetivo deste.

d) Quanto à abordagem do problema

Em relação à abordagem do problema, destacam-se dois tipos de pesquisa, a qualitativa e quantitativa, sendo que este estudo foi classificado como uma pesquisa Qualitativa.

A metodologia qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento entre outros. (MARCONI e LAKATOS 2011, p. 269).

Portanto, este estudo se enquadra como uma pesquisa qualitativa por não se tratar de um trabalho baseado e empregado em instrumentos estatísticos, mas sim, pela forma utilizada de coleta e análise dos dados que são de interesse do proprietário da empresa.

3.2 COLETA DE DADOS

Por se tratar de um estudo de viabilidade econômica de uma empresa já constituída e instalada no mercado, os dados necessários para o estudo foram coletados a partir dos documentos disponibilizados pela empresa, sendo que os mesmos serviram como fonte para identificar as receitas, custos e despesas necessárias para projeção dos resultados com o objetivo de mensurar a viabilidade ou não do incremento de investimento nas suas atividades.

(36)

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados

Para tanto, foram utilizadas as técnicas da observação, análise documental e da entrevista semiestruturada para a coleta de dados, com o intuito de que o estudo fosse realizado de maneira adequada e dentro da realidade.

“A observação ajuda o pesquisador na identificação e obtenção de provas a respeito dos objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento” (MARCONI e LAKATOS, 2011, p. 274).

A análise documental é utilizada com muita frequência dentro de uma empresa, especialmente na área da contabilidade, pois tem o intuito de organizar e vincular as informações que estão dispersas em várias fontes e que são necessárias a partir do momento em que receberem um tratamento analítico satisfatório capaz de gerar a estas informações algum valor.

Para Beuren (2010), os documentos são classificados de duas maneiras, como documentos de primeira mão e documentos de segunda mão. O autor classifica como de primeira mão aqueles que ainda não receberam nenhum tipo de tratamento, podendo ser reportagens de jornais, filmes, contratos, fotografias, entre outros. Já os documentos de segunda mão o autor define como sendo aqueles que em certo momento já receberam algum tipo de tratamento ou análise, como por exemplo, os relatórios de empresas, tabelas, entre outros.

A entrevista para Marconi e Lakatos (2011, p. 278) nada mais é que uma “conversação efetuada face a face, de maneira metódica, que pode proporcionar resultados satisfatórios e informações necessárias”.

Segundo Beuren (2010, p. 132) a entrevista semiestruturada “permite maior interação e conhecimento das realidades dos informantes”, ou seja, esta técnica não considera apenas o embasamento teórico necessário, mas também a intuição e as experiências adquiridas pelo informante em seu cotidiano.

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Após a coleta de todos os dados necessários e da respectiva fundamentação teórica do tema, iniciou-se o processo de organização dos dados, afim de que a partir dos mesmos, se tornasse possível o alcance do objetivo inicial deste estudo que era transformar os dados coletados em informações consistentes acerca da

(37)

empresa analisada e da respectiva análise de viabilidade econômica que é de interesse da entidade.

“Analisar dados significa trabalhar com todo o material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis” (BEUREN, 2010 p. 136).

Segundo Gil (2010), apesar de estarem intimamente relacionados, análise e interpretação são conceitos distintos. A análise tem como finalidade organizar os dados coletados durante a pesquisa de maneira adequada para que viabilize e facilite o fornecimento de respostas ao problema inicial; já a interpretação, esta ligada a procura de respostas por meio de outros conhecimentos adquiridos, ou seja, é a informação gerada a partir de um conjunto de dados e conhecimentos que muitas vezes acontece de maneira involuntária por parte do pesquisador.

Os dados coletados foram analisados e interpretados através de planilhas eletrônicas, quadros e gráficos, a fim de tornar mais fácil a compreensão e o entendimento das informações do estudo de viabilidade econômica e financeira de incremento elaborada em uma empresa de informática.

(38)

4 ESTUDO APLICADO

Esta seção tem a finalidade de abordar a parte aplicada do Trabalho de Conclusão de Curso, onde são contemplados de maneira estruturada os dados e informações coletados anteriormente, afim de que a partir de cálculos e análises econômicas e financeiras, sejam encontradas respostas suficientes para o problema inicial que é a comprovação da viabilidade de incremento de investimento na empresa em destaque.

Para que este estudo se tornasse possível e confiável, inicialmente foi apresentado de maneira sintética o plano de negócios da empresa em estudo, o qual se refere a uma ferramenta de apoio à análise de viabilidade. Após, são identificados os custos, despesas e receitas inerentes à atividade atual, bem como, levantados os investimentos necessários para o incremento do fluxo de operações da empresa, para então apontar se esta opção apresentou resultados positivos ou não para o desenvolvimento da organização.

4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO

A informação correta, precisa e oportuna, consiste em um aspecto fundamental para o sucesso das organizações, no sentido de corrigir distorções e evitar situações indesejadas auxiliando no desenvolvimento saudável do negócio e possibilitando a troca de informação entre todas as áreas envolvidas, beneficiando assim qualquer indivíduo que interagir de alguma forma com a empresa, podendo ser até mesmo seus próprios clientes.

Por esta razão, este estudo demonstrou de forma detalhada a análise de viabilidade econômica do incremento de investimentos em uma empresa de informática situada na cidade de Panambi-RS a mais de dois anos, a qual mantém contato anualmente com vários clientes que vem em busca de produtos e serviços na área de manutenção de equipamentos de informática para prolongar a vida útil ou melhorar a eficiência dos mesmos.

Através desta análise, objetivou-se identificar e apontar possíveis situações que possam causar algum problema ou aumentar os riscos inerentes à atividade em relação ao incremento de investimentos e o aumento de seu fluxo operacional. Para isso foi projetado além do cenário atual, o cenário incremental e global em relação

Referências

Documentos relacionados

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

As cadeias laterais variam em certo nível entre as diferentes formas de clorofila encontradas em diferentes organismos, mas todas possuem uma cadeia fitol (um terpeno ) ligada

O granel sólido continua com sua participação a movimentação total de cargas do país, observar na figura 2. Ao se analisar os dez principais grupos de

O objetivo deste trabalho foi avaliar épocas de colheita na produção de biomassa e no rendimento de óleo essencial de Piper aduncum L.. em Manaus

Mediante o impacto do paciente com o ambiente do centro cirúrgico, a equipe de enfermagem deve estar voltada para o aspecto humano do atendimento, centrando suas

Os interessados em adquirir quaisquer dos animais inscritos nos páreos de claiming deverão comparecer à sala da Diretoria Geral de Turfe, localizada no 4º andar da Arquibancada

Trong đó:  V : tốc độ gió thiết kế m/s  At : diện tích của kết cấu hay cấu kiện phải tính tải trọng gió ngang m2  Cd : hệ số cản được quy định